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Pritaneu

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Ruínas do Pritaneu de Éfeso
Ruínas do Pritaneu de Panticapeia, na Crimeia, atualmente na Rússia

O pritaneu[1] (em grego clássico: Πρυτανεῖον; romaniz.: prytaneion; "presidência") era a sede dos prítanes, ou seja, dos membros do governo das cidades-estado da Grécia Antiga. O termo é também usado para descrever qualquer das estruturas antigas onde oficiais se reuniam, normalmente no âmbito de funções relacionadas com o governo de uma cidade. O termo é ainda referido para designar o edifício onde os oficiais e vencedores dos Jogos Olímpicos se reuniam em Olímpia.

O Pritaneu situava-se normalmente no centro da cidade, na ágora, e albergava o fogo sagrado e eterno de Héstia, a deusa do lar e da família e símbolo da vida da cidade. O fogo dos pritaneus das colónias era levado do pritaneu da cidade-mãe. Era no Pritaneu que os magistrados se reuniam e recebiam as homenagens dos seus conterrâneos e os embaixadores estrangeiros. O local também era palco de sacrifícios de oferendas aos deuses da cidade.

Em Atenas, o Pritaneu funcionava no Tolo (tholos; "círculo" em grego), um templo circular com 18 metros de diâmetro situado no lado sudoeste da ágora que fazia parte do complexo do buleutério (onde funcionava a Bulé, o conselho de cidadãos).[2] O Tolo funcionava como uma espécie de estrutura polivalente, que servia como refeitório e alojamento para alguns oficiais.[3] Esta função tornou-se necessária após as reformas de Clístenes, que obrigavam um terço do senado a estar permanentemente presente no complexo, qualquer que fosse a hora do dia ou da noite. O edifício foi construído cerca de 470 a.C. por Címon como refeitório dos membros da Bulé.[4]

Em Olímpia o Pritaneu era onde os sacerdotes e magistrados viviam;[5] os altos sacerdotes viviam no Teocoleão.[6] Situa-se a noroeste do templo de Hera e era usado para celebrações e festas pelos vencedores dos Jogos Olímpicos. Era também o lugar onde se encontrava o altar de Héstia, onde ardia a chama olímpica original.[7]

Notas e referências

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  1. «pritaneu». Dicionário Michaelis. michaelis.uol.com.br. Consultado em 16 de janeiro de 2014 
  2. Camp, John McK. (1992), The Athenian Agora: Excavations in the Heart of Classical Athens, ISBN 9780500276839 (em inglês), Nova Iorque: Thames and Hudson 
  3. «Tholos, Athens». traumwerk.stanford.edu (em inglês). Universidade de Stanford. Metamedia. Archaeopaedia. Consultado em 17 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2012 
  4. «Athens - Prytaneion». Bouleuterion: Birthplace of Democracy. (em inglês). Fundação do Mundo Helénico. Consultado em 17 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 21 de julho de 2011 
  5. «Olympia, Prytaneion (Building)». Projeto Perseus. www.perseus.tufts.edu (em inglês). Universidade Tufts 
  6. «Festivals and Games». Olympia: Pathways to Ancient Myth (em inglês). Calvin College. www.calvin.edu. Consultado em 17 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2018 
  7. «The Altis». Olympia: Pathways to Ancient Myth (em inglês). Calvin College. www.calvin.edu. Consultado em 17 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 3 de março de 2016 

Bibliografia complementar

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