Saudades de Junho
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Sobre este e-book
As jornadas de junho fizeram o Bernardo atravessar uma ponte: ultrapassou a linha do informante, se envolvendo nas ruas e nas redes com os movimentos. O livro é um documento histórico imprescindível, propõe algumas saídas para o labirinto político brasileiro.
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Saudades de Junho - Bernardo Gutierrez
1. Brasil cozinha sua revolução em rede (17/6/2013)
Tradução: Bernardo Gutiérrez
Eles não estão preparados para uma democracia participativa.
Tudo isso é sobre o direito de sermos consultados.
Como os Indignados na Espanha dizem, estamos indo devagar porque estamos indo longe.
As frases aparecem espontaneamente. O cenário: praça Roosevelt, centro de São Paulo, sábado passado, 20h. Os skates ressoam. Risos juvenis. Cai uma chuva fina. Contexto: uma assembleia de coletivos sociais discute a grande manifestação da próxima segunda-feira. Em apenas um dia, mais de 150 mil pessoas confirmaram o comparecimento ao quinto grande ato contra o aumento das passagens dos transportes públicos, chamado pelo Movimento Passe Livre (MPL).
Após a forte repressão policial contra as manifestações da semana passada, ignoradas inicialmente pela grande mídia, as redes sociais brasileiras fervem. E os protestos se multiplicam e excedem as pautas iniciais. Algumas horas antes da assembleia, sob os rótulos #GiganteAcordou e #VemPraRua, um grupo de manifestantes mostrou em Brasília sua oposição à Copa das Confederações da Fifa, pouco antes do jogo de abertura entre Brasil e Japão. Um jogo em que Dilma Rousseff, presidenta do Brasil, foi vaiada. O que está acontecendo no Brasil? Qual é a relação de protestos tão diferente como os do Passe Livre e os que criticam a Fifa? Por que agora?
Alex Antunes, um músico de São Paulo, pede turno na assembleia: "A partir daqui, temos que ir além das manifestações da esquerda militante. Algo está acontecendo. Na pesquisa do site O Globo, sobre quem vencerá a Copa das Confederações, 87% apostam no Taiti, algo inédito no país do futebol. Alguém fala sobre a Turquia, onde as torcidas de todos os times de futebol se juntaram no parque Gezi de Istambul. Parece que todas as torcidas de São Paulo vão tomar as ruas juntas na segunda-feira, pela primeira vez. Futebol e distúrbios, longe das arquibancadas. Caio Tendolini, que participa da plataforma de financiamento coletivo Catarse, insiste no caráter não violento do movimento, citando o movimento espanhol 15M:
Temos que quebrar a imagem da violência imposta pela mídia. Temos que apostar pelo lúdico".
A assembleia continua no Centro Cultural de Matilha, muito perto da praça Roosevelt. Essa assembleia é apenas mais uma. Uma das dezenas de assembleias que estão sendo realizadas simultaneamente em São Paulo. Como é que está nascendo essa revolta que os principais meios de comunicação não parecem entender? Ouvindo ativistas, criadores, estudantes e cidadãos que participam na assembleia, não surgem respostas categóricas. Há, no entanto, mais perguntas. Desejos. Mal-estar. Antônio Martins, o jornalista que dirige o veículo independente Outras Palavras, fala do direito à cidade: "Queremos cidades para todos, acesso à internet e conhecimento compartilhado na web. Queremos transformar as cidades em espaços livres para a cultura. Amor, sim,