Irmãos do Livre Espírito
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Janeiro de 2017) |
Os Irmãos do Livre Espírito foi um movimento leigo cristão que inspirado em ideias difundidas por João Escoto Erígena, Joaquim de Fiore e Amalrico de Bena, floresceu no norte da Europa nos séculos XIII e XIV. Em 1311, foram declarados heréticos pelo papa Clemente V no Concílio de Vienne.
Floresceram em um momento de grande trauma na Europa Ocidental durante o conflito entre o Papado de Avinhão e o Sacro Império Romano-Germânico, a Guerra dos Cem Anos, a Peste Negra, o conflito contra os cátaros e a subsequente Cruzada albigense, o início da Inquisição, a perseguição contra os Templários e o Cisma do Ocidente — que ajudaram a alimentar o apelo de sua abordagem individualista e milenar para o cristianismo e as Escrituras.
Naquele momento de crise dentro da Igreja e da sociedade como um todo, houve uma forte sensação de que o Fim do Mundo estava próximo e por isso as questões da espiritualidade do homem e da salvação tornaram-se cada vez mais importantes. Onde as pessoas deixaram de encontrar as respostas espirituais que procuraram a partir de Roma, os movimentos dissidentes, como os Irmãos surgiram em toda a Europa pregando visões alternativas do cristianismo. Como a maioria das heresias, entraram em choque com a Igreja e sofreram forte perseguição por meio da Inquisição.
Como outros movimentos da época: cátaros, valdenses, templários, turlupins, franciscanos e outros, o movimento promoveu um ideal de pobreza. Mas aqui, esta pobreza purificaria o homem do pecado e ressuscitaria Cristo nele.
Desse modo, os adeptos seriam libertos da maldade e poderiam dar vazão a seus desejos, pois, desse modo, iriam entrar em uma era de "Livre Espírito", onde poderiam experimentar a bem-aventurança da vida terrena. A caridade funde-se com o amor carnal que ocorreriam sem restrições dentro da comunidade. Uma mulher grávida, estaria naquela condição por poder do Espírito Santo.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Norman Cohn, The Pursuit of the Millennium, Secker and Warburg, London, 1957
- Robert Lerner, The Heresy of the Free Spirit in the Later Middle Ages, Berkeley, 1972
- Marguerite Porete, The Mirror of Simple Souls, ed. Ellen Babinsky. Paulist Press, 1993. ISBN 0-8091-3427-6
- Barbara Tuchman, A Distant Mirror, Alfred A Knopf Inc, New York, 1978. ISBN 0333644700
- Raoul Vaneigem, The Movement of the Free Spirit, Zone Books, 1994
- Walter Wakefield and Austin Evans, Heresies of the High Middle Ages, Columbia University Press, New York, 1991
- Catholic Encyclopaedia [1]
- Christopher McIntosh: The Rosicrucians: The History, Mythology and Rituals of an Esoteric Order Weiser Books 1988
- John Ruusbroec (John of Ruysbroek): The Spiritual Espousals and Other Works. Introduction and translation by James A Wiseman, OSB. Preface by Louis Dupre. Paulist Press 1985. ISBN 9780809127290