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Ignacio Ramonet: diferenças entre revisões

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'''Ignacio Ramonet Míguez''' ([[Redondela]], [[5 de maio]] de [[1943]]) é um [[jornalista]] e [[sociólogo]] [[galiza|galego]].
'''Ignacio Ramonet Míguez''' ([[Redondela]], [[5 de maio]] de [[1943]]) é um [[jornalista]] e [[sociólogo]] [[galiza|galego]].
Ramonet cresceu em [[Tânger]]. Estudou engenharia em [[Bordéus]], [[Rabat]] e [[Paris]].
Ramonet cresceu em [[Tânger]]. Estudou engenharia em [[Bordéus]], [[Rabat]] e [[Paris]].
==Biografia==
Ignacio Ramonet cresceu em [[Tânger]] ([[Marrocos]]), onde seus pais, [[Segunda República Espanhola no exílio|republicanos espanhois]], se instalaram por volta de 1948, fugindo do [[franquismo]]. Depois de se graduar em Letras na Universidade de Bordeaux III,foi professor no Collège du Plateau em [[Salé]] (Marrocos), e depois no colégio do palácio real de [[Rabat]], onde teve como aluno o futuro rei [[Mohammed VI]].


Instalou-se definitivamente na [[França]] em 1972.
Ex-aluno de [[Roland Barthes]], é doutor em [[Semiologia]] pela [[École des hautes études en sciences sociales]] de Paris. Professor de [[Teoria da Comunicação]] da Universidade [[Denis Diderot]] (Paris VII) e professor associado das Universidades de [[São Petersburgo]] e Carlos III, em Madri, lecionou também nas universidades de [[Buenos Aires]], [[Valência]], [[Cuba]], [[Porto Rico]], [[Santo Domingo]]. É doutor ''honoris causa'' da [[Universidade de Santiago de Compostela]], na [[Galiza]], [[Espanha]].


Como crítico de cinema, colaborou com os ''[[Cahiers du cinéma]]'' e depois com o jornal ''[[Libération]]'', que acabara de ser criado por [[Serge July]] e [[Jean-Paul Sartre]].
Escreveu vários livros sobre [[geopolítica]] e [[crítica]] da [[comunicação]] mundial, nos quais relaciona os [[meio de comunicação]] com o projeto estratégico da [[globalização]]. Defende a inclusão da [[sociedade civil]] nos processos de construção de [[altermundismo|''um outro mundo'']].


Ex-aluno de [[Roland Barthes]], é doutor em [[Semiologia]] pela [[École des hautes études en sciences sociales]] de Paris. Influenciado por Barthes e orientado por [[Christian Metz]], defendeu, em 1981, sua tese de [[doutorado]] sobre o papel social do cinema [[cuba]]no na [[École des hautes études en sciences sociales]]. De 1975 a 2005, lecionou a [[Teoria da Comunicação]] no Departamento de Cinema, Comunicação e Informação (CCI) da [[Universidade de Paris|Universidade Paris-VII]] ([[Denis Diderot]])]].
Trabalha na [[França]] desde [[1972]] e desde [[1991]] é diretor do periódico [[Le Monde Diplomatique]]. Dirige também a revista temática bimestral [[Manière de voir]], de vocação pedagógica, voltada a estudantes de nível médio e universitários. Também colabora com o jornal espanhol [[El País]] e é consultor da [[Telesur]], rede de televisão pan-latino-americana criada em [[2005]] na [[Venezuela]], com o propósito de se contrapor à hegemonia das grandes redes privadas de TV, tais como [[CNN]] e [[Univisión]].
Professor associado das Universidades de [[São Petersburgo]] e Carlos III, em Madri, lecionou também nas universidades de [[Buenos Aires]], [[Valência]], [[Cuba]], [[Porto Rico]], [[Santo Domingo]]


Ingressou no jornal mensal ''[[Le Monde diplomatique]]'' em fevereiro de 1973. Foi eleito diretor da redação e presidente da comitê diretor em janeiro de 1990 e reeleito duas vezes (1996 et 2002) por unanimidade, mantendo-se como diretor do ''Monde diplomatique'' até março de 2008.<ref>[http://www.amis.monde-diplomatique.fr/article1801 « La succession d’Ignacio Ramonet »], ''Les Amis du Monde diplomatique'', fevereiro de 2008.</ref><ref>[http://www.monde-diplomatique.fr/2008/03/A/15708 « À nos lecteurs »], ''[[Le Monde diplomatique]]'', fevereiro de 2008.</ref> Atualmente dirige a edição espanhola do jornal.<ref>{{es}} ''Le monde diplomatique'' [http://www.monde-diplomatique.es/?url=textos/somos Quiénes somos]</ref>
Em dezembro [[1997]] o editorial de Ramonet no [[Le Monde Diplomatique|Monde Diplomatique]] deu origem à organização [[altermundismo|altermundista]] [[ATTAC]]. Ramonet também esteve entre os promotores do [[Fórum Social Mundial]] de [[Porto Alegre]], para o qual propôs o ''slogan'' ''Um outro mundo é possível''.


