Síndrome gripal
Síndrome gripal (SG) é um termo usado em medicina para descrever um conjunto de sintomas semelhantes aos da gripe, mas sem que tenha ainda havido um diagnóstico laboratorial que confirme a causa exata.[1] A Organização Mundial de Saúde define uma doença como síndrome gripal quando a pessoa apresenta febre igual ou superior a 38 ºC e tosse com início nos últimos 10 dias. Quando o paciente requer hospitalização, a doença é classificada como infeção respiratória aguda grave (SARI: severe acute respiratory infection).[2]
Tecnicamente, qualquer diagnóstico clínico de gripe que não tenha sido confirmado por exames laboratoriais é um diagnóstico de síndrome gripal, e não de gripe. Como a maior parte dos casos de síndrome gripal são ligeiros, geralmente não é necessário determinar a causa exata em laboratório. Excepto durante os períodos de gripe sazonal, a maior parte dos casos de síndrome gripal são causados por outros vírus que não o da gripe.[3][4]
Definição
[editar | editar código-fonte]Embora o termo "síndrome gripal" possa ser usado de forma informal, quando é usado no contexto de vigilância da gripe tem definições rigorosas. A Organização Mundial de Saúde define uma doença como síndrome gripal quando a pessoa apresenta febre igual ou superior a 38 ºC e tosse com início nos últimos 10 dias. Quando o paciente requer hospitalização, a doença é classificada como "infeção respiratória aguda grave" (SARI: severe acute respiratory infection).[2] No entanto, a definição e os critérios de diagnóstico de síndrome gripal e de infeção respiratória aguda podem ser diferentes de país para país.
No Brasil, o Ministério da Saúde considera síndrome gripal os casos com febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e acompanhada de um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia.[5] Ainda no Brasil, as infeções respiratórias agudas denominam-se síndrome respiratória aguda grave (SRAG),[nt 1] que se define como os casos de síndrome gripal que apresentem também dispneia ou saturação de SpO2 inferior a 95%, sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória, hipotensão, agravamento das condições da doença de base ou insuficiência respiratória aguda durante o período sazonal.[5]
Nos Estados Unidos, o CDC considera síndrome gripal casos com febre igual ou superior a 37,8ºC, tosse e/ou garganta inflamada.[6]
- ↑ Não confundir com síndrome respiratória aguda grave (SARS), que é causada especificamente pelo vírus SARS-CoV.
- ↑ George, Francisco. Introdução ao Estudo da Gripe. [S.l.]: Direção-Geral da Saúde. p. 1
- ↑ a b «WHO surveillance case definitions for ILI and SARI». Organização Mundial de Saúde. Janeiro de 2014. Consultado em 18 de abril de 2020
- ↑ Centers for Disease Control and Prevention (9 de novembro de 2001). «Considerations for distinguishing influenza-like illness from inhalational anthrax». Morbidity and Mortality Weekly Report. 50 (44): 984–6. PMID 11724153
- ↑ «2008–2009 Influenza Season Week 15 ending April 18, 2009». Centers for Disease Control and Prevention. FluView: A Weekly Influenza Surveillance Report Prepared by the Influenza Division. 24 de abril de 2009. Consultado em 26 de abril de 2009
- ↑ a b Protocolo de Tratamento de Influenza 2017 (PDF). [S.l.]: Ministério da Saúde. 2017. p. 13
- ↑ Alicia Budd; Lenee Blanton; Lisa Grohskopf; Angela Campbell; Vivien Dugan; David E Wentworth; Lynnette Brammer. «Manual for the Surveillance of Vaccine-Preventable Diseases». Centers for Disease Control and Prevention. Consultado em 1 de maio de 2020