Alberto Porfírio da Silva
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Alberto Porfírio da Silva | |
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Nascimento | 23 de dezembro de 1926 Quixadá |
Morte | 23 de setembro de 2009 Fortaleza |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | escritor, poeta, repentista, professor |
Empregador(a) | Universidade Federal do Ceará |
Causa da morte | silicose |
Alberto Porfírio da Silva (Quixadá, 23 de dezembro de 1926 — Fortaleza, 23 de setembro de 2009) foi um escultor, xilogravurista, poeta cordelista popular e repentista brasileiro.[1][2][3] Figura amada e respeitada no meio da cantoria e do cordel, foi considerado um dos expoentes da poesia popular cearense.[3][1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Porfírio desenvolveu sua leitura por meio de cordéis de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde, Luís da Costa Pinheiro e outros. Com a seca de 1942, em plena II Grande Guerra, partiu, com a viola e cantoria, para ganhar a vida. Porém, alistou-se como "soldado da borracha", desistindo pouco antes da partida.[1][2] O navio que levou os demais companheiros foi torpedeado e todos foram mortos. Retornou aos estudos com mais idade, estudando na sala ginasial ao lado da de seu filho mais velho. Mais tarde, tornaria-se professor pela Universidade Federal do Ceará.[1] O poeta popular recebeu das mãos da Condessa Pereira Carneiro, do Jornal do Brasil, menção honrosa especial pelos seus trabalhos como cantor-repentista.[3][4]
Já com saúde debilitada em função de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Alberto Porfírio faleceu em 23 de setembro de 2009 devido complicações pulmonares de uma silicose[3] causadas pelo constante contato com cimento, material utilizado em suas esculturas.[2] Foi sepultado no cemitério da Parangaba, em Fortaleza. Deixou sete filhos, vinte netos e dez bisnetos.[3]
Obra
[editar | editar código-fonte]Foi autor de inúmeros cordéis[1][3] além de publicar obras como Poetas Populares e Cantadores do Ceará (1977), Os Cem Sonetos, O Livro da Cantoria (1997)[1], além de outras como Porque não aprendi a ler, No tempo da lamparina, Eu gostei mais foi do cão, Cantiga da Dorinha e A estátua de Jorge. Escreveu um livro de sonetos e outro sobre as noites de viola na Casa de Juvenal Galeno. [3]
Viajou pelo Brasil divulgando a arte do repente e da poesia popular. Participou de pelejas, congressos e da fundação da Casa do Poeta Brasileiro em Brasília. Ministrou cursos de cantoria pelo rádio e criou esculturas em diversas partes do Brasil, dentre as quais a do Cego Aderaldo e de Domingos Fonseca. Depois do AVC e já com saúde debilitada, decidiu escrever sua Autobiografia narrando sua vida e sua obra em prosa e versos com lembranças de 1926 até 2006. Impedido de escrever com os próprios punhos, coube a sua filha transcrever para o papel o que era dito por ele. Lançada um ano após sua morte em solenidade na Casa de Juvenal Galeno, a autobiografia contém 350 páginas.[2]
Esculturas de sua autoria encontram-se espalhadas por vários estados do Brasil.
- ↑ a b c d e f http://www.ceara.gov.br/index.php/sala-de-imprensa/noticias/2054-autobiografia-do-poeta-popular-alberto-porfirio-sera-lancada-segunda-feira-25
- ↑ a b c d http://www.opovo.com.br/app/opovo/vida-e-arte/2010/10/25/noticiavidaeartejornal,2056198/cantoria-e-poesias.shtml[ligação inativa]
- ↑ a b c d e f g http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=673715
- ↑ http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Alberto+Porf%C3%ADrio<r=a&id_perso=73