Chapter 1: No Baratie (parte1)
Chapter Text
Sanji olha para os recém-chegados no Baratie. Eles são um grupo excêntrico de piratas, liderado por um garoto com chapéu de palha de aparência um tanto infantil. Há uma senhorita encantadora, um espadachim atraente com cabelos verdes que o faz rapidamente pensar em musgos, e um cacheado bonitinho de nariz comprido além do normal.
Como de costume, sua vontade de flerta com todo o ser humano que lhe parece atraente ataca. Então se dirige elegantemente até eles e cumprimenta primeiro a garota de cabelos ruivos. Ele exagera em seus elogios, mas isso é nada além da verdade, e até se oferece para ser seu escravo. Pouco interesse é demonstrado às suas palavras (ou em qualquer coisa relacionada a ele) e ela parece estar meio desconfortável. Sanji acha que é apenas cautela; não há muitas pessoas confiáveis no mundo.
Nami, por sua vez, não deixa de reparar no cavalheirismo e beleza de Sanji. Se ela não gostasse de mulheres tanto quanto ele aparentemente gosta, ele seria sua perdição com certeza. Com a atenção do suposto garçom ainda evidente para si, ela pede penas um copo de água antes que ele volte a idolatrar ela como um fanático. Então ele se vira graciosamente para os outros três na mesa. Luffy pede todo o estoque de carne quando Sanji lhe pergunta sobre sua comida preferida, Usopp diz que um suco é o suficiente quando a atenção do loiro é voltada para ele. Chega a vez de Zoro e os olhos azuis se demoram especialmente nele. Os idiotas não podem ter percebido, mas ela definitivamente sabia que o loiro atrevido estava os avaliando descaradamente com certo interesse.
“Oh~ então ele é do tipo que sabe aproveitar os dois lados de uma folha de papel” , ela pensa consigo mesma, contendo seu sorriso malicioso ao ver que não é apenas mulheres que chamam sua atenção.
Zoro, a princípio, pensa que esse garçom não passa de um idiota irritante que se achar um pacote completo quando é nada além de migalhas. Mas, depois de derramar elogios em Nami como se fosse uma cachoeira, e consultar Luffy e Usopp sobre seus pedidos, ele se vira para sua pessoa e imediatamente seus pensamentos tomam um rumo diferente. Apesar das estranhas sobrancelhas encaracoladas que quase o deixaram tonto, é como se fosse um anjo. Um anjo pestes a comê-lo com os olhos.
“E o que este marimo gostaria de pedir para comer?” Ele pergunta de forma sedutora e por pouco sua mente não se enche de besteiras obscenas.
AH! Ele o chamou de Marimo? Mudando de ideia, esse garanto bonito de merda está mais para um demônio com esse maldito sorriso atrevido nos lábios depois de ter pronunciado tal apelido.
“Quem diabos você está chamando de marimo?” bater os punhos no processo da interrogação irritada não alterada alteração alguma no loiro. O sorriso do infeliz apenas aumentado, e como se pudesse ler mentes, ele questiona:
“Talvez uma boa cerveja lhe agrade?”
Sua expressão deve ter sido o suficiente para o loiro saber que ele queria uma bebida, pois sua resposta não era esperada.
Irritante, é a palavra que Zoro usará para defini-lo. E quer que esse idiota fique o mais longe dele. Mas apesar disso, seus olhos continuam fixos nas costas dele até que ele entre, no que deve ser a cozinha, e já não seja mais possível vê-lo. E também não acha ruim quando Luffy declara que ele fará parte do bando.
Chapter 2: No Baratie (parte 2)
Notes:
Este não é muito desenvolvido, pois não lembro bem dos acontecimentos inicias de One Piece e não tenho muito tempo para rever tudo.
Os cap não seguiram uma ordem exata como no anime/mangá. Vou introduzir personagens aos poucos e em momentos não correspondentes aos que eles surgem originalmente.
No caso de Mihawk, quando ele aparecer, a luta com Don krieg já terá acabado.
Chapter Text
Gin se sentia tão abençoado. Ele já estava pronto para morrer, já que entrar em um restaurante para finalmente matar sua fome não valeria de nada se ele fosse expulso por não ter dinheiro para pagar. Mas então Sanji aparece e lhe alimenta com uma refeição divina, pedindo absolutamente nada em troca.
Seus prantos agradecidos fez o homem sorri com doçura. Foi como se o chão sob seus pés houvesse sumido. Jamais havia sentido seu coração acelerar tanto quanto quando o lindo sorriso de Sanji o alcançou.
"Essa é a melhor comida que eu já comi" choraminga de boca cheia.
"Coma devagar, o prato não vai fugir de você" uma doce risada acaricia seus ouvidos e seu corpo estremece quando a mão do cozinheiro bagunça ainda mais seus cabelos sujos, o que é uma hora e tanto para Gin. Ele não merece, mas ainda assim, Sanji está ali ao lado dele esperando-o comer, tocando-o com suas preciosas mãos sem se importar com a sujeira que irá manchá-las.
"Eu vou pagar tudo, eu prometo" suas lágrimas nunca cessaram.
"Humpf! Estou aqui para alimentar os famintos. Não pelo dinheiro"
Depois de ouvir tal declaração, Gin percebe que não há limites para o quanto ainda pode ficar apaixonado por ele.
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Como havia imaginado, Sanji jamais negaria um prato de comida a alguém com fome, por mais que esse alguém fosse seu infame capitão, Don Krieg. E jamais se arrependeria de alimentá-los, mesmo quando o restaurante é quase destruído por culpa deles.
Ele deveria saber que seu capitão jamais manteria sua palavra sobre deixá-los em paz quando sua fome estivesse saciada.
"Me desculpe por isso, Sanji-san. Mesmo que você tenha sido misericordioso ao nos alimentar, Don Krieg ainda é meu capitão..."
Afundado no piso da barbatana do Baratie, visivelmente ferido por ele, Sanji ainda sorriu, sem remorso algum. Gin quis imediatamente se jogar no mar e se afogar por ter feito mal ao seu benfeitor, mas ele não poderia jogar fora a vida que Sanji fez voltar a ele quando lhe deu um prato de comida.
"Eu te perdoou"
Sua respiração engata por um segundo que parece mais longo do que deveria. Como pode existir alguém assim? Os horrores que passou na Grand Line o fez perder boa parte de sua fé na humanidade, mas ali estava um ser humano cujo mundo deveria pertencer a ele. Se soubesse que seria obrigado a ter que matar alguém tão bom, ele preferiria ter ficado onde estava e ter morrido de fome. Ninguém precisa dele, mas Sanji... Sanji é o que o mundo precisa para se tornar algo melhor, embora ele sozinho não pudesse fazer muita coisa.
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Foi uma batalha árdua e Gin nunca esteve tão grato por perder. Tanta foi sua alegria que não pode deixar de abraçar Sanji quando teve a oportunidade de pegá-lo sozinho, fumando um cigarro.
Seus braços circularam os quadris, apertando a cintura fina dele contra seu corpo. Sanji ficou um pouco surpreso, mas logo relaxou em seus braços, retribuído com um cafuné em sua cabeça. Tão doce e gentil.
"Obrigado por tudo, Sanji-san!"
Sanji sorri para ele e beija sua testa como resposta ao seu agradecimento, se retirando em seguida, o deixando com o coração a mil.
Gin queria muito beijá-lo, mantê-lo em seus braços e amá-lo de corpo e alma. E Sanji não percebeu que havia conquistado mais um coração
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Chapter 3: No Baratie (parte 3)
Notes:
Vou começar com um flashback de quando Mihawk visita o Baratie pela primeira vez, apesar de eu não ter certeza se ele já o frequentou antes, e se apaixona por Sanji.
Algo que esqueci de mencionar: Sanji tem um complexo, bem problemático, de achar que não merece o amor e carinho que recebe, e que somente sua habilidade em cozinhar é que merece elogios. Mas isso mudará com o tempo.
Chapter Text
O Baratie é muito famoso por sua esplêndida comida, e sendo um apreciador de uma culinária requintada, Mihawk não pode deixar de fazer uma visita.
Ao chegar, Mihawk senta-se à mesa mais discreta que encontra, pois olhares espantados o perseguiam desde a porta, apesar de ter deixado claro que ele só queria apenas uma refeição. Algo a mais para lhe frustrar é o fato de já ter se passado dez minutos desde sua chegada e ninguém veio lhe atender. Porém, enquanto este pensamento ronda sua mente, a figura brilhante de um jovem loiro vem ao seu encontro, tão radiante que, por um momento, ele pensa em fechar os olhos ofuscados.
"De todas as pessoas do mundo, não esperava ver um senhor da guerra neste restaurante"
Ele tem um sorriso encantador, Mihawk deve admitir.
Sanji, de fato, não esperava a visita de um senhor da guerra ao Baratie, apesar de toda sua fama. Esperava muito menos que seria Dracule Mihawk em todo seu esplendor, tão belo quanto nos cartazes de procurados. Ele não poderia deixar esse "encontro" passar em branco.
"De todas as pessoas do mundo, não esperava ver um senhor da guerra neste restaurante". Ele se aproxima com graça em seus passos, tão leves que quase não se ouve o solado de seus sapatos batendo contra o chão.
Mihawk o olha de cima abaixo com um interesse discreto que Sanji aprecia. Homens assim possuem um lugar em seu coração apaixonado; homens que mantém sua classe mesmo sendo um pirata.
"Quem seria você?" O lorde pergunta com um sotaque requintado e Sanji se contém para não soltar um silvo de apreço diante de uma voz tão profunda.
"Sanji ao seu dispor~" Ele se curva elegantemente com uma mão em seu peito enquanto a outra equilibra uma bandeja, cheio de maestria. Sua voz, tão adocicada, poderia causar diabetes. "Perdoe-me pelo atraso. Deixe-me agraciá-lo com um aperitivo, por conta da casa."
Sanji põe a bandeja diante de Mihawk e retira o abafador, concedendo ao ambiente um delicioso aroma requintado vindo da refeição. E Mihawk se permite experimentar a guloseima. Ele só não geme de satisfação graças ao seu orgulho em ser alguém discreto, pois a explosão de sabor em sua boca o deixou por um fio; tão bom que ele não pode evitar elogiar:
"Meu paladar nunca experimentou algo tão requintado quanto este prato. Quem o preparou?'
"É um êxito para mim, saber que o agradou, senhor~" Sanji deixa sua voz fluir suavemente para alcançar pontos de êxtase no homem mais velho "Foi eu quem o preparou. Gostaria de algo mais? Minhas mãos são tão habilidosas o quanto você puder imaginar."
Mihawk nunca esteve tão grato por seu alto controle. A súbita vontade de possuir este rapaz foi um golpe surpresa em seu ventre, o fazendo estranhar até a si mesmo. Pensamentos depravados invadiram sua mente assim como o calor inundando seu corpo. Por que as palavras de Sanji lhes pareciam tão sugestivas?
“Um bom vinho será o suficiente por enquanto.” Sanji não demora voltar com seu pedido.
"Por que alguém tão elegante e bonito quanto você, está aqui sozinho?" Ele se permite perguntar enquanto o serve a bebida.
Mihawk não é constantemente lembrado de sua beleza, então se sente um pouco lisonjeado com alguém tão bonito quanto ele o elogiando. Além disso, não são muitos os capazes de prender sua atenção, então ele fica um pouco impressionado com como Sanji captou seu interesse com tanta facilidade. Ele deveria ganhar um prêmio por fazê-lo ficar tão atento a ele.
"Não encontrei ninguém à altura"
Os olhos do loiro parecem cintilar quando se vira para encará-lo. Há um brilho travesso nas írises azuis metálicas tão bonitas. Mihawk engole a seco; suas mãos estão suando e isso só o deixa mais estupefato por tal reação de seu corpo, já que nunca antes sentiu algo assim, principalmente por causa de alguém.
"Poderia eu então estar à altura o suficiente para lhe fazer companhia, senhor?"
Oh? Claro que sim! Mihawk sabe apreciar a beleza e elegância que reside no mundo. Seus olhos afiados não deixam que este jovem passe despercebido, mesmo ele sendo a causa de sua bagunça interna.
Sanji não pensou muito em suas palavras, não se levando a sério. Entretanto, Mihawk elevou-se de seu assento o suficiente para inclinar-se sobre seu corpo, por uma mão sobre a sua que descansava sobre a mesa e aproximar o rosto de seu pescoço. As pessoas que estavam atentas aos dois pareceram esbabacadas, mas Mihawk não se incomoda; elas são totalmente insignificantes para ele. Aproveitando-se da proximidade, inala o doce cheiro vindo de Sanji e sussurra em seu ouvido.
"Eu adoraria isso~" ele então volta ao seu assento com um leve sorriso ladino
O rubor tomou conta das bochechas de Sanji, seu coração acelerou desgovernado e por pouco seus olhos não assumem a formar de corações apaixonados. Um homem tão bonito e requintado estava lhe dando atenção de forma tão intima? Talvez fosse apenas coisa da sua cabeça, certo? Por que alguém teria olhos para ele? Tudo o que ele faz, que merece elogios, é apenas cozinhar. E Mihawk não parece ser do tipo que se agrada de alguém só por saber cozinhar bem. (São pensamentos do próprio Sanji). Saindo de seu estupor, ele meio que não entende o motivo da ação do outro. Mas senta-se à mesa com ele porque é rara essa oportunidade.
Oportunidades raras que não duram muito, Sanji se lamenta, pois Zeff aparece, o chamando imediatamente para a cozinha. O loiro se contenta com um "já estou indo" não muito a fim de começar uma discussão com seu velho. É claro, ele não deixa de ficar vermelho como um tomate amadurecido quando o loiro mais velho o chama de berinjelinha na frente de tantas pessoas. Então o xinga mentalmente.
"Temo que devo me retirar agora"
Mihawk nada disse, apenas concorda com um leve movimento de sua cabeça, mas o desejo de que ele permaneça em sua companhia está nítido em seus olhos. Zeff lhe lança um olhar afiado assim que o jovem passa apressado à sua frente. Todos se chocam com a tensão entre os dois homens mais velhos, totalmente cientes do que está acontecendo. Era como se estivesse escrito nos olhos de Zeff “Fique longe do meu filho” e nos de Mihawk “Não garanto distância”. Sanji é o único que não percebe.
Deste dia em diante, o mais poderoso e temido espadachim do mundo se encontrava preso nos encantos de um cozinheiro, totalmente apaixonado. Aliás... Berinjelinha? Que adorável.
