Nothing Special   »   [go: up one dir, main page]

Saltar para o conteúdo

Dilma Rousseff

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Dilma)
Dilma Rousseff
Dilma Rousseff
Retrato oficial, 2011
36.ª Presidente do Brasil
Período 1º de janeiro de 2011
até 31 de agosto de 2016[nota 1]
Vice-presidente Michel Temer
Antecessor(a) Luiz Inácio Lula da Silva
Sucessor(a) Michel Temer
3.ª Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento
No cargo
Período 24 de março de 2023
até a atualidade
Indicação de Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Marcos Troyjo
40.ª Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil
Período 21 de junho de 2005
até 31 de março de 2010
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) José Dirceu
Sucessor(a) Erenice Guerra
21.ª Ministra de Minas e Energia do Brasil
Período 1° de janeiro de 2003
até 21 de junho de 2005
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Francisco Luiz Sibut Gomide
Sucessor(a) Silas Rondeau
Secretária estadual de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul
Período 1º de janeiro de 1999
até 2 de novembro de 2002[1]
Governador Olívio Dutra
Antecessor(a) Gustavo Eugenio Dias Gotze[2]
Sucessor(a) Luiz Valdir Andres
Período 1° de dezembro de 1993
até 1º de janeiro de 1995[1]
Governador Alceu Collares
Antecessor(a) Airton Langaro Dipp [2]
Sucessor(a) Assis Roberto Sanchotene de Souza[2]
Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre
Período 1º de janeiro de 1986
até 24 de setembro de 1988
Prefeito Alceu Collares
Antecessor(a) Jaime Oscar Silva Ungaretti
Sucessor(a) Jaime Oscar Silva Ungaretti
Dados pessoais
Nome completo Dilma Vana Rousseff
Nascimento 14 de dezembro de 1947 (76 anos)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Prêmio(s) Ordem do Mérito da Defesa[3]
Cônjuge Carlos Araújo (1969-2000)
Filhos(as) Paula Rousseff
Partido PDT (1980-2001)
PT (2001-presente)
Religião católica romana[4]
Profissão economista
política
Assinatura Assinatura de Dilma Rousseff
Website dilma.com.br

Dilma Vana Rousseff GCMD (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira. Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi a 36.ª Presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 2011 até seu afastamento por um processo de impeachment em 2016. Atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do BRICS), sediado em Xangai, na China.[5]

Nascida numa família da classe média alta, interessou-se pelo socialismo durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964, ingressou então na luta armada de esquerda como membro do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e, posteriormente, da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) — ambas as organizações defendiam a luta armada contra a ditadura militar. Passou quase três anos em reclusão, de 1970 a 1972, primeiramente pelos militares da Operação Bandeirante (OBAN), pelos quais foi torturada, e, posteriormente, pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[1]

Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto com Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, foi membro fundador do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou de diversas campanhas eleitorais. De 1985 a 1988, durante a gestão de Alceu Collares à frente da prefeitura de Porto Alegre, foi Secretária Municipal da Fazenda. De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e foi Secretária Estadual de Minas e Energia entre os períodos de 1993 a 1994 e de 1999 a 2002, durante o governo de Alceu Collares e do sucessor Olívio Dutra. Em 2001 decidiu filiar-se no Partido dos Trabalhadores (PT).[6] Em 2002 participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Durante o governo Lula, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia e posteriormente da Casa Civil.

Em 2010, foi escolhida pelo PT para concorrer à eleição presidencial, derrotando José Serra (PSDB) no segundo turno e se tornando a primeira mulher a ser eleita à presidência do Brasil. Foi reeleita nas eleições de 2014, em que venceu o segundo turno contra Aécio Neves (PSDB). Em 12 de maio de 2016, com o acirramento da crise político-econômica de 2014, foi afastada de seu cargo por até 180 dias devido à instauração de um processo de impeachment que vinha sendo movido contra ela, com base em irregularidades fiscais. Teve o mandato presidencial definitivamente cassado em 31 de agosto de 2016, porém não perdeu o direito de ocupar outros cargos públicos. Nas eleições de 2018, candidatou-se a senadora por Minas Gerais, ficando em 4° lugar na disputa. Foi eleita em 24 de março de 2023, por unanimidade, para o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, com mandato até julho de 2025.

Primeiros anos, educação e ditadura militar

A família Rousseff (da esquerda para a direita): o filho mais velho, Igor; a mãe, Dilma Jane Coimbra Silva; as filhas Dilma Vana e Zana Lúcia; e o pai, Pedro.

Dilma Vana Rousseff[1] é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff[nota 2] e da professora Dilma Jane Coimbra Silva.[8] Seu pai foi filiado ao Partido Comunista Búlgaro e frequentava os círculos literários na década de 1920.[9] Chegou ao Brasil no fim da década de 1930. Em sua terra natal, deixara sua esposa esperando um filho, Luben Russév (1929–2007), que afirmou que o pai havia deixado a Bulgária não por razões políticas, mas por falência.[9][10] Pedro mudou-se para Buenos Aires e, anos depois, voltou ao Brasil, fixou-se em São Paulo e prosperou. Em uma viagem a Uberaba, conheceu Dilma Jane, de Nova Friburgo, uma professora de vinte anos criada no interior de Minas Gerais, onde seus pais eram pecuaristas. Casaram-se e fixaram residência em Belo Horizonte, onde tiveram três filhos: Igor, Dilma Vana e Zana Lúcia — esta última, falecida em 1976.[1][11] Pedro morreu em 1962.[12]

De 1952 a 1954, cursou a pré-escola no colégio Izabela Hendrix, e a partir de 1955, iniciou o ensino fundamental no Colégio Nossa Senhora de Sion (atual Colégio Santa Dorotéia), em Belo Horizonte.[1] Em 1964, prestou concurso e ingressou no Colégio Estadual Central (atual Escola Estadual Governador Milton Campos), ingressando na primeira série do clássico (hoje conhecido como ensino médio).[1] Nessa escola pública, o movimento estudantil era ativo, especialmente por conta do recente golpe militar.[11] De acordo com ela, foi nessa escola que ficou "bem subversiva" e que percebeu que "o mundo não era para debutante".[13]

Atuação no COLINA

Em 1964, ingressou na Política Operária (POLOP), uma organização fundada em 1961, oriunda do Partido Socialista Brasileiro, onde militou.[1] Seus militantes logo viram-se divididos em relação ao método a ser utilizado para a implantação do socialismo: enquanto alguns defendiam a luta pela convocação de uma assembleia constituinte, outros preferiam a luta armada. Dilma ficou com o segundo grupo, que deu origem ao Comando de Libertação Nacional (COLINA).[6] Para Apolo Heringer, que foi dirigente do COLINA em 1968 e havia sido professor de Dilma na escola secundária, a jovem fez opção pela luta armada depois que leu Revolução na Revolução, de Régis Debray, filósofo e intelectual francês que na época havia se mudado para Cuba, e ficara amigo de Fidel Castro. Segundo Heringer, "O livro incendiou todo mundo, inclusive a Dilma".[11]

Foi nessa época que conheceu Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, cinco anos mais velho, que também defendia a luta armada. Casaram-se em 1967, apenas no civil, depois de um ano de namoro.[1][11] Segundo companheiros de militância, Dilma tinha desenvoltura e grande capacidade de liderança, impondo-se perante homens acostumados a mandar. Não teria participado diretamente das ações armadas, pois era conhecida por sua atuação pública, contatos com sindicatos, aulas de marxismo e com sua responsabilidade pelo jornal O Piquete. Apesar disso, aprendeu a lidar com armas e a enfrentar a polícia.[11]

Dilma e Galeno passaram a dormir cada noite em um local diferente, já que o apartamento em que moravam era também frequentado por um dos líderes do COLINA que fora preso. Precisaram voltar ao apartamento escondidos para destruir documentos da organização. Permaneceram algumas semanas em Belo Horizonte, tentando reorganizar o grupo. Em março, o apartamento foi invadido, porém nenhum documento interno da organização foi encontrado. Perseguidos na cidade, a organização ordenou que fossem para o Rio de Janeiro. A família de Dilma não conhecia o grau do seu envolvimento com essas atividades.[14] Nesta época, Dilma tinha 21 anos e havia concluído o segundo ano da graduação de Economia.[11]

Era grande a quantidade de mineiros da organização no Rio, sem que houvesse infraestrutura para abrigar a todos. Dilma e Galeno ficaram um período na casa de uma tia de Dilma, que imaginava que o casal estava de férias. Mais tarde, ficaram num pequeno hotel e, a seguir, num apartamento, até Galeno ser enviado pela organização à Porto Alegre. Dilma permaneceu no Rio, onde ajudava a organização, participando de reuniões, bem como no transporte de armas e dinheiro. Nessas reuniões, conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, por quem se apaixonou e com quem viveria por cerca de trinta anos. Araújo era chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e abrigara Galeno em Porto Alegre. A separação de Galeno e Dilma foi pacífica. Como afirmou Galeno, "naquela situação difícil, nós não tínhamos nenhuma perspectiva de formar um casal normal".[11]

Na VAR-Palmares

Dilma participou de algumas reuniões sobre a fusão do COLINA com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que acabou formalizada, originando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).[11] De acordo com um integrante de buscas da Operação Bandeirante (Oban), Dilma era a grande líder da organização clandestina VAR-Palmares. Usando vários codinomes, teria recebido epítetos superlativos dos relatórios da repressão, definindo-a como "um dos cérebros" dos esquemas revolucionários.[15] O Promotor de Justiça que denunciou a organização rotulou-a como sendo a "Joana d'Arc da subversão", por chefiar greves e assessorar assaltos a bancos,[16] que Dilma contesta, dizendo não lembrar de todas as ações que lhe atribuíram.[17] O militante Darcy Rodrigues, braço direito de Carlos Lamarca, diz que ela era o elo entre os comandos nacional e regionais.[15]

Em 1970, durante audiência em um tribunal militar depois de 22 dias de tortura. Nota-se que os juízes escondem os rostos.[18][19]

Mesmo com grande quantidade de dinheiro, o VAR-Palmares não conseguiu manter a unidade. Durante um congresso em Teresópolis, entre agosto e setembro de 1969, teria havido grande divisão entre os "militaristas", focados na luta armada, e os "basistas", que defendiam o trabalho de base. Dilma estava com o segundo grupo. Enquanto os primeiros se agruparam na VPR militarista, liderados por Lamarca, Dilma ficou no segundo grupo, a VAR-Palmares basista.[11]

Após a divisão, Dilma foi enviada a São Paulo, onde esteve encarregada de manter em segurança as armas do seu grupo. Evitando mantê-las em apartamentos sem a segurança necessária, ela e a amiga Maria Celeste Martins (décadas mais tarde, foi sua assessora na Casa Civil) mudaram-se para uma pensão simples na zona leste, escondendo o arsenal debaixo da cama.[11]

Prisão

Foto da ficha de Dilma no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, registrada em janeiro de 1970.

Uma série de prisões de militantes conseguiu capturar José Olavo Leite Ribeiro, que encontrava-se três vezes por semana com Dilma. Conforme o relato de Ribeiro, após sofrer um dia de torturas, ele revelou o lugar onde se encontraria com outro militante, em um bar na Rua Augusta. Em 16 de janeiro de 1970, foi obrigado a ir ao local acompanhado de policiais disfarçados, seu colega também foi capturado e quando já se preparavam para deixar o local, Dilma, que não estava sendo esperada, logo chegou. Percebendo que algo estava errado, Dilma tentou sair do local sem ser notada. Desconfiados, os policiais a abordaram e encontraram-na armada. "Se não fosse a arma, talvez tivesse conseguido escapar", ressalta Ribeiro.[11]

Foi, então, levada para a Operação Bandeirante, no mesmo local onde, cinco anos depois, Vladimir Herzog perderia a vida. Foi torturada por vinte e dois dias com palmatória, socos, pau de arara e choques elétricos.[20][21] No meio militar, há quem veja o relato de Dilma com ironia e descrédito, especialmente quanto à possibilidade de alguém sobreviver a tanto tempo de tortura.[22] Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais e a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou o pedido de indenização por parte de Dilma e de outras dezoito pessoas.[23]

Carlos Araújo foi preso em 12 de agosto de 1970. Durante o período em que Dilma esteve presa, Araújo teve um rápido romance com a atriz e então simpatizante da organização Bete Mendes. Ao ser preso, encontrou-se com Dilma em algumas ocasiões, nos deslocamentos relativos aos processos militares que ambos respondiam. Ficaram alguns meses no mesmo presídio Tiradentes, em São Paulo, inclusive com visitas íntimas, onde se reconciliaram, planejando restabelecerem a vida conjugal após a prisão.[11]

Dilma foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Tendo cumprido três anos, o Superior Tribunal Militar reduziu, então, a condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos.[24] Seu nome estava numa lista, encontrada na casa de Carlos Lamarca, com presos a que se daria prioridade para serem trocados por sequestrados, mas nunca foi trocada e cumpriu a pena regularmente.[25]

Mudança para Porto Alegre

Dilma saiu do Presídio Tiradentes no fim de 1972, dez quilos mais magra e com uma disfunção na tireoide.[26] Havia sido condenada em alguns processos e absolvida noutros. Iniciou a recuperação da sua saúde em casa com sua família, em Minas Gerais. Algum tempo depois morou com sua tia em São Paulo e depois mudou-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo cumpria os últimos meses de detenção. Hospedou-se na casa dos pais do companheiro Carlos Araújo, cuja localização lhe permitia avistar o presídio em que Araújo estava detido. Dilma visitava-o com frequência, levando jornais e até livros políticos, disfarçados de romances.[11][26]

Dilma segurando nos braços a filha recém-nascida Paula.

Punida por subversão, de acordo com o decreto-lei 477, ela havia sido expulsa da Universidade Federal de Minas Gerais e impedida de retomar seus estudos naquela universidade em 1973,[27] o que levou Dilma a prestar vestibular para Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ficou grávida em 1975 enquanto cursava a graduação e em março de 1976 nasceu sua única filha, Paula Rousseff Araújo. Sua primeira atividade remunerada, após sair da prisão, foi a de estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), vinculada ao governo do Rio Grande do Sul.[26] Graduou-se em 1977, não tendo participado ativamente do movimento estudantil.[27]

A sua militância política, desta vez dentro da legalidade, foi reiniciada no Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IEPES), ligado ao então único partido legalizado de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Mesmo não tendo se filiado ao partido, Dilma organizava debates no instituto, que recebia palestras de intelectuais. Em 1976, Araújo e Dilma trabalharam na campanha de Glênio Peres a vereador, pelo MDB. Em novembro de 1977, o nome de Dilma foi divulgado no jornal O Estado de S. Paulo como sendo um dos 97 subversivos infiltrados na máquina pública em uma relação elaborada pelo então demissionário e Ministro do Exército, Sílvio Frota, que classificou Dilma como "amasiada com o subversivo" Carlos Araújo. Com isso, foi exonerada da FEE, sendo, contudo, anistiada mais tarde.[26]

Início da carreira política

Dilma Rousseff e Leonel Brizola.

