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Melampo: diferenças entre revisões

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''Amythaon'' vivia em [[Pilos]], no [[Peloponeso]], quando se casou com Idómene. Seus filhos, Melampo e Bias, viviam no campo, onde havia um carvalho, em frente à sua casa. Lá, havia um lar de cobras, que os servos mataram, mas Melampo queimou os répteis e criou seus filhos.<ref group="Nota">O ritual fúnebre na Grécia mitológica era queimar os mortos.</ref> Quando as cobras cresceram, elas limparam seus ouvidos com a língua, quando ele estava dormindo. Ele acordou muito assustado, mas passou a ouvir as vozes dos pássaros voando acima dele, e a partir do que ele ouvia ele passou a dizer aos homens o que aconteceria no futuro. Ele também conseguiu a arte de descobrir os [[auspício]]s, e, após um encontro com [[Apolo]] no [[Rio Alfeu]], tornou-se um excelente adivinho.<ref name="apolodoro.1.9.11" />
''Amythaon'' vivia em [[Pilos]], no [[Peloponeso]], quando se casou com Idómene. Seus filhos, Melampo e Bias, viviam no campo, onde havia um carvalho, em frente à sua casa. Lá, havia um lar de cobras, que os servos mataram, mas Melampo queimou os répteis e criou seus filhos.<ref group="Nota">O ritual fúnebre na Grécia mitológica era queimar os mortos.</ref> Quando as cobras cresceram, elas limparam seus ouvidos com a língua, quando ele estava dormindo. Ele acordou muito assustado, mas passou a ouvir as vozes dos pássaros voando acima dele, e a partir do que ele ouvia ele passou a dizer aos homens o que aconteceria no futuro. Ele também conseguiu a arte de descobrir os [[auspício]]s, e, após um encontro com [[Apolo]] no [[Rio Alfeu]], tornou-se um excelente adivinho.<ref name="apolodoro.1.9.11" />


Segundo os sacerdotes egípcios da época de [[Diodoro Sículo]],<ref group="Nota">Diodoro Sículo escreveu no [[século I a.C.]]</ref> Melampo havia visitado o [[Egito]], de onde havia trazido para a Grécia os rituais do culto de [[Dionísio]], os mitos sobre [[Cronos]] e a [[Guerra contra os Titãs]], ou, em resumo, todas histórias relativas aos deuses.<ref name="diodoro.siculo.1.97.1">{{citar diodoro sículo|1|97|1}}</ref>
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== Uma esposa para seu irmão ==
== Uma esposa para seu irmão ==

Revisão das 13h55min de 21 de julho de 2020

Melampo, na mitologia grega, foi um famoso adivinho, que conquistou, através de seus poderes, um terço do reino de Argos para si e outro terço para seu irmão.

Família

Melampo e Bias eram filhos de Amythaon e Idómene, filha de Feres.[1] Amythaon e Feres eram filhos de Tiro e Creteu, o fundador de Iolco.[1]

De acordo com outra versão, Idómene, a mãe de Melampo, era filha de Abas, filho de Linceu.[2] Por esta versão, Melampo seria sobrinho de Preto, filho de Abas.[3]

Tornando-se um adivinho

Amythaon vivia em Pilos, no Peloponeso, quando se casou com Idómene. Seus filhos, Melampo e Bias, viviam no campo, onde havia um carvalho, em frente à sua casa. Lá, havia um lar de cobras, que os servos mataram, mas Melampo queimou os répteis e criou seus filhos.[Nota 1] Quando as cobras cresceram, elas limparam seus ouvidos com a língua, quando ele estava dormindo. Ele acordou muito assustado, mas passou a ouvir as vozes dos pássaros voando acima dele, e a partir do que ele ouvia ele passou a dizer aos homens o que aconteceria no futuro. Ele também conseguiu a arte de descobrir os auspícios, e, após um encontro com Apolo no Rio Alfeu, tornou-se um excelente adivinho.[1]

Segundo os sacerdotes egípcios da época de Diodoro Sículo,[Nota 2] Melampo havia visitado o Egito, de onde havia trazido para a Grécia os rituais do culto de Dionísio, os mitos sobre Cronos e a Guerra contra os Titãs, ou, em resumo, todas as histórias relativas aos deuses.[4]

