Em águas profundas - criatividade e meditação
De David Lynch
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Avaliações de Em águas profundas - criatividade e meditação
5 avaliações2 avaliações
- Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ótima leitura.
Leve, direta e escrita por um artista admirável. - Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ótimo livro! Grande diretor de cinema, que usa meditação como ferramenta criativa. Maravilhoso!
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Em águas profundas - criatividade e meditação - David Lynch
DAVID LYNCH
EM ÁGUAS PROFUNDAS
criatividade e meditação
Rio de Janeiro
Para Sua Santidade, Maharishi Mahesh Yogi.
SUMÁRIO
Introdução
Entrevista
O primeiro mergulho
Sufocante traje de borracha de palhaço
O começo
A vida da arte
O jardim à noite
Abrir as cortinas
Cinema
Interpretação
O círculo
Ideias
Desejo
Consciência
Traduzindo a ideia
Los Angeles
Eraserhead
O passo da vida
Yogis
Bob’s Big Boy
O cão mais raivoso do mundo
Música
Intuição
O campo unificado
O quarto estágio
Chegando lá
Ciência moderna e ciência antiga
Em qualquer lugar, a qualquer hora
Identidade
Edição
Terapia
Sonhos
Angelo Badalamenti
Som
Elenco
Ensaio
Medo
Todos juntos, agora
Twin Peaks
O seriado
O quarto vermelho
Pergunte à ideia
Público experimental
Generalizações
Escuridão
Sofrimento
A luz interior
A torre de ouro
Religião
Drogas
Acender a luz
Industrial Symphony nº 1
Lost Highway
Restrições
Mulholland Drive
A caixa e a chave
O senso de lugar
Beleza
Textura
Trabalho com madeira
Ter um setup
Fogo
A luz no filme
The Straight Story
Heróis do cinema
Fellini
Kubrick
INLAND EMPIRE
O nome
Um novo jeito de trabalhar
Comentário do diretor
A morte da película
Vídeo digital para jovens cineastas
Qualidade do vídeo digital
Futuro do cinema
Bom senso
Conselho
Sono
Persistência
Sucesso e fracasso
Pescar, outra vez
Compaixão
Educação baseada na consciência
A paz verdadeira
Final
Filmografia selecionada
Fontes citadas
Sobre o autor
INTRODUÇÃO
Ideias são como peixes.
Se você quer pegar um peixinho, pode ficar em águas rasas. Mas se quer um peixe grande, terá que entrar em águas profundas.
Quanto mais fundo, mais poderosos e mais puros são os peixes. Peixes enormes e abstratos. E realmente maravilhosos.
O que procuro é um tipo de peixe que seja importante para mim, um peixe que possa ser levado para o cinema. Mas lá costumam nadar todas as espécies de peixes. Peixes que se pescam por dinheiro, peixes que se pescam por esporte. Há peixe para tudo.
Tudo, qualquer coisa que seja essencial, vem de um nível mais profundo. A física moderna chama esse nível de Campo Unificado. Quanto mais você expande a consciência – a atenção –, mais fundo é seu mergulho na direção dessa fonte e maior será o peixe que pode pegar.
Meus 33 anos de prática no programa de Meditação Transcendental têm sido fundamentais para o meu trabalho com filmes e pinturas, e para todas as áreas de minha vida. Para mim, isso é uma forma de mergulhar mais fundo em busca do peixe grande. Neste livro quero compartilhar com você algumas dessas experiências.
ENTREVISTA
As perguntas foram elaboradas por Vicente Amorim, Rodrigo Fonseca,
Marcelo Taranto e Carlos Alberto Matos em maio de 2012.
A meditação pode ser considerada uma visita à própria alma?
Sim. Quando você realmente ultrapassa seus próprios limites, experimenta o seu Eu interior, conhecido por atma na linguagem védica. Esta dimensão também é chamada de consciência plena e, quando se atinge a sua totalidade, encontramos o Eu eterno. Quanto mais se transcende, mais se adquire o Eu profundo. E, à medida que você o vá adquirindo, mais inteligência, criatividade, felicidade, amor, energia e paz você alcançará. Esses são todos os aspectos do Eu interior ou do I-am-ness da vida.
Desde Blue Velvet, seu nome esteve vinculado ao Surrealismo no cinema. Você efetivamente foi influenciado pelo movimento surrealista? O que é o Surrealismo pela ótica de David Lynch?
Eu não fui influenciado pelos surrealistas, embora goste muito de Max Ernst e Magritte, particularmente. Acredito que o Surrealismo pertence a um outro mundo, ao qual as regras do nosso mundo não se aplicam. Aquele mundo surrealista é vinculado a sonhos – onde elementos como intuição, magia e surpresa também desempenham papel de destaque.
Como vê a morte?
O medo da morte é muito real, mas ouvi dizer que a vida é continuum, e que continuum é consciência. Consciência é vida e consciência é continuum. Assim, dizem que a morte é apenas uma transição e os seres humanos estão na roda de nascimento e morte. E para ganhar esse jogo precisamos iluminar-nos e sair dessa roda de nascimento e morte, tomando consciência de que somos imortais; e nesse estado estaremos inteiramente plenos, completamente libertos e realmente muito, muito felizes.
Visitando seu site, percebemos que o seu nome se tornou uma marca que vende livros e café. Por favor, comente essas relações: autoria e comércio, arte e produto.
A razão pela qual possuo uma marca de café é porque gosto de café; e essa David Lynch Signature Cup Coffee é realmente muito boa. O café e o site, infelizmente, não me rendem nada. Gostaria muito de pensar em algo que me desse algum dinheiro, mas a maioria das minhas ideias simplesmente não atingiu esse objetivo. Mas, ao mesmo tempo, as coisas que faço partem de ideias pelas quais me apaixono. E todos sabemos que, quando estamos apaixonados, não há nada a fazer.
Seus filmes vêm acumulando prêmios nos mais importantes festivais de cinema do mundo, assim como indicações para o Oscar. Entretanto, você também se dedica à produção de filmes de curta metragem. Quão importante é essa linha de produção e o que representa na sua carreira? De que forma a realização de curtas- metragens contribuiu para suas explorações estéticas?
Sempre digo que amo ideias. E ideias surgem para tudo. Assim, às vezes, tenho ideias para curtas-metragens, outras, para fotografia; surgem também ideias para pintura, para litografia, e também para filmes longos. Tudo depende da ideia. Todas as mídias são excitantes.
Há