Com o fim do bipartidarismo, participou junto com Carlos Araújo dos esforços de Leonel Brizola para a recriação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, foi membro fundadora do Partido Democrático Trabalhista (PDT).[26] Araújo foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Foi, também, por duas vezes, candidato a prefeito de Porto Alegre, perdendo para Olívio Dutra, em 1988, e Tarso Genro, em 1992. Dilma conseguiu seu segundo emprego na primeira metade dos anos 1980 como assessora da bancada do PDT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.[26]

Secretária Municipal da Fazenda

Araújo e Dilma dedicaram-se com afinco na campanha de Alceu Collares à prefeitura de Porto Alegre em 1985. Eleito prefeito, Collares a nomeou titular da Secretaria Municipal da Fazenda, seu primeiro cargo executivo.[26] Na campanha do pedetista Aldo Pinto para o governo do estado em 1986, Dilma participou da assessoria.[26]

Dilma permaneceu à frente da Secretaria Municipal da Fazenda até 1988, quando se afastou para se dedicar à campanha de Araújo à prefeitura de Porto Alegre, sendo substituída por Políbio Braga. Este revelou que Dilma tentara convencê-lo a não assumir o cargo, aconselhando-o, então: "Não assume não, que isso pode manchar a tua biografia. Eu não consigo controlar esses loucos e estou saindo antes que manche a minha." Enquanto Collares lembra da gestão de Dilma como exemplo de competência e transparência, Políbio Braga discorda, lembrando que "ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos".[26] No ano seguinte, em 1989, Dilma foi nomeada para o cargo de diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, mas acabou sendo demitida do cargo pelo presidente da casa, vereador Valdir Fraga, porque chegava tarde ao trabalho. Conforme Fraga, "eu a exonerei porque houve um problema com o relógio de ponto".[26]

Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicações

Em 1990, Alceu Collares foi eleito governador, indicando Dilma para presidir a Fundação de Economia e Estatística (FEE). Permaneceu ali até fim de 1993, quando foi nomeada Secretária de Energia, Minas e Comunicações, sustentada pela influência de Carlos Araújo e seu grupo político.[26] Permaneceu no cargo até final de 1994, época em que seu relacionamento com Araújo chegou ao fim, abalado pela descoberta de um caso extraconjugal. Depois reconciliaram-se e permaneceram juntos até 2000, quando Dilma foi morar só, em um apartamento alugado.[26]

Em 1995, terminado o mandato de Alceu Collares, Dilma afastou-se dos cargos políticos. Entre 1995 e 1996, teve uma curta experiência como microempresária vendendo produtos variados a baixos preços tabelados (os populares "um e noventa e nove") numa lojinha chamada Pão e Circo,[28] pouco depois retornaria à FEE, passando a ser editora da revista Indicadores Econômicos. Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. Conforme Olívio, "Eu já a conhecia e respeitava. E a nomeei também porque ela estava numa posição mais à esquerda no PDT, menos populista".[26]

Na sua gestão na Secretaria de Minas e Energia do governo Dutra, a capacidade de atendimento do setor elétrico subiu 46%,[26] com um programa emergencial de obras que reuniu estatais e empresas privadas. Em janeiro de 1999, Dilma viaja a Brasília e alerta as autoridades do setor elétrico de que, sem investimentos em geração e transmissão de energia, os cortes que o Rio Grande do Sul enfrentara no início de sua gestão ocorreriam no resto do país.[29] Na crise do apagão elétrico no final do governo Fernando Henrique Cardoso, os três estados da Região Sul não foram atingidos, não sendo imposto qualquer racionamento, pois não houve estiagem na região. Ainda assim, houve economia voluntária de energia e Dilma tentou obter compensação, como se concedia nas demais regiões. O governo federal não cedeu e Dilma conseguiu contemporizar junto à iniciativa privada gaúcha.[26]

Em 2000, Alceu Collares (PDT) e Tarso Genro (PT) disputaram o segundo turno na eleição para a Prefeitura de Porto Alegre. Dilma se licenciou do PDT para apoiar a candidatura de Tarso e posteriormente, em março de 2001, filiou-se ao PT, acompanhando o grupo dissidente liderado por José Vicente Brizola, filho de Leonel Brizola.[30][31]

Ministra de Estado

Ministra de Minas e Energia

Dilma discursa durante cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Biodiesel.

Dilma fez parte do grupo que elaborou os assuntos relacionados à área de minas e energia na plataforma do candidato Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.[32] Ela havia sido convidada pelo físico e engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa, que coordenava as reuniões.[26] Para todos no grupo, estava evidente que Pinguelli seria o ministro de Minas e Energia, caso Lula vencesse a eleição em 2002.[26] Foi grande a surpresa quando Lula, eleito, escolheu Dilma para assumir a pasta.[26] Ao assumir o Ministério das Minas e Energia, também foi nomeada presidente do Conselho de Administração da Petrobras, cargo que exerceu até março de 2010.[33]

Dilma defendeu uma nova política industrial para o governo, fazendo com que as compras de plataformas pela Petrobras tivessem um conteúdo nacional mínimo. Argumentou que não era possível que uma obra de um bilhão de reais não fosse feita no Brasil.[34] As licitações para as plataformas P-51 e P-52 foram, assim, as primeiras no país a exigir um conteúdo nacional mínimo.[35]

Sua gestão no ministério foi marcada pelo respeito aos contratos da gestão anterior, como pelos esforços em evitar novo apagão, pela implantação de um modelo elétrico menos concentrado nas mãos do Estado e pela criação do programa Luz Para Todos.[26] Convicta de que investimentos urgentes em geração de energia elétrica deveriam ser feitos para que o país não sofresse um apagão já em 2009, Dilma travou um sério embate com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendia o embargo a várias obras, preocupada com o desequilíbrio ecológico que poderiam causar. José Dirceu, então Ministro-chefe da Casa Civil, teve que criar uma equipe de mediadores entre as ministras para tentar resolver as disputas.[36]

Ministra-chefe da Casa Civil

Dilma cumprimenta o presidente norte-americano Barack Obama durante encontro na Casa Branca.
Dilma e Lula durante cerimônia de lançamento do PAC da Habitação.

Em 20 de junho de 2005, o presidente Lula indicou Dilma para comandar o Ministério da Casa-Civil.[37] Assim, Dilma se tornou a primeira mulher a assumir o cargo na história do país.[38] José Dirceu, seu antecessor, saiu do ministério devido ao escândalo do mensalão, tendo sido posteriormente condenado.[39] Na época, alguns petistas criticaram a escolha, por considerarem Dilma com um perfil mais técnico e preferiam um nome mais político para a Casa Civil.[40] Franklin Martins, ex-guerrilheiro a se tornar ministro, afirmou que "Lula percebeu que ela fazia as coisas andarem."[26] Mais tarde, Dilma revelou a Gilberto Carvalho que a indicação foi uma surpresa muito maior do que quando fora indicada para a pasta de Minas e Energia.[26]

Segundo o jornal Zero Hora, o Consulado dos Estados Unidos em São Paulo encaminhou ao Departamento de Estado norte-americano, logo após a posse de Dilma na Casa Civil, um dossiê detalhado, traçando seu perfil, o passado como guerrilheira, gostos e hábitos pessoais e características profissionais, descrevendo-a como "técnica prestigiada e detalhista" e como uma pessoa com "fama de durona".[41] Durante seu primeiro ano no ministério, foi condecorada pelo presidente Lula com a mais alta distinção da Ordem do Mérito da Defesa, a Grã-Cruz.[3]

Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, surgido em janeiro de 2008, Dilma teve que se explicar após uma reportagem da revista Veja afirmar que o Palácio do Planalto montara um dossiê detalhando gastos da família Fernando Henrique Cardoso e que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. Em entrevista coletiva em 4 de abril, reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou qualquer conotação política pertinente. As investigações da Polícia Federal concluíram que o responsável pelo vazamento foi um funcionário da Casa Civil, então subordinado de Erenice Guerra, que era secretária-executiva de Dilma e posteriormente sua sucessora na Casa Civil.[42] Ele enviou passagens do dossiê para um assessor do senador tucano Álvaro Dias, confirmando que o dossiê existiu.[43] Na época, a Casa Civil negou a existência do tal dossiê, apresentando, no intervalo de quinze dias, três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa.[44]

Dilma era considerada pelo governo Lula a gerente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lula também a chamou de "mãe" do PAC, designando-a responsável pelo programa em todo o país e informando que a população deveria cobrar dela o andamento das obras.[45] Quanto ao ritmo das obras, Dilma alegou que o país não tem elevado grau de eficiência, como a Suíça, mas estava conseguindo acelerar os maiores projetos.[46] Por outro lado, a condução do PAC, apesar de alguns pontos positivos, foi recebida por seus críticos como uma iniciativa eleitoreira, ineficiente e inconsistente,[47][48][49] com apenas 12% das obras previstas no programa concluídas nos três primeiros anos de governo.[50] Ela também se formou no curso de lideranças políticas do Departamento de Estado dos Estados Unidos.[51]

Campanhas presidenciais

Campanha presidencial de 2010

Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Em abril de 2007, Dilma já era apontada como possível candidata à presidência da República na eleição de 2010.[52] Naquele mesmo ano, o presidente Lula passou a dar destaque a então ministra com o objetivo de testar seu potencial como candidata.[53] Em abril de 2009, Lula afirmou que "Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que Dilma seja candidata do PT e dos partidos, mas se ela vai ganhar vai depender de cada brasileiro".[54] Para cumprir com a lei eleitoral de desincompatibilização, Dilma deixou o Ministério da Casa-Civil em 31 de março de 2010, sendo sucedida por Erenice Guerra.[55]

A Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizada em Brasília no dia 13 de junho de 2010, oficializou Dilma como a candidata do partido à presidência, bem como oficializou o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, como seu vice.[56] A coligação de Dilma e Temer recebeu o nome de Para o Brasil seguir mudando e foi composta por dez partidos.[57] Em seu discurso de aceitação como candidata, declarou: "Não é por acaso que depois desse grande homem o Brasil possa ser governado por uma mulher, uma mulher que vai continuar o Brasil de Lula, mas que fará o Brasil de Lula com alma e coração de mulher".[58]

O mote da campanha petista foi a continuidade do governo Lula.[59] Até então desconhecida por grande parte do eleitorado, Dilma passou a liderar a corrida pela sucessão presidencial no final de junho.[60] Ela foi beneficiada pela aprovação recorde do governo Lula, que atingiu patamares próximos aos 80%.[61] O presidente engajou-se pessoalmente na campanha, participando de vários comícios, gravando para a propaganda eleitoral e declarando apoio à candidata repetidas vezes.[62] O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) interpretou algumas dessas declarações como propaganda eleitoral antecipada, multando-os diversas vezes.[63]

Dilma após votar em Porto Alegre nas eleições de 2010.

Algumas pesquisas de opinião indicavam que Dilma poderia vencer a eleição já no primeiro turno.[64] Ela chegou a atingir mais de 30% de diferença em relação a José Serra, candidato do PSDB.[65] Após a divulgação pela imprensa das suspeitas de tráfico de influência no Ministério da Casa-Civil envolvendo a ministra Erenice Guerra, ex-secretária executiva e braço direito de Dilma, as pesquisas passaram a indicar uma migração de votos da petista para Marina.[66][67] Também contribuiu para sua queda nas pesquisas a questão da descriminalização do aborto, em que seus opositores afirmavam que Dilma seria favorável ao aborto, embora ela tenha negado ter esta posição.[68][69]

Em 3 de outubro, Dilma obteve 46,91% dos votos válidos, classificando-se para o segundo turno com Serra, que atingiu 32,61%.[70] Marina Silva, candidata do PV, conquistou 19,33% dos votos, tirando da petista a vantagem que a elegeria no primeiro turno, como tinha sido apontado inicialmente pelos institutos de pesquisas.[66]

No segundo turno, Marina optou por não declarar apoio a nenhum dos dois candidatos.[71] Dilma manteve a vantagem sobre Serra nas pesquisas de opinião.[72] Em 31 de outubro, ela obteve 55 752 529 votos (56,05%), elegendo-se a primeira mulher presidente do Brasil.[73] Em seu discurso de vitória, destacou o papel das mulheres e agradeceu o apoio do presidente Lula.[74] Sua vitória teve grande repercussão na imprensa internacional, que destacou o ineditismo por ser a primeira presidente e o peso de seu padrinho político.[75]

Campanha presidencial de 2014

Dilma durante campanha em outubro de 2014, em Porto Alegre.

A avaliação do governo e sua avaliação pessoal tiveram uma grande queda após os protestos de junho de 2013.[76] Porém, os levantamentos continuaram apontando seu favoritismo na disputa eleitoral que aproximava-se.[77] Durante o ano de 2014, ocorreram várias denúncias relacionadas à Petrobras na Operação Lava Jato, envolvendo políticos e empreiteiras.[77] A presidente também enfrentou críticas relacionadas à condução da política econômica.[77] O crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) atingiu os mais baixos níveis desde o governo Fernando Collor e a inflação acumulada ficou acima do limite estipulado pelo governo.[78][79]

Alguns setores do Partido dos Trabalhadores deram vida ao movimento "Volta, Lula". O movimento defendia que Dilma fosse substituída pelo ex-presidente Lula como o candidato do partido.[80] O ex-presidente negou a intenção de ser candidato e declarou apoio à reeleição de Dilma.[81] Na convenção nacional do Partido dos Trabalhadores, realizada no dia 21 de junho de 2014, o partido oficializou a candidatura de Dilma à reeleição, tendo novamente Michel Temer (PMDB) como candidato a vice-presidente.[82]

Debate entre Dilma e Aécio no SBT em 16 de outubro de 2014. A eleição presidencial de 2014 foi a mais acirrada desde a redemocratização.[83]

No início da campanha, as pesquisas eleitorais indicavam que o senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB, seria seu principal adversário.[84] O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, apresentava-se como um candidato de terceira via.[84] Em 13 de agosto de 2014, Campos morreu em um acidente aéreo na cidade de Santos.[85] A morte de Campos, seguida da ascensão de Marina Silva como candidata, alterou o quadro eleitoral.[86] Marina ultrapassa Aécio nas pesquisas e assume o segundo lugar, com vantagem em relação à Dilma nos cenários de segundo turno.[87] Porém, Aécio passa a crescer gradativamente nas pesquisas, assim como Marina começa a cair, em grande parte devido aos ataques que recebeu e às polêmicas que se envolveu.[88][89] Nas vésperas do primeiro turno, as pesquisas indicavam que o segundo turno seria realizado entre Dilma e Aécio, que estava em empate técnico com Marina, mas com tendência de alta.[90]

Em 5 de outubro, dia do primeiro turno da eleição, Dilma votou em Porto Alegre e ainda pela manhã seguiu para Brasília para acompanhar a apuração dos votos.[91] Com 41,59% dos votos válidos, Dilma foi a mais votada em quinze estados.[92] Nenhum dos candidatos obteve a maioria dos votos válidos, sendo então convocado pelo Tribunal Superior Eleitoral um segundo turno entre Dilma e Aécio, que foi o segundo colocado com 33,55%.[93] A terceira colocada na disputa, Marina Silva, ficou com 21,32% e declarou apoio a Aécio.[94]

Dilma é reeleita presidente da República, 26 de outubro de 2014.

Nas três semanas de disputa direta entre Dilma e Aécio, os debates e as críticas concentraram-se na corrupção e na economia.[95] Aécio explorou as investigações da Operação Lava Jato, enquanto Dilma afirmava que a oposição tentava dar um golpe ao explorar o caso e que a Polícia Federal tinha independência para investigar.[96] Na economia, Dilma insistiu que o retorno do PSDB ao comando do país seria uma "volta ao passado" e criticou o governo Fernando Henrique Cardoso repetidas vezes.[95][97] Nas duas últimas semanas, os ataques se intensificaram nas propagandas, em debates televisionados e nos atos de campanha.[98] Uma semana antes da votação, o ministro Dias Toffoli decidiu reduzir o tempo de propaganda eleitoral de ambos os candidatos, em decorrência de violações cometidas por eles.[99]

As pesquisas iniciais do segundo turno indicaram Aécio e Dilma empatados tecnicamente, mas com vantagem numérica do tucano.[100] Na última semana de campanha, a petista passa a liderar numericamente, mas o empate técnico persistia.[99] Praticamente repetindo o ritual do primeiro turno, Dilma votou de manhã em sua seção eleitoral na capital gaúcha e seguiu para a capital federal para acompanhar a apuração dos votos.[101] Sua reeleição foi anunciada às 20h27min de 26 de outubro, quando 98% das urnas já haviam sido apuradas.[98] Ela recebeu 54 501 118 votos (51,64% dos votos válidos), contra os 51 041 155 votos (48,36%) a favor de Aécio.[98] No discurso de vitória, Dilma pediu união, prometeu diálogo e negou que o país estaria "dividido".[102] Esta foi a eleição presidencial mais acirrada em trinta anos e considerada por cientistas políticos uma das mais "ofensivas" da história política brasileira.[103]

Em retrospecto, um editorial divulgado pelo O Estado de S. Paulo em março de 2016 afirmou que a campanha de Dilma em 2014 foi "baseada no medo e em mentiras de todo o tipo," o que, segundo o jornal, fez com que a presidente fosse reeleita "para levar o país a um dos mais calamitosos períodos recessivos de sua história e a uma aguda crise política e moral."[104]

Presidente do Brasil

Ver artigo principal: Governo Dilma Rousseff

Primeiro mandato, 2011–2014

A recém-empossada presidente Dilma Rousseff vestindo a faixa presidencial, em 1º de janeiro de 2011.

Dilma foi empossada como a 36ª presidente do Brasil em 1º de janeiro de 2011.[105] Em seu discurso de posse, prometeu erradicar a pobreza e mudar o sistema tributário.[106] Antes mesmo de assumir o cargo, afirmou preferir ser tratada como "presidenta", mas desde sua eleição não houve posicionamento oficial a respeito do tema, o que gerou certa confusão.[107][108] Embora a norma culta do Português estabeleça "presidente" como comum de dois gêneros, os dicionários mais importantes também registram, acompanhado quase sempre das devidas ressalvas, o termo "presidenta".[108] Embora correto linguisticamente e a preferência de Dilma, os meios de comunicação não estabeleceram qualquer padronização, sendo usado desde então tanto "a presidente" quanto "presidenta" em referência à Dilma Rousseff.[109][110]

Em meados de janeiro daquele ano, visitou as áreas atingidas pelas enchentes e deslizamentos de terra no Rio de Janeiro.[111] No final do mesmo mês, fez a primeira viagem internacional, escolhendo a Argentina como destino.[112] Em fevereiro, anunciou um corte de cinquenta bilhões de reais nas despesas previstas pelo Orçamento Geral da União para 2011 e fez seu primeiro pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão.[113][114] Em março, recebeu a visita do presidente norte-americano Barack Obama, com quem assinou acordos de cooperação.[115] Em abril, decretou luto oficial de três dias pelo Massacre de Realengo e declarou que o país estava unido em repúdio à violência.[112][116]

Dilma e Cristina Kirchner, presidente da Argentina, durante sua primeira viagem internacional.

