2.ª Divisão de Exército
2ª Divisão de Exército | |
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Brasão | |
País | Brasil |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar do Sudeste |
Denominação | Divisão Presidente Costa e Silva |
Sigla | 2.ª DE |
Comando | |
Comandante | Gen Div Pedro Celso Coelho Montenegro[1] |
Comandantes notáveis |
Arthur da Costa e Silva João de Segadas Vianna Floriano de Lima Brayner Waldemar Levy Cardoso Jorge Armando Felix Carlos Alberto dos Santos Cruz Floriano Peixoto Vieira Neto |
Sede | |
Sede | São Paulo - São Paulo |
Página oficial | Página oficial |
A 2.ª Divisão do Exército (2.ª DE) é um comando operacional do Exército Brasileiro sediado em São Paulo e subordinado ao Comando Militar do Sudeste. Ela comanda a 11.ª Brigada de Infantaria Mecanizada e a 12.ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Organização
[editar | editar código-fonte]A data de criação oficial da 2.ª DE é 29 de outubro de 1952, quando o comando de sua antecessora, a 2.ª Divisão de Infantaria (2.ª DI), foi separado da 2.ª Região Militar (2.ª RM). A 2.ª DI existia antes de 1952, mas seu comando e o da 2.ª RM eram exercidos pelo mesmo oficial. Ambas eram sediadas em São Paulo e subordinadas à Zona Militar Centro, posterior II Exército e atual Comando Militar do Sudeste (CMSE).[2] Em 1961 a 2.ª DI tinha um efetivo de 5.487 praças, comandando o 4.º, 5.º e 6.º Regimentos de Infantaria (RIs), o 2.º Regimento de Obuses de 105 mm (2.º RO 105), 2.º Grupo de Obuses de 155 mm (2.º GO 155) e 2.º Batalhão de Engenharia de Combate (2.º BE Cmb), entre outras formações.[3]
Nas reformas militares dos anos 70, em 1971 a 2.ª DI tornou-se 2.ª Divisão de Exército, composta de uma brigada de infantaria blindada, a 11.ª, outra de infantaria motorizada, 12.ª, e uma Artilharia Divisionária (AD/2).[3] A AD/2 foi extinta em 1985, dando lugar a uma brigada de artilharia de costa e antiaérea subordinada ao CMSE.[4] As duas brigadas de infantaria mais tarde mudariam de natureza: a 12.ª tornou-se aeromóvel em 1995, e a 11.ª perdeu seus blindados em 2005, tornando-se de infantaria leve,[5] para então receber novos veículos a partir de 2021, tornando-se infantaria mecanizada.[6]
Componentes atuais
[editar | editar código-fonte]- Comando da 2ª. Divisão de Exército - São Paulo[7]
- Companhia de Comando da 2.ª Divisão de Exército - São Paulo
- 11.ª Brigada de Infantaria Mecanizada – Campinas[8]
- Companhia de Comando da 11.ª Brigada de Infantaria Mecanizada - Campinas
- 4.º Batalhão de Infantaria Mecanizado - Osasco
- 28.º Batalhão de Infantaria Mecanizado - Campinas
- 37.º Batalhão de Infantaria Mecanizado - Lins
- 13.º Regimento de Cavalaria Mecanizado - Pirassununga
- 2.º Grupo de Artilharia de Campanha - Itu
- 2.º Batalhão Logístico - Campinas
- 11.ª Companhia de Engenharia Mecanizada - Pindamonhangaba
- 2.ª Companhia de Comunicações Mecanizada - Campinas
- 11.º Pelotão de Polícia do Exército - Campinas
- 12.ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) - Caçapava[9]
- 2.º Batalhão de Infantaria Leve - São Vicente
- 5.º Batalhão de Infantaria Leve - Lorena
- 6.º Batalhão de Infantaria Leve - Caçapava
- 20.º Grupo de Artilharia de Campanha Leve - Barueri
- 22.º Batalhão Logístico Leve - Barueri
- Companhia de Comando da 12.ª Brigada de Infantaria Leve - Caçapava
- 1.º Esquadrão de Cavalaria Leve - Valença
- 5.ª Bateria de Artilharia Antiaérea Leve - Osasco
- 12.ª Companhia de Engenharia Leve - Pindamonhangaba
- 12.ª Companhia de Comunicações Leve - Caçapava
- 12.º Pelotão de Polícia do Exército - Caçapava
- 12.º Grupo de Artilharia de Campanha - Jundiaí
