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Em dezembro de 1975, a revista publicou reportagem afirmando que cientistas haviam conseguido obter ''slides'' inéditos de Nessie, o [[monstro do lago Ness]], suficientemente claras para identificar a suposta criatura como um [[plesiossauro]], extinto há 70 milhões de anos. Veja dedicou seis reportagens ao monstro, citando supostas evidências científicas de sua existência em cinco delas.<ref name="Veja">{{citar web | autor=| titulo=A capa caiu| publicado = Veja| url=http://veja.abril.com.br/30anos/p_114.html| formato= | acessodata=[[7 de julho]] de [[2010]]}}</ref> |
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Em abril de 1983, a revista publicou, em sua seção de ciência, uma reportagem afirmando que pesquisadores alemães, da cidade de [[Hamburgo]], haviam criado um processo inédito que permitia a fusão de células animais e vegetais, culminando com um produto híbrido de carne bovina e tomate, capaz de crescer em árvores e apelidado de "[[boimate]]". A reportagem se baseou em informações de teor humorístico do periódico britânico ''New Science'', sem perceber que se tratava de uma brincadeira de [[1º de abril]].<ref name=Portal Imprensa 1>http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2007/09/24/imprensa72.shtml Portal Imprensa, ''"A imprensa entre o "furo" e a "barriga"'', 24 de setembro de 2007]</ref> |
Em abril de 1983, a revista publicou, em sua seção de ciência, uma reportagem afirmando que pesquisadores alemães, da cidade de [[Hamburgo]], haviam criado um processo inédito que permitia a fusão de células animais e vegetais, culminando com um produto híbrido de carne bovina e tomate, capaz de crescer em árvores e apelidado de "[[boimate]]". A reportagem se baseou em informações de teor humorístico do periódico britânico ''New Science'', sem perceber que se tratava de uma brincadeira de [[1º de abril]].<ref name=Portal Imprensa 1>http://portalimprensa.uol.com.br/colunistas/colunas/2007/09/24/imprensa72.shtml Portal Imprensa, ''"A imprensa entre o "furo" e a "barriga"'', 24 de setembro de 2007]</ref> O jornal [[O Estado de S. Paulo]] desmentiu as afirmações da publicação em 26 de junho daquele ano<ref name="JNN 1">{{citar web | autor=| titulo=A nova fronteira científica do boimate| publicado = JusBrasil| url=http://www.jusbrasil.com.br/noticias/972570/a-nova-fronteira-cientifica-do-boimate| formato= | acessodata=[[7 de julho]] de [[2010]]}}</ref>, e a própria revista publicaria uma nota no mês seguinte<ref name="boimate1">{{Citar periódico |autor = |data = 6 de julho de 1983 |titulo = Correção |jornal = Veja |numero = 774 |paginas = 12 |editora = Editora Abril |local = |lingua2= pt }}</ref>, desmentindo a matéria original, corrigindo o equívoco e pedindo desculpas aos leitores. |
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Em [[25 de abril]] de [[1992]] a revista publicou uma [[entrevista]] [[exclusivo|exclusiva]] com [[Pedro Collor de Mello]] ([[irmão]] do então [[presidente]] [[Fernando Collor de Mello]]), em que o entrevistado denunciava irregularidades de desvio de [[dinheiro]] público em uma suposta parceria com [[Paulo César Farias]]. Essa entrevista desencadeou uma série de novas denúncias e investigações culminando com o ''[[impeachment]]'' e a renúncia do presidente da [[República]]. |
Revisão das 22h28min de 24 de outubro de 2010
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Capa380.jpg | |
Slogan | Veja, indispensável para o país que queremos ser |
Editor | Eurípedes Alcântara |
Categoria | Notícias |
Frequência | Semanal |
Formato | 20,2 x 26,6 cm[1] |
Circulação | Total: 1 099 653[2] |
Editora | Editora Abril |
Primeira edição | 11 de setembro de 1968 (56 anos) |
País | Brasil |
Idioma | português |
veja.com.br |
Veja é uma revista semanal brasileira publicada pela Editora Abril. Foi criada em 1968 pelos jornalistas Victor Civita e Mino Carta. Com uma tiragem superior a um milhão de exemplares,[2] é a revista de maior circulação no Brasil.
A revista trata de temas do cotidiano da sociedade brasileira e do mundo, como política, economia, cultura e comportamento; tecnologia, ecologia e religião por vezes também são abordados. Possui seções fixas de cinema, literatura, música, entre outras variedades. Seus textos são elaborados em sua maior parte por jornalistas, porém nem todas as seções são assinadas. A revista publica eventualmente edições que tratam de assuntos regionais como Veja São Paulo ou Veja Rio.
A Veja é entregue aos assinantes aos sábados e nas bancas aos domingos, mas traz a data das quartas-feiras.
Fatos históricos
Em dezembro de 1975, a revista publicou reportagem afirmando que cientistas haviam conseguido obter slides inéditos de Nessie, o monstro do lago Ness, suficientemente claras para identificar a suposta criatura como um plesiossauro, extinto há 70 milhões de anos. Veja dedicou seis reportagens ao monstro, citando supostas evidências científicas de sua existência em cinco delas.[3]
Em abril de 1983, a revista publicou, em sua seção de ciência, uma reportagem afirmando que pesquisadores alemães, da cidade de Hamburgo, haviam criado um processo inédito que permitia a fusão de células animais e vegetais, culminando com um produto híbrido de carne bovina e tomate, capaz de crescer em árvores e apelidado de "boimate". A reportagem se baseou em informações de teor humorístico do periódico britânico New Science, sem perceber que se tratava de uma brincadeira de 1º de abril.Erro de citação: Parâmetro inválido na etiqueta <ref>
O jornal O Estado de S. Paulo desmentiu as afirmações da publicação em 26 de junho daquele ano[4], e a própria revista publicaria uma nota no mês seguinte[5], desmentindo a matéria original, corrigindo o equívoco e pedindo desculpas aos leitores.
Em 25 de abril de 1992 a revista publicou uma entrevista exclusiva com Pedro Collor de Mello (irmão do então presidente Fernando Collor de Mello), em que o entrevistado denunciava irregularidades de desvio de dinheiro público em uma suposta parceria com Paulo César Farias. Essa entrevista desencadeou uma série de novas denúncias e investigações culminando com o impeachment e a renúncia do presidente da República.
Em 14 de maio de 2005, reportagem da revista teve papel relevante na eclosão de outra crise política de grandes proporções, quando divulgou a transcrição de um vídeo em que se flagrava, com uma câmera escondida, o então funcionário dos Correios Maurício Marinho explicando a dois empresários como funcionaria um esquema de pagamentos de propina para fraudar licitações. Tal esquema envolveria o deputado Roberto Jefferson, e sua denúncia serviu de ignitor para que este deputado deflagrasse o chamado escândalo do mensalão.
Em 2009 a revista Veja libera o acesso a informação de todas as suas edições, agora digitalizadas, em um projeto realizado com a parceria do Bradesco.[6] [7].
Críticas e controvérsias
A revista é alvo de críticas relativas à sua parcialidade, entre os quais os jornalistas Luis Nassif em seção especial de seu blog[8] e o próprio Mino Carta, em diversas edições de sua revista, CartaCapital.[carece de fontes] Ambos travam disputas judiciais com a revista e seus colunistas (em especial, Diogo Mainardi) em relação às acusações feitas por ambas as partes.[carece de fontes]
Em agosto de 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ao Partido dos Trabalhadores (PT) direito de resposta a ser veiculado pela Veja. A decisão do TSE se deve à publicação da reportagem "Indio acertou no Alvo", sobre as declarações do deputado Índio da Costa acerca das supostas ligações entre o PT e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC} e o narcotráfico.Sobre a concessão do direito de resposta, o ministro Hamilton Carvalhido afirmou que "há uma linha tênue que separa o legítimo direito de exercer a liberdade de imprensa e seus abusos".[9] A medida foi duramente criticada por diversos juristas, como Miguel Reale Júnior, Ives Gandra Martins, Paulo Brossard, Oscar Vilhena Vieira e Carlos Velloso. Para Reale Júnior, "dizer a verdade não constitui crime se a intenção não é ofender mas narrar um fato - mesmo que esse fato venha em desfavor do prestígio social de uma entidade, como um partido político", enquanto para Ives Gandra a revista teria expressado sua opinião, "um direito seu", e teria feito "a análise de um fato, o que é legítimo dentro dos princípios da liberdade de imprensa." Para Brossard "os fatos publicados são de notoriedade incontroversa", "fatos públicos e graves" que teriam sido "noticiado fartamente"; já Vilhena Vieira afirmou que o caso "confirma uma tendência de restrição ao direito à informação e à liberdade de expressão no Brasil", e que Veja "tinha o direito de publicar a reportagem".[10] Para os três ministros que se opuseram ao direito de resposta, a matéria seria "essencialmente jornalística" e sua concessão do direito de resposta estaria em conflito com a liberdade de impresa e de expressão.[10] Já para quatro dos sete ministros titulares do STF, a revista não se limitou a reportar os fatos, mas reforçou o argumento do deputado, julgado ofensivo ao partido pelo próprio TSE. Para Arnaldo Versiani, a reportagem, mais do que apenas reportar os fatos, enunciava juízos de valor.[11] Ricardo Lewandowski, presidente do tribunal, afirmou que na reportagem "a revista entremeia fatos com insinuações.".[9]
Colunistas
Ver também
- ↑ «Tipos de Encartes». Site Oficial da Revista. Consultado em 9 de junho de 2010
- ↑ a b Tabela Geral de Circulação.
- ↑ «A capa caiu». Veja. Consultado em 7 de julho de 2010
- ↑ «A nova fronteira científica do boimate». JusBrasil. Consultado em 7 de julho de 2010
- ↑ «Correção». Editora Abril. Veja (774). 12 páginas. 6 de julho de 1983
- ↑ Acervo Digital da Revista VEJA
- ↑ VEJA libera acesso a arquivo digital
- ↑ O Caso Veja, de Luis Nassif
- ↑ a b TSE concede ao PT direito de resposta na Revista Veja, O Globo, 2 de agosto de 2010.
- ↑ a b "A Resposta do Direito", Veja, 11 de agosto de 2010, ed. 2117, p. 81-82, disp. online em [1].
- ↑ http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4600983-EI15315,00.html], do Portal Terra