Dirigiu também a revista temática bimestral ''[[Manière de voir]]'', de vocação pedagógica, voltada a estudantes de nível médio e superior. Também colaborou com o jornal espanhol ''[[El País ]]''<ref>''El País''. [http://elpais.com/autor/ignacio_ramonet/a/ Artículos escritos por Ignacio Ramonet]</ref> e é consultor da [[Telesur]],<ref>[http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/41125/ignacio+ramonet+maior+batalha+da+esquerda+na+america+latina+e+contra+golpe+midiatico.shtml Ignacio Ramonet: Maior batalha da esquerda na América Latina é contra 'golpe midiático']. Por Pedro Aguiar . ''Opera Mundi'', 24 de julho de 2015.</ref><ref>Vídeo: [http://www.telesurtv.net/news/Ramonet-teleSUR-permite-una-lectura-informativa-diferente-20150722-0033.html Ramonet: teleSUR permite una lectura informativa diferente]. TeleSURtv.net</ref> rede de televisão pan-latino-americana criada em 2005 na [[Venezuela]], com o propósito de se contrapor à hegemonia das grandes redes privadas de TV, tais como [[CNN]] e [[Univision]].
Foi um dos fundadores da [[ONG]] [[Media Watch Global]], que atualmente preside, e da sua versão francesa (''Observatoire français des médias'').


Em dezembro 1997 o editorial de Ramonet no [[Le Monde Diplomatique|Monde Diplomatique]] deu origem à organização [[altermundismo|altermundista]] [[ATTAC]]. Ramonet também esteve entre os promotores do [[Fórum Social Mundial]] de [[Porto Alegre]], para o qual propôs o ''slogan'' ''Um outro mundo é possível''.
Faz parte do comitê de patronos da coordenação francesa da [[Década da cultura de paz e não-violência]], promovida pela [[ONU]].

Fez parte do comitê de patronos da coordenação francesa da Década da cultura de paz e não-violência em benefício das crianças do mundo , promovida pela [[Unesco]] (2000-2010).

Em 2002, foi um dos fundadores da [[ONG]] ''Media Watch Global'',<ref>[http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/Memoria-Chavez-e-o-Media-Watch-Global/6/27348 Memória: Chávez e o Media Watch Global]. ''[[Carta Maior]]'', 6 de março de 2013</ref> e da sua versão francesa, ''Observatoire français des médias''.

É doutor ''honoris causa'' da [[Universidade de Santiago de Compostela]], na [[Galiza]], [[Espanha]], da [[Universidade Nacional de Córdoba]] (Argentina) e da [[Universidade de Havana]] (Cuba).

Escreveu vários livros sobre [[geopolítica]] e [[crítica]] da [[mídia]], nos quais relaciona os [[meio de comunicação]] com o projeto estratégico da [[globalização]]. Defende a inclusão da [[sociedade civil]] nos processos de construção de [[altermundismo|''um outro mundo'']].


==Prêmios==
==Prêmios==
Ramonet recebeu vários prêmios internacionais, por seu trabalho como jornalista :
Ramonet recebeu vários prêmios internacionais, por seu trabalho como jornalista :