Uma esposa para seu irmão

Bias, seu irmão, desejava se casar com Pero,[5] filha de Clóris e Neleu, rei e fundador de Pilos.[6] Neleu era seu parente, por ser filho de Tiro e Posidão.[7] Como havia vários pretendentes a Pero, Neleu decidiu que ela se casaria com quem trouxesse para ele o gado de Phylacus, que era guardado por um cão que não deixava nem homem nem animal chegar perto.[5] Bias pediu ajuda a seu irmão Melampo, que previu que seria pego ao tentar roubar o gado e seria mantido prisioneiro por um ano.[5] De fato, isto aconteceu, e, próximo do final do período, Melampo ouviu os vermes que comiam a madeira falando que eles já tinham comido quase tudo; ele pediu para ser transferido de cela, e, quando a cela desabou, Phylacus ficou muito admirado dele.[5]

Percebendo que Melampo era um adivinho, Phylacus perguntou como seu filho, Iphyclus, poderia ter um filho. Melampo pediu, como preço, o gado. Melampo sacrificou dois touros, cortou-os em pedaços, e chamou os pássaros, quando chegou um abutre, que contou que Phylacus, quando estava castrando carneiros, havia deixado a faca, ensanguentada, perto de Iphyclus, e o menino, assustado, havia corrido e cravado a faca no carvalho sagrado, que, depois, cobriu a faca com sua casca. Melampo deu a receita da cura: a faca deveria ser encontrada, sua ferrugem removida, e dada a Iphyclus para beber por dez dias. Iphyclus fez isso, e teve um filho, Podarces. Melampo recebeu o gado, levou-o para Pilos e recebeu Pero para ser esposa de seu irmão.[5]

Rei de Argos

Preto e Steneboea tinha três filhas, Lysippe, Iphinoe e Iphianassa, mas elas ficaram loucas, segundo Hesíodo, porque não queriam aceitar os rituais de Dionísio ou, segundo Acusilau, porque haviam profanado uma imagem em madeira de Hera. Melampo, o adivinho, o primeiro que descobriu a cura de doenças através de remédios e purificações, prometeu a cura das damas caso recebesse um terço do reino. Preto se recusou a pagar, mas as filhas continuaram com a loucura, e outras mulheres se uniram, inclusive matando os próprios filhos. Preto, então, aceitou pagar o preço, mas Melampo agora pediu outro terço do reino para seu irmão Bias. Temendo que, caso a cura fosse adiada, Preto aceitou os termos de Melampo. Melampo reuniu os homens jovens, e levou as mulheres, das montanhas, até Sicião. Iphinoe, a mais velha, morreu, mas as outras mulheres foram curadas. Preto deu suas filhas em casamento a Melampo e Bias.[2]

De acordo com Pausânias e Diodoro Sículo, a partilha de Argos ocorreu durante o reinado de Anaxágoras, neto ou filho de Megapente.[8][9]

Descendentes

Ele teve um filho, Abas, cuja filha Lisímaca se casou com Talau, filho de Pero e Bias.[10]

Os descendentes de Melampo reinaram sobre o seu terço de Argos por seis gerações, até Anfíloco, filho de Anfiarau.[8]

Culto

Em Aegostena havia um altar a Melampo, com uma pequena estátua. A ele era dedicado um festival anual, com sacrifícios.[11]

Notas e referênciasNotas
  1. O ritual fúnebre na Grécia mitológica era queimar os mortos.
  2. Diodoro Sículo escreveu no século I a.C.
Referências
  1. a b c Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.11 [em linha]
  2. a b Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 2.2.2 [em linha]
  3. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 2.2.1
  4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro I, 97.1 [ael/fr][en]
  5. a b c d e Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.12
  6. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.9
  7. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.8
  8. a b Pausânias, Descrição da Grécia, 2.18.4 [em linha]
  9. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro IV, 68.4 [ael/fr][en][en]
  10. Pseudo-Apolodoro, Biblioteca, 1.9.13
  11. Pausânias, Descrição da Grécia, 1.44.5 [em linha]

Árvore genealógica baseada em Pseudo-Apolodoro. Falta incluir esposa e filhos:

Posidão
Tiro
Creteu
Pélias
Neleu
Esão
Amythaon
Feres
Idómene
Melampo
Bias