Ainda em 2011, no campo da macroeconomia, teve início a implementação de inúmeras medidas que compunham a nova matriz econômica, caracterizada por maior intervenção estatal na economia, juros mais baixos, desonerações, e outras iniciativas que visavam favorecer a indústria nacional. A nova matriz, portanto, tinha caráter desenvolvimentista. O responsável por implementá-la foi Guido Mantega, ministro da Fazenda no final do governo Lula que foi mantido no cargo quando Dilma tomou posse como presidente. A matriz foi mais tarde objeto de crítica.[117]

Em seu discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas em 21 de setembro, defendeu o Estado Palestino ao dizer que "chegou o momento" daquele país se tornar um membro pleno da ONU. Dilma também exaltou o papel das mulheres na política, declarando: "Pela primeira vez na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o debate geral: é a voz da democracia".[118] Em novembro, sancionou a lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade e a Lei de acesso à informação, regulamentando o direito do acesso à informações públicas.[119][120]

Em seu primeiro ano de mandato, sete ministros foram substituídos.[121] Os ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho) demitiram-se após denúncias de corrupção.[121][122] Nelson Jobim, então ministro da Defesa, pediu demissão após classificar o governo Dilma como "atrapalhado".[123]

Em fevereiro de 2012, o governo federal leiloou os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.[124] As concessionárias vencedoras irão administrar os aeroportos durante o prazo de concessão, que varia de vinte a até trinta anos. O governo arrecadou 24 bilhões de reais com os leilões.[125] Também foram, posteriormente, concessionados para a iniciativa privada trechos de rodovias e ferrovias federais.[126]

Dilma discursa durante abertura da Rio+20, 20 de junho de 2012.

Em maio de 2012, anunciou, em rede nacional de televisão, a criação do programa Brasil Carinhoso, com o objetivo tirar da miséria absoluta todas as famílias com integrantes de até quinze anos.[127] No mês seguinte, ela sancionou a Lei nº 12 677, que criou mais de setenta mil cargos a serem preenchidos até 2014 na área educacional[128] e, em agosto, sancionou a lei que destina metade das vagas em universidades federais para estudantes de escolas públicas.[129]

Em seu primeiro pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão do ano de 2013, anunciou uma redução na conta de luz e declarou que "ao mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia e ela irá crescer ainda nos próximos anos".[130] Em março, anunciou a desoneração de impostos federais sobre a cesta básica com o objetivo de reaquecer a economia.[131]

Pronunciamento de Dilma em 21 de junho de 2013 sobre os protestos gerais.

Em junho de 2013, ocorreu uma histórica onda de protestos da população que se espalharam por todo País sobre insatisfação relacionada aos Poderes Executivo e Legislativo, aliada a questões sobre condições de saúde, educação e segurança. Esses protestos ficaram conhecidas como Jornadas de Junho e resultaram em uma queda significativa na popularidade de Dilma e também afetaram negativamente a popularidade de governadores, prefeitos, deputados e da maioria dos partidos do país.[132] Em 21 de junho de 2013, um dia após a maior manifestação registrada nessa onda, Dilma cancelou uma viagem que faria ao Japão e convocou uma reunião de emergência.[133] No mesmo dia, foi gravado um pronunciamento presidencial, que foi transmitido na mesma noite.[134] Neste pronunciamento, Dilma anunciou a criação de cinco pactos e uma proposta de plebiscito para constituinte da reforma política.[135]

Em setembro de 2013, documentos do Governo dos Estados Unidos classificados como ultrassecretos vazaram, revelando que Dilma e seus principais assessores, além de grandes empresas como a Petrobrás, foram espionados pelo governo norte-americano.[136] Em 17 de setembro, Dilma cancelou a viagem oficial que faria aos EUA naquele ano.[137] Em 24 de setembro, a presidente discursou na Assembleia Geral da ONU, onde declarou que a espionagem fere a soberania e o direito internacional.[138] Ela classificou as denúncias como uma "grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis" e uma "afronta aos princípios que devem guiar as relações entre os países".[139] Em fevereiro de 2015, uma reportagem do The New York Times afirmou que os programas de espionagem da NSA no Brasil e no México continuaram mesmo após as revelações ao público e o estremecimento das relações bilaterais.[140]

Dilma dá o "pontapé inicial" da Arena Castelão, 20 de janeiro de 2013.

Em 21 de outubro de 2013, foi leiloado o Campo de Libra, considerado o maior campo de petróleo da Camada pré-sal.[141] Naquele mesmo dia, a presidente Dilma fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão negando que o leilão significava a privatização do petróleo brasileiro. Segundo ela, "o Brasil é — e continuará sendo — um país aberto ao investimento, nacional ou estrangeiro, que respeita contratos e que preserva sua soberania. Por tudo isso, o leilão de Libra representa um marco na história do Brasil".[142]

Em 27 de abril de 2014, sancionou o Marco Civil da Internet, que estabeleceu obrigações e direitos dos provedores de internet.[143] Dilma discursou no fórum global NETmundial, realizado naquele mês, afirmando: "Esse foi um processo virtuoso que nós levamos no Brasil. O nosso Marco Civil também foi valorizado pelo processo de sua construção. Por isso, gostaria de lembrar que ele estabelece princípios, garantias e direitos dos usuários."[144]

Em 10 de junho de 2014, dois dias antes do início da Copa do Mundo FIFA, Dilma pronunciou-se em rede nacional de televisão sobre o evento. No pronunciamento, a presidente defendeu o legado da Copa, declarando: "No jogo, que começa agora, os pessimistas já entram perdendo. Foram derrotados pela capacidade de trabalho e a determinação do povo brasileiro, que não desiste nunca".[145] Entre junho de 2013 até a realização da Copa, vários protestos ocorreram contra a realização do evento no país.[146] Os manifestantes denunciavam gastos excessivos de verbas públicas para construção de estádios e estruturas, a isenção de impostos a Federação Internacional de Futebol (FIFA),[147] o padrão dos serviços públicos comparados ao evento e alegações de corrupção.[148][149] Dilma também foi alvo dos protestos por, pelo menos, duas vezes: em seu discurso de abertura da Copa das Confederações FIFA de 2013, recebeu muitas vaias da plateia;[150] ao entregar a taça de campeã para a Alemanha, foi novamente vaiada pela torcida.[151]

Durante a abertura da Assembleia-geral das Nações Unidas, em setembro de 2014, Dilma pediu "diálogo" para as nações envolvidas em uma retaliação às ações promovidas pelo Isis (sigla em inglês). Tal afirmação gerou controvérsias em setores de mídia e política, visto que o estado islâmico promovia massacres de mulheres, crianças e perseguição religiosa.[152] Dilma foi acusada de direcionar seu discurso às ações dos Estados Unidos e pedindo diálogo apenas às nações que apoiam a retaliação. Em resposta, o presidente norte-americano Barack Obama afirmou que "a única linguagem que assassinos como esses entendem é a da força."[153]

Segundo mandato, 2015–2016

Dilma Rousseff sendo empossada para o seu segundo mandato.

Em 1º de janeiro de 2015, Dilma foi empossada para o seu segundo mandato na presidência da República.[154] Ela iniciou seu segundo mandato enfraquecida e em meio a uma crise econômica e política.[155] Desde então, o governo, em busca de construção da austeridade fiscal, tomou medidas impopulares, como novas regras mais rígidas para aposentadorias, o aumento da luz e da gasolina, cortes bilionários em todas as áreas e aumento de impostos.[156][157] No início de fevereiro, a popularidade da presidente Dilma caiu de 42% para 23%, a avaliação mais baixa de um governo federal desde dezembro de 1999.[158]

Em 8 de março, durante o discurso da presidente em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em várias cidades brasileiras ocorreram manifestações de desaprovação em forma de "panelaço".[159] No dia 15, simpatizantes da presidente realizaram uma manifestação de apoio denominada "coxinhaço", numa referência aos opositores do governo, os assim denominados "coxinhas" por alguns governistas[160] e cujos líderes apresentam uma cosmovisão alinhada com a direita política brasileira.[161] Entretanto, a insatisfação social com os problemas na administração nacional, a crise econômica e, denúncias de corrupção, levaram a um apoio maciço aos protestos contra o governo Dilma marcados para aquele mesmo dia. Enquanto alguns manifestantes clamavam pela renúncia da presidente, outros pediam uma intervenção das forças armadas e, dezenove pedidos para seu impeachment já haviam sido feitos, a maioria solicitados por cidadãos.[162] De forma geral, as manifestações transcorreram de forma pacífica mas, alguns atos de violência foram registrados, como um ataque contra a sede do PT da cidade de Jundiaí.[163] Os protestos foram realizados ao longo do dia em várias cidades por todo o país.[164] Brasileiros que residem no exterior também protestaram no Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Portugal.[165] O governo foi surpreendido com o apoio popular e a escala das manifestações de protesto[166] e, só na cidade de São Paulo, estima-se que houve a participação de um milhão de pessoas, embora a projeção do Datafolha tenha estimado 210 mil participantes.[167] Em 12 de abril, novos protestos foram feitos contra o governo da presidente Dilma. Desta vez, o número de manifestantes foi estimado entre 696 mil e 1,5 milhão.[168]

Dilma Rousseff concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto em 16 de março de 2015, em resposta aos protestos ocorridos no dia anterior.

No dia 18 de março, conforme promessa de campanha,[169] o governo envia ao congresso uma série de medidas contendo mudanças objetivando fortalecer a legislação para combater à corrupção no executivo, legislativo e judiciário como também objetivando melhor transparência no setor privado. Em declaração Dilma ressaltou que se precisa desconstruir o estigma de que "brasileiro quer levar vantagem em tudo" e disse que a impunidade tem sido a causa mater da reprodução da corrupção na cultura brasileira: "Não pretendemos esgotar a matéria, mas evidenciar que estamos no caminho correto. [As medidas] fortalecem a luta contra a impunidade que é, talvez, o maior fator que garante a reprodução da corrupção". Entre as medidas tem o projeto de lei que exige Ficha Limpa para todos os servidores públicos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o decreto de regulamentação da Lei anticorrupção.[170]

No final de maio, o governo anunciou o maior corte no orçamento da história do país, estimado em quase setenta bilhões de reais.[171] Os maiores cortes foram feitos nos ministérios das cidades (R$ 17,2 bilhões), saúde (R$ 11,7 bilhões), educação (R$ 9,4 bilhões), transportes (R$ 5,7 bilhões) e defesa (R$ 5,6 bilhões).[172] Em setembro, a equipe econômica do governo propôs a volta da CPMF,[173] proposta que a presidente havia declarado ser contrária em 2010, quando candidata à presidência da República e em 2011, já ocupando o cargo, quando chamou a CPMF de "engodo".[174] A reedição do imposto passou a sofrer críticas pelos partidos de oposição e por federações industriais como a Fiesp, para não passar pelo Congresso Nacional.[175]

Em 5 de outubro de 2015 institui por decreto a Comissão Especial de Reforma do Estado com o objetivo de propor aos órgãos competentes medidas para aumentar a eficiência na gestão pública e reduzir custos, por meio, de revisão da estrutura organizacional do Poder Executivo federal; eliminação de sobreposição de competências; fomento à inovação e à adoção de boas práticas na gestão pública federal e aprimoramento dos instrumentos de governança, transparência e controle da administração pública federal.[176]

Dilma durante a cerimônia de posse de Lula como ministro de Estado, em 17 de março de 2016.

No início de março de 2016, em meio a operação da Polícia Federal e outras investigações em curso contra Lula, Dilma ofereceu-lhe um ministério como forma de evitar sua prisão e passar a ter foro privilegiado, o que faria com que os processos fossem movidos para o STF.[177] O ex-presidente inicialmente, no entanto, resistia à ideia.[178]

Em 13 de março de 2016, manifestações populares ocorridas em todas as regiões do país levaram mais de três milhões de pessoas às ruas para demandar o fim da corrupção e a saída da presidente de seu cargo. Este protesto contra Dilma constituiu-se na maior manifestação popular da história do país.[179]

No dia 16 de março de 2016, Dilma nomeou Lula ministro da Casa Civil. O juiz de primeira instância, Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, grampeou com autorização da justiça o telefone do investigado Lula. Sites pró-governo suspeitaram que o telefone poderia ser de Dilma.[180][181] A justiça retirou o sigilo das interceptações em razão do teor do diálogos;[182] um destes diálogos entre Dilma e Lula gerou dúvidas de se a presidente estava tentando obstruir a justiça ao nomear Lula para o ministério.[183][184] O ato foi considerado ilegal e crime constitucional por uma parte dos juristas.[185] O ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que as gravações foram absolutamente legais.[186] Moro afirmou que: "pelo teor dos diálogos gravados, constata-se que o ex-presidente já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos dos diálogos." Mas ele ressaltou, porém, "que não há nenhum indício nas conversas, ou fora delas, de que as pessoas citadas tentaram, de fato, agir "de forma inapropriada".[182] O teor do diálogo foi suficiente para levar parte da população pró-impeachment às ruas espontaneamente pedir a renúncia da Presidente.[187] Em 17 de março de 2016, no dia da posse de Lula como ministro, um juiz federal suspendeu por meio de liminar os efeitos da nomeação.[188] No dia 18 de março, Gilmar Mendes também suspendeu a nomeação.[189]

Em abril de 2016, durante o segundo mandato de Dilma, uma pesquisa realizada entre os leitores da revista americana Fortune apontou a Presidente como a líder mais "decepcionante" do mundo.[190]

Política econômica e ambiental

A política econômica de seu governo não foi considerada satisfatória, devido, principalmente, ao nível de inflação, que chegou próximo ao teto da meta anual de 6,5% estipulada pelo governo, aos déficits da balança comercial brasileira, ao crescimento da desvalorização cambial e ao nível relativamente baixo de crescimento do produto interno bruto (PIB) em relação a outros países emergentes.[191] Para Michael Reid, editor da destacada revista The Economist, Dilma merece aplauso "por ser uma democrata, por ter realizado ações no início do governo contra a corrupção e por ter respeitado a liberdade de expressão", mas se tornou uma decepção para muitos porque "o governo federal continua crescendo como um aparato burocrático e tem uma base de apoio imensa, que cobra cargos e verbas. E não parece que ela tem uma visão de como reformar o Estado para que ele faça melhor as coisas que os brasileiros querem".[49] Para vários analistas, a confiança no Brasil dos investidores estrangeiros declinou.[192] Paulo Bilyk, fundador da Rio Bravo Investimentos, atribui isso à instabilidade institucional, produzida, entre vários motivos, por contas públicas desajustadas e aumento da inflação.[192] Segundo avaliação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, na América Latina o país só perde para a Argentina em carga tributária, e o FMI projetou uma queda no crescimento de 3,2% para 2,8% ao longo de 2014, com os problemas piores registrados na infraestrutura.[193] O importante jornal Financial Times fez duras críticas à sua administração e pediu um "choque de credibilidade" no Brasil, dizendo: "Os preparativos atrasados para a Copa do Mundo já envergonham o País, enquanto o trabalho para os Jogos Olímpicos de 2016 é classificado como 'o pior' que o Comitê Internacional já viu. A economia também está em queda. O Brasil, uma vez o queridinho do mercado, vê investidores caindo fora".[194] O editorial considerou que se a presidente não mudar seu hábito de mais falar do que ouvir sua reeleição pode ficar comprometida, mas admite que há sinais de algumas mudanças positivas, afirmando:

"Saber se a senhora Rousseff, que parece Merkel (Angela Merkel, chanceler da Alemanha), mas resulta nos Irmãos Marx, é realmente a pessoa certa para colocar o Brasil de volta aos trilhos é outra questão. Afinal de contas, sua primeira administração foi uma decepção. Mas, pelo menos, há sinais de que os mercados do País estão trabalhando como deveriam através da transmissão de uma preocupação generalizada e crescente. Estes estão agora começando a empurrar o debate político em uma direção favorável aos investidores. Isso só pode ser uma coisa boa".[194]

