World Championship Wrestling: diferenças entre revisões
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Revisão das 04h43min de 28 de março de 2013
World Championship Wrestling | |
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Gênero | Wrestling profissional Entretenimento desportivo |
Fundação | 21 de novembro de 1988 |
Fundador(es) | Ted Turner |
Encerramento | 26 de março de 2001 |
Sede | Atlanta, Geórgia, Estados Unidos |
Proprietário(s) | Ted Turner (1988–2001) Vince McMahon (2001-presente) |
Significado da sigla | Campeonato Mundial de Wrestling |
Website oficial | www |
A World Championship Wrestling (WCW) foi uma promoção de wrestling profissional estadunidense que existiu entre 1988 e 2001. Localizada em Atlanta, Geórgia, ela iniciou como uma afiliada regional da National Wrestling Alliance (NWA), sob o nome de Jim Crockett Promotions até novembro de 1988, quando Ted Turner e a Turner Broadcasting compraram-a e a renomearam de "World Championship Wrestling". Turner, e sua empresa Time Warner, presidiram a WCW até 2001, quando ela foi comprada pela sua competidora rival, a World Wrestling Federation (WWF), agora conhecida como WWE.
A partir de 1995, a WCW começou a ter maior êxito comercial, principalmente devido à entrada de Eric Bischoff como o produtor executivo, a contratação de Hulk Hogan, a introdução do programa semanal Monday Nitro, que resultou na Monday Night Wars, a equipe New World Order e outros conceitos inovadores. No entanto, inúmeros problemas internos e externos levaram a companhia a perder a liderança para a WWF, que acabou a comprando em 2001, através de seu presidente Vince McMahon. A sua queda do topo e vários fatores têm sido documentados muitas vezes dentro da indústria do wrestling profissional.
História
Uso inicial do nome
Mesmo o nome "World Championship Wrestling" tendo sido exaustivamente usado como uma marca de várias promoções afiliadas à NWA desde 1982, (mais notávelmente a Georgia Championship Wrestling e a Jim Crockett Promotions) foi apenas em 21 de novembro de 1988 que uma destas afiliadas assim nomeadas tornaria-se conhecida em escala nacional, tendo como dono o magnata da mídia Ted Turner e com sede em Atlanta, Georgia.
Jim Barnett, que havia trabalhado com a promoção World Championship Wrestling na Austrália, veio à Atlanta na década de 1970 durante uma briga interna pelo território da NWA na Georgia.[1] Barnett tornaría-se proprietário majoritário do território, e terminaria por usar o nome para um programa de televisão em 1982.
Líderes e editores criativos
Enquanto que inicialmente a nova compania era chamada de "Universal Wrestling Corporation", logo após sua compra uma decisão foi tomada para que se adotasse o nome mais familiar da "World Championship Wrestling" para a promoção. A compania passaria por várias mudanças de administração e editores durante os anos que seguiriam-se. Alguns, como Jim Herd e Kip Frey, eram totalmente inexperientes no assunto wrestling; outros ainda, como Bill Watts, Ole Anderson e Dusty Rhodes tinham grande experiência neste segmento, mas estavam tão atados aos velhos métodos de fazer-se wrestling profissional que foram ineficazes em construir uma sólida audiência para a WCW.
Eric Bischoff e Vince Russo
Enquanto Eric Bischoff recebeu inúmeras críticas por falhas cometidas enquanto produtor executivo da WCW (e mais tarde, presidente da WCW), Bischoff combinou um entendimento em wrestling profissional com a disposição de realizar mudanças que eram necessárias no sentido de tornar a WCW mais visível e prestigiada aos olhos da mídia e seus patrocinadores. Estas mudanças incluíram mudar algumas gravacões para os estudios da (na época) Disney-MGM em Orlando, e contratar tanto grandes nomes do wrestling profissional como jovens talentos de todas as partes do mundo.
Algumas das liberdades dadas por Bischoff à grandes estrelas do wrestling profissional, contudo, acabaram por prejudicar a compania, já que estes veteranos não tinham nenhuma forte intenção de ajudar novos nomes a promoverem-se de maneira mais coesa e mostrarem melhor seu pontencial, um dos principais pilares desta indústria. Quando Bischoff deixou suas funções em 1999, Vince Russo, um ex-escritor da World Wrestling Federation, juntou-se à empresa para tornar-se o diretor criativo da WCW. Russo não durou muito no cargo, porém em abril de 2000, a WCW optou por trazer tanto Russo como Bischoff de volta na esperança de reacender o interesse pela WCW. Os dois, no entanto, não deram-se muito bem e Bischoff deixou novamente a compania não muito depois.
WCW na mídia
De 2000 até o final de 2001, o programa americano de corridas trasmitidas ao vivo Monster Jam teve uma série de caminhões-monstro (grandes veículos com gigantescas e característcas rodas, muito famosos e tradicionais nos EUA) com seus nomes baseados nos lutadores da WCW. Dentre estes, encontrávamos "nWo" (correu apenas na temporada de 2000), "Sting" (nas temporadas 2000 e 2001), "Nitro Machine" (debutou em 2000 - hoje é o atual "Inferno"), "Madusa" (de 2000 até dias atuais) e "Goldberg" (também de 2000 a 2001 e mais tarde rebatizado). O primeiro deles a deixar o programa foi o "nWo", que correu por apenas uma temporada. Após isto, todos os outros com exceção de "Goldberg", "Nitro", e "Madusa" foram aposentados após o fim do patrocínio da WCW. "Nitro" foi renomeado como "Flashfire", para mais tarde ser convertido no atual "Inferno". Madusa sempre manteve o mesmo nome desde sua criação, uma vez que o sua piloto, Debra Miceli, era uma diva da WCW, Madusa. Quanto ao "Goldberg", ele foi renomeado "Team Meents" em 2002, e depois rebatizado em definitivo para "Maximum Destruction", que debutou com o nome em 2003 e continua até hoje no programa.