- 2.º Batalhão de Engenharia de Combate - Pindamonhangaba
Operações
[editar | editar código-fonte]A maior parte da 2.ª Divisão de Infantaria aderiu à Revolução Constitucionalista de 1932, formando, juntamente com a Força Pública de São Paulo, a espinha dorsal do exército constitucionalista.[10] Ao marchar contra o Rio de Janeiro, a 2.ª Divisão de Infantaria em Operação, comandada por Euclides Figueiredo, foi barrada pelas forças governistas no vale do Paraíba, onde se travou a frente leste do conflito.[11][12] Na década seguinte, vários componentes da divisão participaram da Força Expedicionária Brasileira.[2]
Em 1955 a divisão estava sob o comando do general Tasso de Oliveira Tinoco, que tentou mobilizar seus comandados contra o Movimento de 11 de Novembro, mas não encontrou apoio suficiente entre os demais comandantes em São Paulo. Como resultado, ele ficou sem comando até 1958.[13][14] Seu sucessor por um curto período foi o general Arthur da Costa e Silva.[2]
Á época do golpe de Estado de 1964, a Divisão era comandada pelo general Aluísio de Miranda Mendes. Embora integrante do “dispositivo militar” governista, ele não se manteve fiel ao governo e aderiu ao golpe, liderando sua divisão em operações na região de Resende, Rio de Janeiro. Outra parte da divisão foi enviada ao Paraná.[15]
- ↑ «Comandante da 2ª DE». Visitado em 5 de fevereiro de 2024
- ↑ a b c «2ª Divisão de Exército». 1 de março de 2016
- ↑ a b Pedrosa, Fernando Velôzo Gomes (2018). Modernização e reestruturação do Exército brasileiro (1960-1980) (Doutorado em História). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. p. 181, 213, 289.
- ↑ «Histórico». Comando de Defesa Antiaérea do Exército. 3 de novembro de 2022. Consultado em 15 de novembro de 2023
- ↑ Kuhlmann, Paulo Roberto Loyolla (2007). Exército brasileiro: estrutura militar e ordenamento político 1984-2007 (PDF) (Doutorado em Ciência Política). Universidade de São Paulo. p. 64, 123, 138
- ↑ «Brigada de Infantaria Leve já conta com metade da frota prevista de blindados». DefesaNet. 17 de fevereiro de 2022. Consultado em 15 de junho de 2022
- ↑ «Organograma da 2ª Divisão de Exército». 2ª Divisão de Exército. Consultado em 12 de março de 2024
- ↑ «Organograma da 11.ª Brigada de Infantaria Mecanizada». Consultado em 12 de março de 2024
- ↑ «Portaria do Comandante do Exército 1.681, de 4 Fev 2022.». Boletim do Exército 7/2022, de 18 Fev 2022. Consultado em 8 de março de 2022
- ↑ Jowett, Philip (2018). Latin American Wars 1900–1941: "Banana Wars", Border Wars & Revolutions. Col: Men at Arms, 519. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 23.
- ↑ Silva, Jamicel Francisco Rocha da (novembro de 2019). «Um cirurgião no front: a participação de Juscelino Kubitschek na Batalha do Túnel» (PDF). Rio de Janeiro. Revista Brasileira de História Militar (26). p. 75.
- ↑ Dantas, Wanderson Ramonn Pimentel (2019). «Nos inóspitos rincões paulistas, sobre a metralha inimiga: o 25º Batalhão de Caçadores no Exército do Leste durante a guerra civil de 1932» (PDF). Recife: ANPUH-Brasil. 30º Simpósio Nacional de História. p. 3.
- ↑ CPDOC FGV (2015). «TINOCO, Tasso» (PDF). Dicionário da Elite Política Republicana (1889-1930). Rio de Janeiro: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil
- ↑ Dulles, John W. F. (2014). Unrest in Brazil: Political-Military Crises 1955-1964. Austin: University of Texas Press. p. 49-50.
- ↑ Faria, Fabiano Godinho (2013). João Goulart e os militares na crise dos anos de 1960 (PDF) (Doutorado em História). Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cópia arquivada (PDF) em 10 de novembro de 2021. p. 342, 416.