* Prêmio Liber'Press, concedido ao melhor jornalista do ano, [[Girona]], Espanha, [[1999]].
* Prêmio Liber'Press, concedido ao melhor jornalista do ano, [[Girona]], Espanha, 1999.
* Colomba d'Oro, concedido ao melhor jornalista estrangeiro defensor da paz, [[Roma]], Itália, [[2000]].
* Colomba d'Oro, concedido ao melhor jornalista estrangeiro defensor da paz, [[Roma]], Itália, 2000.
* Melhor jornalista defensor dos direitos humanos, [[Corunha]], Espanha, [[2001]].
* Melhor jornalista defensor dos direitos humanos, [[Corunha]], Espanha, 2001.
* Prêmio Rodolfo-Walsh de Jornalismo ''por sua trajetória profissional'', Universidade de [[La Plata]], [[Argentina]], [[2003]].
* Prêmio Rodolfo-Walsh de Jornalismo ''por sua trajetória profissional'', Universidade de [[La Plata]], [[Argentina]], 2003.
* Prêmio da Comunicação Cultural Norte-sul, [[Rabat]], 2003.
* Prêmio da Comunicação Cultural Norte-sul, [[Rabat]], 2003.
* Prêmio Turia da Informação, Valencia, Espanha, [[2004]].
* Prêmio Turia da Informação, Valencia, Espanha, 2004.
* Prêmio Mediterrânico da Informação, [[Nápoles]] (Itália), [[2005]].
* Prêmio Mediterrânico da Informação, [[Nápoles]] (Itália), 2005.
* Prêmio [[José Couso]] da Liberdade de Imprensa, [[Ferrol]], Espanha, [[2006]].
* Prêmio [[José Couso]] da Liberdade de Imprensa, [[Ferrol]], Espanha, 2006.


==Obras==
==Obras==
* [[1981]] : ''Le chewing-gum des yeux''
* 1981 : ''Le chewing-gum des yeux''
* [[1985]] e [[2000]]: ''La Golosina visual''
* 1985 e 2000: ''La Golosina visual''
* [[1989]] : ''La communication victime des marchands''
* 1989 : ''La communication victime des marchands''
* [[1995]] : ''Cómo nos venden la moto'', com [[Noam Chomsky]].
* 1995 : ''Cómo nos venden la moto'', com [[Noam Chomsky]].
* [[1996]] : ''Il pensiero unico", com [[Fabio Giovannini]] e [[Giovanna Ricoveri]]; ''Nouveaux pouvoirs, nouveaux maîtres du monde''; ''Télévision et pouvoirs''
* 1996 : ''Il pensiero unico", com [[Fabio Giovannini]] e [[Giovanna Ricoveri]]; ''Nouveaux pouvoirs, nouveaux maîtres du monde''; ''Télévision et pouvoirs''
* [[1997]] : ''Géopolitique du chaos''
* 1997 : ''Géopolitique du chaos''
* [[1998]] : ''Internet, el mundo que llega'';''Rebeldes, dioses y excluidos'', com [[Mariano Aguirre]].
* 1998 : ''Internet, el mundo que llega'';''Rebeldes, dioses y excluidos'', com [[Mariano Aguirre]].
* [[1999]] : ''La tyrannie de la communication'' ; ''Geopolítica y comunicación de final de milenio'' .
* 1999 : ''La tyrannie de la communication'' ; ''Geopolítica y comunicación de final de milenio'' .
* [[2000]] : ''Propagandes silencieuses''
* 2000 : ''Propagandes silencieuses''
* [[2001]] : ''[[subcomandante Marcos|Marcos]], la dignité rebelle''
* 2001 : ''[[subcomandante Marcos|Marcos]], la dignité rebelle''
* [[2002]] : ''La Post-Télévision''; ''Guerres du XXIe siècle''.
* 2002 : ''La Post-Télévision''; ''Guerres du XXIe siècle''.
* [[2004]] : ''Abécédaire partiel et partial de la mondialisation'', com [[Ramón Chao]] e [[Wozniak]]; ''¿Qué es la globalización?'', com [[Jean Ziegler]], [[Joseph Stiglitz]], [[Ha-Joon Chang]], [[René Passet]] e [[Serge Halimi]]; ''Irak, historia de un desastre''
* 2004 : ''Abécédaire partiel et partial de la mondialisation'', com [[Ramón Chao]] e [[Wozniak]]; ''¿Qué es la globalización?'', com [[Jean Ziegler]], [[Joseph Stiglitz]], [[Ha-Joon Chang]], [[René Passet]] e [[Serge Halimi]]; ''Irak, historia de un desastre''
* [[2006]]: ''[[Fidel Castro]]: biografía a dos voces'' (também chamado''Cien horas con Fidel'').
* 2006: ''[[Fidel Castro]]: biografía a dos voces'' (também chamado''Cien horas con Fidel'').
* 2013: ''Hugo Chávez. Mi primera vida''

{{referências}}
=={{Ver também}}==
==Ver também==
* Movimento [[Antiglobalização]]
* Movimento [[Antiglobalização]]
*[[Quinto poder]]