Aquisição pela World Wrestling Federation
Ao final do ano de 2000, um considerável número de potenciais cobradores para a WCW foram ditos terem mostrado interesse pela marca. Ted Turner, porém, ainda estava no comando da Time Warner antes da fusão final com a AOL e a Time Warner em 2001, e muitas destas ofertas foram simplesmente rejeitadas. Eric Bischoff, trabalhando com a empresa Fusient Media Ventures, mostrou intenção de adquirir a compania em janeiro de 2001 (pouco antes da fusão com as gigantes AOL/Time Warner), sendo que desta forma, a WCW poderia continuar à existir.
Porém, um dos principais financiadores que apoiavam a compra da WCW desistiu, deixando a Fusient sem escolha senão retirar a proposta até que conseguisse apresentar uma outra. Neste interím, a World Wrestling Federation começou a fazer contato com a nova AOL Time Warner sobre a compra da marca WCW. À Jamie Kellner, foi dado o controle da divisão Turner Broadcasting, e sua decisão de retirar da grade o wrestling da WCW veio logo em seguida. Como resultado, a programação da WCW foi cancelada tanto na rede TBS quanto na TNT, deixando a compania de Vince McMahon, que naquele momento possuía contrato de exclusividade com a Viacom, livre para adquirir a patente da finada WCW, bem como seu arquivo de vídeo e também alguns de seus contratos.
Durante o processo de venda, a WCW estava em litigância, com vários processos pendentes na justiça, e com a AOL Time Warner ainda devendo à vários integrantes da finada marca seus direitos legais, uma vez que muitos deles tinham contratos diretamente com a empresa e não com a WCW. Uma vez que Vince McMahon adquiriu apenas recursos selecionados por ele, a compania que uma vez havia sido conhecida como WCW, voltou a chamar-se Universal Wrestling Corporation, mas isto apenas para terminar de lidar com antigos contratos não adquiridos pela empresa de McMahon e outras questões legais ainda penduradas.
Legado
Após o fim da existência da WCW, assim como com as promoções que vieram após ela, a companhia ficou muito conhecida e identificada pelo seu estilo de wrestling profissional do norte dos Estados Unidos (pelo termo, Wrasslin'), o qual enfatiza competições mais legítimamente atléticas ao invés de focar na promoção de espetáculos e personagens cartunescos, como feito na WWF.[2] Esta identificação perdurou através da década de 1990, mesmo a companhia tendo contratado ex-lutadores da WWF, como Hulk Hogan, Randy Savage e Roddy Piper. A WCW dominou por completo as lendárias Monday Night Wars (84 semanas seguidas à frente na audiência), sendo muito deste crédito atribuído à storyline com a New World Order. Porém, a marca veria seus dias enegrecerem com a chegada da chamada Attitude Era na WWF, que rapidamente recuperou território para a rival. Histórias repetitivas, questões questionáveis na marcação das lutas e restrições corporativas eventualmente levaram a companhia a perder rios de capital, levando a sua dona, AOL Time Warner, a vender os direitos autorais do nome à WWF por uma quantia de (arredondados) 2.500.000 milhões de dólares americanos em 2001. Logo após a compra da marca, Vince McMahon também adquiriu toda a videoteca da WCW por mais 1.700.000 milhão adicional, totalizando a venda da lendária World Championship Wrestling à 4.200.000 milhões de dólares.
A WCW começou como uma promoção regional ao fim da década de 1980, focando principalmente no sul do país. A marca começou a crescer de maneira nacional algus anos depois, o que levou a rivalizar com a WWF. Mesmo a WCW tendo acabado em 2001, seu legado ainda vive na dentro da WWF. A WWF manteve os cinturões WCW United States Championship, WCW Cruiserweight Championship, WCW World Tag Team Championship e o WCW World Heavyweight Championship. Eventualmente, estes títulos foram unificados com suas contrapartes da WWF. Em 2003, agora conhecida como WWE, a companhia ressucitou o título "United States" para que ele fosse disputado exclusivamente na SmackDown. Quando Hulk Hogan retornou à WWE, a empresa manteve seu apelido clássico da WCW, "Hollywood Hogan". em 2004, a WWE trouxe de volta o evento pay-per-view Great American Bash , e ainda, em 2009, lançou a coletânea Starrcade: The Essential Collection num conjunto com 3 DVDs. Em agosto de 2009, a empresa também lançou um conjunto de DVDs que contavam a história da WCW intitulado The Rise and Fall of WCW ("A Ascensão e Queda da WCW").[3] Comemorando o décimo ano de aniversário da compra da marca, a WWE reabriu o site WCW.com, destacando a história da companhia que, um dia, esteve no comando do wrestling profissional no mundo.
Referências
- ↑ Ghosts of Wrestling Past
- ↑ Assael, Shaun; Mooneyham, Mike (16 de julho de 2002). Sex, Lies and Headlocks: The Real Story of Vince McMahon and World Wrestling Entertainment. [S.l.]: Crown Publishers. 61 páginas. ISBN 0-609-60690-5
- ↑ Ross, Jim (3 de maio de 2009). «J.R.'s Place». J.R.'s Barbq. Consultado em 13 de maio de 2009