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Demografia da África

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa da África mostrando Índice de Desenvolvimento Humano (2004).
A expectativa de vida está abaixo de 50 anos na maior parte dos países africanos, e abaixo de 60 anos, em todos os países, exceto para a África do Norte.
A maioria dos países africanos tem taxas de crescimento anual da população acima dos 2%.

A África possuí uma população de mais de 1,3 bilhão de habitantes[1] e uma densidade demográfica de 30 hab./km². Ela duplicou nos últimos 28 anos, e se quadruplicou nos últimos 55 anos. Crê-se que tenha alcançado os 1 bilhão de habitantes antes de 2010.[2] O mais populoso país africano é a Nigéria, com pouco mais de 200 milhões de habitantes,[3] seguido pela Etiópia com 112 milhões[4] e pelo Egito com 90 milhões de pessoas. (dados de 2019).[5]

A população africana tem crescido exponencialmente ao longo do último século, o que acarreta uma população muito jovem (Ainda hoje, vários países, como a Libéria, Burundi, Uganda, a República Democrática do Congo, Madagáscar e o Burkina Faso têm taxas de crescimento anual da população acima dos 3%), ainda reforçada por uma baixa expectativa de vida. De acordo com a CIA Factbook em 2006, de 53 países, 43 possuíam uma expectativa de vida abaixo de 60 anos e 28 possuíam uma expectativa de vida abaixo de 50 anos. De acordo com a mesma fonte, Lesoto, Botswana e Essuatíni possuíam uma expectativa de vida abaixo de 35 anos.

Dados demográficos

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População Total: 1,308,064,176 de habitantes (2019)

População Rural: 58% da população total

População Urbana: 42% da população total

Religiões: A principal religião é o Islamismo, com 40% da população sendo adeptos. O cristianismo tem como fiéis 15% da população.

Analfabetismo: 40,3%

Estimativas alternativas da população africana, 0-2018 d.C. (em milhares)

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Fonte: Maddison et al. (Universidade de Groningen).[6]

Ano[6] 0 1000 1500 1600 1700 1820 1870 1913 1950 1973 1998 2018 2100
(projectado)
África 16 500 33 000 46 000 55 000 61 000 74 208 90 466 124 697 228 342 387 645 759 954 1 321 000[7] 3 924 421[8]
Mundo 230 820 268 273 437 818 555 828 603 410 1 041 092 1 270 014 1 791 020 2 524 531 3 913 482 5 907 680 7 500 000[9] 10 900 000[10]

Percentagem da população africana e mundial, 0-2020 d.C. (% do total mundial)

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Fonte: Maddison et al (Universidade de Groningen).[6]

Ano[6] 0 1000 1500 1600 1700 1820 1870 1913 1950 1973 1998 2020 2100
(projectado)
África 7,1 12,3 10,5 9,9 10,1 7,1 7,1 7,0 9,0 9,9 12,9 18,2[7] 39,4[10]

Todos os países da África Subsariana tinham taxa de fertilidade (número médio de filhos) acima do nível de substituição em 2019 e representavam 27,1 % dos nados-vivos a nível mundial.[11] Em 2021, a África Subsariana representava 29 % dos nascimentos a nível mundial.[12]

A taxa de fertilidade (número médio de filhos por mulher) da África Subsariana é de 4,7 em 2018, a mais elevada do mundo, segundo o Banco Mundial.[13]

Grupos etários seleccionados por continente, 2018[14]
Região Menos de 15 anos de idade
(percentagem da população total)
Mais de 65 anos
(percentagem da população total)
Ásia 24% 8%
África 41% 3%
Europa 16% 18%
América Latina-Caraíbas 26% 8%
EUA e Canadá 19% 15%
Oceânia 23% 12%
Mundo 26% 9%

África Subsaariana

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A Mortalidade infantil na África está na taxa de 9% e de mortalidade infantil abaixo de 5 anos em 15%.[1].
2005 pirâmide populacional de Angola.

Mais de 40% da população têm menos de 15 anos nos países subsarianos, com a exceção da África do Sul,[15]

A mortalidade infantil é alta, com 190 mortes a cada 1000 nascimentos em países como Angola. Entre 25% e 50% das crianças são desnutridas na Tanzânia, no Quênia, no Sudão, em Moçambique, em Madagáscar, no Zimbabwe, na Zâmbia e em Angola.

AIDS é um problema generalizado na África subsariana, com cerca de 11% da população adulta infectada.

