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Vice-Reino da Nova Espanha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Nova Espanha)
Nota: Nueva España redireciona para este artigo. Se procura o bairro homônimo de Madri, consulte Nueva España (bairro).



Virreynato da Nueva España
Vice-Reino da Nova Espanha

Colônia
(Espanha)

1521 – 1821
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Nova Espanha
Localização de Nova Espanha
O comprimento máximo do Vice-Reino da Nova Espanha, com a adição de Louisiana (1764-1803). Em território verde claro não controlada de forma eficaz, mas alegou como parte do Vice-Reino.
Continente América e Ásia
Capital Cidade do México
Língua oficial Espanhol
Francês
Náuatle
Línguas maias
Religião Cristianismo (Católico)
Governo Monarquia
Rei
 • 1535–1556 Carlos I de Espanha
 • 1813–1821 Fernando VII de Espanha
Vice-rei
 • 1535–1550 Antonio de Mendoza
Período histórico Império Espanhol
 • 1521 Fundação
 • 1821 Dissolução
Moeda Peso
Precedido por
Sucedido por
Império Asteca
Império Purépecha
Chālco
República de Tlaxcallan
Reino de Colliman
Civilização Maia
Primeiro Império Mexicano
Índias Orientais Espanholas
Território da Louisiana
Flórida
Território do Oregon

A Nova Espanha (em castelhano Nueva España) foi um reino da Espanha durante o período colonial, na América do Norte e Central, onde hoje correspondem os estados de Arizona, Califórnia, Colorado, Nevada, Novo México e Utah nos Estados Unidos até à Costa Rica na América Central, tendo como capital a Cidade do México. Existiu de 1535 a 1821. A Nova Espanha não só administrava as terras compreendidas entre estes limites mas também o arquipélago das Filipinas na Ásia. Depois da derrota do exército espanhol pelas tropas de Agustín de Iturbide e Vicente Guerrero, todo o território (com exceção do arquipélago asiático) passaram a formar parte do Império Mexicano a partir de 28 de Setembro de 1821.[1]

Os Habsburgo foram os fundadores do Império Infra Marino Espanhol e quem o governou de 1516 a 1701, quando a Casa de Bourbon herdou o trono da Espanha. Eram uma dinastia de origens alemãs, com dois grandes ramos: o espanhol e o austríaco. Esta dinastia teve uma política tal que, salvaguardada a devida proporção de poder, as partes integrantes do seu Império (os vice-reinos) tinham uma relativa liberdade e autonomia.

No caso da Nova Espanha, o gênio desta dinastia, foi que durante a fundação da colônia, utilizaram e tomaram vantagem das estruturas preexistentes na sociedade pré-hispânica para implantar sobre elas a sua estrutura de poder. Isto só foi possível pela participação ativa e voluntária dos senhorios indígenas.

Antes da chegada dos espanhóis, a sociedade pré-hispânica era integrada por um sem-fim de senhorios relativamente pequenos onde à cabeça estava o Tlatoani. Estes senhorios estavam por sua vez integrados em outros corpos políticos mais ou menos desenvolvidos, como as Alianças Tlaxcaltecas, as Coligações Maias no Iucatão e Chiapas, o Reino Purepecha de Michoacán e o Império Mexica".

Os Mexica "tinham absorvido, ou tinham absoluto controlo político, sobre algumas dezenas e impunham tributo sobre seis ou sete centenas mais". À chegada dos espanhóis quase todos estes senhorios "decidiram aliar-se aos recém-chegados" por motivos diversos, pelo que o sistema de terror religioso teve uma importância crucial. Ao ter contato com os senhorios indígenas, uma das acções imediatas por parte dos conquistadores foi a proibição de sacrifícios humanos e por outro lado iniciar a introdução da moral e do sistema de valores judaico-cristão.

Uma vez consumada a queda do México-Tenochtitlan, fomentou-se e protegeu-se as "Repúblicas de Índios". Isto é, permitiu-se a sobrevivência dos senhorios pré-hispânicos, onde os líderes indígenas conservaram o seu estatuto, posição e privilégios. Além disso, os "usos e costumes" à exceção do sacrifício humano mantiveram-se praticamente intactos. "Quase todos os senhorios subsistiram como corpos políticos durante a época colonial e grande percentagem dos nobres indígenas permaneceram nas suas posições de privilégio, recebendo grande parte dos tributos e serviços que lhes correspondiam durante todo o século da Conquista e ainda depois".

A evangelização da população indígena não foi imediata, mas sim um processo lento e árduo que requereu muita perseverança e criatividade por parte dos missionários e que demorou a maior parte do século para completar-se. Ao contrário do que se crê habitualmente, a evangelização dos índios não foi um processo que se completasse a "ferro e fogo". A consolidação do Império Espanhol na Nova Espanha requeria estabilidade política e social.

Os senhorios e as "Repúblicas de Índios" são a base dos povos como Calacoaya, Tonala, Xochimilco, Tlalpan, Chiautempan, Coyoacan - que são exemplo entre muitos que ainda hoje existem e se podem reconhecer na parte central e sul da atual República Mexicana. A sua sobrevivência é um testamento do êxito desta estratégia de assimilação por parte do império espanhol.

População da Nova Espanha no fim do século XVIII:

Área habitantes
América do Norte 5 837 100
América Central 870 200
Antilhas 950 000
Total 7 657 300
Referências
  1. «Vice-Reino da Nova Espanha». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 26 de agosto de 2020 

Ligações externas

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