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Angiosperm Phylogeny Group: diferenças entre revisões

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O '''Angiosperm Philogeny Group''', ou ''APG'' ("Grupo de Filogenia das Angiospérmicas") é um grupo de [[biólogo]]s baseados nos [[Estados Unidos da América]] dedicados à classificação [[filogenia|filogenética]] das [[Angiosperma]]s, ora produzindo informações e [[Ávore filogenética|árvores filogenéticas]] próprias, ora compilando informações produzidas por diferentes autores, com o objetivo de organizar em ordem filogenética, da maneira mais natural e parcimoniosa possível.
O '''Angiosperm Philogeny Group''', ou ''APG'' ("Grupo de Filogenia das Angiospérmicas") é um grupo de [[biólogo]]s baseados nos [[Estados Unidos]] dedicados à classificação [[filogenia|filogenética]] das [[Angiosperma]]s, ora produzindo informações e [[Ávore filogenética|árvores filogenéticas]] próprias, ora compilando informações produzidas por diferentes autores, com o objetivo de organizar em ordem filogenética, da maneira mais natural e parcimoniosa possível.


Os trabalhos do APG iniciaram-se em 1998, com a publicação da primeira árvore filogenética abordando os grandes grupos de Angiospermas, baseados em seqências [[genética]]s, principalmente de [[gene]]s como [[rbcL]] e [[atpB]]. Neste primeiro trabalho, os pesquisadores detectaram um [[monofilético|monofiletismo]] entre as [[Monocotiledônea]]s, mas observaram serem as [[Dicotiledônea]]s um grupo [[parafilético]]. Dois [[clado]]s distintos encontravam-se situados na base da árvore filogenética: as chamadas [[Paleoerva]]s, por serem basicamente famílias de espécies herbáceas; as [[Magnoliideae]], famílias predominantemente arbóreas relacionadas a [[Magnoliaceae]]. O restante das Dicotiledôneas foi denominado [[Eudicotiledônea]]s. Posteriormente notou-se a relação entre as Paleoervas, Magnoliideae e Monocotiledôneas, por possuírem grãos de [[pólen]] [[monossulcado]]s, enquanto as Eudicotiledôneas possuíam pólen primariamente [[trissulcado]].
Os trabalhos do APG iniciaram-se em 1998, com a publicação da primeira árvore filogenética abordando os grandes grupos de Angiospermas, baseados em seqências [[genética]]s, principalmente de [[gene]]s como [[rbcL]] e [[atpB]]. Neste primeiro trabalho, os pesquisadores detectaram um [[monofilético|monofiletismo]] entre as [[Monocotiledônea]]s, mas observaram serem as [[Dicotiledônea]]s um grupo [[parafilético]]. Dois [[clado]]s distintos encontravam-se situados na base da árvore filogenética: as chamadas [[Paleoerva]]s, por serem basicamente famílias de espécies herbáceas; as [[Magnoliideae]], famílias predominantemente arbóreas relacionadas a [[Magnoliaceae]]. O restante das Dicotiledôneas foi denominado [[Eudicotiledônea]]s. Posteriormente notou-se a relação entre as Paleoervas, Magnoliideae e Monocotiledôneas, por possuírem grãos de [[pólen]] [[monossulcado]]s, enquanto as Eudicotiledôneas possuíam pólen primariamente [[trissulcado]].


Desde então, a classificação proposta pelo APG se alterou grandemente em certos aspectos, e as dificuldades de nomenclatura fizeram até mesmo com que alguns [[táxon]]s tradicionais, nomes havia muito esquecidos, como [[Urticinae]], voltaram a ser propostos. A organização da árvore filogenética entre monossulcados e trissulcados caiu à medida em que novos dados, sobretudo [[morfologia|morfológicos]], [[anatomia|anatômicos]] e [[fitoquímica|fitoquímicos]], além de novas seqüências de genes, passaram a ser acrescentados. A posição das Angiospermas mais primitivas também mudou muito, e famílias como [[Amborellaceae]] e [[Nymphaeaceae]] se alternaram na posição mais basal da árvore.
Desde então, a classificação proposta pelo APG se alterou grandemente em certos aspectos, e as dificuldades de nomenclatura fizeram até mesmo com que alguns [[táxon]]s tradicionais, nomes havia muito esquecidos, como [[Urticinae]], voltaram a ser propostos. A organização da árvore filogenética entre monossulcados e trissulcados caiu na medida em que novos dados, sobretudo [[morfologia|morfológicos]], [[anatomia|anatômicos]] e [[fitoquímica|fitoquímicos]], além de novas seqüências de genes, passaram a ser acrescentados. A posição das Angiospermas mais primitivas também mudou muito, e famílias como [[Amborellaceae]] e [[Nymphaeaceae]] se alternaram na posição mais basal da árvore.