Até mesmo seu conselheiro e apoiador constante, o ex-presidente Lula, num almoço com empresários e políticos promovido pelo banco Merrill Lynch, criticou sua pouca disposição ao diálogo e sua tendência de concentrar em si o poder, devendo aprender a delegar e a "ser mais líder e menos general".[195] Reinaldo Azevedo, escrevendo para a Veja, disse que o governo Dilma teria se saído melhor se tivesse encontrado uma conjuntura mais favorável, como a que Lula encontrou:

"Acontece que esses eventos não vão se repetir. Dilma está pegando a fase final das 'virtudes' do modelo lulista, ancorado no consumo. O déficit de US$ 11,591 bilhões nas contas externas em janeiro começou a ser fabricado no governo Lula. O rombo certo na balança comercial em 2014 — o primeiro em 13 anos — também começou a ser fabricado no lulismo. O papel cada vez mais modesto da indústria no PIB e um déficit de US$ 110 bilhões do setor no ano passado têm a digital indelével de... Lula! [...] O governo Dilma é, sim, a meu juízo, muito ruim — mas não é pior do que era o de Lula. O que mudou de modo importante foi a conjuntura internacional, e o PT não estava preparado para isso".[196]

Quanto ao meio ambiente, o Governo Dilma foi duramente criticado pelo seu modus operandi.[197] A abordagem da grave problemática ambiental contemporânea foi considerada pelos ambientalistas brasileiros como a pior das últimas décadas, favorecendo retrocessos, estabelecendo políticas contraditórias e oportunistas e dando grande incentivo ao uso de combustíveis fósseis, altamente poluidores.[198] Segundo a FAO o Brasil até 2010 continuava sendo o campeão mundial em desmatamento, grande parte dele ilegal, e ainda em 2013 as taxas se elevarão rapidamente.[199] Este retrocesso se deve, na opinião de cientistas e ambientalistas, muito porque o governo Dilma não vetou tudo o que podia nas mudanças do Novo Código Florestal Brasileiro, que foi aprovado por forte pressão da bancada ruralista do Congresso, parte da base aliada do governo, e porque os poderes fiscalizadores do Ibama, o administrador da política ambiental, foram reduzidos nesta gestão, sofrendo ainda de crônica insuficiência de recursos.[200] Todos os biomas nacionais estão seriamente ameaçados, as reservas protegidas são poucas, o controle é pouco eficiente, e o Ibama tem sido incapaz de atender a todas as demandas e combater a ilegalidade.[201][202][203] O Brasil tem dado contribuição significativa ao aumento nos níveis do aquecimento global, e suas taxas de emissão de gases estufa estão crescendo, especialmente no setor energético.[204][197]

Outros setores com grandes problemas também estavam relacionados ao meio ambiente, ao uso da terra e dos recursos naturais, com importantes repercussões sociais: o seu governo foi criticado por, de acordo com os críticos, não ter dado ao problema questão agrária a atenção que ele merece,[205] em 2012 o Incra, órgão governamental responsável pela reforma agrária, foi acusado pelo Ministério Público como o maior desmatador da Amazônia,[206] e a política indigenista do governo foi considerada um fracasso por vasto número de observadores, com os problemas ligados à questão das terras indígenas e ao uso dos seus recursos, deixando os indígenas do Brasil em uma condição de crônica desassistência que favorece a continuidade do genocídio histórico que esses povos sofreram pela ação dos colonizadores. A base aliada do governo no Congresso tem sido responsável pela aprovação de múltiplos projetos de lei que prejudicam os interesses indígenas. Esses problemas têm gerado conflitos violentos, com muitas perdas de vidas e sofrimento, com denúncias que chegaram a fóruns internacionais como a ONU, sem qualquer efeito.[207][208] Questionado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, braço da OEA, sobre violações de direitos humanos no caso da construção da usina de Belo Monte, um dos mais polêmicos, o governo se recusou a comparecer à audiência, chamou seu embaixador de volta e ameaçou cortar fundos de apoio à organização.[209]

Tais fatores econômicos e ambientais foram alguns dos motivos para realização de manifestações que pediam o impeachment de Dilma.[210]

Contudo, mesmo com essas adversidades, o país conseguiu ser destaque na aplicação de políticas que visavam a sustentabilidade.[211] A então ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, foi premiada com a mais alta honraria da ONU na categoria política e liderança, o prêmio "Campeões da Terra" em 2013.[211] De acordo com Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU, "a ministra contribuiu significativamente para a elaboração de uma agenda global para o meio ambiente; ela representa um país que fez um ótimo trabalho no desenvolvimento sustentável nos últimos anos".[212]

Impeachment

Ver artigo principal: Impeachment de Dilma Rousseff
Pronunciamento após a votação final no Senado em 31 de agosto de 2016.

Em 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acolheu um dos pedidos de impeachment contra Dilma, protocolado na Câmara pelos juristas Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reale Júnior. No dia seguinte, Cunha autorizou formalmente a criação de uma Comissão Parlamentar Especial, com 65 deputados, sendo proporcional à bancada de todos os partidos políticos representados, a comissão foi responsável pela elaboração de um parecer pela admissibilidade da abertura do processo.[213] A Folha de S.Paulo avaliou o gesto de Cunha como uma "retaliação" contra o partido da presidente da República.[213] Por sua vez, Cunha afirmou que o governo Dilma negociou com seus aliados para trocar os votos do PT a favor do mesmo no processo de cassação movido contra ele no Conselho de Ética, pela aprovação da CPMF e arquivamento dos pedidos de impeachment.[214]

Devido ao recesso parlamentar e as ações de deputados impetradas no Supremo Tribunal Federal com o objetivo de decidir formalmente o rito do processo somente em 17 de março de 2016, a Câmara elegeu, por votação aberta, os 65 integrantes da comissão especial que analisaria o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Houve 433 votos a favor e apenas um contrário.[215] Em 11 de abril, a comissão especial, com 38 votos a favor e 27 contra, aprovou o parecer do relator, que defendia a admissibilidade do processo de afastamento da presidente.[216] O parecer elaborado pelo deputado Jovair Arantes seguiu para apreciação pelo plenário da Casa.[217]

Em março de 2016, o porta-voz do escritório da ONU Rupert Colville assinou uma nota em que mencionou o "debate cada vez mais acalorado e politizado que tomou conta do Brasil nas últimas semanas". Além de solicitar ação "escrupulosa" das autoridades judiciais e pedir que evitem tomar posições político-partidárias, o representante da organização também pediu que não haja obstrução da Justiça. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe expressou preocupação com o processo de impeachment e mencionou avanços sociais alcançados no governo de Dilma e Lula. A Organização dos Estados Americanos também demonstrou apoio a Dilma no dia 18 de março. Luis Almagro, secretário-geral da organização, defendeu a garantia do seu mandato, a continuidade das investigações da Operação Lava Jato e o princípio de que todos são iguais perante a lei.[218]

No dia 17 de abril de 2016, domingo, a Câmara dos Deputados, com 367 votos favoráveis, 137 contrários, além de 7 abstenções e 2 ausentes, autorizou o Senado Federal a instaurar processo de impeachment contra Dilma.[219] Em 22 de abril de 2016, Dilma pediu em coletiva a imprensa em Nova Iorque que o Mercosul e Unasul analisasse o momento atual do Brasil, e completou que poderia pedir que o Mercosul ativasse a cláusula democrática caso ocorresse o processo de impeachment tido como "golpe" pelo PT pela suposta falta de crime de responsabilidade.[220] Um dia depois, a Unasul rejeitou uma moção de repúdio ao processo de impeachment contra Dilma.[221]

No dia 12 de maio de 2016, com 55 votos favoráveis, 22 contrários e 2 ausentes, o Senado Federal autorizou a abertura do processo de impeachment, e determinou o seu afastamento da Presidência da República pelo período de até 180 dias. Com isso, o vice-presidente Temer passou a exercer as funções de presidente da República.[222]

Em diálogos divulgados em 23 de maio, com Romero Jucá e Sérgio Machado, o processo de impeachment foi supostamente revelado como um "pacto" para deter os avanços da Lava Jato. "Tem que mudar o governo para estancar a sangria", disse Jucá. E acrescentou que o governo de Temer seria feito por um "pacto nacional com o Supremo, com tudo".[223]

No dia 31 de agosto de 2016, com 61 votos favoráveis e 20 contrários, o Senado Federal aprovou o pedido de impeachment e afastou definitivamente a presidente do cargo.[224] Logo em seguida, em uma segunda votação, os senadores decidiram manter os direitos políticos de Dilma. Foram 42 votos favoráveis à inabilitação (seriam necessários 54 votos para a aprovação), 36 contrários e 3 abstenções.[225] Dessa forma, Dilma ainda poderia exercer funções públicas, como ocupar cargos de confiança ou se candidatar em eleições futuras.[226]

Manifestações populares

Manifestantes no teto do Congresso Nacional, protestando contra gastos na Copa, corrupção e por melhorias no transporte, na saúde e educação, em 18 de junho de 2013.

Em 2013, como corolário da grande insatisfação nacional, foram organizadas múltiplas manifestações populares em todo o Brasil protestando contra o descaso histórico do governo brasileiro, do parlamento, das instituições públicas e de outros setores oficiais em relação a questões vitais para a sociedade brasileira, como a educação e a saúde pública, a economia, gastos públicos indevidos, corrupção e o respeito às minorias.[227] A presidente considerou as manifestações legítimas e respondeu à sociedade com um pronunciamento público e a proposta de um pacto nacional para a melhoria dos serviços públicos, que incluía um plebiscito[228][229][230] Uma pesquisa realizada pelo Instituto MDA em parceria com a Confederação Nacional dos Transportes indicou em novembro de 2013 que 81,7% da população brasileira apoiava os protestos, mas 93,4% não concordava com a violência como forma de protesto.[231] Com a expectativa de novos protestos e o temor de vandalismos, o ministro do esporte, Aldo Rebelo, afirmou que o governo não iria tolerar manifestações que atrapalhassem ou tentassem impedir os jogos da Copa das Confederações daquele ano.[232]

A condução dos trabalhos da Copa gerou protestos, principalmente pelos excessivos gastos públicos, na sujeição do governo às imposições da FIFA e na violação de direitos humanos.[233] O governo diz que os gastos públicos foram pequenos, em geral empréstimos que deverão ser pagos de volta,[229] e que as obras reverterão em benefícios permanentes para a população, mas os críticos dizem que, contando vias indiretas, de 80 a 90% dos investimentos foram públicos, chegando à ordem de trinta bilhões de reais, incluindo isenção de impostos e inúmeras facilidades excepcionais para os empresários, desviando indevidamente recursos de áreas emergenciais como a educação e a saúde.[234] Segundo pesquisa da empresa KPMG, o Brasil tem metade dos 20 estádios mais caros do mundo.[235] Também têm sido duramente condenadas as múltiplas remoções forçadas de comunidades que tinham suas moradias no caminho das obras, registrando-se muitos confrontos violentos, com demolições iniciando com habitantes ainda dentro de suas casas e batalhas de rua com a polícia, amplamente documentadas pela imprensa. Cerca de 170 mil famílias em todo o Brasil perderam suas casas em função de obras da Copa. Essas práticas têm despertado protestos de rua e nas redes sociais, foram denunciadas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e foram condenadas pela Anistia Internacional, que lançou uma campanha em protesto.[236][237]

Para esses críticos, como o livre-docente da USP Jorge Luiz Souto Maior, o suposto "legado da Copa" é mais uma miragem do que uma realidade:

"[...] alguns estádios fantasmas e obras inacabadas, nos próprios estádios e em aeroportos e avenidas, além da indignação de saber que os grandes estádios e as obras em aeroportos custaram milhões aos cofres públicos, mas que, de fato, pouca serventia terão para a maior parte da classe operária, que raramente viaja de avião e que tem sido afastada das partidas de futebol, em razão do processo notório de elitização incrementado neste esporte. [...] No caso do estádio Mané Garrincha, em Brasília, por exemplo, com custo final estimado em R$ 1,9 bilhões, levando-se em consideração o resultado operacional com jogos e eventos obtidos em um ano após a conclusão da obra, qual seja, R$ 1 137 milhões, serão precisos 1 167 anos para recuperar o que se gastou, o que é um absurdo do tamanho do estádio, ainda que o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o secretário executivo da pasta, Luis Fernandes, tenham considerado o resultado, respectivamente, 'um êxito' e 'um exemplo contra o derrotismo' ".[234]

Opinião pública

A aprovação ao governo de Dilma foi a que passou por oscilações mais nítidas entre os presidentes da Nova República. Durante os dois primeiros anos do seu primeiro mandato, obteve índices recorde de ótimo/bom. Neste período, estes nunca foram inferiores a 48% e sua avaliação pessoal atingiu a casa dos 70% diversas vezes.[238] Estes índices deram-lhe um início de mandato com melhor aprovação do que comparado ao mesmo período dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.[239] Porém, a partir das Jornadas de Junho de 2013, a sua popularidade sofreu uma queda significativa, indo de 55% para 31% de ótimo ou bom. Esta foi uma das maiores quedas de popularidade registradas na avaliação do governo federal desde Fernando Collor.[240] No primeiro mandato, os melhores índices de ótimo ou bom do governo Dilma, tanto do Ibope quanto do Datafolha, ocorreram em março de 2013 com 63% e 65% respectivamente.[241][242]

Já no segundo mandato, os seus índices de aprovação eram geralmente baixos e os de reprovação altos. A primeira pesquisa de aprovação no seu segundo mandato, realizada em março de 2015, indicou uma nova queda na popularidade da presidente. De acordo com o Datafolha, 62% consideravam o governo Dilma ruim ou péssimo e 13% ótimo ou bom.[243] Estes números deram a Dilma os piores índices de aprovação para um presidente da República em mais de vinte anos.[244] Segundo a CNT/MDA, a avaliação positiva do governo Dilma caiu para 10,8%, a menor desde 1999. O índice de reprovação do governo foi de 64,8% e 77,7%, reprovando o desemprenho pessoal da presidente.[245] Entretanto, os piores índices de popularidade de todo o governo Dilma ocorreram em agosto de 2015. Nesse período, de acordo com Datafolha, 71% consideravam o governo ruim ou péssimo enquanto apenas 8% o consideravam ótimo ou bom. Estes índices, os piores que já haviam sido registrados, marcaram Dilma como o(a) presidente mais impopular da história na época, superando Fernando Collor e José Sarney.[246] As vésperas do seu afastamento da presidência resultante de um processo de impeachment, em abril de 2016, os seus índices de aprovação sofreram uma leve melhora com relação aos de agosto de 2015, porém permaneceram sendo baixos. Na última pesquisa Datafolha feita antes de Dilma sair da presidência, 69% consideravam o governo dela ruim ou péssimo e apenas 13% o consideravam ótimo ou bom.[247]

Em fevereiro de 2016, o Datafolha consultou parte da população a respeito do apoio a saída de Dilma da presidência, fosse por impeachment ou renúncia. Na avaliação do instituto, 60% dos entrevistados acreditavam que os deputados deveriam aprovar o processo de impeachment que havia sido aberto contra a petista tramitando na Câmara e 33% que eles deveriam votar contra. Com relação a renúncia, 58% achavam que ela deveria renunciar e 37% que ela não deveria.[248] De acordo com uma pesquisa feita pelo Ibope em março de 2016, o governo Dilma foi mal avaliado em todas as áreas de atuação pesquisadas (com a desaprovação em todas elas superando 65%), a mais mal avaliada foi impostos, com 8% de aprovação e 91% de desaprovação e a mais bem avaliada foi combate a pobreza, com 29% de aprovação e 69% de desaprovação.[249]

Pós-presidência

Dilma discursando em congresso do Partido dos Trabalhadores, em junho de 2017.