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Mihawk volta ao Baratie algum tempo depois e encontra uma zona de destroços ao redor do belo restaurante. A confusão, no entanto, parece já ter sido resolvida, já que não há mais vestígios dos causadores de tal bagunça, mas reconhece o navio em pedaços de Don Krieg. Ele queria ter chegado um pouco antes e tê-lo expulsado dali assim como o expulsou da Grand Line.
Há um amontoado de pessoas já concertando os danos no restaurante flutuante. Entre elas, ele ver Sanji com curativos em seu corpo. Uma onda de raiva paira sobre si, acompanhada do desejo de obliterar quem o machucou daquela forma. Todavia, seu objetivo inicial é apenas ter uma boa refeição e desfrutar de sua companhia outra vez.
Mas nem sempre as coisas saem como o planejado; Roronoa Zoro o aborda para ter um duelo. A luta não exigiu nenhum esforço de sua parte, terminando com ele vitorioso como sempre frente. Claro, ele não matou o rapaz, pois se agradou de sua determinação. Além disso, Sanji parecia muito preocupado com ele. Poderia ele tê-lo conquistado?
Bem, não é como se ele pudesse realmente fazer algo a respeito, já que ninguém manda no próprio coração. Todavia, não é como se ele tivesse desistido do loiro.
Chapter 4: No Baratie (parte final)
Summary:
Vou finalizar o arco do Baratie aqui.
Obs.: pode haver alguns saltos temporais. Os acontecimentos não são muito importantes aqui, já que quero somente focar em como Sanji atrai mais pessoas para seu harém que ele mesmo não sabe que possui. 🤭🤭🤭
Boa leitura a todos 💕
Chapter Text
Sanji observou Mihawk enfrentar o lindo marimo idiotia, sem esforço algum e com uma lâmina tão pequena que pareceu humilhante para o esverdeado. Mas não era para menos, já que aquele é Dracule Mihawk, o maior espadachim do mundo.
Foi um duelo que tirou seu fôlego a cada movimento, tanto pelos belos homens se enfrentando quanto pela intensidade. Sanji não sabia em qual dos dois deveria "apostar". Zoro estava dando sua vida e Mihawk parecia respeitar isso, embora ele não parecesse muito atento ao jovem. Ao invés, Sanji notou alguns olhares dele vindo em sua direção. Não negaria que isso o deixou um pouco nervoso, já que não fazia ideia do porque, de todas as pessoas ali, ele foi o alvo. O resto parecia tão insignificante, por parte do mais velho.
Por um milissegundo, que pareceu quase uma hora, seus olhares se encontraram. Seu coração apaixonado palpitou com tanta força perante a magnitude do pirata carregando um olhar tão intenso, misturado com algo a mais que não soube identificar... Jurou para si mesmo que era coisa de sua cabeça. Então surge Zoro em seu campo de visão e Sanji sente que pode morrer. Dois homens tão magníficos diante de seus olhos seria capaz de fazer seu coração literalmente explodir, ou seu corpo virar pedra.
O resultado final da batalha foi o que ele esperava que iria acontecer, comparando o grau de habilidade de cada um, mas com a exceção de Zoro ainda estar vivo e isso o deixou tão aliviado. E Mihawk sumiu tão de repente quanto surgiu. Ele queria poder lhe oferecer uma refeição, apesar de todo o ocorrido, em memória de sua visita um tempo atrás. Sua atenção, agora, está totalmente no esverdeado deitado no chão com um enorme corte no peito.
"Está tão horrível..." Murmura para si mesmo enquanto tira o tecido esfarrapado da camisa de cima do ferimento, com tanto cuidado que parece quase não o tocar. Como não havia médico no restaurante, ele era o mais apto a oferecer os primeiros socorros; o restante eram um bando de brutos, com excessão da bela senhorita Nami e talvez Luffy, embora tudo nele revelasse que não sabia nem como aplicar um band-aid adequadamente. Quanto a Usopp, o pobre estava tão em pânico que seria possível ouvir seus ossos balançando. Nem falaria sobre seu velho, já que este parecia mais preocupado em bater sua perna de pau na cabeça do chapéu de palha para ele concertar o estrago que causou em seu quarto.
Sozinho com Zoro em uma sala mais adequada, ele pegou da caixinha de primeiros socorros, linha e agulha devidamente higienizadas para o processo de costura do corte no peito alheio. Antes de começar a limpar a ferida, ele analisa atentamente as feições de "seu paciente". Zoro está tão ofegante e suado que Sanji quase choraminga com o quão quente isso parece, de uma maneira muito inapropriado para a situação. Ele passa a mão pela testa dele e afasta os pequenos fios de cabelo verde para trás. Zoro abre os olhos e é contemplado com um lindo loiro o olhando com olhos amorosos, tão cheios de carinho que seu coração dói contra seu peito.
"O que... Está fazendo?" Ele tenta se sentar e engasga com suas próprias palavras.
"Seu estúpido. Não se mexa!" As palavras saíram com tom de irritação, mas os olhos permaneciam preocupados e carinhosos.
"Estou bem" Zoro teima em se levantar.
"Estou vendo perfeitamente que não está." Sanji o empurra de volta. "Me deixe cuidar disso, por favor."
Zoro suaviza com o olhar suplicante do cozinheiro. Em outra ocasião, se fosse outra pessoa, ele tem certeza, teria ficado bem irritado. Mas o olhar de Sanji está carregado de admiração, sua súplica não é nada mais como um pedido para se sentir útil. Zoro tenta não perceber muito está característica, que lhe dá a impressão de que o adorável loiro teve uma experiência traumática e deixa um gosto amargo em sua boca.
"Por que se importa?"
Sanji para de limpar seu corte, e o olha nos olhos.
"Humpf! Você lutou com tanta bravura... E perdeu. Mas isso não abalou sua determinação, eu respeito isso. E... Você jurou sua lealdade ao Luffy com tanta firmeza que me fez, por um momento, esquecer como é respirar. Mas isso não importa, seu musgo estúpido. Eu salvarei quem me der na telha. Eu me importarei com quem eu quiser. Agora põe isso na boca. Você me irrita." Ele estende um pano enrola para Zoro morder.
"Você também me irrita, seu cozinheiro de merda." Então ele morde o pano e Sanji o costura com todo o cuidado que consegue, tentando não lhe causar muita dor. Depois que terminou, ele o obriga a ficar descansando e se retira, deixando um Zoro atordoado.
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Luffy é tão radiante que Sanji pensa que ficará cego se o olhar por tempo demais. Não por sua aparência, mas pela maneira como sorri, como fala de seus sonhos e como apoia os sonhos de seus companheiros. E ainda mais, como escutou atentamente enquanto falava do All Blue para ele; seu sonho de encontrar o mar que é o paraíso da culinária.
"Seu sonho é lindo, Sanji. Nós vamos realizar ele." ele diz enquanto acaricia seus cabelos, com um grande sorriso nos lábios. Sanji pisca algumas vezes, uma turbulência lhe acerta como um tapa, prestes a fazer seu coração ter uma parada cardíaca. Ele sente vontade de esfregar a cabeça contra a mão de Luffy, e gemer de satisfação; as vezes é uma merda o seu fraco por carinho. Mas ele consegue, por pouco, apenas sorri.
Luffy poderia facilmente substituir o sol, e talvez tenha sido isso o suficiente para convence-lo a se juntar ao seu bando pirata.
Chapter 5: Ace a bordo
Summary:
No momento em que Sanji entra em seu campo de visão, podendo vê-lo de mais perto, Ace por pouco não perde suas estribeiras.
Notes:
Digamos que Sanji não precisa exatamente de uma cantada para as pessoas se sentirem atraídas por ele. Basta apenas olhá-lo e seu mundo se enche de glitter e corações flutuantes de amor.
Chapter Text
Ace sobe a bordo de Marry e se apresenta aos companheiros de Luffy, os agradecendo por cuidarem de seu irmãozinho. Está vivido no rosto de cada um a descrença de que eles são irmãos. E, bom, Ace não os culpa, pois Luffy e ele são quase totalmente diferentes em questão de personalidade. Então, de seu parâmetro, ele foca totalmente em Sanji, que sorri para ele com um olhar indescritível. E puta merda! O que ele poderia dizer? Havia um anjo diante de seus olhos. Seria aquele o maior belezura da Grand Line? Poderiam considerar um exagero de sua parte, mas ele sabe o que está vendo, e em toda a sua viagem pelos mares, nunca viu alguém tão... palavras não poderiam descrever.
“Você e Luffy devem ter muita conversa para pôr em dia. Por que não se senta? Vou preparar um chá.”
O loiro sorri. E, por deus! Como pode um sorriso ser tão lindo e brilhante!? Ace não consegue desviar os olhos por nenhum segundo. E aparentemente, todo mundo ali notou, levantando uma pequena tensão que fez ace rir internamente. O lindo loiro tem amigos bem ciumentos.
“Eu agradeço, belezura. Mas, não precisa se incomodar” Ace curva a cabeça educadamente. E vendo que Sanji tinha um cigarro na mão, fez questão de acender, lhe arrancado um suspiro impressionado e admirado.
“Uau! Se continuar a fazer isso, com certeza vou ficar apaixonado. E não é incomodo algum, eu amo cozinhar.” Ace congela de boca levemente entreaberta. Ele pode dizer que é uma honra. O moreno estava prestes a responder ao cozinheiro, mas é rapidamente interrompido.
“Sanji, eu também quero chá” impressionantemente, é Luffy que choraminga, se agarrando ao braço do loiro.
“Achei que você não gostasse” ele sorri depois de seu momento de surpresa, e carinhosamente bagunça os cabelos de seu capitão.
“Eu também gostaria de um pouco” Usopp se pronuncia um pouco intimidado pela presença de Ace.
“Sanji, Sanji! Faz pra mim também” a pequena rena saltita para os braços de Sanji, que prontamente a recebe e a segura em seu braço que não está sendo agarrado por um Luffy estranhamente aborrecido.
Ele não pode deixar de se sentir feliz, apesar de acreditar que eles estão apenas sendo mimados. Ele se sente necessário e desejado ali, mesmo que sua mente insista que não é bem assim, que é apenas por causa de sua função e nada a mais.
“Também gostaria, se não for muito trabalho para você” Vivi sorri timidamente e Sanji quase derrete.
“É claro que não é trabalho para mim, minha doce Vivi”
“Eu prefiro suco de laranja, se você não se importar, Sanji” Nami faz um charminho, e corações explodem de seus olhos.
“Qualquer coisa para minhas queridas damas” ele grita apaixonadamente.
“Então... então eu quero um achocolatado, por favor, Sanji.” Chopper se balança, ansiosamente.
“Uuh, eu também! Parece delicioso.” Usopp levanta sua mão no ar, encarando Sanji esperançosamente.
“É claro, é claro, meus amores!” Sanji rodopia alegremente com Chopper, o aperta em um abraço aconchegante e depois o coloca no chão. Com um sorriso galanteador, Sanji pisca para Ace, o deixando um pouco atordoado, antes de se virar para Zoro.
“Você também quer, meu doce marimo?” Zoro se engasga com a aproximação repentina de Sanji, e franze as sobrancelhas.
“Prefiro saquê” ele resmunga e Sanji dá uma risadinha.
“É claro, mon chérie~” ele sopra fumaça na cara do esverdeado e finalmente segue para a cozinha. “Seu saquê estará esperando por você” ele acena de longe.
Zoro desvia o olhar dos demais, ruborizado até o pescoço. “Odeio ele” resmunga para si mesmo antes de seguir para outro canto.
Ace observa Sanji, hipnotizado, até que não consiga mais vê-lo. E então se virou para Luffy com um sorriso travesso.
“Escuta, Luffy!”
“Que?” Luffy se vira para ele, mais tranquilo.
“Posso levar ele comigo?”
“Nem pensar!” todos gritaram juntos, irritados, até mesmo Vivi, que apenas deu de ombros com suas bochechas um pouco coradas quando olharam para ela.
“Ele é nosso! Encontre seu próprio Sanji!” Luffy aponta na cara dele, muito bravo, seus dentes comicamente afiados.
Ace suspira um “impossível”. Como ele encontraria, se é mais que óbvio que há nenhum outro como ele?
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Após o lanche, Sanji lava a louça do almoço e Ace está lhe observando apaixonado, sentado à mesa, se sentindo lisonjeado por ele ter lhe permitido ficar na cozinha, já que durante a refeição, Luffy falou que aquele era o lugar sagra de Sanji, e eles só podia entrar na hora de comer.
“Quer ajuda?” pergunta ao loiro que para de arregaçar seu manto para olhá-lo por um instante. Seu sorriso aumenta e Sanji cora, desviando de seu olhar.
“Oh, nem pensar. Você é nosso convidado. Apenas aproveite a estadia. Aliás... Posso fazer algo por você?”
Ace sorri sedutoramente quando seus olhos encontram os de Sanji, e chega nele lentamente. “Eu posso?” Sanji entende a inclinação do moreno em sua direção e permite que ele afunde o rosto em seu pescoço e cheire profundamente o seu aroma de lavanda. “Tão bom” Ele ofega em deleite, mas a mente de Sanji começa a mergulhar em pensamentos, não prestando atenção na devoção de Ace para com ele. O loiro sente o interesse de Ace por ele, mas põe em sua cabeça que aquilo não era por ter conseguido atraí-lo ou porque era especial. Ace estava precisando aliviar sua tensão sexual e ele era a opção mais viável, já que, céus! Luffy é seu irmão; o coração de Usopp já pertence a alguém (os dois já conversaram um pouco sobre Kaya), e ele é fiel mesmo que ainda não estejam em um relacionamento sério. Nami prefere mulheres, ela lhe revelara certa vez, embora isso não lhe impedirá de continuar a bajulando; Vivi parece estar muito mais a fim de Nami do que de qualquer outra pessoa. Lhe conceder este tipo de atenção não é possível, vindo dela. E Zoro não é do tipo que dá um mínimo de espaço sequer para isso. Não há Chopper nessa lista por motivos bem óbvio, e seria doentio se houvesse. Então tem ele, um apaixonado incurável que não resiste há um homem bonito.
Ele queria poder evitar isso se fosse possível, mas está tão mole nos braços de Ace que parece prestes a virar gelatina. Só não caiu no chão ainda porque o moreno estar o prendendo entre ele e a pia, apertando sua cintura e lambendo seu pescoço. Sanji pediu para que ele não deixasse marcas e Ace o ouviu. Ele agradeceu por isso. E amaldiçoa sua necessidade de afeição.