=={{Ligações externas}}==
==Ligações externas==
*{{link|es|2=http://www.rodelu.net/ramonet/ramonet.htm|3=Textos completos de Ramonet}}
*{{link|es|2=http://www.rodelu.net/ramonet/ramonet.htm|3=Textos completos de Ramonet}}
*{{link|pt|2=http://diplo.uol.com.br/_Ignacio-Ramonet_|3=Le Monde Diplomatique}}
*{{link|pt|2=http://diplomatique.uol.com.br/index.php|3=Le Monde Diplomatique}}
*{{link|fr|2=http://www.monde-diplomatique.fr/|3=Página oficial do Le Monde Diplomatique}}
*{{link|fr|2=http://www.monde-diplomatique.fr/|3=Página oficial do Le Monde Diplomatique}}
*{{link|es|2=http://www.infoamerica.org/teoria/ramonet4.htm|3=Bibliografia pela infoamerica.org}}
*{{link|es|2=http://www.infoamerica.org/teoria/ramonet4.htm|3=Bibliografia pela infoamerica.org}}
*{{link|fr|2=http://www.monde-diplomatique.fr/2003/01/RAMONET/9601|3=Viva Brasil ! por Ignacio Ramonet}}
*{{link|fr|2=http://www.monde-diplomatique.fr/2003/01/RAMONET/9601|3=Viva Brasil ! por Ignacio Ramonet}}
*[http://www.outraspalavras.net/2013/01/29/a-crise-do-jornalismo-e-seu-possivel-resgate/ A crise do jornalismo e seu possível resgate]. Entrevista de Ignacio Ramonet (originalmente publicada pelo periódico [http://lavaca.org/mu/mu-61-medios-para-todos/ ''Lavaca''], 10 de dezembro de 2012). ''Outras palavras'', 29 de janeiro de 2013.
* {{es}} Entrevista: [http://www.publico.es/internacional/no-hay-tolerar-perdida-libertades.html "No hay que tolerar la pérdida de libertades: la seguridad total no existe pero la vigilancia masiva sí"]
* Entrevista: {{fr}} [http://www.lesinrocks.com/2015/11/20/actualite/ignacio-ramonet-un-etat-de-droit-ne-peut-pas-vivre-pendant-des-mois-en-etat-durgence-11789053/ Ignacio Ramonet : "Un état de droit ne peut pas vivre pendant des mois en état d'urgence"]. ''Les in rocks'', 20 de novembro de 2015
*[http://www.aporrea.org/internacionales/a218184.html Los desafíos del cambio climático]. Por Ignacio Ramonet. ''Aporrea'', 1º de dezembro de 2015


==Artigos==
==Artigos==
*{{link|en|2=http://aithne.net/index.asp?e=news&id=198&lang=0|3=''Set The Media Free'' por Ignacio Ramonet}}
*{{link|en|2=http://aithne.net/index.asp?e=news&id=198&lang=0|3=''Set The Media Free'' por Ignacio Ramonet}}


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[[nl:Ignacio Ramonet]]
[[no:Ignacio Ramonet]]
[[zh:伊納希歐·哈莫內]]

Edição atual tal como às 01h20min de 6 de outubro de 2023

Ignacio Ramonet
Ignacio Ramonet
Nascimento 5 de maio de 1943 (81 anos)
Redondela
Residência Paris
Cidadania Espanha
Filho(a)(s) Tancrède Ramonet
Alma mater
Ocupação escritor, jornalista, geopolitólogo, sociólogo, semiologist
Prêmios
  • Premi Antonio Asensio de Periodisme (2010)
  • honorary doctorate of the University of Santiago de Compostela (2003)
Empregador(a) Libération, Le Monde diplomatique, Cahiers du Cinéma
Obras destacadas My Life

Ignacio Ramonet Míguez (Redondela, 5 de maio de 1943) é um jornalista e sociólogo galego. Ramonet cresceu em Tânger. Estudou engenharia em Bordéus, Rabat e Paris.

Ignacio Ramonet cresceu em Tânger (Marrocos), onde seus pais, republicanos espanhois, se instalaram por volta de 1948, fugindo do franquismo. Depois de se graduar em Letras na Universidade de Bordeaux III,foi professor no Collège du Plateau em Salé (Marrocos), e depois no colégio do palácio real de Rabat, onde teve como aluno o futuro rei Mohammed VI.

Instalou-se definitivamente na França em 1972.

Como crítico de cinema, colaborou com os Cahiers du cinéma e depois com o jornal Libération, que acabara de ser criado por Serge July e Jean-Paul Sartre.