Após deixar a presidência, Dilma mudou-se para Porto Alegre e passou a residir em um apartamento de classe média localizado no bairro Tristeza, na zona sul da cidade, observando uma vida simples e reservada.[250] Manteve alguns benefícios dados a ex-presidentes da República, como o direito a ter oito assessores (incluindo para segurança pessoal) e dois carros oficiais. Ela perdeu o direito ao salário integral, de mais de R$ 30 mil, mas se aposentou pelo Regime Geral de Previdência Social logo depois de sua cassação ser aprovada, passando a receber cerca de R$ 5 mil mensais.[251][252]

Em dezembro de 2016, assumiu a presidência do conselho consultivo da Fundação Perseu Abramo, um trabalho remunerado; Rui Falcão chegou a convidá-la para presidir a fundação, mas o convite sofreu resistências dentro do PT.[253]

Ativismo

Dilma manteve a retórica de que foi vítima de um golpe de Estado, realizando palestras em várias universidades e eventos, incluindo no exterior, e proferindo críticas a Temer.[254][255] Em abril de 2017, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que planejava escrever um romance policial;[250] ela também planejava escrever um livro sobre seu governo e os bastidores do impeachment.[256] Como o Senado manteve seus direitos políticos, a ex-presidente não descartou uma candidatura à Câmara dos Deputados ou ao Senado pelo Rio Grande do Sul em 2018.[257] Em março de 2017 Dilma e Lula questionaram a participação de Michel Temer na inauguração de trechos do eixo Leste da transposição do rio São Francisco, entrando em disputa com o então presidente pela paternidade do projeto. Ambos promoveram uma inauguração paralela no dia 19 do mesmo mês.[258] Em 25 de agosto de 2017, Dilma passou a integrar a caravana de Lula no Nordeste brasileiro, tornando-se o principal cabo eleitoral de seu antecessor, que foi pré-candidato à presidência da República em 2018. A caravana foi marcada pela presença de apoiadores ilustres do Partido dos Trabalhadores e por críticas veementes de Lula e Dilma ao Poder Judiciário e ao governo Michel Temer, que "não tem o menor compromisso com o povo brasileiro", segundo Dilma.[259] Foi uma das fundadoras do Grupo de Puebla,[260] entidade apontada como a sucessora do Foro de São Paulo,[261] criada no México em 12 de julho de 2019.[262]

Acusação de obstrução da justiça

Em setembro de 2017, Dilma foi denunciada[263][264] pelo Procurador-Geral da República (PGR) Rodrigo Janot por organização criminosa.[265] No dia seguinte, foi denunciada pelo PGR por obstrução de justiça no episódio da nomeação de Lula como ministro da Casa Civil.[266] Janot acusou Dilma de ter sido "amplamente beneficiada" com recursos provenientes de propinas, cujo valor total chegaria a R$ 170,4 milhões, e integrar a organização criminosa investigada pela Operação Lava Jato desde sua posse como ministra de Minas e Energia, em 2003, após a qual teria atuado decisivamente para a articulação de propinas. Janot requereu o bloqueio de R$ 6,5 bilhões de vários integrantes dos governos petistas, incluindo Lula e Dilma, além de fixar uma multa no valor mínimo de R$ 300 milhões. A assessoria de Dilma afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que a denúncia carecia de fundamentos.[267][268] A denúncia relativa à suposta organização criminosa foi aceita pela Justiça Federal de Brasília em novembro de 2018.[269]

Por fim, Dilma e os demais acusados foram absolvidos em 2019 pela Justiça Federal em Brasília. Segundo o magistrado Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara Federal em Brasília, a denúncia feita por Janot "tentava criminalizar a atividade política, sequer se dando ao trabalho de apontar os elementos essenciais à caracterização do crime de organização criminosa".[270] A denúncia foi remetida à primeira instância e encerrada após seis anos de investigação.[271]

Candidatura ao Senado Federal

Dilma ao lado de Fernando Pimentel e Manuela d'Ávila durante evento de campanha, em agosto de 2018.

O plano do PT para Dilma era elegê-la para o Senado Federal; o partido chegou a cogitar uma candidatura da ex-presidente pelos estados do Ceará e Piauí, onde o cenário seria mais favorável, mas Dilma mantinha preferência pelo Rio Grande do Sul ou Minas Gerais, seu estado natal.[272] Em outubro de 2017, Lula afirmou que sua sucessora seria candidata ao Senado, embora sem especificar por qual estado.[272] Em 6 de abril de 2018, Dilma transferiu seu domicílio eleitoral de Porto Alegre para Belo Horizonte, alegando que a mudança devia-se ao desejo de cuidar de sua mãe, moradora da capital mineira, não confirmado os rumores de que seria candidata ao Senado pelo estado de Minas Gerais.[273] Na época, pesquisas indicaram que ela teria mais chances de ser eleita senadora por Minas do que pelo Rio Grande do Sul.[274] De acordo com a Folha de S.Paulo, a ex-presidente tomou esta decisão após a expedição de um mandado de prisão contra Lula, que a teria convencido a entrar na disputa eleitoral.[275]

Em 28 de junho, Dilma anunciou sua pré-candidatura ao Senado pelo PT, que foi oficializada pela convenção dos petistas realizada em 5 de agosto.[276][277] Durante a campanha, Dilma impôs sua opinião ao PT mineiro: escolheu ela mesma seus dois suplentes e rejeitou uma coligação com o MDB, fazendo uma campanha cuja principal narrativa foi seu processo de impeachment, o qual considerou um golpe de Estado de cunho misógino.[272] Apesar de liderar as pesquisas de intenção de voto, acabou sendo derrotada, ficando em quarto lugar com 2 709 223 votos, ou 15,33% dos votos válidos; era necessário que recebesse pelo menos 860 mil votos (5,14%) a mais para ser eleita no lugar do jornalista Carlos Viana.[278]

Banco do BRICS

Encontro de Dilma com o presidente Lula no Palácio do Planalto em 2024.

Em 10 de março de 2023, o Novo Banco de Desenvolvimento, também chamado de Banco do BRICS, anunciou que seu presidente indicado pelo Brasil, Marcos Troyjo, deixaria o cargo no dia 24 do mesmo mês, tendo o banco iniciado o processo de transição. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação de Dilma para assumir o cargo, com mandato até 6 de julho de 2025[279] e salário estimado em US$ 50 mil (aproximadamente R$ 257 mil) mensais.[280] No dia 24 de março de 2023, o banco aprovou por unanimidade a indicação.[281][282]

Em agosto de 2023, Dilma decidiu que provavelmente aceitaria e aprovaria a admissão de quatro ou cinco novos membros e que naquele momento via a diversificação da representação geográfica do NBD como uma das suas principais prioridades.[283]

Vida pessoal

O primeiro marido de Rousseff foi o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. Com a separação durante o período em que estiveram na clandestinidade, iniciou um relacionamento com o ex-guerrilheiro e ex-deputado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula, nascida em 27 de março de 1976.[1] Preso em São Paulo, Araújo foi transferido para seu estado natal para completar a pena. Dilma deu aulas a presidiários para ver Araújo.[284]

Carlos Araújo e Dilma se separaram em 1994, mas em 1996 se reconciliaram e voltaram a viver juntos. Porém, depois de mais trinta anos de relacionamento, separam-se definitivamente em 2000.[1] Dilma havia passado a usar o sobrenome Linhares após seu casamento com Cláudio Galeno, em 1967. A separação se deu quando estavam na clandestinidade e o divórcio amigável ocorreu apenas em 1981.[1] Dilma, contudo, continuou usando o sobrenome do primeiro marido até 1999, quando voltou a usar seu nome de solteira, Dilma Vana Rousseff.[1]

Dilma declara gostar de história e interessar-se por ópera. No início da década de 1990, matriculou-se no curso de teatro grego do dramaturgo Ivo Bender. A mitologia grega tornou-se uma obsessão para Dilma, que, influenciada por Penélope, resolveu aprender a bordar.[284]

A partir de 2005, passou a corresponder-se com seu meio-irmão búlgaro Luben Russév (falecido em 2007).[285] Segundo seu amigo próximo, o escritor e professor de literatura brasileira Rumen Stoyanov, Luben, que enfrentava dificuldades financeiras, recebeu auxílio da então ministra Dilma.[285]

Paula Rousseff

Dilma Rousseff (esquerda) durante o batismo de seu neto em Porto Alegre, com a filha Paula Rousseff (centro), e Rafael Covolo — marido de Paula (direita).

Nascida em 27 de março de 1976, em Porto Alegre, Paula Rousseff é a única filha de Dilma e de seu ex-marido, Carlos Araújo. Paula graduou-se em direito e é funcionária pública federal concursada ocupando o cargo de Procuradora do Trabalho em sua cidade natal.[286] Ela é casada, desde 2008, com o administrador de empresas Rafael Covolo.[287]

Em 9 de setembro de 2010, Paula deu à luz o primeiro neto de Dilma, Gabriel Rousseff Covolo, nascido em Porto Alegre, enquanto a avó já estava em campanha presidencial.[288] No primeiro turno, após o último debate entre os quatro principais candidatos, em 30 de setembro, na cidade do Rio de Janeiro, Dilma viajou para Porto Alegre para o batismo de Gabriel em 1 de outubro de 2010.[289] Em 7 de janeiro de 2016, nasceu seu segundo neto, Guilherme Rousseff Covolo, também em Porto Alegre.[290]

Religião

Em entrevista de 2007, Dilma Rousseff afirmou que não tinha religião; porém, durante a campanha presidencial de 2010, mudou de discurso e, desde então, afirma ser católica.[291] Durante a campanha presidencial, Dilma aproximou-se de líderes católicos e evangélicos e enfatizou seu compromisso contra o aborto,[292] o que significou uma mudança de posição, pois, em entrevista de 2007, Dilma havia declarado ser à favor da descriminalização do aborto, alegando ser "(...) uma questão de saúde pública".[293] Em 2014, em evento na igreja pentecostal Assembleia de Deus, Dilma afirmou: "O Brasil é um Estado laico, mas, citando um salmo de Davi, eu queria dizer que feliz é a nação cujo Deus é o Senhor".[294]

Saúde

Em abril de 2009, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial. O tratamento incluía sessões de quimioterapia. Tratava-se do tipo mais agressivo, mas as chances de cura eram de 90%.[295][296] Em meados de maio, foi internada no Hospital Sírio-Libanês com fortes dores nas pernas, sendo diagnosticada uma miopatia, inflamação muscular decorrente do tratamento contra o câncer. No início de setembro do mesmo ano, revelou ter concluído tratamento de radioterapia, dizendo-se curada,[297][298] o que foi confirmado pelos médicos daquele hospital no final do mesmo mês.[299] Raspou o cabelo antes que ele começasse a cair, devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses, até dezembro de 2009.[300]

Posições políticas

Dilma se considera pró-vida, e apoia o aborto apenas em gestações que põem em risco a vida da mãe ou são o resultado de estupro, casos em que a legislação brasileira atual permite às mulheres interromper a gravidez.[301] Seus atuais pontos de vista têm sido criticados por setores da Igreja Católica e de outros grupos evangélicos, devido ao seu passado em que apoiava a legalização do aborto.[302] Foi alvo de críticas por parte da revista Veja, que destacou numa de suas reportagens a mudança das posições de Dilma em relação ao aborto.[303]

Quando perguntada sobre o processo penal do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, acusado de assassinar sua ex-namorada Eliza Samudio, Rousseff declarou que era contra a pena de morte.[304] De acordo com ela, se a pena de morte fosse realmente útil, não haveria mais crimes hediondos nos Estados Unidos, onde alguns estados a aplicam.[304]

De maneira geral, Dilma se mostrou favorável aos "direitos civis básicos" (como heranças e seguro-saúde) da população LGBT.[305] Ela apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo através da união civil, porém não se posiciona com relação ao casamento no sentido religioso.[306] Em maio de 2011, ela suspendeu a produção e a entrega de um "kit anti-homofobia" que estava sendo elaborado pelo Ministério da Educação para ser distribuído como material didático. Para justificar o ato, ela disse que o governo não poderia interferir na vida privada dos cidadãos e afirmou que não seria permitida a "propaganda de opções sexuais" por parte de órgãos do governo.[307] Em um debate eleitoral em 2014, ela chegou a defender a criminalização da homofobia dizendo que ela "não é algo com que a gente pode conviver".[308]

Ela também se opõe à legalização das drogas hoje ilegais, incluindo a maconha, afirmando que "o Brasil hoje é incapaz de propor a descriminalização de qualquer droga."[309] Na visão dela, o Brasil não estaria preparado para uma mudança como essa devido ao crime organizado e que a verdadeira "pauta" no Brasil seria "o combate, ajudar no tratamento de viciados e a prevenção", sendo essas as "três frentes fundamentais" da política de drogas defendida por ela.[305][310] Em consonância com essa visão, nunca houve qualquer medida para favorecer a legalização da maconha durante o seu governo, apesar do Núcleo de Política de Drogas do PT defender essa ideia.[311]

Dilma Rousseff é contrária à privatização de empresas estatais como a Petrobrás[312] e a Eletrobrás.[313][314][315] Porém, a respeito da privatização de uma maneira mais geral, tanto ela quanto o seu partido apresentam uma posição considerada contraditória por políticos opositores e por parte da imprensa.[316][317][318] Essa contradição se daria pelo fato dos governos do PT, principalmente o de Dilma, terem feito concessões à iniciativa privada (principalmente de rodovias, aeroportos e campos do pré-sal[316][319][320]) ao mesmo tempo que proferiam um discurso contrário à privatização já que, na visão dos opositores, essas "concessões" teriam sido, na verdade, privatizações.[316][317][318] Tanto políticos petistas quanto a própria Dilma negam essa premissa dizendo que o poder público ainda participa tanto dos lucros quanto da propriedade do bem concedido.[142][317][321]

Imagem pública

Prêmios e honrarias

Dilma recebendo o Título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Deli em 2012

Em 2012, em viagem presidencial oficial à Índia, Dilma foi agraciada com o título de doutora honoris causa da Universidade de Deli.[322] No ano de 2023 a Universidade Federal do Cariri (UFCA), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) também a agraciaram com o mesmo título.[323]

Desempenho eleitoral

Ano Eleição Partido Cargo Votos % Resultado
2010 Presidencial no Brasil PT Presidente 47 651 434 46,91%

(1º Turno)

Eleita
55 752 529 56,05%

(2º Turno)

2014 Presidencial no Brasil 43 267 668 41,59%

(1º Turno)

Eleita
54 501 118 51,64%

(2º Turno)