O APG atualmente atualiza constantemente sua classificação, e a disponibiliza em seu site oficial (abaixo). Em sua quarta versão, a árvore filogenética do APG posiciona 3 famílias como as mais basais ([[Aborellaceae]], [[Nymphaeaceae]] e [[Austrobaileyaceae]]). As Monocotiledôneas permanecem no momento como um grupo monofilético, intimamente associado às famílias [[Ceratophylaceae]] e [[Chloranthaceae]]. As ordens próximas às [[Magnoliales]] permanecem coesas, mas como um grupo à parte. As demais Dicotiledôneas são denominadas Eudicotiledôneas. Dentro deste grande grupo, destacam-se as [[Rosideae]] e [[Asterideae]]. Neste esquema de organização (realçado pelos autores como ainda não sendo propriamente um [[classificação científica|sistema de classificação]]), muitas famílias encontram-se ainda em posição incerta, e algumas famílias pequenas dispõe de muito pouca informação. Há que se considerar ainda que há táxons a ser descobertos, e que há grupos [[fóssil|fósseis]] desconhecidos que poderiam estabelecer ligações não detectadas pelas técnicas empregadas.
O APG atualmente atualiza constantemente sua classificação, e a disponibiliza em seu site oficial (abaixo). Em sua quarta versão, a árvore filogenética do APG posiciona 3 famílias como as mais basais ([[Amborellaceae]], [[Nymphaeaceae]] e [[Austrobaileyaceae]]). As Monocotiledôneas permanecem no momento como um grupo monofilético, intimamente associado às famílias [[Ceratophylaceae]] e [[Chloranthaceae]]. As ordens próximas às [[Magnoliales]] permanecem coesas, mas como um grupo à parte. As demais Dicotiledôneas são denominadas Eudicotiledôneas. Dentro deste grande grupo, destacam-se as [[Rosideae]] e [[Asterideae]]. Neste esquema de organização (realçado pelos autores como ainda não sendo propriamente um [[classificação científica|sistema de classificação]]), muitas famílias encontram-se ainda em posição incerta, e algumas famílias pequenas dispõe de muito pouca informação. Há que se considerar ainda que há táxons a ser descobertos, e que há grupos [[fóssil|fósseis]] desconhecidos que poderiam estabelecer ligações não detectadas pelas técnicas empregadas.


=={{Ver também}}==
==Ver também==
*[[Sistema APG]]
*[[Sistema APG]]
*[[Sistema APG II]]
*[[Sistema APG II]]
*[[Sistema APG III]]
*[[Sistema APG IV]]
*[[Angiosperm Phylogeny Website]]


[[Categoria:Botânica]]
[[Categoria:Botânica]]


{{commons|Plantae diagrams}}
{{commons|Plantae diagrams}}

[[da:Angiosperm Phylogeny Group]]
[[de:Systematik der Bedecktsamer nach APG]]
[[en:APG system]]
[[es:Clasificación filogenética APG]]
[[fr:Classification APG]]
[[he:מיון פילוגנטי של מכוסי הזרע]]
[[ja:APG植物分類体系]]
[[nl:Angiosperm Phylogeny Group]]
[[no:Plantefamilier]]
[[sr:APG]]
[[sv:Angiosperm Phylogeny Group]]

Edição atual tal como às 02h54min de 2 de setembro de 2021

O Angiosperm Philogeny Group, ou APG ("Grupo de Filogenia das Angiospérmicas") é um grupo de biólogos baseados nos Estados Unidos dedicados à classificação filogenética das Angiospermas, ora produzindo informações e árvores filogenéticas próprias, ora compilando informações produzidas por diferentes autores, com o objetivo de organizar em ordem filogenética, da maneira mais natural e parcimoniosa possível.

Os trabalhos do APG iniciaram-se em 1998, com a publicação da primeira árvore filogenética abordando os grandes grupos de Angiospermas, baseados em seqências genéticas, principalmente de genes como rbcL e atpB. Neste primeiro trabalho, os pesquisadores detectaram um monofiletismo entre as Monocotiledôneas, mas observaram serem as Dicotiledôneas um grupo parafilético. Dois clados distintos encontravam-se situados na base da árvore filogenética: as chamadas Paleoervas, por serem basicamente famílias de espécies herbáceas; as Magnoliideae, famílias predominantemente arbóreas relacionadas a Magnoliaceae. O restante das Dicotiledôneas foi denominado Eudicotiledôneas. Posteriormente notou-se a relação entre as Paleoervas, Magnoliideae e Monocotiledôneas, por possuírem grãos de pólen monossulcados, enquanto as Eudicotiledôneas possuíam pólen primariamente trissulcado.

Desde então, a classificação proposta pelo APG se alterou grandemente em certos aspectos, e as dificuldades de nomenclatura fizeram até mesmo com que alguns táxons tradicionais, nomes havia muito esquecidos, como Urticinae, voltaram a ser propostos. A organização da árvore filogenética entre monossulcados e trissulcados caiu na medida em que novos dados, sobretudo morfológicos, anatômicos e fitoquímicos, além de novas seqüências de genes, passaram a ser acrescentados. A posição das Angiospermas mais primitivas também mudou muito, e famílias como Amborellaceae e Nymphaeaceae se alternaram na posição mais basal da árvore.

O APG atualmente atualiza constantemente sua classificação, e a disponibiliza em seu site oficial (abaixo). Em sua quarta versão, a árvore filogenética do APG posiciona 3 famílias como as mais basais (Amborellaceae, Nymphaeaceae e Austrobaileyaceae). As Monocotiledôneas permanecem no momento como um grupo monofilético, intimamente associado às famílias Ceratophylaceae e Chloranthaceae. As ordens próximas às Magnoliales permanecem coesas, mas como um grupo à parte. As demais Dicotiledôneas são denominadas Eudicotiledôneas. Dentro deste grande grupo, destacam-se as Rosideae e Asterideae. Neste esquema de organização (realçado pelos autores como ainda não sendo propriamente um sistema de classificação), muitas famílias encontram-se ainda em posição incerta, e algumas famílias pequenas dispõe de muito pouca informação. Há que se considerar ainda que há táxons a ser descobertos, e que há grupos fósseis desconhecidos que poderiam estabelecer ligações não detectadas pelas técnicas empregadas.

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