O fluxo de prazer começou a correr por suas veias, esquentando seu corpo. O calor da pele quente de Ace, devido sua Akuma no Mi, atravessa suas vestes, quase queimando cada pedacinho onde ele toca. Mas antes que pudessem avançar para algo mais, um barulho de garganta sendo limpa propositalmente ecoa em seus ouvidos.
"Opa" Ace sorri para Zoro a porta, sem vergonha alguma, e lambe os lábios provocativo, apertando um pouco mais Sanji contra seu corpo.
Zoro fica visivelmente irritado, braços cruzados e postura imponente. Sanji engole a seco, mortificado e vermelho até às orelhas. Ele empurra gentilmente Ace para o lado, retomando seu estado natural antes de gritar para Zoro:
"Seu marimo idiota! Não sabe bater na porta?" Ele queria se afundar em um buraco. Zoro está com desgosto estampado na cara. O que Luffy pensaria dele? Ele não saberia conviver mais uma vez com olhares de repulsa. Muito menos vindo de seu capitão. Seus outros nakamas também com certeza reprovariam seu comportamento. Seria seu fim.
Pobre sanji. Não reparou nem um pouco que Zoro estava assim por causa de Ace e não dele. Ele jamais ficaria assim por causa do cozinheiro. Jamais sentiria desgosto por Sanji. Não pelo seu adorável Sanji.
"Não faça isso na cozinha, por favor" ele resmunga mais para Ace do que para Sanji. Sanji suspira e deixa de lado, por enquanto, os seus pensamentos negativos, e rodopia sedutoramente até Zoro.
"Não quer se juntar a nós, meu querido marimo?" Ele toca o queixo de Zoro e pisca lentamente, fazendo seu jogo de charme, tentando apaziguar a situação.
"Cozinheiro de merda"
Sanji esperou ser empurrado por para longe. Entretanto, Zoro bufa, detectando um toque de alívio no olha de Sanji. Então o joga sobre seus ombros e sai para fora enquanto o loiro se debate e o xinga, mortalmente constrangido. Zoro dá uma última olhada agressiva em Ace, ele esclarecendo seu aviso para o moreno ficar longe de Sanji.
Ace rir consigo mesmo, pensando: o quão ciumentos eles são?
Lá fora, Sanji e Zoro começam mais uma briga habitual entre chutes e golpes de espadas.
Chapter 6: A viagem continua
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“Um papel?”
“Isso mesmo. Mas não simplesmente um papel; é um vivre card. Ele fará com que nós nos encontremos de novo. Você não o quer?”
“Uau!” os olhos de Luffy viram estrelas “É claro que quero!” ele desdobra o papel “Oh, está rasgado...” murmurou um pouco decepcionado. Ace riu com diversão e garantiu que o pedaço faltando não iria interferir na função. Seus olhos então se voltam para o cozinheiro. Ace lembra do ocorrido na cozinha; ele nunca sentiu tanta inveja de alguém, quando Zoro o pegou como se já o tivesse como seu e o levou embora. Por um momento, ele quis estar no lugar do espadachim.
“E você, docinho... Se cuida, está bem?” Ele chega e pega discretamente na mão de Sanji, onde deixa um pedaço de seu vivre card e beija sua testa. “Quero vê-lo novamente algum dia.” Ignorando os olhares ciumentos, principalmente de Luffy e Zoro, e olhando apaixonadamente para Sanji, ele memoriza seu ser por inteiro; pensa em seus cuidados, seus disparos apaixonados diante de alguma beleza, seu sorriso brilhante e galanteador; os seus olhos azuis cintilantes, as bochechas tão lindamente ruborizadas por ‘sua’ causa; seu corpo firme e sua cintura fina a qual teve a honra de apertar em suas mãos; sua voz e seu caminhar; sua comida magnifica... Tudo. Tudo o que é Sanji, Ace fez questão de meter em sua cabeça para confortar seu coração, para jamais esquecê-lo. Era triste para ele, não poder ficar com alguém tão especial. Algo em seu interior se revira só de imaginar que não ficaria ao lado de Sanji, e que o ciumento espadachim de cabelos verdes tem mais chances do que ele de conquistá-lo, ou até mesmo Luffy.
“Uh, claro” Sanji empurra seu rosto com a mão e desvia o olhar envergonhado, lhe tirando de seu estupor. “Não vejo problemas”
Ace comemora com uma gargalhada. Luffy pula em seu pescoço por trás, resmungando como um bebê inconformado:
“Não tente roubar o Sanji de nós, Ace idiota!” ele escandaliza, fazendo Ace gargalhar um pouco mais.
“Quem me dera poder levá-lo comigo, Luffy.” sorrindo docemente, Ace cruza olhares com Sanji e sua espiração quase para. Sanji parece confuso sobre o que tais palavras significam e é uma graça para o moreno, que suspira levemente, ainda sorrindo. Ele olha para os demais e se curva um pouco para frente, fazendo com que Luffy quase caia.
“Obrigado pessoal, por cuidarem do meu irmão” Todos agradecem lisonjeados por tamanha educação vinda de Ace, embora haja uma leve hostilidade em relação à sua aproximação com Sanji.
Ace gostaria de dizer algo a mais. Entretanto, uma bala de canhão que cai próximo ao Merry chama a atenção; navios inimigos. Ace dá uma última olhada amorosa em Sanji, e pula em seu barco turbinado, avançando e destruindo os navios com um único golpe de suas chamas, deixando todos admirados. Ace sorriu apaixonado com a atenção maravilhada de Sanji em si, Zoro ao seu lado, e Luffy acenando freneticamente com uma mão enquanto a outra descansava no ombro do loiro. Um suspiro melancólico sai de seus lábios ainda sorridente.
O vivre card em sua mão parecia emitir o calor de seu proprietário. Sanji o guardou no bolso interno do peito de seu terno, observando Ace partir.
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Luffy não parecia triste com a ida de Ace, fiel de que o veria de novo. Sanji suspira relaxado, ignorando a pulsação insistente do seu coração desde que Ace segurou sua mão e beijou sua testa. Zoro está atento aos seus mínimos movimentos, ainda incomodado com os gestos recentes do irmão de seu capitão para com o cozinheiro. Zoro não é muito de mostrar seus sentimentos e está tentando ao máximo para não o fazer agora, mas a imprevisibilidade de Sanji sempre o surpreende.
“Que cara mais assustadora é essa, marimo?”
O rosto está muito próximo do seu, Zoro prende a respiração, sobressaltado.
“Não enche” se afasta rápido do cozinheiro, ouvindo uma risadinha travessa a suas costas. Um dia, ele ainda morrera por isso.
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Sanji é quase levado embora pelos infames Warusagi, pássaros ladrões que vivem no deserto de Alabasta. Eles são conhecidos por enganarem e roubarem as bagagens dos viajantes por quais passam. Os chapéus de palha claramente se tornam vítimas. Eles só não esperavam que sanji também fosse quase levado.
“ATÉ MESMO OS MALDITOS?” Zoro grita indignado ao ver duas das infames aves segurando cada braço de Sanji e voando para longe. Ele não permitiria que o levassem, então corre para tentar alcançá-los.
Sanji se debate para que o par de warusagi o soltasse, mas os animais permanecem firmes.
“Seus desgraçados! ME SOLTEM!” fumaça de raiva sai de sua cabeça e as aves apenas gorgolejam em diversão. Sanji choraminga, pensando seriamente em fazer desses bichos um jantar para eles.
No chão, Luffy se junta a Zoro na perseguição. Ambos extremamente furiosos. Luffy estica seu braço para alcançar o loiro, apenas atiçando os pássaros. Sanji sente o aperto vacila e ele aproveito para girar no ar e se soltar.
“MERDA!” Ele grita enquanto está indo de encontro com a areia escaldante, mas Zoro o pega agilmente em seus braços. Sanji, ao ver-se seguro nos braços musculosos de Zoro, e deparar-se com Luffy ainda tentando acertar os atrevidos warusagi, gargalha fogosamente. Voltando sua atenção para o Roronoa, ele cantarola: “Meu herói~” e dá um beijo demorado na bochecha já avermelhada de zoro.
“Eu ajudei! Também quero um beijo, sanji!” sanji rir da manha de seu capitão e estica os braços para ele, luffy deixa seu rosto ser embalado pelas mãos macias de seu cozinheiro e ronrona como um gatinho quando os lábios deixam um beijo estalado em sua testa. Zoro o coloca no chão, um pouco enciumado, relutantemente.
“Pra que isso, Luffy?” Sanji fica confuso ao ver um dos braços de Luffy se enroscar em sua cintura em uma volta dupla.
“Para aqueles pássaros enxeridos não te levarem embora de novo”
“Isso não vai acontecer” o loiro resmunga, acendendo um cigarro.
“Não temos certeza disso” é Zoro quem resmunga desta vez.
Sanji fica um pouco irritado; ele não é indefeso, mas sabe que seria inútil discutir com Luffy, quando ele põe algo na cabeça, ou Zoro que está muito focado na proteção de sua retaguarda, apesar de tentar disfarçar. Um bando de cabeças duras. E como sempre, Sanji põe em sua própria cabeça que é porque eles não podem ficar sem um cozinheiro.
Chapter 7: Capitulo 7
Notes:
Sem ideias para o titulo, pois é apenas um pequeno trecho de mais adoração para Sanji.
Ah, e Sanji Continua a se desmerecer, porque... Bem... Sabemos que no fundo ele é um pouco depressivo
Chapter Text
A noite cai sobre os chapéus de palha e o frio gélido do deserto parece queimar seus corpos. Para dormir, havia apenas uma barraca, e ela foi disponibilizada apenas para as garotas, por ordens estritas de Sanji. Mas ele não deixou seus outros companheiros por si sós ao acender uma fogueira para aquecê-los. Para se alimentarem, ele assou a carne de um lagarto gigante que abateram durante seu trajeto ao fim da tarde, usando alguns temperos que ficaram na bagagem que os Warusagi não conseguiram roubar.
Assim que alguns minutos se passaram depois da refeição, eles começaram os planos para passar a noite. Sanji queria ficar de vigília, mas Zoro insistiu que ele devia descansar, o que desencadeou uma pequena discussão entre os dois, se iniciando um loop infinito quando Sanji disse que era Zoro quem deveria descansar.
"É você quem deve descansar, seu marimo estupido!" Ele grita, ficando cara a cara com a vítima de seu insulto.
"Não! Você é quem precisa descansar, cozinheiro de merda!" Zoro não se intimidou, embora estar muito perto de Sanji o fizesse sentir borboletas no estomago e problemas para não fraquejar com o quão adorável ele fica, com um biquinho de irritação.
Sanji, por sua vez, se sente ofendido e chateado por achar que o marimo estava subestimando sua resistência. Mas ele apenas não notou que o Roronoa apenas queria cuidar dele. Chopper, com medo de eles começarem a se bater e se machucarem, interveio para parar a briga, alegando que Sanji precisava de repouso depois do estresse passado por causa dos pássaros ladrões. Sanji não queria lhe dar ouvidos. Então, sabendo da fraqueza que sua fofura causava no cozinheiro, Chopper a usa como arma para convencê-lo a ir dormir com ele e Luffy, bem se lembrando de como Sanji o fez se sentir acolhido e seguro quando Luffy tentou devora-lo na ilha de Drum.
Pequeno flashback:
A pequena rena corria desesperada pelos corredores frios do castelo, fugindo de um humano maluco de chapéu de palha e outro com sobrancelhas engraçadas, sentindo calafrios eriçarem seus pelos a cada vez que ouvia como eles se referiam a ele como “Minha carne” ou “Comida de emergência”, lhe restando apenas a gritar pela Doctorine em busca de socorro.
Ele correu até esbarrar em uma porta emperrada e não houvesse mais para onde ir. Luffy já estava a um metro de distância e não lhe restava mais nada além de se encolher e chorar por misericórdia. Mas então o loiro de sobrancelhas engraçados o alcança e dá uma pesada na cabeça do outro o impedido de se aproximar dele.
Chopper o viu como um anjo descendo do céu só para abraçá-lo. Ele estendeu as mãos para pegá-lo e o embalou em seus braços.
“Esse idiota te assustou? Não chore, ele não vai comer você. Eu não vou deixar.” Ele apazigua seu nervosismo com sua voz em um tom tão calmante, que se não fosse pela adrenalina antes crescente em seu corpo, teria dormido de tão confortável que se sentiu naqueles braços. “Aliás...” O loiro continua e Chopper até prende a respiração para poder ouvir bem “Não comemos animais falantes. Não é mesmo?! Luffy!” ele se vira om um olhar severo para o outro, que massageava a cabeça por conta da pancada.
“Sim, me desculpe.” Luffy choraminga.
“E desculpe por chamá-lo de comida de emergência. Qual é o seu nome?” Sanji o ergue para o alto com as mãos e espera pacientemente terminar de enxugar as lagrimas com as costas das patas.
“T-tudo... É... Meu nome é Tony Tony Chopper. Mas pode me chamar apenas de Chopper” murmura com a voz ainda embargada.
“Você é tão fofo” O loiro aprecia e o abraça com carinho enquanto esfrega o rosto contra seu pelo macio e com cheiro de cerejeira da loção que havia preparado para si mesmo se manter limpo.
É inexplicável o quanto Chopper se sentiu nos braços de uma mãe carinhosa que nunca teve.
Mais tarde, ao se juntar aos chapéus de palha, e ser recebido com mais um abraço aconchegante de Sanji, sentiu que ele seria seu porto seguro.
Fim do flashback
A pequena rena infla suas bochechas e arregalado os olhos como um cachorrinho pidão e Sanji jura que morreria de tanta fofura vinda do médico. Ele não resiste e segura Chopper em seus braços para abarcá-lo com força, esfregando a própria bochecha contra a dele. Zoro aperta o tecido da camisa na região de seu coração para tentar acalmar a palpitação que ameaça quebrar os ossos de suas costelas ao testemunhar a linda interação. Chopper é como seu filho, e o próprio já disse que o considera um pai para ele, e sabe que chopper também considera Sanji como um pai, embora nunca tenha falado sobre. Não que se importasse, mas a ideia de serem uma família, de ele e Sanji serem um casal, lhe dar tantas esperanças...
"Tudo bem", Sanji suspira derrotado "Você venceu dessa vez, marimo" ele dá um beijinho na bochecha de Zoro o deixando paralisado "Boa noite~" sussurra indo finalmente se aconchegar na manta ao lado de Luffy que já roncava profundamente, enquanto Zoro volta a si e arrasta Usopp com ele para dividir os turnos, ignorando as reclamações do mesmo.