2018 Estaduais em Minas Gerais Senadora 2 709 223 15,35% Não Eleita

Cronologia sumária

Ver também

Notas
  1. Afastada entre 12 de maio de 2016 e 31 de agosto de 2016 em virtude da abertura de seu processo de impeachment no Senado Federal.
  2. Em búlgaro: Петър Русев (Pétar Russév).[7]
Referências
  1. a b c d e f g h i j k l m Fernando Rodrigues (21 de fevereiro de 2010). «Veja cronologia da vida de Dilma Rousseff». BOL Notícias. Consultado em 18 de agosto de 2021 
  2. a b c Passos 2013.
  3. a b BRASIL, Decreto de 28 de novembro de 2005.
  4. Fernandes, Sofia (14 de maio de 2010). «Após participar de missa, Dilma afirma ser católica». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de maio de 2010 
  5. «Dilma estreia como presidente do banco dos Brics em Xangai, na China». G1. 28 de março de 2023. Consultado em 28 de março de 2023 
  6. a b UOL; Folha de S.Paulo; El País (7 de fevereiro de 2013). «Dilma Rousseff - Biografia». UOL. Consultado em 4 de novembro de 2014 
  7. «Dilma Rousseff divulga homenagem ao Dia dos Pais». Estado de Minas. 10 de agosto de 2014. Consultado em 19 de outubro de 2014 
  8. Julia Duailibi (9 de abril de 2011). «Ônus e Bônus da 'primeira-mãe'». Estadão. Consultado em 28 de março de 2017 
  9. a b Amauri Segalla (1 de novembro de 2010). «A história do pai». IstoÉ. Consultado em 19 de outubro de 2014 
  10. Момчил ИНДЖОВ (1 de setembro de 2004). «Дилма РУСЕФ, бивш партизански командир, сега бразилски министър от български произход: Ръководих обир на 2,5 млн. долара». Сдружение на испаноговорящите журналисти в българия (em búlgaro). Consultado em 19 de outubro de 2014  Tradução (em inglês) Importante: esta tradução foi feita automaticamente a partir do original (em búlgaro) e tem baixa qualidade técnica, prestando-se apenas a consultas específicas.
  11. a b c d e f g h i j k l m Luiz Maklouf Carvalho (abril de 2009). «As armas e os varões: a educação política e sentimental de Dilma Rousseff». Revista Piauí (31): 22-31. Consultado em 19 de outubro de 2014. Arquivado do original em 2 de setembro de 2016 
  12. «Dilma Rousseff teve mais de 55 milhões de votos à Presidência». Folha de S.Paulo. 1 de novembro de 2010. Consultado em 4 de novembro de 2014 
  13. Luiz Cláudio Cunha (14 de dezembro de 2005). «Dilma Rousseff». IstoÉ (1887). Consultado em 4 de novembro de 2014 
  14. Juliana Dualibi (9 de abril de 2011). «ônus e Bônus da 'primeira-mãe'». O Estado de S. Paulo. Consultado em 6 de março de 2015 
  15. a b Villaméa, Luiza (29 de junho de 2007). «Companheiras de armas». IstoÉ, nº 1863. Consultado em 25 de abril de 2010 
  16. «Ex-guerrilheira é elogiada por militares e vista como "cérebro" do grupo». Folha de S.Paulo. 5 de abril de 2009 
  17. «Aos 19, 20 anos, achava que eu estava salvando o mundo». Folha de S.Paulo. 5 de abril de 2009 
  18. Lima, Maria (22 de dezembro de 2011). «Fotos de Dilma na ditadura foram feitas pelo jornal 'Última Hora'». O Globo. Consultado em 24 de novembro de 2021 
  19. Azevedo, Reinaldo (31 de julho de 2020). «O que a foto de Dilma sugere, revela e esconde». VEJA. Consultado em 24 de novembro de 2021 
  20. Luiz Cláudio Cunha (14 de dezembro de 2005). «Após crises e torturas, a chefe da Casa Civil chega ao topo da carreira de ex-guerrilheira, economista, executiva e ministra». Istoé. Consultado em 2 de novembro de 2010 
  21. Gouvêa 2014, pp. 49–72.
  22. Christiane Samarco (3 de agosto de 2008). «Revoltados com Tarso, militares discutem punir 'terroristas'». Estadão 
  23. «Torturada na ditadura, Dilma será indenizada». G1. 6 de fevereiro de 2007. Consultado em 19 de setembro de 2008 
  24. Catia Seabra (9 de junho de 2009). «Presa durante a ditadura, Dilma pediu indenização a 3 Estados». Folha de S.Paulo 
  25. Fernanda Odilla (5 de abril de 2009). «Dilma diz não ter a mesma cabeça da época em que era guerrilheira; veja a íntegra da entrevista». Folha de S.Paulo 
  26. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u Carvalho, Luís Maklouf (julho de 2009). «Mares nunca dantes navegados: Como e por que Dilma Rousseff se tornou a candidata de Lula à sucessão presidencial». Piauí (34): 26-33. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2016 
  27. a b Eduardo Kattah (16 de setembro de 2008). «Dilma se emociona em homenagem a vítimas da ditadura». Estadão. Consultado em 4 de novembro de 2014 
  28. Fernanda Odilla (29 de agosto de 2010). «Dilma já vendeu bugigangas e Cavaleiros do Zodíaco no RS». Folha de S.Paulo 
  29. «A Cronologia dos Alertas». Veja. 6 de junho de 2001. Consultado em 28 de outubro de 2009. Arquivado do original em 17 de maio de 2011 
  30. «Saiba mais: Ministra abandonou PDT e se filiou ao PT em 2001». Folha de S.Paulo. 21 de junho de 2005. Consultado em 16 de abril de 2023 
  31. «Morre o ex-deputado José Brizola, que levou Dilma para o PT». VEJA. Consultado em 16 de abril de 2023 
  32. Sério Ripardo (5 de novembro de 2002). «Veja perfil de Dilma Roussef, ex-secretária de Energia do RS». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de março de 2015 
  33. Mônica Tavares (19 de março de 2010). «Dilma deixa conselho da Petrobras». O Globo. Consultado em 5 de março de 2015 
  34. Pedro Soares (31 de março de 2003). «Plataformas com conteúdo nacional devem gerar 30 mil empregos». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de março de 2015 
  35. «Plataforma P-52 custou 20% a mais do que o valor inicialmente acertado». Paraná Online. 14 de junho de 2007. Consultado em 5 de março de 2015 
  36. Alexandre Oltramari (17 de novembro de 2004). «E fez-se a luz...». Veja. Consultado em 5 de março de 2015. Arquivado do original em 18 de outubro de 2007 
  37. «Dilma Rousseff é nomeada para Casa Civil no lugar de José Dirceu». UOL. 20 de junho de 2005. Consultado em 5 de março de 2015 
  38. «Dilma Rousseff é a nova ministra da Casa Civil». Terra. 20 de junho de 2005. Consultado em 5 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  39. Camila Campanerut (12 de novembro de 2012). «José Dirceu é condenado a 10 anos e 10 meses e cumprirá pena na prisão». UOL. Consultado em 5 de março de 2015 
  40. «Dilma Rousseff assume a Casa Civil». Época. 21 de junho de 2005. Consultado em 5 de março de 2015 
  41. «EUA fizeram dossiê sobre Dilma, diz jornal». G1. 11 de maio de 2008. Consultado em 5 de março de 2015 
  42. «Sai Dilma, entra Erenice Guerra». Congresso em Foco. 20 de março de 2010. Consultado em 5 de março de 2015 
  43. Leonardo Souza e Marta Salomon (9 de maio de 2008). «Ex-assessor de José Dirceu vazou o dossiê da Casa Civil». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de março de 2015 
  44. «PT divulga nota de solidariedade à ministra Dilma». G1. 31 de março de 2008. Consultado em 5 de março de 2015 
  45. Aluizio Freire (31 de março de 2008). «Lula manda população cobrar de Dilma andamento do PAC». G1. Consultado em 5 de março de 2015 
  46. Rodrigo Viga Gaier (7 de julho de 2009). «Dilma Rousseff admite erro em currículo». O Estado de S. Paulo. Consultado em 5 de março de 2015 
  47. Costa, Amanda; Mourão, Giselle (10 de maio de 2010). «Sucessos e críticas ao PAC repercutem fora». Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. Consultado em 4 de agosto de 2020 
  48. «Vice de Serra critica PAC e diz que Dilma é despreparada e 'péssima gerente'». JusBrasil. Arquivado do original em 13 de abril de 2014 
  49. a b Camilla Costa (24 de outubro de 2013). «Críticas de fora repercutem mais no Brasil, diz editor da 'Economist'». BBC News Brasil 
  50. Gabriel Castro (4 de abril de 2014). «Dilma, a presidente-candidata, só entregou 12% do PAC 2». Veja. Arquivado do original em 6 de abril de 2014 
  51. «Eleven U.S. Department of State International Exchange Alumnae Among NEWSWEEK's "150 Women Who Shake the World"». U.S. Department of State. Consultado em 9 de março de 2021 
  52. Roney Domingos (13 de abril de 2007). «Dilma evita opinar sobre fim da reeleição». G1. Consultado em 4 de março de 2015 
  53. João Domingos (4 de dezembro de 2007). «Lula testa potencial de Dilma para 2010». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de março de 2015 
  54. «'Todo mundo sabe que quero Dilma como candidata', diz Lula sobre 2010». G1. 15 de abril de 2009. Consultado em 4 de março de 2015 
  55. «Dilma deixa a Casa Civil para ser pré-candidata». Jornal Nacional. 31 de março de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  56. Carlos Bencke (13 de junho de 2010). «PT lança Dilma reforçando imagem de mãe, mulher e escolhida de Lula». UOL. Consultado em 4 de março de 2015 
  57. «Dilma (2010)». UOL. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 29 de setembro de 2010 
  58. Nathalia Passarinho (13 de junho de 2010). «Oficializada candidata, Dilma diz que vai 'continuar Brasil de Lula'». G1. Consultado em 4 de março de 2015 
  59. Fabrícia Peixoto (31 de outubro de 2010). «Dilma Rousseff é eleita primeira mulher presidente do Brasil». BBC. Consultado em 4 de março de 2015 
  60. «Dilma vence e é eleita a primeira mulher presidente do Brasil». R7. 31 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 26 de outubro de 2014 
  61. José Roberto de Toledo (6 de junho de 2010). «Popularidade de Lula impulsiona Dilma». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de março de 2015 
  62. «Dilma e Serra decidirão eleição para presidente no segundo turno». G1. 3 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  63. Robson Bonin e Sandro Lima (4 de junho de 2010). «Dilma e Lula é multado pela quinta vez pelo TSE por propaganda antecipada». G1. Consultado em 4 de março de 2015 
  64. Isabel Versiani e Ray Colitt (31 de outubro de 2010). «Dilma vence eleição e será 1a presidente mulher do país». Reuters. Consultado em 4 de março de 2015 
  65. «Tracking Vox Populi/Band/iG: Dilma 56%, Serra 21%». IG. 7 de setembro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 9 de setembro de 2010 
  66. a b «Eleição presidencial será decidida no segundo turno entre Dilma e Serra». Jus Brasil. Consultado em 4 de março de 2015 
  67. «Entenda as denúncias envolvendo Erenice Guerra». Folha de S.Paulo. 14 de setembro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  68. «Polêmicas marcam discussões sobre legalização do aborto». Veja. 7 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 18 de dezembro de 2012 
  69. Fernanda Odilla (22 de julho de 2010). «Dilma nega defender aborto e diz que opinião de bispo não é uma posição da CNBB». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de março de 2015 
  70. «Apuração 1° turno - Eleição Presidencial». G1. Consultado em 4 de março de 2015 
  71. «Marina Silva e PV anunciam posição de 'independência' no segundo turno». G1. 17 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  72. «A quatro dias do segundo turno, Dilma está 17 pontos à frente de Serra». R7. 27 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  73. Débora Santos (1 de novembro de 2010). «TSE conclui apuração dos votos do segundo turno». G1. Consultado em 4 de março de 2015 
  74. «Em seu primeiro pronunciamento, Dilma destaca papel das mulheres». Folha de S.Paulo. 31 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  75. «Vitória de Dilma Rousseff tem grande repercussão na imprensa internacional». O Globo. 31 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  76. Juliana Castro (26 de julho de 2013). «Protestos afetam diretamente queda na aprovação do governo Dilma, avaliam especialistas». O Globo. Consultado em 4 de março de 2015 
  77. a b c «Dilma é reeleita na disputa mais apertada da história; PT ganha 4º mandato». UOL. 26 de outubro de 2010. Consultado em 4 de março de 2015 
  78. Silvio Guedes Crespo (27 de fevereiro de 2014). «Com Dilma, economia do país cresce no menor ritmo desde Collor». UOL. Consultado em 4 de março de 2015 
  79. Yolanda Fordelone (8 de julho de 2014). «Inflação acumula alta de 6,25% em 12 meses e estoura o teto da meta». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de março de 2015 
  80. Fábio Alves (2 de setembro de 2014). «'Volta, Lula!', o fantasma está de volta». O Estado de S. Paulo. Consultado em 4 de março de 2015. Arquivado do original em 5 de setembro de 2014 
  81. «Lula nega candidatura e diz que apoia Dilma Rousseff». Estado de Minas. 8 de abril de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  82. Priscilla Mendes, Felipe Néri e Natalia Godoy (21 de junho de 2014). «Em convenção nacional, PT oficializa Dilma para disputar a reeleição». G1. Consultado em 5 de março de 2015 
  83. Afonso Benites (26 de outubro de 2014). «Dilma derrota Aécio na eleição mais disputada dos últimos 25 anos». El País. Consultado em 4 de março de 2015 
  84. a b «Dilma Rousseff vence Aécio Neves nas urnas e é reeleita presidente do Brasil por mais quatro anos». R7. 26 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  85. «Eduardo Campos morre em Santos após queda do avião em que viajava». G1. 13 de agosto de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  86. Rosane de Oliveira (30 de agosto de 2014). «Sete motivos pelos quais Marina Silva modificou o quadro eleitoral». Zero Hora. Consultado em 5 de março de 2015 
  87. «Marina abre dez pontos sobre Aécio e venceria Dilma no segundo turno, diz Ibope». Ig. 26 de agosto de 2014. Consultado em 5 de março de 2015. Arquivado do original em 27 de agosto de 2014 
  88. Luís Guilherme Barrucho (5 de outubro de 2014). «Como Aécio virou o jogo e chegou ao 2º turno». BBC. Consultado em 5 de março de 2015 
  89. «Dilma e Aécio decidirão eleição para presidente no segundo turno». G1. 5 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  90. «Resultados das urnas e pesquisas eleitorais apresentam divergências». Jornal Nacional. 6 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  91. Ana Cristina Campos (5 de outubro de 2014). «Dilma vota em escola de Porto Alegre e faz V da vitória». Agência Brasil. Consultado em 5 de março de 2015 
  92. «No 1º turno, Dilma venceu em 15 Estados; Aécio levou em 10». UOL. 26 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  93. «Aécio supera Marina na reta final e vai ao segundo turno contra Dilma». UOL. 5 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  94. Paulo Toledo Piza (12 de outubro de 2014). «Marina Silva declara apoio a Aécio Neves no segundo turno». G1. Consultado em 5 de março de 2015 
  95. a b «Na volta do horário eleitoral, Dilma critica tucanos; Aécio vê 'desejo de mudança'». G1. 9 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  96. Felipe Bachtold (10 de outubro de 2014). «Dilma diz que oposição usa caso Petrobrás para dar 'golpe' no país». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de março de 2015 
  97. Guilherme Mazui (5 de outubro de 2014). «Dilma: "Povo brasileiro não quer a volta dos fantasmas do passado"». Pioneiro. Consultado em 5 de março de 2015 
  98. a b c «Dilma é reeleita presidente e amplia para 16 anos ciclo do PT no poder». G1. 26 de outubro de 2014. Consultado em 28 de outubro de 2014 
  99. a b Marcelo Brandão (20 de outubro de 2014). «TSE muda entendimento e suspende programas de Dilma e Aécio no rádio e na TV». Agência Brasil. Consultado em 5 de março de 2015 
  100. «Pesquisas eleitorais para presidente». UOL. 25 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015 
  101. Leandro Prazeres (26 de outubro de 2014). «Ao lado de Tarso Genro, Dilma vota em Porto Alegre e toma chimarrão». UOL. Consultado em 5 de março de 2015 
  102. Débora Melo e Fernando Diniz (27 de outubro de 2014). «Após vitória apertada, Dilma pede união e promete diálogo». Terra. Consultado em 5 de março de 2015 
  103. «Dilma é reeleita para mais quatro anos». Band. 27 de outubro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015. Arquivado do original em 7 de março de 2015 
  104. «Chegou a hora de dizer: basta!». Estadão. 13 de março de 2016. Consultado em 13 de março de 2016 
  105. «Confira os discursos de posse da 36º presidente do Brasil, Dilma Vana Rousseff». Jornal Grande Bahia. 3 de janeiro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  106. «Dilma toma posse, promete erradicar pobreza e mudar sistema tributário». G1. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  107. Daniela Almeida (2 de novembro de 2010). «Reunião 2ª deve formalizar uso do termo "presidenta" para Dilma». IG. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 8 de outubro de 2018 
  108. a b Camila Pati (26 de julho de 2013). «Presidente ou presidenta, qual o certo?». Exame. Consultado em 6 de março de 2015 
  109. «Sobre o uso da forma presidenta no Brasil e em Portugal». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. 5 de janeiro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  110. «Presidente ou presidenta? O iG esclarece a dúvida». IG. 19 de setembro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 27 de março de 2019 