Ex-aluno de Roland Barthes, é doutor em Semiologia pela École des hautes études en sciences sociales de Paris. Influenciado por Barthes e orientado por Christian Metz, defendeu, em 1981, sua tese de doutorado sobre o papel social do cinema cubano na École des hautes études en sciences sociales. De 1975 a 2005, lecionou a Teoria da Comunicação no Departamento de Cinema, Comunicação e Informação (CCI) da Universidade Paris-VII (Denis Diderot)]]. Professor associado das Universidades de São Petersburgo e Carlos III, em Madri, lecionou também nas universidades de Buenos Aires, Valência, Cuba, Porto Rico, Santo Domingo

Ingressou no jornal mensal Le Monde diplomatique em fevereiro de 1973. Foi eleito diretor da redação e presidente da comitê diretor em janeiro de 1990 e reeleito duas vezes (1996 et 2002) por unanimidade, mantendo-se como diretor do Monde diplomatique até março de 2008.[1][2] Atualmente dirige a edição espanhola do jornal.[3]

Dirigiu também a revista temática bimestral Manière de voir, de vocação pedagógica, voltada a estudantes de nível médio e superior. Também colaborou com o jornal espanhol El País [4] e é consultor da Telesur,[5][6] rede de televisão pan-latino-americana criada em 2005 na Venezuela, com o propósito de se contrapor à hegemonia das grandes redes privadas de TV, tais como CNN e Univision.

Em dezembro 1997 o editorial de Ramonet no Monde Diplomatique deu origem à organização altermundista ATTAC. Ramonet também esteve entre os promotores do Fórum Social Mundial de Porto Alegre, para o qual propôs o slogan Um outro mundo é possível.

Fez parte do comitê de patronos da coordenação francesa da Década da cultura de paz e não-violência em benefício das crianças do mundo , promovida pela Unesco (2000-2010).

Em 2002, foi um dos fundadores da ONG Media Watch Global,[7] e da sua versão francesa, Observatoire français des médias.

É doutor honoris causa da Universidade de Santiago de Compostela, na Galiza, Espanha, da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina) e da Universidade de Havana (Cuba).

Escreveu vários livros sobre geopolítica e crítica da mídia, nos quais relaciona os meio de comunicação com o projeto estratégico da globalização. Defende a inclusão da sociedade civil nos processos de construção de um outro mundo.

Ramonet recebeu vários prêmios internacionais, por seu trabalho como jornalista :

  • Prêmio Liber'Press, concedido ao melhor jornalista do ano, Girona, Espanha, 1999.
  • Colomba d'Oro, concedido ao melhor jornalista estrangeiro defensor da paz, Roma, Itália, 2000.
  • Melhor jornalista defensor dos direitos humanos, Corunha, Espanha, 2001.
  • Prêmio Rodolfo-Walsh de Jornalismo por sua trajetória profissional, Universidade de La Plata, Argentina, 2003.
  • Prêmio da Comunicação Cultural Norte-sul, Rabat, 2003.
  • Prêmio Turia da Informação, Valencia, Espanha, 2004.
  • Prêmio Mediterrânico da Informação, Nápoles (Itália), 2005.
  • Prêmio José Couso da Liberdade de Imprensa, Ferrol, Espanha, 2006.
  • 1981 : Le chewing-gum des yeux
  • 1985 e 2000: La Golosina visual
  • 1989 : La communication victime des marchands
  • 1995 : Cómo nos venden la moto, com Noam Chomsky.
  • 1996 : Il pensiero unico", com Fabio Giovannini e Giovanna Ricoveri; Nouveaux pouvoirs, nouveaux maîtres du monde; Télévision et pouvoirs
  • 1997 : Géopolitique du chaos
  • 1998 : Internet, el mundo que llega;Rebeldes, dioses y excluidos, com Mariano Aguirre.
  • 1999 : La tyrannie de la communication ; Geopolítica y comunicación de final de milenio .
  • 2000 : Propagandes silencieuses
  • 2001 : Marcos, la dignité rebelle
  • 2002 : La Post-Télévision; Guerres du XXIe siècle.
  • 2004 : Abécédaire partiel et partial de la mondialisation, com Ramón Chao e Wozniak; ¿Qué es la globalización?, com Jean Ziegler, Joseph Stiglitz, Ha-Joon Chang, René Passet e Serge Halimi; Irak, historia de un desastre
  • 2006: Fidel Castro: biografía a dos voces (também chamadoCien horas con Fidel).
  • 2013: Hugo Chávez. Mi primera vida
Referências

Ligações externas

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