Grupos étnicos

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Há uma grande diversidade étnica nos países da África subsaariana. Enquanto a África do Sul tem a maior população de brancos, indianos e mestiços na África. Pessoas com ascendência europeia incluem descendentes de neerlandeses, alemães e ingleses, Madagáscar tem uma população de origem austronésia e africana, e a área do sul do Sudão é habitada por povos nilóticos.

Falantes de línguas bantu (parte da família Níger-Congo) são a maioria na África subsaariana. Mesmo assim, também existem vários grupos nilóticos na África Oriental e alguns coisanídeos e pigmeus no sul e no centro do continente, respectivamente. Línguas Europeias são muito utilizadas na mídia e no governo de países africanos, como o Inglês, Francês e Português.

Norte da África

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A população da África Branca pertence a três grupos principais; os povos berberes ao sul e os árabes no norte. Os árabes chegaram ao norte da África no século VII e introduziram a língua árabe e o Islão no continente. Outros grupos importantes para a formação étnica do norte africano foram os fenícios, gregos, romanos e vândalos, que também estabeleceram colônias no norte, especialmente no litoral do Mar Mediterrâneo.

Os berberes estão presentes em Marrocos, na Argélia, na Tunísia e na Líbia. Os tuaregues e outros povos nômades podem ser encontrados no interior do continente, a sul do deserto do Saara. Os núbios vivem na parte nordeste do continente, mais precisamente no Egito.

Durante o século passado, pequenas colônicas de libaneses, indianos e chineses formaram-se nas costas da África Ocidental e da África Oriental e tornaram-se relativamente importantes para a economia de alguns países.

Alguns grupos da Etiópia e da Eritreia (como os povos Amhara e trigrayanos, coletivamente conhecidos como "Habesha") falam línguas semíticas. Os oromo e somalis falam línguas cuchíticas, mesmo que alguns clãs somalis prefiram o árabe de seus legendários ancestrais.

Sudão e Mauritânia são países divididos entre um norte árabe e um sul africano (mesmo que muitos "árabes" do Sudão tenham claramente raízes africanas). Algumas áreas da África Oriental, como a ilha de Zanzibar e a ilha de Lamu, também receberam muçulmanos árabes e colonos e mercadores asiáticos durante a Idade Média.

Notas
Referências
  1. «Population Pyramids of the World from 1950 to 2100». PopulationPyramid.net (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  2. "Perspectivas: The População Mundial 2004 Revisão" Arquivado em 21 de março de 2007, no Wayback Machine. das Nações Unidas (Departamento de Assuntos económicos e sociais, divisião população)
  3. «Population Pyramids of the World from 1950 to 2100». PopulationPyramid.net (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  4. «Population Pyramids of the World from 1950 to 2100». PopulationPyramid.net (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  5. «Population Pyramids of the World from 1950 to 2100». PopulationPyramid.net (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  6. a b c d Maddison (27 julho 2016). «Growth of World Population, GDP and GDP Per Capita before 1820» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 12 de fevereiro de 2021 
  7. a b «Africa Population (LIVE)». worldometers.info. Consultado em 17 de julho de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2020 
  8. «Five key findings from the 2022 UN Population Prospects». Our World in Data 
  9. «World Population Day: July 11, 2018». United States Census Bureau. 11 julho 2018. Cópia arquivada em 18 de julho de 2019 
  10. a b ANTHONY CILLUFFO; NEIL G. RUIZ (17 junho 2019). «World's population is projected to nearly stop growing by the end of the century». Pew Research Center 
  11. Predefinição:Webquote
  12. United Nations. Department of Economic and Social Affairs. Perspectivas da População Mundial 2022. Summary of Results (PDF). New York: [s.n.] p. 14 
  13. «Fertility rate, total (births per woman) - Sub-Saharan Africa». The World Bank. Consultado em 29 de maio de 2020. Cópia arquivada em 13 de maio de 2020 
  14. Jeff Desjardins (15 de fevereiro de 2019). «Mapped: The Median Age of the Population on Every Continent». Visual Capitalist 
  15. Segundo o CIA Factbook: Angola, Benim, Burundi, Burkina Faso, a República Centro-Africana, Camarões, Chade, a República do Congo, a República Democrática do Congo, Djibouti, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quénia, Libéria, Madagáscar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Essuatíni, Tanzânia, Togo, Uganda, e Zâmbia
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