Chopper se aconchegou com satisfação nos braços quentinhos e confortáveis de Sanji e, inconscientemente, Luffy enroscou os braços ao redor da cintura do loiro assim que ele se deitou do seu lado e, sonolento, murmurou algo como: "Não roube nosso Sanji" chegando mais perto para afugentar o frio, afundando a cara nas costas macias e quentes de Chopper.
Sanji fica perdido em pensamentos por um tempo, dizendo a si mesmo que não merece a atenção que está recebendo, mesmo que ele cozinhe bem, antes de enfim pregar os olhos e dormir. A parada final em Alabasta já se aproxima, e ele precisa estar bem descansado para ajudar ao máximo na luta contra Crocodile.
Chapter 8: Rainbase a vista
Chapter Text
A noite logo virou dia e nosso queridos chapéus de palha não tardam a continuar sua jornada até Rainbase. Foi ao meio-dia, quando o calor cozinhava seus corpos através das roupas, que finalmente Rainbase pode ser vista.
"Lá está! Rainbase!" Vivi anima-se com a paisagem da cidade a sua frente, apontando entusiasmadamente para ela. Luffy se junta a comemoração, erguendo os braços para o alto, acompanhado por Usopp e Chopper.
“Finalmente vou chutar sua bunda, Crocodile!” Declara ferozmente, enquanto Zoro reclama para que se calasse.
Todos eles estavam se preparando para a batalha que se aproxima. Usopp até tratou de fazer uma nova arma para Nami; o seu famoso clima tact. Vê-los ajudando uns aos outros sempre foi gratificante para Sanji, que não pode deixar de elogiar o atirador:
“Anh~ você sempre me surpreende com suas invenções Usoop.” Ele fica muito perto do atirador, com seu sorriso açucarado alcançando seus olhos.
“É-é-é claro! Eu já fui um grande inventor, sabia? Todos me chamavam de Usopp, o grande deus das invenções!” Ele gagueja pela aproximação. Dizer que estava envergonhado seria eufemismo com o quão vermelha seu rosto ficou. Por mais que seu coração pertencesse a Kaya, Sanji era cativante demais para não sentir um friozinho na barriga. E Usopp ainda não se acostumou em estar tão perto dele.
“É mesmo?” Sanji se inclina um pouco mais para perto dele, para poder ver melhor as peças que, juntas, formariam um bastão. Ele sabe que a história não é bem verdade, mas ver Usopp se vangloriando, de certa forma, lhe parece sexy, e não faria mal dar um pouco de corda a ele.
Usopp tropeça um pouco para trás ao Sanji ficar mais perto, com o braço roçando contra o seu. OS outros ao redor olham tranquilamente para o jeito adorável como o loiro inclinou a cabeça para o lado, curioso com a reação repentina de Usopp.
“Bem...” Sanji continua, alheio aos olhares de ternura de seus companheiros para ele “É incrível! Mas não faça algo que seja perigoso demais para machucar a Nami-san, Usopp. Ela e a Vivi-chan não precisam lutar. Eu as protegerei!” Sanji bate orgulhosamente em seu peito enquanto vangloriosamente o estufa para fora. Até seus mínimos gestos chamam a atenção dele. Nami dá uma risadinha divertida antes de pegar seu clima tact das mãos de Usopp e bagunça os cabelos de Sanji logo depois, sorrindo agradavelmente para ele.
“Obrigada, Sanji-chan. Mas eu também quero aprender a me defender sozinha. Você não precisa se preocupar tanto.”
Vivi aproveita o estado momentâneo de paralisia no qual Sanji se encontra e se aproxima timidamente lhe dando um abraço, se afastando para segurar suas bochechas. Sanji olha para ela lentamente e lindamente corado.
“Obrigada, Sanji-kun, você é muito atencioso. Mas também quero me defender sozinha.”
Vivi se afasta por completo, ficando lado a lado com Nami. Sanji sai de seu estupor em uma rajada, diante das duas beldades.
“TUDO O QUE VOCÊS QUISEREM, MINHAS RAINHAS!” ele rodopia com corações saltando de seus olhos
Usopp se junta com um grande sorriso, dando batidinhas em suas costas enquanto um pouco mais de coragem enche suas veias:
“Eu também posso protegê-las. Não é justo deixar você lutar sozinho, Sanji.” Sanji volta sua atenção para o belo sorriso confiante de Usopp e concorda com um sorriso de volta e mais uma vez o atirador fica vermelho.
“E eu te protejo, Sanji!” Chopper pula alegremente para os braços do cozinheiro que prontamente o apara.
“É claro!” Sanji rir junto com a pequena rena.
“VAMOS TODOS LUTAR JUNTOS!” Luffy grita aos quatro ventos e todos fazem o mesmo, concordando com o capitão. O loiro sabe que nunca precisaria lutar só, mas sentia que haviam coisas que só ele poderia fazer no momento. Esse é seu “sistema de auto sacrifício” que cedo ou mais tarde ele estaria “ativando” pelo bem de seus nakamas.
“Nem pense em fazer tudo sozinho, cook” Zoro se aproxima de Sanji por trás, o fazendo se arrepiar com a voz arrastada do esverdeado.
“Meu doce marimo está preocupado comigo?” ele brinca com diversão, levantando a cabeça para olhar Zoro atrás de si. As vezes ele odeia admitir o quão bonito o musgo idiota é.
“Até parece” Zoro resmunga e se afasta.
Sanji rir sem graça para si mesmo. É claro que Zoro estava dizendo isso apenas para ele não foder com tudo e estragar o plano. Provavelmente a Baroque Works já sabe da presença deles ali. Agir por conta própria seria perigoso. Mas ele seria o único em risco, pois jamais revelaria as ações de seus amados companheiros. Esperançosamente, a BW (Baroque Works) ainda não conhece seu rosto, já que Mr. Two não o tocou para copiar sua aparência. Ele estaria seguro para se infiltrar na base deles, por enquanto.
“Você está bem, Sanji? Parece pensativo” Chopper toca seu rosto delicadamente com os cascos, demonstrando preocupação em seus olhos expressivos. É tão fofinho que Sanji pensa em apertá-lo em seus braços, mas está muito quente. O pequeno médico com certeza desmaiaria.
“Sim, sim. Só com sede” Ele sorri para confortar Chopper.
A pequena rena ainda fica um pouco desconfiada, mas deixa quieto por enquanto. Desde que se juntou aos Chapéus de Palha, sempre foi de Sanji que esteve mais próximo, e aos poucos estava começando a saber lê-lo; saber quando algo o estava incomodando ou quando estava planejando algo em segredo.
“Usopp e eu vamos buscar água!” Luffy grita. Ele sempre grita.
Sanji sorri contente. Ele conseguiu pessoas para as quais daria todo o seu amor. Pessoas pelas quais daria a vida. Tanto os Chapéus de palha, quanto seu velho Zeff e seus amigos no Baratie.
Chapter 9: Capitulo 9
Summary:
Smoker da as caras. Sanji entra em uma loja de roupas eróticas, mas nunca saberá que é de roupas eróticas.
Notes:
Eu me divertir bastante escrevendo este capitulo e adicionando uma pegada mais quente a ele. Aproveitem!🤭🤗
Chapter Text
A ideia era se infiltrar na cidade sem causar tumulto, e passar o mais despercebido o possível até o cassino Rain Dinners o maior cassino da cidade, onde Crocodile e seus agentes estão. Mas como já era esperado, Luffy logo deu de cara com confusão. Ele e usopp conseguiram chegar a um pequeno bar sem chamar a atenção, quando deram de cara com Smoker e Tashigi. Uma perseguição se deu início e o caos se instalou por onde Usopp e Luffy passavam disparados com dois barris com água cada, para saciar a cede de seus companheiros.
Ali por perto, Sanji, Nami e Chopper se escondiam atrás de alguns caixotes quando sinalizaram para seus dois amigos arruaceiros. Usopp tentou disfarçar para não os delatar, mas Luffy não foi nada discreto ao gritar como um louco entusiasmado para eles. Atrás, um bando furioso de marinheiros os perseguia. E em meio a tudo isso, Luffy desviou para outra direção, levando uma boa quantidade de homens consigo, enquanto Usopp continuou reto em direção ao loiro e a ruiva.
Sanji, determinado, sai de seu esconderijo e Nami o segue por impulso com Chopper a reboque, mas se mantendo alguns passos atras do cozinheiro que correu até Usopp. Usopp para um pouco alarmado. Sanji sorri para ele com confiança antes de mandá-lo se juntar a Nami atrás de si.
“Usopp, ajude o Chopper a proteja a Nami-san! E tomem cuidado!”
Usopp segura o braço de Sanji “Ah... Sanji, Sanji, eu sei que você é forte. Mas ainda me preocupa-”
“Não se preocupe!” Sanji o corta na hora. “Você sabe que eu posso lidar muito bem com esses idiotas.”
Usopp, Nami e Chopper se entreolham. Eles não duvidam da força de Sanji. Jamais poderia depois de o loiro tê-los protegido tanto. Mas é que eles não são os únicos com olhos para ver a preciosidade que ele é. Eles temem que Sanji seja alvo intenções perversas.
“Sanji...” Chopper choraminga.
“Eu já alcanço vocês” O sorriso determinado do loiro os faz concordar e fugir, mais tranquilos ao ouvirem gritos vindo dos marinheiros e corpos quebrados caindo no chão ao som de chutes fortes e bem dados. Sanji derrubou todos antes mesmo deles sequer assimilar o que os atingiu. Mas assim que se vira para acompanhar seus companheiros, esbarra fortemente em uma parede de músculos.
Recuperando-se do baque repentino, preparando se para revidar com um chute, seus olhos focam na pessoa a sua frente e seu coração quase infarta quando Smoker entra em seu campo de visão juntamente a Tashigi.
Puta merda! Puta merda! Puta merda! Como são lindos! É tudo no que Sanji consegue pensar por um momento em seu estupor.
“O que traz uma donzela tão linda a esse lugar em meio ao deserto?” Ele rodopia até Tashigi, segura sua mão e a beija, sem tirar os olhos dos seus. Tashigi fica levemente vermelha e gagueja um pouco na tentativa de responder a investida galante de Sanji. Mas antes de sequer sair um ‘A’ de sua boca, Sanji minunciosamente se vira para Smoker, com um sorrisinho atrevido e caminha a sua volta analisando-o antes de para frente a frente. Charmoso é como o define.
“Um capitão da marinha? Nunca estive tão perto de um. Não um tão bonito quanto você” Ele dá uma piscadinha para o homem, descendo seu olhar pelo tanquinho definido logo após, quase dando sua vida para segurar o sangramento nasal que luta para sair.
O coração de Smoker deu uma palpitada dolorosa que ele próprio não esperava. Diante de seus olhos está a pessoa mais linda que já pode ver. Tudo no rapaz parece brilhar; seus cabelos, seus olhos, sua pele branca perolada, embora tenha sido vista só a da mão, rosto e pescoço. Céus, o pescoço branquinho... Ele nunca quis tanto beijar um pescoço como queria o de Sanji. Pensar em deixar suas marcas nele; ouvi-lo chamar seu nome com aquela voz doce... A secura atacou sua garganta e de repente se encontrou com sede. E os lábios rosados pareceram-lhe tão convidativos.
Tashigi momentaneamente se engasga com o ar quando o lindo rapaz olha para ela por um momento e pisca um olho, sensualmente. Ela vira o rosto, envergonhada quando pensamentos depravados passam por sua cabeça. Ela se maltrata mentalmente, se perguntando por que está sentindo desejos imorais por um estranho..., mas um estranho tão lindo e...
“Desculpe-me, senhor. Você já deve estar bem acompanhado por esta bela dama” seu olhar cai sobre Tashigi novamente, e o esforço para não saltarem corações de seus olhos é tremendo.
Tashigi grita nervosa, dizendo desesperadamente que ela e Smoker não são um casal e repetiu com ênfase que está solteira. Smoker apenas bufa em concordância com a mulher.
“Poderia levá-la em um encontro comigo, nesse caso?” Sanji curva-se cavalheiresco.
“B-bem... E-eu...” Ela não sabia o que responder. Tinha um dever a cumprir, mas sair com ele parece tão tentador.
Ao lado, Smoker se sente incomodado com a falta de atenção de Sanji para com ele, então simplesmente o pegou e o jogou sobre seu ombro como um saco com batatas.
“O que está fazendo?” Sanji grita alarmado, sentindo o braço forte envolta de sua cintura o fazer amolecer um pouco. Ele sente cada musculo firme em que seu corpo toca e é enlouquecedor, mas se contém para não ter uma severa perda de sangue
“Você vem comigo!”
A voz profunda de Smoker o faz estremecer. Sanji fica cada vez mais ruborizado e Smoker sorri ladino com o efeito que está causando em si. Droga, ele espera muito que seus companheiros não tenham sido capturados. Ele precisa dá um jeito de fugir e ir ajudá-los de alguma forma.
“Por qual motivo?” Sua voz sai um pouco tremula e é como música para os ouvidos dos outros dois.
“Vi você bater nos meus homens enquanto alguns amigos do chapéu de palha fugiam.”
Por qual motivo eles não tentaram prender ele antes? Sanji se pergunta. De qualquer forma, ele não vai dedurar seus nakamas.
“Quem seria esse chapéu de palha?”
“Você não é amigo deles?” Tashigi se aproxima para olhar para ele. Sanji sorri docemente para ela. Tashigi cora fortemente, não acostumada com o quão bonito é esse loiro que até seu capitão pareceu gostar.
“Você acha que eu sou?” Sanji apoia o cotovelo nas costas de Smoker e descansa o queixo na palma da mão, balançando as pernas, esperando que isso irritasse o homem e o fizesse colocá-lo no chão. Então sorri sedutoramente e a garota não consegue mais continuar olhando. Isso foi tão malditamente sexy para ela, que a timidez dela se contorceu.
“Fica quieto!” Foi repentino demais. Smoker descaradamente deu uma palmada na bunda de Sanji que soltou um gemido de surpresa, bem em seu ouvido.
Smoker deixou que o som melodioso e sem vergonha entrasse em seu ouvido e se prendesse em sua memória. As mãos apertando com força o tecido de sua jaqueta e as unhas arranhando levemente suas costas no processo foram apenas mais materiais para ele guardar com apreço. Ele não iria comentar sobre o calor inundando seu corpo.
“Por que?” Sanji grita irritado e mortificado.
“Capitão Smoker!!!”Tashigi repreende, mas disfarçadamente olha para Sanji, apreciando o rostinho corado e envergonha do loiro se esperneando em seu capitão, lutando para acertar um chute nele. Ela só podia estar ficando louca, mas ele é tão lindo.
Smoker não liga para as reclamações, revirando os olhos, enquanto pensa no quão macia é a bunda de Sanji.
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Smoker e Tashigi caminharam com o objetivo de chegar até a pousada em que estavam. Mas toparam com algum tipo de briga entre marinheiros e alguns vendedores. E no meio de tudo, estava Luffy.
Sanji sentiu um grande alívio ao ver que seu capitão estava bem, mas se Luffy o visse, seria o fim para sua discrição; ainda precisava por seu plano em ação. Então, antes de Smoker dar mais um passo, Sanji segurou sua nuca, apertando levemente os fios de cabelo dali. Smoker congelou no lugar e Sanji sorriu. Com a outra mão, o loiro puxou a argola da jaqueta do marinheiro e descansou o nariz no pescoço dele.
“Você tem um cheiro bom” Sanji murmurou, dando mais uma cheirada no local, apreciando o toque de fumaça de charuto. “Desculpe, mas eu preciso ir.” Então deu um beijinho na bochecha de Smoker, o fazendo afrouxar o aperto em sua cintura por um instante, que é aproveitado por ele para saltar de seu ombro e correr a toda velocidade para um beco. De longe, ouve smoker gritar para irem atrás dele. Não demora para um bando de marinheiros aparecer em seu encalço. Sanji rapidamente entra em um estabelecimento e bate a porta, se prendendo lá dentro. Seus olhos vagam pelos diversos vestidos espalhados em cabides. Era uma loja de roupas feminina. Quando se deu conta, havia várias garotas sorrindo para ele. Belas mulheres experimentando roupas um pouco reveladoras demais.
Seu rosto explodiu em vermelho e seu nariz começou a sangrar. Uma delas veio ao seu socorro, segurando seu rosto com as mãos delicadas.
“Tadinho~ Você está bem? Seu nariz está sangrando.” A garota nunca havia visto homem tão encantador.
“Bateram em você?” Outra se junta, olhando-o de cima a baixo, não vendo muito por causa de suas vestes do deserto.
Com muita dificuldade, Sanji vitimizou-se um pouco e explicou que estava sendo perseguido por caras maus e que precisava se disfarçar e voltar para seus amigos.
“Venha conosco. Temos o disfarce perfeito.” A jovem que o olhou de cima baixo o puxou apressadamente para o fundo da loja, sendo acompanhada pela outras que soltavam risadinhas bem travessas.
“Ela só quer vê-lo sem roupas” uma delas comentou com diversão.
Sanji e deixou ser levados pelas mulheres, bêbado de amor.
Quando o deixaram só de cueca, as mulheres param para admirar um pouco o seu corpo. A excitação preencheu seus sentidos lentamente. O tanquinho marcado, a cintura fina, as coxas surpreendentemente grossas e sexys demais para um homem, até a bunda redonda e avantajada... Elas queriam fazer coisas que normalmente mulheres não fazem com homens. Ele parecia tão fodível e bom de cama.
“Eu sei no que estão pensando, meninas. Mas nosso amigo parece com pressa” uma das mulheres foi até o Sanji tonto e limpo seu nariz. “Te deram alguma droga, meu bem?” Ela pergunta ao ver o estado de letargia do loiro. Sanji apenas nega, então elas terminam de vestir ele em seu disfarce.
Em frente ao espelho, sanji encarou seu reflexo, pasmo. Uma roupa fofa meio sexy de empregada não era o disfarce que ele esperava vestir.
“Está tão bonito.” Uma garota gemeu de apreciação.
“Como ficou sexy e adorável” Outra acompanhou a primeira.
“Combinou tanto com você, querido. Ninguém, seja quem for que está te perseguindo, vai saber que é você.”
“Se... Se as damas estão dizendo, acho que... acho que não tem problema” Sanji concorda, lindamente envergonhado. Ele se olhou um pouco mais no espelho e concordou que realmente não está tão ruim.
Então, se despedindo das garotas, e ganhando um beijinho na bochecha vindo de cada uma, ele finalmente sai correndo para fora da loja. Era hora de ver se aquele disfarce funcionaria mesmo.
Chapter 10: Sir. Crocodile e a(o) empregada(o)
Summary:
Sir crocodile pouco se importa com as pessoas ao seu redor. Ele é como um ditador, o que lhe importa é poder e riquezas. Mas ao ver aquele rapaz loiro pela primeira vez, algo em seus ideais muda drasticamente.
Chapter Text
Enquanto nosso amado Sanji, vestido em uma roupa de empregada, corre pelas ruas agitadas de Rainbase, olhares o seguem até que não possam mais. Tanto mulheres quanto homens param para ver a beleza humanificada passando por eles, focada em chegar aonde quer que ela esteja indo.
É claro que nem todos ficam apenas parados olhando. Na varanda de uma cafeteria, um grupo elegante de homens conversam entediados, até Sanji passar afoito e chamar a atenção deles. Um dos indivíduos é rápido em segurar seu pulso e fazê-lo parar abruptamente.
“Aonde vai com tanta pressa, baby?” O homem puxa Sanji para mais perto de si, como se já tivesse total controle sobre o corpo dele.
“Me solta agora, seu lixo!” Sanji lança ao seu dirigente, um olhar mortal e furioso, detestando o sorriso esnobe em seu rosto estupido, mas bonito. Sanji aprecia pessoas bonitas, mas também considera muito a personalidade. E a deste homem era perfeita para ser jogada no lixo junto com ele.
“Que boquinha mais suja~” os outros homens flanquearam o outro que segurava sanji, formando um círculo envolta do loiro. Sanji ficou atento a cada movimento deles.
“Talvez eu deva calar ela com algo especial” um deles mexeu no cinto de sua própria calça e Sanji sentiu vontade de vomitar ao entender a maldita insinuação.
“Vá se foder” Sanji trinca os dentes e, muito rápido, acerta um chute forte na fuça do cara que mexeu nas calças, o mandando voando alguns metros para longe.
"Ora ora, o que temos aqui!" Sir. Crocodile assistiu um homem passar voando por si com a cara toda quebrada e deliciou-se com a imagem de um loiro vestindo o bom e velho uniforme de empregada fofo, mas sensual, de mangas curtas bufantes que caem pelos ombros e babados brancos na barra de sua saia rodada preta e volumosa, além do par de saltos de boneca característico do uniforme e meias que sobem pelas belas pernas até parar na metade das coxas rechonchudas cuja saia do vestido mal cobre de tão curto que ficou no corpo esbelto, acompanhado por uma gargantilha de babados no pescoço branquinho e uma tiara com um laço em cada lado, decorando o cabelo reluzente como sol.
Ele chutava para longe um bando irritante de... Seja lá o que eram aqueles vermes, com giros e saltos acrobáticos magníficos. Crocodile acha tão belo que fica surpreso consigo mesmo, pois está apto a apenas admirar a beleza feminina, coisa que dificilmente faz.
O mafioso jamais pensou que sua atenção fosse drasticamente chamada por um rapaz belamente transvestido e ainda com toda sua essência masculino, mesmo com um forte batom vermelhos nos lábios, dando uma esplêndida surra em um bando insignificante de homens que ele carinhosamente chama de insetos. Se fosse qualquer outro ele simplesmente ignoraria a existência. Suas mãos, no entanto, começaram a coçar possessivas para ter aquele jovem cativante sob seu toque. E ele não poderia ignorar isso, pois o que ele quer, ele sempre consegue ter.
Voltando à confusão, ainda restaram dois contra Sanji. Um deles sorria com malicia para ele, segurando uma faca na mão.
“Ela tem uma voz grossa e é arisca. É meu tipo perfeito de mulher. Vou adorar colocá-la na linha e mostrar quem é que manda.” Sanji olha para este homem como se ele fosse uma larva nojenta. Ele não hesitou em esticar a perna e chutar seu braço, que quebrou, virando em um ângulo onde o osso ameaçava furar a pele e sair para fora, e a faca caiu no chão. Depois, carimbou um chute em seu estomago o fazendo afundar na parede atrás.
“Morra, seu verme repugnante! E eu não sou uma mulher”
“Mas continua sendo uma gracinha!” uma voz potente fez o ar ao redor parecer tenso, e de repente o único dos impertinentes que sobrou, fugiu alarmado. Sanji virou-se bruscamente para chutar a presença atrás de si, mas o homem conseguiu segurar sua perna sem sequer piscar os olhos.
“Não seja tão agressivo, meu bem.” O homem sorri sedutoramente “Não combina com você, embora continue lindo mesmo com essa carranca na cara”.
Sanji olha atentamente para o homem. Da cicatriz atravessando seu rosto horizontalmente acima do nariz, o charuto preso entre os dentes, até os cabelos penteados para trás e as roupas elegantes mostravam que ele era alguém importante. Ele é extremamente bonito. Suas bochechas ficam vermelhas e seu coração apaixonado salta violentamente contra seu peito.
“Perdoe-me por isso.” Sanji recolhe sua perna lentamente.
Crocodile aprecia a perna delizar por sua mão, desejando segurá-la um pouco mais, contradizendo seu odio por quaisquer contatos físico evasivo. Sanji faz menção em continuar seu trajeto, mas Crocodile o puxa pela cintura colando seus corpos. Sanji aperta os bíceps dele por impulso para se equilibrar nas pontas dos pés, e sente toda a firmeza potente de seus braços abraçando sua cintura; sente também os músculos do peitoral dele por baixo de todo o tecido de suas roupas; os peitos dele são como travesseiros contra os seus. Enormes e macios. Ele balança a cabeça bruscamente. Não tem tempo para isso. Há algo de mais importância para se faze; ele precisa descobrir quem é o Crocodile. Então delicadamente tenta se afastar do senhor crocodilo, que ele não sabe que é o senhor crocodilo. Mas o senhor crocodilo o aperta mais contra ele e fica um pouco sufocante. Prestes então a chutar o homem da melhor maneira que pode, seu corpo paralisa quando o homem pega uma linda flor sabe-se lá de onde, que identifica ser uma Allium Ampeloprasum a rosa mais bonito dos desertos, e coloca em seu cabelo.
“Veja só, nem mesmo a mais linda rosa do deserto consegue ofuscar sua beleza, boneco~” Crocodile lhe olha com intensidade e por alguns segundos, sanji perde seu raciocínio. Esse cara só pode estar de brincadeira com sua cara.
“Não me chame de boneco!” Sanji resmunga com um fio de voz, totalmente perdido. Por que estavam fazendo aquilo com ele? Ele não merece essa atenção amorosa. Só pode ser a vida brincando mais uma vez com seu coração, é isso. (A verdade de Sanji é sempre essa, ele acha que não merece ser amado e é tudo culpa de seu pai e irmãos infelizes que cravaram isso em sua mente. Reiju talvez não se inclue tanto)
Crocodile apenas sorri com graça, aproveitando para acariciar o rosto de sande com sua mão. Sanji finalmente volta a si e tenta se afastar mais uma vez.
“Me deixe ir! Estou com pressa-” ele se movimenta flexivelmente, jogando sua perna por trás e por cima de seu próprio corpo para acertar a cabeça de Crocodile com seu pé, que consegue pará-lo com seu gancho dourando cujo se engasga surpreso ao ver. Esse homem deve ser bem mais perigoso do que aparenta, ele concorda minunciosamente que deve tomar mais cuidado.
"Não seja assim. Deixe-me pagar lhe uma bebida...” Crocodile enfim o solta, mas ainda segura sua mão. “Não é todo dia que se tem a oportunidade de cortejar uma beldade como você” Então ele leva a mão de Sanji até o alcance de seus lábios e a beija com doçura. “Deixe-me agradá-lo um pouco, boneco” ele pede como um tolo apaixonado. O doce coração de Sanji pula eufórico, ansioso para receber um pouco de amor. Mas seu cérebro está focando no que tem que fazer, que é ajudar a princesa vivi a salvar seu reino. Só de pensar nela e em seus nakamas, seu coração se acalma e volta a focar em seus companheiros, que são quem ele mais ama no mundo. Retomando o foco por completo, Sanji fala:
“Eu agradeço, senhor. Mas prefiro isso...” Sanji olha nos olhos de Crocodile, do jeito que sabe que fará ele parar de pensar um pouco, e tira o charuto da boca dele e coloca na sua, dando uma tragada e soprando a fumaça na fuça do outro, antes de sair em direção ao cassino, sem ter devolvido o charuto; era dele agora. Crocodile ficou parado como um idiota, vendo-o caminhar pomposamente em direção ao casino.
Sir. Crocodile tem um novo objetivo em mente além de dominar Alabasta: ter aquele loiro só para si.
Chapter 11: Rain Dinners (Parte 1)
Notes:
É mais um rascunho do que um capítulo pronto. Não acho que o desenvolvi bem. Talvez eu reescreva em outro momento.
(See the end of the chapter for more notes.)
Chapter Text
Sanji corre o mais depressa que suas pernas conseguem, para chegar logo ao cassino, amaldiçoando a saia do vestido por ser tão curta; a cada passada sua ele a saia se levanta, mostrando a anágua fofa e bonitinha que as donzelas puseram em si; era tão constrangedor, onde estava com a cabeça quando as deixou o vestir nisso? Bom, ele não tem muito tempo para pensar nisso, continuar correndo é sua maior prioridade e não parou nem mesmo para chutar os idiotas que assoviavam para si.
Não havia sinal algum de seus amigos ao redor e era preocupante para sua pessoa. Sanji ficou ainda mais tenso quando chegou no cassino e não havia sequer o deslumbre de seus fios de cabelos. Havia muitas pessoas até pra conseguir ver o inconfundível cabelo verde do seu doce marimo ou os vibrantes fios alaranjados de sua amada senhorita Nami. Onde eles poderiam estar? O loiro pôs-se a caminhar entre as pessoas em busca de pistas ou quaisquer vestígios que pudessem indicar seu paradeiro. Eles não poderiam ter sido capturados pela Baroque Works, não é mesmo?
Na maioria das vezes, quando está focado em algo de extrema importância para si, principalmente quando envolve pessoas importantes para ele, Sanji não presta muita atenção no ambiente ao redor quando não lhe oferece um perigo extremo. Por isso, ele não se tocou das várias pessoas que bebiam, jogava e se divertiam, parando para despi-lo com os olhos. Sanji não era o primeiro homem vestido de empregada que eles já viram, mas era o mais bonito que seus olhos já contemplaram. E Sanji estava tão concentrado em encontrar sinais da presença de seus nakamas, que não notou a quantidade absurda de olhares desejosos sobre si que poderiam ser incômodos até mesmo para um sego.
Sua concentração em avaliar o chão em busca de algum objeto perdido de algum de seus companheiros não lhe permitiu ver a linda mulher, alta, vestida em um vestido de gala vermelho, marcando seu corpo com belas curvas, se erguer a sua frente, interrompendo sua caminhada.
“Você parece perdido, querido~ Posso ajudá-lo?” Ela segura o queixo de Sanji para fazer com que sua atenção seja voltada totalmente para ela. Os olhos de Sanji salta de seus orbes, formando corações saltitantes. Ele gagueja, sem consegui falar; seu coração bate loucamente contra o peito, quase doloroso. É uma mulher muito bonita para não atiçar seu amor.
“O que há de errado, docinho?” Ela ronrona, sorrindo maliciosamente e, como uma gatuna, desliza seu polegar pelo lábio de Sanji como se fosse tomar sua respiração com um único movimento, manchando propositalmente o batom. Sanji poderia facilmente cair se jogar aos pés dela, se seus nakamas estivessem seguros ao alcance de seus olhos. Mas não estavam. Ele volta a si, balançando bruscamente a cabeça.
“Desculpe-me, senhorita!” Sanji faz menção de se afastar, mas suas costas batem contra o peito forte de um homem igualmente alto como a linda dama
“Para onde vai com tanta pressa?” ele sorriu com malicia, lambendo os lábios.
O ar ao redor ficou mais tenso para Sanji. Os olhares vindos de todas as direções começam a pesar em seus instintos de alerta. Seu disfarce fora descoberto? Todos ali devem ser da Baroque Works e estão prontos para acabar com ele. Droga! Ele devia ter imaginado que um vestidinho de empregada e um batom não iam escondê-lo por muito tempo. O que nosso doce loiro não sabe é que toda essa atenção não é por algo a mais do que ele mesmo e todo o seu charme. Ele ascendeu o interesse mais profundo dessas pessoas que não fazem a menor ideia dos movimentos da Baroque Works e sequer fazem parte da organização.
“Venha tomar uma bebida conosco.” o homem o desviou de seus pensamentos. Sanji engole a seco para não se sentir atraído pelo belíssimo senhor atras de si que, pelo canto dos olhos, pode ver o quão belo é; terno bem alinhado, olhos de um profundo verde e cabelos longos presos em um rabo de cavalo, com uma franja caindo ao lado de seu rosto bem esculpido.
“Sim, querido, vamos lhe servir o melhor se nos fazer companhia~” a linda mulher o puxa contra ela. Sendo muito, alta seu rosto foi de encontro com seus enormes seios. Foi impossível não ter um sangramento nasal. Oh, ele deve fugir. A bebida com certeza está envenenada.
“Oh, querido! Este é meu vestido favorito.” Ela resmunga com um tom falso de repreensão “O que vai fazer se o sangue não sair? Você tem que me compensar por isso, o que vai ser?” Ela sussurra em seu ouvido com sensualidade, sendo clara a insinuação. Sanji junta todas as suas forças e a empurra, respirando fundo antes de começar a correr para o mais distante possível dela e do homem que tentou agarrá-lo assim que deu os primeiros passos. Ele virou em corredores e abriu portas até despistar alguns perseguidores e deu de cara com uma enorme sala com janelas gigantescas de vidro que davam para o que aparentava ser um aquário ou o fundo provavelmente do rio envolta do cassino.
“Sanji!” Luffy animado ao vê-lo irromper pela porta
“Luffy! Pessoal!” ele grita de volta, seus lindos olhos brilham de alívio e alegria. E corre mais um pouco até ficar na frente da enorme gaiola que os prendia. “Porque ainda estão presos?” questiona, sabendo que uma mera jaula não deteria seus companheiros tão fortes.
“É kairoseki...” Luffy chorou irritado, amolecendo até se ajoelhar, fraco por continuar segurando as barras nocivas.
“Oh, Sanji está tão bonito!” Luffy grita sorridente, chamando a atenção para suas roupas. Um idiota mesmo, Sanji resmunga consigo mesmo.
“Nossa, Sanji. Você devia usar mais roupas assim, é muito fofo” Usopp sorriu bobo, florezinhas flutuaram ao redor de sua cabeça, em representação ao seu apresso e suas bochechas ficaram timidamente vermelhas. Ele pode estar apaixonado por Kaya, mas é impossível olhar para Sanji e não notar sua beleza cativante. Ele sente que nunca vai superar.
“CLARO QUE NÃO! NARIGUDO IDIOTA!” Sanji cobre o rosto, envergonhado.
Zoro, pelo seu orgulho, não diz nada, mas seu rosto ficou vermelho a proporções questionáveis aos limites humanos. Sua mente a culpada, pensando o quão foditamente o cozinheiro ficou sexy. Sua quarta espada, com vontade de atacá-lo. Mas Zoro jamais se permitiria fazer algo do tipo com seu companheiro, pelo bem de seus laços e por sua honra como alguém que respeita os limites desses laços.
“Realmente uma Graça” Nami deu uma risadinha divertida, olhando descaradamente para as pernas grossas quase expostas se não fossem pelas meias arrastão. “Mas por que está vestido assim?”
“É uma longa história, senhorita Nami. Mas vamos tirar vocês daqui primei-” o barulho da enorme porta se abrindo o cala. Sanji se vira, alarmado e pasmo ao ver o belo homem de terno, o mesmo que vira antes. E fica ainda mais quando, do nada, ele se desmancha em areia e ressurge bem na sua frente, uma mão em sua cintura e o gancho perigosamente próximo de sua garganta.
“O que faz aqui, boneco?” a fumaça do charuto em sua boca é soprada em seu belo rosto quando as palavras saem com sua voz retumbante, do fundo de sua garganta. Um grande estrondo metálico reverbera pelo salão. Luffy bateu contra as grades, com puro ódio em seus olhos.
“TIRE SUAS MÃOS DELE, CROCODILE!!!” Luffy grita furioso e Sanji se alerta com o arrepio que arranha sua espinha ao descobrir de quem se trata o homem a sua frente. Ele não hesita ao chutá-lo na cabeça, que apenas virou areia, e saltou para longe dele.
“Então você...” Sanji está um pouco desacreditado. Ele parecia ser tão requintado para alguém tão horrível, cruel e baixo.
“Não acredito que faz parte do mesmo bando de fracassados, boneco~ É uma surpresa meio desagradável” Crocodile dá uma tragada em seu charuto, caminhando minunciosamente na direção de Sanji.
“Engula suas palavras de merda. Eles são meus Nakamas e não vou perdoá-lo. Não vou perdoá-lo por ter feito a Vivi-chan sofrer tanto, seu maldito! E não me chame de boneco!” Sanji “rosna” para ele com sua melhor feição de desprezo.
“Eu posso lidar com sua agressividade de forma mais particular. Seria uma pequena danificar um rostinho tão lindo e um corpo tão perfeito em uma luta tão agressiva.”
Todos na gaiola ficaram com olhares assassinos em seus rostos perante as intenções nas palavras de Crocodile.
“Vamos, eu posso tratá-lo melhor que qualquer um. Posso te dar tudo o que precisa, e tudo o que quiser. Basta apenas ficar comigo e me servir.” seu tom de arrogância se eleva a cada palavra, elevando também a cólera dos em cativeiro.
“Foda-se! Eu não vou servir a ninguém além de Luffy. Ele é meu único capitão. E você não sabe nem o que procuro, como sabe o que pode me dar?” Sanji de fato não interpretou as palavras do homem, o que fez seus nakamas sentirem ainda mais o desejo de protegê-lo desse mundo sujo e suas pessoas imundas.
“Eu posso descobrir, Mr. Prince~” Crocodile fez aquilo de novo de se desfazer em areia e surgir em outro lugar. Dessa vez, às suas costas.
“Como?” Sanji treme com a aproximação evasiva; Crocodile o segurou, prendendo em um aperto de cobra com apenas um braço, prendendo os seus.
“Uma voz sexy como a sua é difícil de não reconhecer. Você é um garoto tão travesso~ Me fez cair como um patinho em sua brincadeira irritante. Mas não estou bravo com você, boneco. Vou matar todos esses pirralhos irritantes, no entanto, e me vingar por esse transtorno. Você será o meu prêmio no final de tudo.” Soltando seu charuto, Crocodile abusa da proximidade para dar uma mordida forte no pescoço de Sanji, o fazendo fugar com a dor e ficar alarmado, e um pouco assustado. O homem queria lhe causar uma hemorragia ou algo do tipo, era isso? Não importava, ele quebraria todos os seus ossos antes de morrer e salvaria sua família.
“Eu nunca vou deixar isso acontecer!” Sanji juntou suas forças e se empurrou para longe de Crocodile.
“CROCODILE, SEU DESGRAÇADO!” Luffy taca sua cabeça contra as grades, sentindo suas forças sendo sugadas pelo metal da pedra marinha, mas não para. Não quando Sanji estava sendo tocado e machucado. Um desprezo tão grande e um ódio nocivo o encheu até a borda. Seu instinto assassino ardendo em seu corpo. Zoro, Nami e Usopp estão igualmente furiosos, seus olhos estão fulminantes na direção do shichibukai como uma sentença de morte.
“Miserável” Sanji passou a mão pela mordida, sentindo o sangue quente em sua mão. Não pensou duas vezes antes de avançar para chutar Crocodile, furor queimando em seus belos olhos.
Crocodile não poderia estar mais eufórico, observando o rapaz se lançar em sua direção inutilmente para atingi-lo. Chutes potentes das pernas formosas lhe acertavam brutalmente várias partes de seu corpo que se desmanchavam em areia, tornando ineficaz os ataques letais. Seria muito divertido dominá-lo, Crocodile pensa, admirando a forma como a saia do vestido balança e se levanta, mostrando a bunda farta que o deixou faminto por ele.
Sanji desfere um chute atrás do outro enquanto Crocodile sequer desvia, mas também não se fere. É frustrante, Sanji fica cada vez mais desesperado para pelo menos causar um arranhão.
Eles giram por todo o salão, até que Crocodile prende uma de suas pernas com sua areia, o empurrando de costas contra a enorme mesa e se encaixa entre suas pernas, lhe impossibilitando de realizar qualquer movimento ameaçador como seus chutes.
Há mais gritos de raiva dos companheiros do loiro, mas Crocodile não liga para as minorias trancadas. Ao invés, ele desliza sua mão pela coxa de Sanji e aperta possessivamente, fazendo com que o loiro se debatesse em repulsão.
Enquanto Luffy grita para Crocodile soltá-lo, Sanji pensa seriamente em usar suas mãos para esbofetear o homem, por causar tanta frustração em seu capitão e em seus companheiros, não se importando com sua própria situação.
“Vou lhe fazer uma proposta.” Crocodile começa, sorrindo presunçoso com sua própria ideia. “Se vier comigo, soltarei seus amigos. Eles vão embora vivos e esquecem que você e Alabasta existem.” Ele mostra uma chave pendurada em seu gancho dourado, a mesma que deve abrir a jaula.
“Você promete?” Sanji gostaria de não ter que terminar sua aventura agora, mas não faria sentido se seus companheiros não estivessem juntos. Mas os sonhos deles são mais importantes que o seu. Nami não pode desenhar seu mapa do mundo, presa em uma gaiola; Usopp não pode se tornar um grande guerreiro do mar, preso em uma gaiola; Zoro não pode se tornar o maior espadachim do mundo, preso em uma gaiola; Luffy não pode ser o rei dos piratas, preso em uma gaiola. Ele também não poderia encontrar o All Blue, mas ainda poderia continuar sonhando com ele. Talvez não se tornaria o melhor cozinheiro do mundo, mas ainda poderia cozinhar.
Luffy percebeu que Sanji estava considerando isso, largar tudo por eles. Não iria permitir isso, jamais.
“SANJI! NEM PENSE EM FAZER ISSO, ESTÁ ME OUVINDO? EU TE PROIBO!” Luffy dipara e da impressão de que sua garganta vai rasgar
Sanji sentiu vontade de chorar. Mesmo causando tanto transtorno a eles, eles não querem deixá-lo. Sanji sente que não merece isso.
“Está tudo bem, Luffy. Eu posso fugir algum dia.” Sanji o conforta com um doce e triste sorriso, como uma despedida. Esse é o único sorriso que, mesmo sendo lindo, Luffy odeia ver nos lábios de Sanji; o sorriso do adeus, o sorriso que sempre dar quando está prestes a se sacrificar por eles.
“Eu. Não. Vou. Permitir! Você vai comigo, encontrar o All Blue. É lá que tem todo os peixes do mundo e é o paraíso dos cozinheiros, certo? Vamos terminar essa aventura juntos e com nossos sonhos realizados” Luffy diz imponente, fazendo o coração de Sanji acelerar, seus olhos brilhar e lacrimejar um pouco. Ele não esqueceu.
Crocodile solta uma grande risada.
“Fugir? Você pode tentar”
Sanji não está pronto para desistir de seus sonhos, mas só vai parar de lutar quando estiver morto. Não há nada além de uma garrafa de vinho sobre a mesa. Ele então a pega e joga no rosto de Crocodile em um picar de olhos, lhe chutando com toda sua forma quando se afasta por impulso. Crocodile voa para longe batendo contra uma das janelas de vidro criando rachaduras no local.
“Eu acertei?”
“Qualquer líquido é a fraqueza dele” Usopp grita empolgado para o loiro. Sanji sorri diabólico, avançando para mais um chute em Crocodile, que desvia por pouco. Sanji acerta a janela ao invés, que se quebra mais e água começa a inundar a sala.
“Isso não é bom. Vou ter que ir na frente. Mas meus bichinhos vão levar você para mim e seus amigos vão servir de lanchinho pra eles. Isto é, se conseguirem sair da jaula.” Crocodile correu pela porta, antes que uma pestana de metal caísse, lacrando a saída e o salão cada vez mais inundado.
“Merda!” Sanji corre desesperado até a mesa, só para descobrir que não havia chave alguma para abrir a prisão de seus Nakamas. “Merda, merda!” ele olha por toda parte, em busca da chave.
“Merda, merda, merda! Por que eu fui chutar a droga do vidro?” ele corre até a porta, e a chuta, mas nada acontece.