  111. «Inundações e deslizamentos são primeiro teste de Dilma, diz 'El País'». G1. 14 de janeiro de 2011. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  112. a b «Relembre fatos marcantes de cem dias do governo Dilma». BBC. 8 de abril de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  113. Alexandro Martello (9 de fevereiro de 2011). «Governo anuncia corte recorde de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  114. «Em seu primeiro pronunciamento, Dilma anunciou o Prouni para o ensino técnico e falou em corrigir falhas do Enem». UOL. 10 de fevereiro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  115. Severino Motta (19 de março de 2011). «Governo brasileiro assina 10 acordos com os EUA». IG. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 22 de março de 2011 
  116. Nathalia Passarinho (7 de abril de 2011). «Dilma decreta luto de 3 dias pelas mortes em escola do Rio». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  117. Singer 2015, pp. 39-67.
  118. «Dilma defende Estado palestino e exalta papel da mulher na política». G1. 21 de setembro de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  119. André Souza, Chico Gois e Evandro Eboli (18 de novembro de 2011). «Dilma Rousseff sanciona lei que institui Comissão da Verdade». O Globo. Consultado em 6 de março de 2015 
  120. Mariana Haubert (18 de novembro de 2011). «Dilma sanciona Lei de Acesso à Informação». Congresso em Foco. Consultado em 6 de março de 2015 
  121. a b «Confira os ministros que caíram no governo Dilma Rousseff». Globo News. 2 de fevereiro de 2012. Consultado em 6 de março de 2015. Cópia arquivada em 7 de março de 2015 
  122. «Sétimo ministro de Dilma renuncia por denúncias de corrupção». G1. 2 de fevereiro de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  123. «Celso Amorim é o novo ministro da Defesa». Veja. 4 de agosto de 2011. Consultado em 6 de março de 2015 
  124. Darlan Alvarenga (6 de fevereiro de 2012). «Governo arrecada R$ 24,5 bilhões com leilão de aeroportos». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  125. Paulo Justus, Henrique Gomes Batista e Ronaldo D'Ercole (6 de março de 2012). «Leilão dos aeroportos termina com ágio de 673%». O Globo. Consultado em 6 de março de 2015 
  126. Vladimir Netto (15 de agosto de 2012). «Dilma Rousseff anuncia pacote de concessão de estradas e ferrovias». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  127. «Dilma fala em rede nacional e lança Ação Brasil Carinhoso». IG. 13 de maio de 2012. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 16 de maio de 2012 
  128. «Sancionada lei que cria mais de 77 mil cargos em instituições federais». Ministério da Educação. 26 de junho de 2012. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  129. Priscilla Mendes (29 de agosto de 2012). «Dilma sanciona lei que cria cota de 50% nas universidades federais». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  130. Priscilla Mendes (23 de janeiro de 2013). «Dilma confirma redução na conta de luz e critica 'pessimistas'». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  131. «Dilma Rousseff corta impostos federais sobre itens da cesta básica». Época Negócios. 8 de março de 2013. Consultado em 6 de março de 2015 
  132. Pedro Venceslau (11 de setembro de 2013). «Após protestos, aprovação a governadores cai junto com popularidade de Dilma». O Estado de S. Paulo. Consultado em 6 de março de 2015 
  133. «Dilma convoca reunião de emergência para avaliar protestos». DN Globo. 21 de junho de 2013. Consultado em 6 de março de 2015. Arquivado do original em 9 de novembro de 2013 
  134. «Dilma grava pronunciamento e falará ao País hoje à noite sobre protestos». Top News. 21 de junho de 2013. Consultado em 6 de março de 2015 
  135. Priscilla Mendes, Fabiano Costa e Nathalia Passarinho (24 de junho de 2013). «Dilma propõe 5 pactos e plebiscito para constituinte da reforma política». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  136. «Documentos da NSA apontam Dilma Rousseff como alvo de espionagem». G1. 1 de setembro de 2013. Consultado em 7 de março de 2015 
  137. Tânia Monteiro (17 de setembro de 2013). «Dilma cancela viagem aos EUA». O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de março de 2015 
  138. Nathalia Passarinho (24 de setembro de 2013). «Dilma diz na ONU que espionagem fere soberania e direito internacional». G1. Consultado em 7 de março de 2015 
  139. Leda Balbino (24 de setembro de 2013). «Na ONU, Dilma diz que espionagem é 'afronta' e 'fere direito internacional'». IG. Consultado em 7 de março de 2015. Arquivado do original em 27 de setembro de 2013 
  140. «Dilma continua sendo espionada pelos EUA, diz NY Times». Exame. 3 de fevereiro de 2015. Consultado em 7 de março de 2015 
  141. «Grupo com Petrobras, Shell, Total e chineses vence 1º leilão do pré-sal». UOL. 21 de outubro de 2013. Consultado em 7 de março de 2015 
  142. a b Juliana Braga (21 de outubro de 2013). «É 'bem diferente' de privatização, afirma Dilma sobre leilão do pré-sal». G1. Consultado em 7 de março de 2015 
  143. Flávia Alvarenga (23 de abril de 2014). «Dilma Rousseff sanciona Marco Civil da Internet durante evento em SP». G1. Consultado em 7 de março de 2015 
  144. Wanderley Preite Sobrinho (23 de abril de 2014). «Dilma sanciona Marco Civil da Internet em Fórum Mundial em São Paulo». IG. Consultado em 7 de março de 2015. Arquivado do original em 23 de abril de 2014 
  145. Filipe Matoso (10 de junho de 2014). «'Pessimistas já entram perdendo', diz Dilma em fala sobre a Copa na TV». G1. Consultado em 7 de março de 2015 
  146. «Com mais de 20 protestos, 1ª semana de Copa tem 180 detidos em atos». G1. 19 de junho de 2014. Consultado em 7 de março de 2015 
  147. «World Cup 2014 in Brazil». Virtual-Brazil.com. 5 de junho de 2012. Consultado em 7 de março de 2015 
  148. Camila Belinaso (30 de maio de 2014). «Não vai ter Copa». Jornal do Comércio. Consultado em 7 de março de 2015 
  149. Luciano Nascimento (17 de junho de 2013). «Em Belo Horizonte, manifestantes também protestam contra gastos públicos da Copa». Agência Brasil. Consultado em 7 de março de 2015 
  150. Gustavo Franceschini, Luiz Paulo Montes, Paulo Passos e Ricardo Perrone (15 de julho de 2013). «Torcida vaia e constrange Dilma na abertura da Copa das Confederações». UOL. Consultado em 7 de março de 2015 
  151. Rodrigo Mattos (13 de julho de 2014). «Dilma volta a receber vaias e xingamentos na final da Copa do Mundo». UOL. Consultado em 7 de março de 2015 
  152. Branco Di Fátima (9 de outubro de 2014). «Cultura do diálogo: Dilma, Obama e o Estado Islâmico». The Huffington Post 
  153. Igor Gielow (25 de setembro de 2014). «Dilma: Análise de seu discurso na Onu». Folha de S.Paulo 
  154. Priscilla Mendes (1 de janeiro de 2015). «Dilma toma posse nesta quinta e inicia quarto mandato consecutivo do PT». G1. Consultado em 7 de março de 2015 
  155. «Enfraquecida, Dilma inicia segundo mandato com enormes desafios». Opinião & Notícia. 1 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de março de 2015 
  156. «Planalto corta gastos de ministérios e educação é a área mais atingida». Zero Hora. 9 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de março de 2015 
  157. João Villaverde (15 de janeiro de 2015). «Com aval de Dilma, aumento de impostos pode elevar receita do governo em R$ 9 bi». O Estado de S. Paulo. Consultado em 7 de março de 2015 
  158. «Popularidade de Dilma cai de 42% para 23%, diz Datafolha». Zero Hora. 7 de fevereiro de 2015. Consultado em 7 de março de 2015 
  159. «Protestantes fazem panelaço durante pronunciamento de Dilma em rede nacional». Diário de Pernambuco. 6 de março de 2015. Consultado em 8 de março de 2015 
  160. «Grupo assa coxinhas de galinha em ato pró-Dilma em Porto Alegre». G1. 15 de março de 2015. Consultado em 16 de março de 2015 
  161. Messenberg 2017, pp. 621–648.
  162. «Presidente Dilma possui 19 pedidos de impeachment. Fernando Henrique Cardoso recebeu 17 pedidos durante o mandato e Lula teve 34 solicitações». Diário de S. Paulo. 15 de março de 2015. Consultado em 16 de março de 2015. Arquivado do original em 15 de março de 2015 
  163. José Maria Tomazela (15 de março de 2015). «Sede do PT é incendiada em Jundiaí». Estadão. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  164. Caio Saad, Pedro Fonseca e Leonardo Goy (15 de março de 2015). «Dezenas de milhares protestam contra governo Dilma em diversas cidades do país». Reuters. Consultado em 17 de março de 2015 
  165. «Brasileiros protestam contra governo no exterior». G1. 15 de março de 2015. Consultado em 16 de março de 2015 
  166. Valdo Cruz e Marina Dias (15 de março de 2015). «Tamanho dos protestos surpreende governo, que os considera "significativos"». Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de março de 2015 
  167. «Protestos contra governo e a corrupção reúnem mais de 1,7 milhão pelo Brasil, dizem PMs». UOL. 15 de março de 2015. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  168. «Hundreds of thousands rally against corruption in Brazil». BBC News. 13 de abril de 2015. Consultado em 14 de abril de 2015 
  169. «Dilma promete medidas anticorrupção em 2º mandato». Gazeta do povo. 26 de setembro de 2014. Consultado em 22 de março de 2015 
  170. Ivan Richard (18 de março de 2015). «Medidas anticorrupção fortalecem luta contra a impunidade, destaca Dilma». Agência Brasil. Consultado em 22 de março de 2015 
  171. Giovana Teles (23 de maio de 2015). «Governo federal anuncia o maior corte no orçamento da história». G1. Consultado em 9 de junho de 2015 
  172. «Governo Dilma confirma cortes de R$ 69,9 bi, anuncia ministro». Correio do Estado. 22 de maio de 2015. Consultado em 9 de junho de 2015 
  173. «Entenda a proposta da volta da CPMF». Estadão. 15 de setembro de 2015. Consultado em 18 de setembro de 2015 
  174. Josias de Souza (17 de janeiro de 2016). «Vaivém sobre CPMF eleva descrédito de Dilma». UOL. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  175. «Parlamentares dissidentes da base e de oposição lançam ato contra CPMF». G1. 16 de setembro de 2015. Consultado em 18 de setembro de 2015 
  176. «Decreto de 5 de outubro de 2015 (Institui a Comissão Especial de Reforma do Estado)». Imprensa Nacional/Diário Oficial da União. 6 de outubro de 2015. Consultado em 6 de outubro de 2015 
  177. Vera Rosa e Adriano Ceolin (9 de março de 2016). «PT pressiona Lula a aceitar ministério e 'escapar' de Moro». O Estado de S. Paulo. Consultado em 10 de março de 2016 
  178. «Dilma aceita oferecer ministério a Lula para evitar prisão na Lava-Jato, mas ex-presidente descarta». Zero Hora. 9 de março de 2016. Consultado em 10 de março de 2016 
  179. «Grupos anti-Dilma fazem maior protesto da história, de acordo com PM e Datafolha». iG. 13 de março de 2016. Consultado em 14 de março de 2016 
  180. «Grampo pode ter sido no telefone de Dilma». GGN. Consultado em 17 de março de 2016 
  181. «Grampo de Moro era em Dilma, gravação comprova». Tijolaco. Consultado em 17 de março de 2016 
  182. a b Fernando Castro, Samuel Nunes e Vladimir Netto (16 de março de 2016). «Moro derruba sigilo e divulga grampo de ligação entre Lula e Dilma; ouça». G1. Consultado em 17 de março de 2016 
  183. «Grampos indicam que Dilma agiu para tentar evitar prisão de Lula». Veja. 16 de março de 2016. Consultado em 18 de março de 2016 
  184. Thais Arbex, Guilherme Magalhães, Márcio Falcão e Mônica Bergamo (17 de março de 2016). «Especialistas citam obstrução da Justiça; outros contestam gravação». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de março de 2016 
  185. Pedro Canário e Marcos de Vasconcellos (16 de março de 2016). «Sergio Moro divulgou grampos ilegais de autoridades com prerrogativa de foro». Consultor Jurídico. Consultado em 17 de março de 2016 
  186. «'Não há dúvida quanto à validade das gravações de Lula', diz Gilmar Mendes». CBN. 17 de março de 2016. Consultado em 17 de março de 2016 
  187. «Moro divulga conversa entre Lula e Dilma: Manifestantes antigoverno tomam ruas de capitais». BBC Brasil. 16 de março de 2016. Consultado em 17 de março de 2016 
  188. Renan Ramalho e Mariana Oliveira (16 de março de 2016). «Juiz federal do DF suspende posse de Lula na Casa Civil». G1. Consultado em 16 de março de 2016 
  189. Mariana Oliveira (18 de março de 2016). «Gilmar Mendes suspende nomeação de Lula como ministro da Casa Civil». G1. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  190. Vitor Tavares (8 de abril de 2016). «Dilma é eleita líder mais decepcionante do mundo na Fortune». Exame. Consultado em 29 de maio de 2016 
  191. Fernanda Nunes (4 de fevereiro de 2014). «Política econômica de Dilma é criticada até por keynesianos». Brasil Econômico. Consultado em 13 de abril de 2014 
  192. a b Verdini, Liana (4 de novembro de 2013). «Brasil perde credibilidade perante investidores externos». Brasil Econômico. Arquivado do original em 5 de novembro de 2013 
  193. Alvaro Bandeira (22 de janeiro de 2014). «Brasil: sua economia e credibilidade andam em baixa». Dinheirama 
  194. a b Fernando Nakagawa (5 de maio de 2014). «Financial Times faz crítica dura contra presidente Dilma». O Estado de São Paulo 
  195. Lauro Jardim (22 de março de 2014). «Lula critica Dilma». Veja. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2014 
  196. Reinaldo Azevedo (24 de fevereiro de 2014). «Lula critica o governo Dilma a interlocutores 'dazelite'. O Barba adoraria voltar, mas não vai!». Veja. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2022 
  197. a b Bruno Bocchini (10 de setembro de 2013). «Participação do setor de energia em emissões de gás carbônico dobra em cinco anos». Agência Brasil 
  198. «Governo Dilma reduziu em 72% verba de proteção à Amazônia, diz estudo». G1. 31 de março de 2015. Consultado em 5 de dezembro de 2021 
  199. «Mundo perdeu dois Estados de SP de florestas na última década, diz ONU». O Estado de São Paulo. 25 de março de 2010 
  200. José Orenstein (25 de maio de 2017). «O que mudou depois de 5 anos da sanção do Novo Código Florestal». Nexo Jornal. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  201. «Desmonte do IBAMA e da política ambiental brasileira». Top News. 20 de junho de 2012 
  202. «Dilma Rousseff assina lei que reduz poder de fiscalização e autuação do Ibama». Portal BVR. 10 de dezembro de 2011 
  203. «Crime ambiental premia 86% com a impunidade». Imazon. 1 de agosto de 2013 
  204. Fearnside 1996, pp. 21-34.
  205. Erich Decat e Lisandra Paraguassu (13 de fevereiro de 2014). «Em carta a Dilma, MST critica governo e pede mudança 'urgente' na política agrária». O Estado de São Paulo 
  206. Fabiano Vilela (5 de julho de 2012). «Ministério Público acusa Incra de ser maior desmatador da Amazônia». Jornal Nacional 
  207. «Cimi pede intervenção da ONU para resolução de problemas indígenas no Brasil». CIMI. 4 de abril de 2012 
  208. Ricardo Mendonça (14 de julho de 2013). «Governo rifa os direitos indígenas, diz antropóloga Manuela Carneiro da Cunha». Acervo Racismo Ambiental 
  209. Luciana Coelho (26 de outubro de 2011). «OEA cancela audiência sobre Belo Monte após Brasil se negar a ir». Folha de S.Paulo 
  210. «Impeachment de Dilma Rousseff: motivo, cronologia e resultado». Toda Matéria. Consultado em 5 de dezembro de 2021 
  211. a b «Izabella Teixeira recebe prêmio ambiental da ONU». Exame. 19 de setembro de 2013. Consultado em 5 de dezembro de 2021 
  212. «Minister of Environment wins UN Champions of the Earth Award». EBC. 12 de setembro de 2013. Consultado em 5 de dezembro de 2021 
  213. a b Gustavo Uribe; Ranier Bragon (2 de dezembro de 2015). «Eduardo Cunha acata pedido de impeachment contra Dilma Rousseff». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  214. Felipe Amorim (3 de dezembro de 2015). «Dilma mentiu ao negar tentativa de barganha, diz Cunha; ministro rebate». UOL. Consultado em 4 de dezembro de 2015 
  215. Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro (17 de março de 2016). «Câmara elege membros de comissão que analisará impeachment de Dilma». G1. Consultado em 17 de março de 2016 
  216. Fernanda Calgaro, Gustavo Garcia e Nathalia Passarinho (11 de abril de 2016). «Comissão da Câmara aprova processo de impeachment de Dilma». G1. Consultado em 18 de abril de 2016 
  217. «Os principais pontos do parecer do relator Jovair Arantes, favorável ao impeachment». Zero Hora. 6 de abril de 2016. Consultado em 18 de abril de 2016 
  218. Paulo Victor Chagas (22 de março de 2016). «ONU, Cepal e OEA manifestam preocupação com "ameaças" à democracia no Brasil». Agência Brasil 
  219. Siqueira, Carol (18 de abril de 2016). «Câmara autoriza instauração de processo de impeachment de Dilma com 367 votos a favor e 137 contra». Câmara Notícias. Consultado em 18 de abril de 2016 
  220. Henrique Gomes Batista (22 de abril de 2016). «Dilma diz que pedirá suspensão do Brasil do Mercosul se ocorrer 'golpe'». O Globo. Consultado em 24 de abril de 2016 
  221. «Unasul rejeita moção contra impeachment da Presidente Dilma Rousseff». JB FM. 24 de abril de 2016. Consultado em 23 de abril de 2016. Arquivado do original em 26 de abril de 2016 
  222. «Processo de impeachment é aberto, e Dilma é afastada por até 180 dias». G1. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016 
  223. Valente, Rubens (23 de maio de 2016). «Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato». Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de maio de 2016 
