Eugênio Gudin
Eugênio Gudin | |
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Nascimento | 12 de julho de 1886 Rio de Janeiro |
Morte | 24 de outubro de 1986 (100 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | economista, professor universitário |
Distinções |
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Eugênio Gudin Filho (AFI: /gudã/; Rio de Janeiro, 12 de julho de 1886 – Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1986) foi um economista liberal[1] brasileiro, ministro da Fazenda entre setembro de 1954 e abril de 1955, durante o governo de Café Filho.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Descendente de negociantes franceses arribados ao Brasil durante a primeira metade dos oitocentos,[4] formou-se em engenharia civil em 1905 pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, passou a interessar-se por economia na década de 1920. Entre 1924 e 1926, publicou seus primeiros artigos sobre economia em O Jornal, do Rio de Janeiro.
Foi diretor de O Jornal e da Western Telegraph (1929-1954) e diretor-geral da Great Western of Brazil Railway por quase trinta anos.
Ainda na década de 1930, Gudin se destacou pelo interesse em ensinar lógica econômica a alunos de direito e engenharia.
Em 1944 o então ministro da Educação, Gustavo Capanema, designou Gudin para redigir o Projeto de Lei que institucionalizou o curso de economia no Brasil. Nesse mesmo ano foi escolhido delegado brasileiro na Conferência Monetária Internacional, em Bretton Woods, nos Estados Unidos, que decidiu pela criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird).
Durante os sete meses em que foi ministro da Fazenda (1954-1955), promoveu uma política de estabilização econômica baseada no corte das despesas públicas e na contenção da expansão monetária e do crédito, o que provocou crise de setores da indústria. Sua passagem pela pasta foi marcada, ainda, pelo decreto da Instrução 113, da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que facilitava os investimentos estrangeiros no país, e que seria largamente utilizado no governo de Juscelino Kubitschek. Foi por determinação sua também que o imposto de renda sobre os salários passou a ser descontado na fonte.
Até a aposentadoria em 1957, foi professor na Universidade do Brasil. Foi, ainda, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas entre 1960 e 1976, instituição com a qual mantinha vínculos desde a década de 1940. Foi um dos responsáveis pela implantação, na FGV, do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) e da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE), dos quais tornou-se diretor.
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Eugênio Gudin é o patrono da biblioteca do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eugênio Gudin deu o nome ao Diretório Acadêmico da Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas e à Associação Atlética Acadêmica de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP).
Além disso, Eugênio Gudin deu o nome ao Centro Acadêmico de Economia Eugênio Gudin da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas.[5]
O Prêmio Eugênio Gudin foi instituído em 1983 pela Universidade Mackenzie para premiar profissionais das áreas de economia, contabilidade ou administração além de estudantes destes cursos destacados por mérito.
Obra
[editar | editar código-fonte]- 1931 - As origens da crise mundial
- 1935 - Capitalismo e sua evolução monetária
- 1943 - Princípios de economia monetária
- 1945 - Rumos de política econômica
- ↑ A formulação do pensamento liberal na América Latina em perspectiva comparada: o pensamento econômico de Eugênio Gudin (Brasil), Martinez de Hoz (Argentina) e Sergio de Castro (Chile)
- ↑ Fausto Saretta, 2003. "A política econômica no período 1954/1955: algumas notas," Anais do V Congresso Brasileiro de História Econômica e 6ª Conferência Internacional de História de Empresas [Proceedings of the 5th Brazilian Congress of Economic History and the 6th International Co 061, ABPHE - Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (Brazilian Economic History Society).
- ↑ Lattanzi, José Renato (2013). «Eugênio Gudin, um liberal entre os liberais». Intellèctus (1). ISSN 1676-7640. Consultado em 15 de junho de 2021
- ↑ Borges, Maria Angélica (1 de outubro de 2000). «Eugênio Gudin: As Controvérsias do Neoliberalismo Caboclo». Revista de Economia Política. 20 (4): 468 (3). Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ «CAEG | Brasil | Centro Acadêmico de Economia FGV». Caeg FGV (em inglês). Consultado em 19 de fevereiro de 2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Perfil de Eugênio Gudin no sítio do Ministério da Fazenda»
- «Biografia de Eugênio Gudin no sítio da Fundação Getúlio Vargas»
- «Biografia de Eugênio Gudin no sítio Opinião e Notícia»
- Desenvolvimento O debate pioneiro de 1944 1945, Roberto Simonsen e Eugenio Gudin, por Aloísio Teixeira, Gilberto Maringoni e Denise Lobato Gentil, ensaios e comentários, IPEA
- Simonsen e Gudin O debate sobre o desenvolvimento, Gilberto Maringoni
Precedido por Osvaldo Aranha |
Ministro da Fazenda do Brasil 1954 |
Sucedido por Otávio Gouveia de Bulhões |
Precedido por Otávio Gouveia de Bulhões |
Ministro da Fazenda do Brasil 1954 — 1955 |
Sucedido por José Maria Whitaker |
- Nascidos em 1886
- Mortos em 1986
- Brasileiros de ascendência francesa
- Centenários do estado do Rio de Janeiro
- Economistas do estado do Rio de Janeiro
- Grandes Oficiais da Ordem do Ipiranga
- Membros da Sociedade Mont Pèlerin
- Ministros do Governo Café Filho
- Ministros da Fazenda do Brasil
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro