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La Amistad: diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|prefixo=Se procura|o navio argentino|Amistad (1813)}}
{{Sem-fontes|data=julho de 2010| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=|2=|3=|4=|5=|6=}}
{{Info/Navio
[[Ficheiro:La Amistad (ship).jpg|thumb|200px|La Amistad (navio).]]
|nome = ''La Amistad''
[[Ficheiro:Amistad revolt.jpg|thumb|200px|La Amistad - a revolta.]]
|imagem = La Amistad (ship) restored.jpg
O '''La Amistad''' ("A amizade", em [[Língua castelhana|castelhano]]) foi um [[navio]] mercante [[Espanha|espanhol]] utilizado no tráfico de [[Escravatura|escravos]].
|legenda = ''La Amistad'' no primeiro plano, USS ''Washington'' ao fundo.
|carreira = [[Ficheiro:BandMercante1785.svg|30 px]]
|proprietário = <!-- nome do proprietário -->
|operador = <!-- nome do operador do navio -->
|porto = <!-- porto em que o navio foi registrado -->
|construído = 1836
|lançado = <!-- data em que foi lançado ao mar -->
|viagem = <!-- data e local da viagem inaugural do navio -->
|homônimo = <!-- pessoa ou local que inspirou o nome do navio -->
|nome original = <!-- apenas para navios rebatizados -->
|status = <!-- status atual do navio -->
|custo = <!-- custo de fabricação do navio -->
|classe = [[escuna]] de dois mastros
|tonelagem = 70/95 t
|comprimento = 37 m
|largura = <!-- largura do navio -->
|altura = <!-- altura do navio -->
|maquinário = <!-- motores e equipamentos relacionados -->
|propulsão = <!-- equipamento e capacidade de propulsão -->
|velocidade = <!-- velocidade máxima atingida -->
|cabines = <!-- número total de cabines -->
|capacidade = <!-- capacidade total de passageiros e tripulantes -->
}}
'''''La Amistad''''' foi um [[navio]] [[veleiro]] do tipo [[escuna]] que navegava sob a bandeira da [[Espanha]]. O barco era utilizado no [[tráfico negreiro]]. O veleiro foi tomado após rebelião dos escravizados quando o navio estava viajando na costa da [[Cuba|ilha de Cuba]].<ref>{{citar web|url=http://africasaberesepraticas.blogspot.com.br/2010/05/la-amistad.html|título=La Amistad|autor= Cláudio Rebello|data=12 de maio de 2010|publicado=|acessodata=28 de julho de 2013}}</ref>


== História==
Em [[1839]], [[Sengbe Pieh]] e outros cinquenta e dois africanos tomaram o controle do navio enquanto estavam acorrentados, matando toda a tripulação mas poupando os navegadores Ruiz e Montez para que eles pudessem pilotar o navio.
Em 1839, [[Sengbe Pieh]] e outros cinquenta e dois [[africano]]s tomaram o controle do navio enquanto estavam acorrentados, matando toda a tripulação mas poupando os [[Navegação|navegador]]es Ruiz e Montez para que eles pudessem pilotar o navio.
[[Ficheiro:Amistad revolt.jpg|esquerda|thumb|290px|Gravura da época, ilustrando a revolta.]]
Antes da rebelião, o ''La Amistad'' tinha como destino [[Camagüey]], em [[Cuba]]. Após o levante, os navegadores conseguiram enganar os escravizados, que acreditavam que voltariam para [[Serra Leoa]], na [[África]].<ref name="WDL">{{citar web|url = http://www.wdl.org/pt/item/3080/ |título= Um Jovem Homem Não Identificado |website = [[World Digital Library]] |data= 1839–1840 |acessodata=28 de julho de 2013}}</ref> O navio foi apreendido em [[26 de agosto]] de [[1839]], em águas territoriais dos [[Estados Unidos]] pelo navio [[USS Washington (1837)|USS'' Washington'']],<ref>{{citar web|url=http://www.history.noaa.gov/ships/washington.html|título=Revenue Cutter Peter G. Washington|autor=|data=8 de junho de 2006|publicado=National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA)|língua=en|acessodata=14 de maio de 2012}}</ref> enquanto a tripulação buscava mantimentos.


Depois da captura houve um longo julgamento sobre o destino dos africanos, acusados de assassinato (considerado fora da jurisdição americana), e dos navegadores, que utilizaram documentos de nascença forjados (uma prática comum) e violaram leis internacionais entre a [[Inglaterra]] e a [[Espanha]], que proibia a captura de novos escravizados (apenas filhos de escravizados já nasciam sem liberdade, e portanto eram os únicos que poderiam ser comercializados).<ref name="umkc">{{citar web|url=http://law2.umkc.edu/faculty/projects/ftrials/amistad/ami_act.htm|título=The Amistad Case |autor=Douglas O. Linder|data=2000|publicado=University of Missouri-Kansas City ||língua=en|acessodata=14 de maio de 2012}}</ref>
==Captura e julgamento==
Antes da rebelião, o '''La Amistad''' iria para [[Camagüey]], em [[Cuba]]. Após o levante, os navegadores conseguiram enganar os escravos, que acreditavam que voltariam para [[Serra Leoa]], na [[África]]. O navio foi apreendido em [[26 de agosto]] de [[1839]], em águas territoriais dos [[Estados Unidos da América]] pelo navio ''Washington'', enquanto a tripulação buscava mantimentos.


A Corte norte-americana concordou que a captura dos africanos fora ilegal, e declarou que eles poderiam permanecer nos Estados Unidos ou voltar para a África. O presidente [[Martin Van Buren]] lançou um recurso de apelação, mas a Corte continuou defendendo a sua decisão. Entretanto, devido à importância do caso decidiu que a [[Suprema Corte dos Estados Unidos|Suprema Corte]] deveria ter a palavra final. A Suprema Corte confirmou a decisão de libertar o grupo.<ref name="umkc" />
Depois da captura houve um longo julgamento sobre o destino dos africanos, acusados de assassinato (considerado fora da jurisdição americana), e dos navegadores, que utilizaram documentos de nascença forjados (uma prática comum) e violaram leis internacionais entre a [[Inglaterra]] e a [[Espanha]], que proibia a captura de novos escravos (apenas filhos de escravos já nasciam sem liberdade, e portanto eram os únicos que poderiam ser comercializados).


==Ver também==
A Corte estado-unidense concordou que a captura dos africanos fora ilegal, e declarou que eles poderiam permanecer nos Estados Unidos ou voltar para a África. O presidente [[Martin Van Buren]] lançou um recurso de apelação, mas a Corte continuou defendendo a sua decisão. Entretanto, devido à importância do caso decidiu que a [[Suprema Corte dos Estados Unidos da América|Suprema Corte]] deveria ter a palavra final. A Suprema Corte confirmou a decisão de libertar o grupo.

=={{Ver também}}==
*''[[Amistad]]'', filme de [[Steven Spielberg]] (1997) sobre fatos ocorridos no ''La Amistad''.
*''[[Amistad]]'', filme de [[Steven Spielberg]] (1997) sobre fatos ocorridos no ''La Amistad''.


{{referências|col=2}}


== Bibliografia ==
{{esboço-naval}}
* Owens, William A. (1997). ''Black Mutiny: The Revolt on the Schooner Amistad'',Black Classic Press, p.322, ISBN 9781574780048, [http://books.google.com/books?id=PZgOQLka_DoC&dq=amistad&source=gbs_navlinks_s Book]
* Pesci, David (1997) ''Amistad''Da Capo Press, p.292, ISBN 9781569247037, [http://books.google.com/books?id=CrAsEGx75DgC&dq=Amistad&source=gbs_navlinks_s Book]

==Ligações externas==
{{Wikisource|The Captives of the Amistad}}
{{Commons|Category:La Amistad (ship, 1836)}}
* {{Link||2=http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/390520|3=La Amistad, Resenha educacional, Recanto das Letras.}}
* {{Link|es|2=http://elpais.com/diario/2012/01/15/domingo/1326603159_850215.html |3=Grabado que representa el motín en el momento en que los esclavos matan al capitán Ferrer (Diario "El País", 15 de enero de 2012).}}
* {{Link|en|2=http://en.wikisource.org/wiki/The_Captives_of_the_Amistad|3=The Captives of the Amistad, Simeon Eben Baldwin.}}
* {{Link|en|2=http://law2.umkc.edu/faculty/projects/ftrials/amistad/AMISTD.HTM|3=A Trial Account, Douglas Linder.}}

{{Portal3|Escravidão}}
{{Título em itálico}}


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[[gl:La Amistad]]
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[[ru:Амистад (корабль)]]
[[sk:Amistad (loď)]]
[[sv:La Amistad]]

Edição atual tal como às 11h22min de 3 de março de 2023

 Nota: Se procura o navio argentino, veja Amistad (1813).
La Amistad
La Amistad
La Amistad no primeiro plano, USS Washington ao fundo.
Construção 1836
Características gerais
Classe escuna de dois mastros
Tonelagem 70/95 t
Comprimento 37 m

La Amistad foi um navio veleiro do tipo escuna que navegava sob a bandeira da Espanha. O barco era utilizado no tráfico negreiro. O veleiro foi tomado após rebelião dos escravizados quando o navio estava viajando na costa da ilha de Cuba.[1]

Em 1839, Sengbe Pieh e outros cinquenta e dois africanos tomaram o controle do navio enquanto estavam acorrentados, matando toda a tripulação mas poupando os navegadores Ruiz e Montez para que eles pudessem pilotar o navio.

Gravura da época, ilustrando a revolta.

Antes da rebelião, o La Amistad tinha como destino Camagüey, em Cuba. Após o levante, os navegadores conseguiram enganar os escravizados, que acreditavam que voltariam para Serra Leoa, na África.[2] O navio foi apreendido em 26 de agosto de 1839, em águas territoriais dos Estados Unidos pelo navio USS Washington,[3] enquanto a tripulação buscava mantimentos.

Depois da captura houve um longo julgamento sobre o destino dos africanos, acusados de assassinato (considerado fora da jurisdição americana), e dos navegadores, que utilizaram documentos de nascença forjados (uma prática comum) e violaram leis internacionais entre a Inglaterra e a Espanha, que proibia a captura de novos escravizados (apenas filhos de escravizados já nasciam sem liberdade, e portanto eram os únicos que poderiam ser comercializados).[4]

A Corte norte-americana concordou que a captura dos africanos fora ilegal, e declarou que eles poderiam permanecer nos Estados Unidos ou voltar para a África. O presidente Martin Van Buren lançou um recurso de apelação, mas a Corte continuou defendendo a sua decisão. Entretanto, devido à importância do caso decidiu que a Suprema Corte deveria ter a palavra final. A Suprema Corte confirmou a decisão de libertar o grupo.[4]

Referências
  1. Cláudio Rebello (12 de maio de 2010). «La Amistad». Consultado em 28 de julho de 2013 
  2. «Um Jovem Homem Não Identificado». World Digital Library. 1839–1840. Consultado em 28 de julho de 2013 
  3. «Revenue Cutter Peter G. Washington» (em inglês). National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA). 8 de junho de 2006. Consultado em 14 de maio de 2012 
  4. a b Douglas O. Linder (2000). «The Amistad Case» (em inglês). University of Missouri-Kansas City. Consultado em 14 de maio de 2012 

Ligações externas

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