  224. Gustavo Garcia, Fernanda Calgaro, Filipe Matoso, Laís Lis e Mateus Rodrigues (31 de agosto de 2016). «Senado aprova impeachment, Dilma perde mandato e Temer assume». G1. Consultado em 31 de agosto de 2016 
  225. «Veja quem votou 'sim' para a saída de Dilma, mas 'não' para a inabilitação». G1. 31 de agosto de 2016. Consultado em 6 de setembro de 2016 
  226. Carolina Gonçalves e Karine Mello (31 de agosto de 2016). «Senadores decidem que Dilma pode exercer função pública». Agência Brasil. Consultado em 31 de agosto de 2016 
  227. «Governo brasileiro é pressionado por históricos protestos». Terra. 21 de junho de 2013 
  228. Priscilla Mendes (17 de junho de 2013). «Dilma considera manifestações 'legítimas', diz ministra». G1 
  229. a b «Após protestos, Dilma anuncia Plano Nacional de Mobilidade Urbana». R7. 21 de junho de 2013 
  230. Luciana Cobucci (9 de julho de 2013). «Câmara deixa plebiscito em 2º plano e descarta mudanças em 2014». Terra 
  231. Fernanda Calgaro (7 de novembro de 2013). «Brasileiros aprovam protestos, mas 93% rejeitam "black blocs", diz pesquisa». UOL 
  232. «Governo não vai tolerar protestos que tentem impedir jogos da Copa das Confederações, diz ministro». O Globo. 17 de junho de 2013 
  233. Juan Arias (27 de janeiro de 2014). «Por que o Brasil está contra a Copa?». El País Brasil. Consultado em 2 de janeiro de 2020 
  234. a b Jorge Luiz Souto Maior (21 de abril de 2014). «A Copa já era!». Blog do Juca Kfouri 
  235. «Estudo põe 10 estádios da Copa entre os mais caros, mas Ministério contesta». Globo Esporte. 16 de dezembro de 2013. Consultado em 4 de agosto de 2020 
  236. «Remoções forçadas para Copa e Olimpíadas no Brasil serão tratadas em sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU». Portal Popular da Copa e das Olimpíadas. 4 de março de 2014. Arquivado do original em 5 de maio de 2014 
  237. Melissa Rossi (8 de outubro de 2013). «'Basta de remoções forçadas!': Anistia Internacional denuncia Copa do Mundo no Brasil». Global Voices 
  238. Camila Campanerut (25 de julho de 2013). «Avaliação negativa de Dilma vai a 49% e supera positiva, diz CNI/Ibope». UOL. Consultado em 7 de março de 2015 
  239. Luciana Cobucci (29 de junho de 2012). «CNI/Ibope: Dilma Rousseff tem mais aprovação que Lula e FHC». Terra. Consultado em 6 de março de 2015 
  240. «Datafolha: com 30% de aprovação, Dilma tem maior queda desde Collor». Terra. 29 de junho de 2013. Consultado em 6 de março de 2015 
  241. Camila Campanerut (19 de março de 2013). «Dilma é aprovada por 79% e supera Lula e FHC, diz CNI/Ibope». UOL. Consultado em 18 de outubro de 2020 
  242. «Aprovação a Governo Dilma atinge 65%». Datafolha. 24 de março de 2013. Consultado em 18 de outubro de 2020 
  243. «Pesquisa do Datafolha mostra que aprovação de Dilma caiu para 13%». Bom Dia Brasil. 18 de março de 2015. Consultado em 23 de março de 2015 
  244. «Aprovação a Dilma cai a 13%; pior avaliação de governo desde 1992». Bem Paraná. 18 de março de 2015. Consultado em 23 de março de 2015. Arquivado do original em 21 de março de 2015 
  245. Lara Rizeiro (18 de março de 2015). «CNT/MDA: avaliação positiva do governo Dilma cai para 10,8%; 59,7% apoiam impeachment». Info Money. Consultado em 23 de março de 2015 
  246. «Recorde, reprovação a Dilma supera pior momento de Collor». Datafolha. 6 de agosto de 2015. Consultado em 18 de outubro de 2020 
  247. «Reprovação à gestão Dilma recua e volta a nível pré-manifestação». Datafolha. 11 de abril de 2016. Consultado em 18 de outubro de 2020 
  248. «64% reprovam governo Dilma». Datafolha. 29 de fevereiro de 2016. Consultado em 18 de outubro de 2020 
  249. «Avaliação do governo Dilma segue estável em relação a dezembro». IBOPE Inteligência. 30 de março de 2016. Consultado em 18 de outubro de 2020. Arquivado do original em 20 de setembro de 2017 
  250. a b Natuza Nery (1 de novembro de 2016). «Após impeachment, Dilma leva vida reservada no RS; veja entrevista». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de junho de 2017 
  251. Filipe Matoso, Gustavo Garcia e Roniara Castilhos (31 de agosto de 2016). «Como ex-presidente, Dilma terá direito a 8 servidores de livre escolha». G1. Consultado em 17 de junho de 2017 
  252. Luma Poletti (31 de agosto de 2016). «Com aposentadoria de R$ 5 mil, Dilma precisa trabalhar para suprir necessidade, diz Kátia Abreu». Congresso em Foco. Consultado em 17 de junho de 2017 
  253. «Ex-presidenta Dilma aceita assumir comando de conselho de fundação ligada ao PT». O Sul. 29 de outubro de 2016. Consultado em 17 de junho de 2017 
  254. «O contra-ataque da ex-presidente Dilma Rousseff pós-impeachment». Jornal Grande Bahia. 19 de março de 2017. Consultado em 17 de junho de 2017 
  255. Ancelmo Gois (20 de março de 2017). «Dilma faz sucesso no exterior». O Globo. Consultado em 17 de junho de 2017 
  256. Paula Sperb (7 de setembro de 2016). «Dilma planeja escrever livro sobre bastidores de seu impeachment». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de junho de 2017 
  257. «Dilma diz que não descarta se candidatar à Câmara ou ao Senado». Época. 18 de fevereiro de 2017. Consultado em 17 de junho de 2017 
  258. Vera Batista e Renato Souza (20 de março de 2017). «Obra no rio São Francisco vira guerra entre Lula, Dilma e Temer». Estado de Minas. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  259. «Principal cabo eleitoral de Lula, Dilma aposta em discurso virulento em Pernambuco». Jornal do Commercio. 26 de agosto de 2017. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  260. «Fundadores». Grupo de Puebla (em espanhol). Consultado em 6 de agosto de 2020 
  261. Raphael Veleda (22 de outubro de 2019). «Foro de São Paulo é coisa do passado? Conheça o "Grupo de Puebla"». Metrópoles. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  262. «Grupo de Puebla. El nuevo eje progresista regional al que apunta Fernández». La Nacion (em espanhol). 1 de novembro de 2019. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  263. «Justiça arquiva denúncia contra Lula, Dilma e Mercadante por suposta obstrução da Lava Jato». G1. 13 de agosto de 2022. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  264. Caselato, Matheus (12 de agosto de 2022). «Justiça arquiva investigação contra Lula e Dilma por tentativa de obstrução da Lava Jato». Money Times. Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  265. Mariana Oliveira e Renan Ramalho (5 de setembro de 2017). «Janot denuncia Lula, Dilma, Gleisi, Palocci, Edinho, Mantega, Paulo Bernardo e Vaccari». G1. Consultado em 6 de setembro de 2017 
  266. Mariana Oliveira (6 de setembro de 2017). «Procuradoria Geral da República apresenta ao STF nova denúncia contra Lula e Dilma». G1. Globo. Consultado em 6 de setembro de 2017 
  267. Rafael Moraes Moura e Breno Pires (5 de setembro de 2017). «Dilma foi "amplamente" beneficiada com recursos de propina, acusa Janot». O Estado de São Paulo. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  268. Luiz Vassallo (6 de setembro de 2017). «Janot quer bloqueio de R$ 6,5 bi de Lula, Dilma, ex-ministros e ex-tesoureiro por 'quadrilhão' do PT». O Estado de São Paulo. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  269. «Juiz aceita denúncia contra Lula, Dilma e ex-ministros por organização criminosa». Consultor Jurídico. 23 de novembro de 2018. Consultado em 3 de setembro de 2019 
  270. «Justiça do DF absolve Lula, Dilma, Palocci, Mantega e Vaccari no processo do 'quadrilhão do PT'». G1. Consultado em 27 de outubro de 2021 
  271. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :17
  272. a b c Flávio Costa (20 de outubro de 2018). «A outra queda de Dilma». UOL. Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  273. Carolina Linhares (28 de junho de 2018). «Não vou me furtar a participar da luta, diz Dilma ao confirmar disputa ao Senado». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de julho de 2018 
  274. Eduardo Bresciani (23 de setembro de 2017). «Petistas querem Dilma candidata ao Senado em Minas». O Globo. Consultado em 24 de julho de 2018 
  275. «Dilma disputará Senado por Minas Gerais». Folha de S.Paulo. 5 de abril de 2018. Consultado em 7 de abril de 2018 
  276. «'Sou do mundo, sou Minas Gerais', disse Dilma Rousseff ao confirmar sua candidatura ao Senado». Estado de Minas. 28 de junho de 2018. Consultado em 24 de julho de 2018 
  277. Fabiana Almeida (5 de agosto de 2018). «Ex-presidente Dilma Rousseff é lançada como candidata ao Senado por MG». G1. Consultado em 6 de agosto de 2018 
  278. «Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS) são eleitos senadores em Minas Gerais». Gazeta do Povo. 7 de outubro de 2018. Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  279. «Banco dos Brics anuncia saída de presidente e abre caminho para Dilma». CNN Brasil. 10 de março de 2023. Consultado em 22 de março de 2023 
  280. «Dilma se reúne com ministros dos Brics em processo para assumir presidência de banco». Folha de S.Paulo. 9 de março de 2023. Consultado em 22 de março de 2023 
  281. «Dilma é confirmada como nova presidente do banco do Brics; mandato vai até julho de 2025». G1. 24 de março de 2023. Consultado em 24 de março de 2023 
  282. «Dilma mantém ida à China para assumir banco, mas adia solenidade de posse». Folha de S.Paulo. 25 de março de 2023. Consultado em 25 de março de 2023. Mesmo com o adiamento do ato simbólico, o mandato de Dilma como presidente do NDB começou em 24 de março, quando ela foi eleita para o posto pelos sócios do banco. 
  283. Briefing, Silk Road (22 de agosto de 2023). «BRICS New Development Bank: Five New Sovereign Investors Expected». Silk Road Briefing (em inglês). Consultado em 11 de dezembro de 2023 
  284. a b Carolina Bahia e Leandro Fontoura. «Tá na cara, a candidata apareceu». Zero Hora. Arquivado do original em 23 de janeiro de 2009 
  285. a b Vaguinaldo Marinheiro (5 de setembro de 2010). «A Bulgária dos Rousseff. Perseguido pelos comunistas, meio-irmão de Dilma queria viver no Brasil com o pai, Pétar». Folha de S.Paulo. Consultado em 8 de maio de 2015 
  286. «Pg. 69. Seção 3. Diário Oficial da União (DOU) de 14 de fevereiro de 2003». Jusbrasil. DOU. 14 de fevereiro de 2003. Consultado em 1 de janeiro de 2010 
  287. «Filha de Dilma entra na igreja para seu casamento em Porto Alegre». Zero Hora. 18 de abril de 2008. Consultado em 8 de outubro de 2010. Arquivado do original em 13 de maio de 2011 
  288. João Guedes (9 de setembro de 2010). «Nasce neto de Dilma Rousseff». O Globo. Consultado em 1 de novembro de 2010 
  289. «Em Porto Alegre, Dilma batiza o neto Gabriel». Terra. 1 de outubro de 2010. Consultado em 3 de novembro de 2010. Arquivado do original em 4 de outubro de 2010 
  290. Débora Ely (1 de outubro de 2010). «Segundo neto de Dilma Rouseff nasce em Porto Alegre». Zero Hora. Consultado em 17 de abril de 2016. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2016 
  291. «Os ateus no Brasil e seu medo de sair do armário». G1. 6 de junho de 2013 
  292. «Dilma manda tirar Bíblia e crucifixo do gabinete». Correio do Estado. 10 de janeiro de 2011 
  293. Carol Pires (15 de outubro de 2010). «Em carta, Dilma assina compromisso contra o aborto». Estadão 
  294. Eduardo Simões (8 de agosto de 2014). «"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor", diz Dilma a evangélicos». Reuters 
  295. «Dilma faz tratamento contra câncer no sistema linfático». Estadão. 25 de abril de 2009. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  296. «Saiba mais sobre o câncer de Dilma Rousseff». G1. 26 de abril de 2009. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  297. «Em entrevista, Dilma diz estar curada do câncer linfático». Folha de S.Paulo. 3 de setembro de 2009. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  298. «'Do ponto de vista dos médicos, estou curada', diz Dilma sobre câncer». G1. 3 de setembro de 2009. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  299. «Dilma está curada do câncer, segundo médicos». Veja. 28 de setembro de 2009. Consultado em 5 de junho de 2010. Arquivado do original em 17 de maio de 2011 
  300. Márcio Falcão (21 de dezembro de 2009). «Dilma abandona peruca e aparece de cabelos curtos em evento em Brasília». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de fevereiro de 2010 
  301. «Dilma entende aborto como questão de saúde pública, afirma presidente do PT». Zero Hora. 14 de outubro de 2010. Consultado em 17 de maio de 2012 
  302. Carla Gullo e Maria Laura Neves. «A Mulher do Presidente». Revista Marie Claire. Consultado em 30 de março de 2016. Arquivado do original em 5 de abril de 2009 
  303. Reinaldo Azevedo. «Aqui, a verdade sobre Dilma e o aborto. Não é um boato anônimo da Internet. Ela defendeu a legalização». Veja. Consultado em 30 de março de 2016 
  304. a b Wanderley Preite Sobrinho (8 de julho de 2010). «Dilma pede punição exemplar a envolvidos na morte de Eliza Samudio e classifica crime como bárbaro». R7. Consultado em 17 de maio de 2012. Arquivado do original em 15 de julho de 2011 
  305. a b Ricardo Franca Cruz, Pablo Miyazawa, Rodrigo Barros e Fernando Vieira (18 de outubro de 2010). «Entrevista RS Dilma Rousseff». Rolling Stone. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  306. «"Sou a favor da união civil gay", diz Dilma Roussef». A Capa. 29 de junho de 2010. Consultado em 17 de maio de 2012. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  307. Nathalia Passarinho (26 de maio de 2011). «Governo não fará 'propaganda de opção sexual', diz Dilma sobre kit». G1. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  308. «Após debate, Dilma defende criminalização da homofobia». Folha de S.Paulo. 1 de setembro de 2014. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  309. Mestieri, Gabriel (21 de julho de 2010). «Dilma defende união civil entre gays e se diz contra a legalização da maconha». R7. Consultado em 17 de maio de 2012. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2016 
  310. «Dilma diz que espera dos EUA um forte sinal de que espionagem não se repetirá». O Globo. 4 de junho de 2014. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  311. Andréia Sadi (13 de junho de 2014). «Núcleo do PT pró-legalização quer debate sobre maconha no partido». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de agosto de 2020 
  312. «Dilma: privatização da Petrobras é inadmissível». O Globo. 3 de maio de 2014. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  313. Erick Mota (4 de setembro de 2019). «Dilma volta ao Congresso pela primeira vez após impeachment e fala contra privatizações». Congresso em Foco. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  314. «Dilma Rousseff aponta seis razões contra privatizações». Agência epbr. 14 de fevereiro de 2018. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  315. «Nos EUA, Dilma se manifesta contra privatização de empresas do setor elétrico e da Petrobras». Clic RBS. 21 de maio de 2010. Consultado em 17 de maio de 2012 
  316. a b c Leonêncio Nossa (1 de março de 2012). «Oposição critica privatizações encenando ato em Brasília». VEJA. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  317. a b c Marcelo da Fonseca (4 de março de 2013). «Petistas viram alvo de tucanos quando o assunto é privatizações». Estado de Minas. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  318. a b Ethevaldo Siqueira (16 de outubro de 2010). «As privatizações do PT e as demais». Estadão. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  319. «PSDB 'cumprimenta' Dilma por 'privatização' de rodovias e ferrovias». G1. 15 de agosto de 2012. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  320. Eduardo Rodrigues e Sabrina Valle (23 de maio de 2013). «Governo antecipa primeiro leilão do pré-sal para outubro». Estado de São Paulo. Consultado em 23 de maio de 2013 
  321. «Dilma nega que plano de concessão de rodovias e ferrovias seja privatização». Terra. Consultado em 8 de agosto de 2020 
  322. «Título de Doutora "Honoris Causa" pela Universidade de Délhi». Biblioteca da Presidência da República. 28 de março de 2012 
  323. «UFCA e outras 3 universidades concedem título de doutor honoris causa a Dilma Rousseff». O Povo. 30 de junho de 2023 

Bibliografia

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre Dilma Rousseff:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Wikisource Textos originais no Wikisource
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons
Wikinotícias Categoria no Wikinotícias
Wikidata Base de dados no Wikidata

Precedido por
Marcos Troyjo
A logo do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)
3ª Presidente do Novo
Banco de Desenvolvimento

2023 – Atualidade
Sucedido por
Precedido por
Luiz Inácio Lula da Silva
Brasil
36ª Presidente do Brasil

2011 – 2016
Sucedido por
Michel Temer
Precedido por
José Dirceu
40ª Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil
2005 – 2010
Sucedido por
Erenice Guerra
Precedido por
Francisco Luiz Sibut Gomide
21ª Ministra de Minas e Energia do Brasil
2003 – 2005
Sucedido por
Mauricio Tolmasquim