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Síndrome gripal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Síndrome gripal (SG) é um termo usado em medicina para descrever um conjunto de sintomas semelhantes aos da gripe, mas sem que tenha ainda havido um diagnóstico laboratorial que confirme a causa exata.[1] A Organização Mundial de Saúde define uma doença como síndrome gripal quando a pessoa apresenta febre igual ou superior a 38 ºC e tosse com início nos últimos 10 dias. Quando o paciente requer hospitalização, a doença é classificada como infeção respiratória aguda grave (SARI: severe acute respiratory infection).[2]

Tecnicamente, qualquer diagnóstico clínico de gripe que não tenha sido confirmado por exames laboratoriais é um diagnóstico de síndrome gripal, e não de gripe. Como a maior parte dos casos de síndrome gripal são ligeiros, geralmente não é necessário determinar a causa exata em laboratório. Excepto durante os períodos de gripe sazonal, a maior parte dos casos de síndrome gripal são causados por outros vírus que não o da gripe.[3][4]

Embora o termo "síndrome gripal" possa ser usado de forma informal, quando é usado no contexto de vigilância da gripe tem definições rigorosas. A Organização Mundial de Saúde define uma doença como síndrome gripal quando a pessoa apresenta febre igual ou superior a 38 ºC e tosse com início nos últimos 10 dias. Quando o paciente requer hospitalização, a doença é classificada como "infeção respiratória aguda grave" (SARI: severe acute respiratory infection).[2] No entanto, a definição e os critérios de diagnóstico de síndrome gripal e de infeção respiratória aguda podem ser diferentes de país para país.

No Brasil, o Ministério da Saúde considera síndrome gripal os casos com febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e acompanhada de um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia.[5] Ainda no Brasil, as infeções respiratórias agudas denominam-se síndrome respiratória aguda grave (SRAG),[nt 1] que se define como os casos de síndrome gripal que apresentem também dispneia ou saturação de SpO2 inferior a 95%, sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória, hipotensão, agravamento das condições da doença de base ou insuficiência respiratória aguda durante o período sazonal.[5]

Nos Estados Unidos, o CDC considera síndrome gripal casos com febre igual ou superior a 37,8ºC, tosse e/ou garganta inflamada.[6]

Notas
  1. Não confundir com síndrome respiratória aguda grave (SARS), que é causada especificamente pelo vírus SARS-CoV.
Referências
  1. George, Francisco. Introdução ao Estudo da Gripe. [S.l.]: Direção-Geral da Saúde. p. 1 
  2. a b «WHO surveillance case definitions for ILI and SARI». Organização Mundial de Saúde. Janeiro de 2014. Consultado em 18 de abril de 2020 
  3. Centers for Disease Control and Prevention (9 de novembro de 2001). «Considerations for distinguishing influenza-like illness from inhalational anthrax». Morbidity and Mortality Weekly Report. 50 (44): 984–6. PMID 11724153 
  4. «2008–2009 Influenza Season Week 15 ending April 18, 2009». Centers for Disease Control and Prevention. FluView: A Weekly Influenza Surveillance Report Prepared by the Influenza Division. 24 de abril de 2009. Consultado em 26 de abril de 2009 
  5. a b Protocolo de Tratamento de Influenza 2017 (PDF). [S.l.]: Ministério da Saúde. 2017. p. 13 
  6. Alicia Budd; Lenee Blanton; Lisa Grohskopf; Angela Campbell; Vivien Dugan; David E Wentworth; Lynnette Brammer. «Manual for the Surveillance of Vaccine-Preventable Diseases». Centers for Disease Control and Prevention. Consultado em 1 de maio de 2020