“DROGA!” ele corre até a jaula e começa a chutar as grades, mas elas mal tremem. Ele passa a chutá-las com mais violência. E como não estava usando seus sapatos apropriados para isso, seus pés ficam bem mais machucados sendo possível ver pequenas manchas de sangue atravessando o tecido das meias.
“E-ei Sanji! Seus pés estão sangrando, pare com isso!” Usopp súplica meio choroso.
“Oe, cozinheiro!” Zoro sai do seu canto para chegar mais perto das grades. “Pare com isso, agora!”
Sanji não deu ouvidos, chutando e chutando de todos os ângulos possíveis. Luffy estava muito quieto, mas ardia em fúria por ver seu amado companheiro se machucando assim para salvá-los. Ele não quer que Sanji se machuque assim.
“Sanji-kun, está se machucando, já chega!” Nami suplica, tentando não soar tão trêmula com a maneira como Sanji está desesperadamente chutando o maldito metal.
“Nami-san, eu não posso. É tudo culpa minha” A voz de Sanji está um pouco embargada, ele está assustado e com medo, mas tenta se manter firme e não para de chutar as grades enquanto seus pés e pernas sangram cada vez mais.
Todos sentem um aperto no coração. É a primeira vez que se deparam com um Sanji tão nervoso e aflito, desesperado para salvá-los. Seria esse, o fim? Sanji jamais os deixaria para trás. Se seus esforços para os libertar não servirem de nada, ele morreria afogado junto com todos. Pobre Chopper. Ficariam sozinho de novo, eles se lamentam.
“Sanji, vai ficar tudo bem. Não machuque suas preciosas mãos.” luffy segura as mãos de Sanji quando ele agarra as grades e tenta puxar com força.
“Não vou deixar ninguém morrer” Sanji está chorando, e apesar da situação, eles não deixam de admirar o quão lindo ele é até assim.
Notes:
Vou desenvolver melhor está finalização no próximo capítulo. Mas espero que tenham gostado pelo menos um pouco.
Chapter 12: Rain Dinners (Parte 2)
Notes:
Quem está vivo, sempre aparece! Talvez eu faça alguns saltos temporais exagerados, pq quero escrever logo mais homens gostosos e mulheres gostosas tendo queda por Sanji❤️❤️❤️✨✨✨
Chapter Text
Sanji apertou as grades até os nós de seus dedos ficarem brancos, mas não visíveis por Luffy estar cobrindo suas mãos com as dele. Luffy observa Sanji se acalmar lentamente e respirar fundo, pensando em algo. Ele ficou tão inerte em sua busca mental por solução, que não notou os jacarés, absurdamente enormes, se aproximando por trás de sua pessoa. Apenas as expressões comicamente assustadas de Nami e Usopp, que foram os primeiros a ver, o fez se virar alarmado. Mas não ficou com medo. Pelo contrário, um sorriso maligno se estampou em seus lábios com a ideia que floresceu em sua mente.
Nami e Usopp quase faleceram ali quando Sanji começou a chamar a atenção das feras. Luffy ria divertido, querendo muito se juntar enquanto Zoro perguntava ao cozinheiro, aos gritos, se ele estava maluco. Sanji, porém, só focou em tentar fazer as feras morderem a jaula, sem se preocupar consigo mesmo como de costume. As bocas enormes e cheias de dentes afiados eram capazes de partir concreto, como um deles fez ao abocanhar a escadaria e por pouco não engolir Sanji. Um deles saltou sobre seu corpo, e quando todos gritaram por Sanji, temendo o pior, o bichinho gigantesco voou para o alto com um tremendo chute que recebeu do loiro, cuspindo destroços de concreto e uma bola branca, no processo. A bola se partiu assim que se encontrou com o chão e Mr. 3 foi revelado de seu esconderijo. Isso foi perfeito, pois Sanji o usou para moldar uma chave para a gaiola e libertar seus amigos. Luffy, Usopp e Nami saltaram para abraçar o cozinheiro. A navegadora e o atirador berravam chorosos para ele o quanto aquilo foi perigoso, enquanto Luffy ria e comentavam o quanto pareceu divertido. Zoro suspirou aliviado e então chegou mais perto e afagou os cabelos de Sanji enquanto dizia que ele era estupido. Sanji ficou com suas bochechas ardendo em vermelho, tão aliviado quanto qualquer um ali.
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Houve um barulho alto, o chão tremeu e logo um grupo de pessoas irromperam para fora do cassino, quase o destruindo por completo, usando jacarés gigantes como transporte. Os Bananawanis gostaram de Sanji, pelo que viram, pois eles estavam abanando suas caudas para ele como cachorrinhos. Um deles até se atreveu a lamber Sanji e recebeu um olhar severo de Zoro e um rosnado ameaçador.
Vivi e Chopper, que espancavam seus inimigos, quase desmaiaram quando viram Sanji brincando com os animais gigantes como se fossem seus bichinhos de estimação. Smoker estava entre eles, com olhos espantados.
“Eles são fofos” diz Sanji enquanto passa a mão pelo focinho de um deles.
“Sanjiiiii!” Chopper, que até então estava em sua forma humanoide, volta ao seu eu original e se joga nos braços do loiro, que o abraça com carinho “Pessoal! Que bom que estão bem” ele choraminga, seus olhos cheios de lagrimas. “Sanji, você está machucado. Suas pernas, suas mãos... QUEM MORDEU SEU PECOÇO???” Ele se exaspera ao ver os cortes e arranhões espalhados pelos membros do cozinheiro. Os rostos de seus companheiros escureceram ao Chopper falar da mordida. Luffy em especial está com uma aura sinistra.
“Desculpe, Chopper. Sei que se preocupa, mas isso não é importante agora. Temos que ajudar Vivi-chan.” Sanji o coloca de volta no chão com cuidado depois de mais um aperto caloroso. Só então a pequena rena nota as vestimentas de seu companheiro.
“Você fica lindo de vestido. Mesmo todo machucado” Chopper dá um sorrisinho fofo, ainda chorando.
“B-bem, obrigado... Eu acho...” Sanji cora e desvia o olhar.
Vivi fica chocada quando Nami sussurrou para ela que foi Crocodile quem o mordeu.
“Está sangrando, isso vai ajudar a parar...” Ela se aproxima de Sanji e enrola uma faixa de sua roupa envolta do pescoço dele, segurando-se para não chorar, sentindo-se culpada.
Sanji sorri para ela com carinho e garante que não é culpa dela. Vivi assente em concordância, embora por dentro ele continue se culpado, e o abraça um pouco. Nada ao redor importa, no momento. Os braços do loiro são tão quentinhos e aconchegantes...
Smoker não esperava ficar tão paralisado. Entre o ódio injustificável da mordida no pescoço de Sanji, estava o desejo inconfundível de substituir aquela marca pela sua. E as coisas sujas que penetraram sua mente ao ver o rapaz loiro vieram com mais força ao vê-lo com uma roupa tão sexy de empregada. Coisas essas que jamais pensou que sua mente seria capaz de produzir. Bem, ele não é virgem algum, mas nunca teve pensamentos tão imorais quanto os que está tendo com o cozinheiro do Chapéu de Palha. Mas, deixando isso de lado por enquanto, mesmo que sendo difícil, Smoker foca em terminar seu trabalho de capturar Luffy e seu bando. Ele aciona seus subordinados e logo uma nova confusão se inicia.
“VAMOS FUGIR, A MARINHA ESTÁ ATACANDO!” Usopp berra, desesperado.
“SE ESPALHEM!” Sanji grita e logo eles o fazem.
Zoro se perde em alguma direção, embora quisesse seguir Sanji; ele nunca amaldiçoou tanto sua falta de senso de direção. Luffy segue para outra banda, saltando sobre os tetos próximos; Sanji consegue puxar Vivi e a joga nas costas de Chopper que assumiu sua forma quadrúpede e então pega Nami e Usopp e corre com eles, cada um em cada braço seu, logo atrás do médico rena.
“Sanji, você vai ficar mais machucado! Nos coloque no chão” Usopp protesta, de bochechas vermelha por estar tão perto de Sanji. Sanji é tão bonito, ele ainda se sente tímido perto dele. Mesmo amando Kaya, Usopp não deixa de admirar a beleza de Sanji e se sentir acanhado com toda a formosura.
“Está tudo bem!” Sanji não o escuta e continua correndo.
“Não seja teimoso, Sanji-kun! Usopp está certo!” Nami ralha e Sanji quase cede, porque Nami é sua deusa e ela tem razão em tudo.
“Não queremos ser um fardo e te cansar!” Usopp escandaliza.
O coração de Sanji falha uma batida, porque no fim das contas, ele é quem poderia acabar sendo o fardo, ainda mais em seu estado atual. Ele faria o possível para evita isso para não pôr seus companheiros em perigo novamente. Ele coloca Nami e Usopp no chão. Eles voltam a correr e Sanji sente a dor de suas pernas estalarem, mas ignoram e foca em manter eles em segurança.
Vivi, Nami, Chopper e Usopp ficam bastante preocupados com Sanji. Eles pretendem encontrar um esconderijo e fazê-lo descansar, mesmo que seja a força.
Chapter 13: Luffy vs Crocodile
Chapter Text
A exaustão estava maltratando seus corpos, eles não pararam de correr até concluir o objetivo de sair de Rainbase. Na saída um “siri-móvel” gigante os esperavam, com Matsuge, o camelo, já acomodado em seu lugar. Chopper, graças a sua capacidade de se comunicar com os animais, pediu ao camelo para lhe ajudar e ali estava ele. Nami e Vivi ficaram animadas ao ver o animal quadrupede em bom estado, elas se apegaram um pouco a ele. Luffy e Zoro em algum momento se juntaram a eles e todos subiram a bordo do grande crustáceo, rumo ao palácio.
“Que gracinha~” Sanji ronrona, chegando no camelo e acariciando seu queixo peludo e macio. Matsuge relincha em agrado para o loiro, o achando tão gracioso quanto Nami e Vivi. Apesar de ser bonzinho apenas com mulheres, ele também gostou do cozinheiro, e não o confundiu por estar usando uma vestimenta feminina, ele é inteligente demais para isso.
“WAAAAH! O QUE SÃO AQUELES BICHOS??? ELES VÃO NOS DEVORAAAR?!”
Sanji toma um susto com o grito de Chopper e se vira na direção em que a rena olhava com olhos esbugalhados. O motivo era bananawanis que surgiram entre os prédios, parecendo filhotes abandonados, olhando para Sanji com olhos grandes, tristes e cheios de expectativas.
"Vamos levá-los com a gente!" Luffy se joga nas costas de Sanji para olhá-los mais atentamente.
"VOCÊ TÁ MALUCO?!" Usopp rebate, quase caindo duro de espanto, enquanto Nami o segura, pedindo para qualquer deus existente fazer Luffy desistir dessa ideia absurda.
"Não, eles são perigosos e servem a Crocodile!" Sanji assevera. Luffy quase vacila em sua expressão ao ouvir o nome do senhor da guerra e ver a faixa meio ensanguentada envolvida no pescoço de Sanji. Mas mantém firme o olhar pidão e seu bico. Sanji quase cede a isso, mas desvia o olhar rapidamente e empurra Luffy para longe para não ser fisgado pela sua armadilha emocional. Ele próprio gostaria de levar os bichinhos; eles são enormes, mas fofos de certa forma. Entretanto, a segurança de seus companheiros é mais importante que suas vontades pessoais. O loiro só espera não ser seguido por eles.
Luffy aceita com relutância, e Nami e Usopp agradecem internamente por Sanji. Ele deve ser um deus ou algo assim, ambos pensam. Chopper ainda treme um pouco, logo Zoro o pega para apaziguar seus nervos momentaneamente alterados. Sanji fica um pouco distraído, observando os crocodilos gigantes sumiram de sua vista conforme o siri avança para longe de Rainbase.
Claro, ser dos chapéus de palha é quase nunca ter paz. Um grito se estendeu e quando se dão conta, Vivi está sendo puxada por um gancho dourado que eles logo reconhecem pertencer a Crocodile.
“VIVIIII!” Luffy realiza um movimento antes que o restante processarem, tomando o lugar de Vivi. Sanji não se moveu por Luffy ter sido o mais veloz ao fazer.
“Ah, não... LUFFYYY!” Ver Luffy ser arrastado o submeteu a um estado alarmado. Na esperança de alcançar e segurar Luffy, tenta saltar de cima do siri. Por um triz, Matsuge consegue pará-lo, mordendo e puxando a barra de seu vestido. O restante da tripulação grita pelo moreno, mas o capitão logo os tranquiliza:
“VÂO EM FRENTE PESSOAL!!! EU FICAREI BEM SOZINHO!!!” Luffy afirma.
“Luffy-San!!!” Vivi fica um pouco alterada.
“Está tudo bem, Vivi! Ele vai ficar bem!” Nami a segura em um abraço calmante. “Luffy nunca perdeu uma luta!”
“Ele vai parar Crocodile, entende?” Zoro se pronuncia desta vez, verídico e confiante. Palavras de apoio instantaneamente enchem os ouvidos da princesa, emanando determinação.
“Você esteve lutando contra uma organização desconhecida por conta própria durante 10 anos. Mas agora Vivi-chan não está mais sozinha.” Sanji atenta e todos sorriem para ela. Seu dia é ganho com o brilho que transparece deles e o ar fica mais leve.
“LUFFY-SAN!!! VAMOS ESPERAR POR VOCÊ EM ALUBARNA!!!” Vivi grita esperançosa, antes de já não conseguir mais ver Luffy.
Apesar de toda a confiança, eles não cedem a despreocupação. Sanji, em especial, está aflito. Por um segundo, seu olhar quase se afoga na escuridão cruel que flutua nas írises de Crocodile. Em seu subconsciente, ele implora a alguma divindade para manter Luffy seguro, embora acredite fielmente que ele irá se virar bem.
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Luffy e Crocodile se encaram mortalmente. Há uma mulher ao lado dele a qual o Luffy não presta muita atenção, mas pensa em como Sanji ficaria encantado com a presença dela, então lembra do que o homem a sua frente fez com ele e lembra também do que Vivi está passando por culpa dele; além disso tem o vexame que seus companheiros tiveram que aturar, e mais todo o sofrimento que cidadãos inocentes foram obrigados a suportar sem sequer poder levantar um dedo contra.
“Vou fazer você pagar por toda a dor que causou a Vivi, e por ter machucado Sanji!” Luffy solta como uma promessa condenadora. Suas palavras vazam firmes e sem vacilo.
“Está falando do boneco? Sanji... É o nome dele? Bem, depois de matar você e os vermes que são seus amigos, incluindo a princesinha de merda, vou ficar com o país e com ele como prêmio. HAHAHAHA!” Crocodile profere com superioridade.
Luffy cospe na areia, sua ira explodindo como um vulcão em erupção. Crocodile toma a ação como um insulto impertinente, elevando seu ódio.
“Quando ele ficar comigo o farei se sentir tão bem que sequer lembrará da existência de vocês. Serei apenas eu em sua mente e coração.” A malícia em seu tom badala como víboras sibilantes. A arrogância de suas palavras convencidas fere os tímpanos de Luffy.
“Rumpf! Se acha mesmo que Sanji vai te dar bola, você é bem estúpido!” O moreno bufa com um sorriso.
Uma risadinha corta a linha de pensamentos de Crocodile. Ele vira seu olhar assassino para a mulher ao seu lado.
“O que é tão engraçado, Nico Robin? Quer morrer também?” O homem rosna como um cão raivoso. Robin apenas dar de ombros com um sorrisinho presunçoso. Sério que estão brigando por alguém? Ela se pergunta, bastante interessada em saber quem foi a pessoa capaz de roubar o coração de pedra do temível shichibukai.
“Faça como quiser. E o que houve com a promessa de não se referir a mim usando esse nome?” Ela começa a se afastar. Crocodile a questiona sobre para aonde está indo.
“Alubarna!” Ela segue seu caminho sem olhar para trás e Crocodile volta sua atenção de volta para Luffy.
“Você é irritante e presunçoso. Aqueles que conspiraram contra mim morreram pateticamente, assim como acontecerá com você!” Croc joga uma ampulheta ao pé de Luffy “Você tem três minutos. Depois que este tempo acabar, não terei mais tempo para brincar com você!”
“Vou chutar sua bunda antes que isso aconteça!” Luffy sentencia e então eles começam a lutar.
Chapter 14: Sanji vs Bon Clay
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Luffy está cada vez mais frustrado. Foram inúmeras as vezes que investiu contra Crocodile, mas sempre falhando em acertá-lo. Ou o homem desviava facilmente, ou se transformava em areia, tornando seus socos inúteis.
“É inútil” Crocodile proclama diante de outra tentativa de golpeá-lo “Não importa o quanto tente, você não vai conseguir me vencer”
Mas Luffy não se convence facilmente disso, ele mira na cabeça do outro, mas tudo o que consegue acertar é areia.
É a vez de Crocodile revidar e por pouco ele não o atinge com uma rajada capaz de partir rochas ao meio. É uma troca quase infinita de golpes.
“Vou destruir cada pedacinho desse reino, vou fazê-lo inteiro sumir do mapa e depois vou levar aquele loiro comigo.” Ele tenta pegar Luffy em um redemoinho.
“Eu não vou deixar, seu jacaré maldito!” Luffy estica sua perna para lhe surpreender com um chute, mas como esperado o homem se desfaz em areia. É irritante como ele fala em destruir Alabasta, é irritante como ele fala de Sanji como se pertencesse a ele. Sanji é de ninguém, ele é livre.
“POR QUE?” Luffy questiona furiosamente.
“Por que?” Crocodile gargalha maleficamente. “Por que eu posso!” Ele levanta uma tempestade de arei e seu sorriso diabólico cresce. “E vou começar por Yuba”
Luffy congela, ele lembra da cidade e do vovozinho gentil que se esforça para encontrar água.
“FAÇA PARAR!”
“Uma vez que esta tempestade pegar velocidade, nem mesmo eu posso detê-la. Aquela cidade desaparecerá de vez.”
“FAÇA PARAR AGORA!” Luffy se lança contra o senhor de guerra, segurando seu colarinho rudemente. Mas um dor aguda atravessa sua barriga, o deixando sem voz.
“Com quem você acha que está falando? Seu merdinha, esse é o fim deste reino, Chapéu de Palha! E não há nada que possa fazer!” Crocodile ergue Luffy no ar, seu gancho atravessando a barriga dele.
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Um frio sobe pela espinha de Sanji, ele olha na direção a qual Luffy ficou. Um mau pressentimento o faz tremer, mas respira fundo, forçando-se a crer que é apenas sua imaginação. Nada vai acontecer com seu capitão, ele vai sair vitorioso como sempre. Sim! Sanji relaxa um pouco e volta a focar na história fantasiosa que Usopp está contando para distraí-los um pouco e aliviar a ansiedade. Ele gosta do quão habilidoso o atirador é e como realmente o mantém entretido, embora sua mente não para de pensar na guerra que se aproxima, e em tudo que seria capaz de fazer para proteger todos.
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Sanji está sozinho, eles se separam em algum momento por alubarna, mas chegou até Vivi a tempo de assumir seu lugar contra Bon Clay. Ele pede para que a princesa siga em frente e se põe entre ela e o cara engraçado com uma estranha roupa de bailarina.
“Você é amigo dos chapéus de palha, não é? O famoso Mr. Prince, que deixou Sir Crocodile pistola!” O homem apontou e foi inevitável Sanji levar a mão até onde a mordida estava escondida sob a faixa que Vivi lhe dera. Ele o marcou como se fosse sua posse, e Sanji odiou isso.
“Querida, você está em frangalhos~” O outro continua, e avança com um chute que é facilmente parado por Sanji. Os dois ficam de pernas erguidas, forçando para fazer um ao outro perder o equilíbrio.
“Não me chame de querida!” O loiro cospe, pensando seriamente em arrancar aquela roupa de empregada de seu corpo, mas andar por aí pelado não faz seu estilo. O vestido escorrega por sua perna até deixar sua anágua aparecendo.
“Oh, minha flor, eu quero o endereço da loja de roupa na qual comprou essa anágua tão linda” Bon Clay sorri provocativo. O rosto de Sanji fica extremamente vermelho. Ele segura a saia do vestido para esconder sua peça intima e salta para trás, se afastando de Bom.
“Não fique olhando como um tarado! E não se refira a mim com pronomes femininos! Ignore o que estou vestindo, não sou um okama!” Ele grita cheio de constrangimento. Então assume uma postura mais confiante, com uma mão na cintura e a outra com um dedo apontado para Bon Clay. “Eu sou um cozinheiro número de todo o mar e meu nome é Sanji!”
Bon-chan sorri internamento, achando o loiro uma ternura. Se tivesse o conhecido em outra ocasião, tem certeza de que seriam bons amigos.
“Eu também sou de primeira classe! Um Okama de primeira classe!!!” Bom faz sua pose estravagante de ataque. “Agora saia do meu caminho!”
“Nem pensar!” Sanji avança contra ele novamente. Mais chutes vem e vão, até que ambos vão parar cada um em uma parede, destruindo-as com o impacto do chute um do outro.
“Você vaaai sair do meu caminho!” Bon Clay se desenterra da parede, tonto.
“Vai ter que me derrotar primeiro!” Sanji cambaleia ao mesmo processo, preparando-se para desferir outro chute.
Boninho se irrita com o quão persistente é o loiro, então uma ideia surge em sua mente que pode ser usada muito bem ao seu favor. Ele tem certeza de que o loiro jamais machucaria um de seus companheiros. Ele pode usar sua transformação para distraí-lo e atacá-lo.
Bon assume a aparência de Zoro. Sanji fica encarando por uns segundos antes de cair na gargalhada.
“Marimo, que fofo!” Sanji diz com doçura entre gargalhadas, há um rosado em suas bochechas. “Se ele se visse assim ele passaria mal, hahahaha!” O truque poderia funcionar muito bem, mas as roupas não estavam colaborando.
“E que tal isso!” ele se transforma em Nami.
Sanji se engasga.
“N-nami-Swan?” Corações saltam de seus orbes, mas ele vira o rosto rapidamente. “N-não, eu preciso me concentrar.”
Bon Clay aproveita para socar seu rosto. Sanji rola para longe, cuspindo sangue.
“Droga!” O cozinheiro exclama, respirando fundo e olhando para a aparência de Nami, focando para não se deixar levar. “NÃO VAI FUNCIONAR DE NOVO!!!”
“Será que...?” Bon assume a forma de luffy e instantaneamente preocupação faísca no olhar de Sanji, que rapidamente balança a cabeça em irritação. Não passa despercebido por seu inimigo, que sente uma pontada em seu coração perante seu momentâneo olhar triste. Foi uma visualização curta, mas ele quase pôde sentir a ansiedade lampejante nas lindas irises azuis.
“Pare com isso, seu idiota. Nem o homem mais lindo ou a mulher mais linda do mundo vai adiantar!”
Rapidamente foi tirado de seu impasse sentimental.
“Homem também...?” Bon Clay não deixa de ficar surpreso e pensativo. A afirmação de Sanji o faz sorri diabólico e logo toma a aparência de um esbelto rapaz de cabelos castanhos e olhos claros, mais alto que ele e bem construído.
Sanji fica instantaneamente atordoado, vagando seus solhos pelo belo físico e aparência sedutora.
“Uau~" Suspira apaixonadamente. “Quem é esse? Tão gracioso~ mesmo nessa roupa estupida!”
“Minha roupa não é estupida” Bon-chan fica enraivecido, mas Sanji não dá a mínima, sorrindo abobado e todo coradinho. O Okama gira, assumindo sua aparência original para chutar o loiro na barriga. Sanji se pragueja por se deixar distrair outra vez.
“Desculpe por bater em seu corpinho lindo, amorzinho!” BonClay rir escandalosamente.
“Tsk!” Sanji franze seu senho, limpando o sangue de sua boca, indo novamente contra o outro.
“Olá, baby, deixe-me cuidar de você!” Bom retoma a aparência de uma linda dama peituda, sorrindo galante para Sanji, que fica corado e tímido de repente, parando seu chute. Parece que glitter explode ao redor de sua cabeça e seu nariz espirra sangue. Um chute o faz voar para longe em seguida.
BonClay relaciona sua sequência de transformações; Homem ou mulher, não importa qual tenha usado, causou o mesmo efeito no cozinheiro.
“Você...?” A dúvida é certeira em seu rosto.
“Sim, amigo, eu curto os dois! E você não é de se jogar fora, sabia?” Sanji se põe de pé, dando uma piscadinha para Bon, sorrindo maligno.
“Desculpe, não estou interessado!!!” Clay responde, constrangido. É uma distração que Sanji aproveita para mandá-lo para longe com um chute.
“Que pena!” Sanji pronúncia com sarcasmo.
Mais sequências de chute começa, ambos se golpeando ao mesmo nível. Até o momento em que BonClay abusa de sua habilidade, alternando entre aparências de homens lindos e robustos a mulheres esbeltas e graciosas, entre eles, Nami e Zoro.
“Que tal ficar comigo docinho” Um galã de novela?
“Que tal ser eu?” Uma modelo?
“Não meu bem, me escolha!” Um deus?
“Sanjiii~~” Nami
“Venha para os meus braços, cozinheiro~~” Zoro...?
“São tantas belezas, eu não... aguento...” A cabeça de Sanji começa a girar, seu cérebro parece prestes a entrar em curto-circuito. Um sangramento nasal explode. Suas pernas cambaleiam e ele cai para trás, de bunda no chão.
Mas para bater nele, BonClay tem que voltar a sua original aparência, o que Sanji não deixa de anotar, chutando-o com toda sua força no tempo ideal.
Ele caminha até o okama deitado no chão, tão exausto quanto ele.
“Acabe logo comigo!” Bonclay se rende, totalmente derrotado.
Ao contrário do pedido, Sanji sorri para ele. É um sorriso tão gentil que Bon pensa que é um anjo.
“Você lutou bem” o loiro estende a mão para ele. Seus olhos enchem de lagrimas diante do ato tão respeitoso. “Podemos ser bons amigos” Sanji propõe e Clay quase berra. Esse homem é tão brilhante.
“É claro, foi uma boa luta” Ele sorri para o loiro.
“Vou indo agora. Não continue nesta luta!” Sanji dita, antes de sair caminhando, tentando não deixar a tontura lhe consumir.
BonClay imagina o quanto alguém com um brilho outrora tão triste nos olhos possa ser tão gentil. Ele deve ter passado por um inferno, e sabe como esse mundo é podre, mas ainda assim fala:
“Cuidado, docinho! Esse mundo é cruel...”
Sanji congela por um momento, então olha para Bon-chan uma última vez.
“Não se preocupe, eu sei me cuidar!” Sanji sorri com determinação, mas em seus olhos permanece a luz sombria que Clay viu antes. É como está enxergando uma alma triste e assustada, totalmente desamparada.
Chapter 15: Capitulo 15
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Sanji estava ansioso por um cigarro; o desejo de ter o gosto da nicotina em seus lábios está lhe deixando estressado. Todo o masso que tinha, ficou para trás naquela loja onde trocou seu terno por um vestido de empregada no calor do momento, ele mal pode aguardar para vestir suas roupas usuais. Mas é claro, isso pode esperar um pouco, sua prioridade por hora é chegar ao portão sudoeste de Alubarna e encontrar-se com Chopper e Usopp, o que não levou muito tempo. Foi uma inda tranquila e enfim pode vê-los, deparando-se com uma luta recém finalizada. A pequena rena estava relativamente bem. Quanto ao atirador, seu corpo inteiramente enfaixado indicava um estado péssimo.
“Chopper! Usopp!” Correu a forma que pode até os dois, ignorando o aperto espremedor dos saltos em seus pés. Calos enormes com certeza se formariam.
Assim que ver Sanji Chopper corre para seus braços com o rosto cheio de lagrimas e ranho, e é recebido por um sorriso acolhedor e um abraço de leve aperto. De onde estava Usopp brande o nome do cozinheiro com uma voz embriagada pelo choro. Sanji aproximou-se com um doce sorriso.
“Vocês não parecem bem...” Ele comenta o óbvio, cheio de preocupação apesar do sorriso açucarado moldando seu rosto.
A voz suave envia uma onda de alívio para o corpo de Usopp que mesmo, que começa a escandalizar, chorando tanto quanto chopper.
“Sanji! Foi horrível!!”
Chopper, por sua vez, parou para analisar o estado do cozinheiro, ficando horrorizado com a quantidade de hematomas espalhados na pele visível.
“Olhe para você, está ainda mais machucado! Temos que fazer curativos!”
A rena aparenta estar prestes a deixar suas lagrimas saírem como cachoeiras, mas Sanji rapidamente trata de confortá-la
“Está tudo bem, chopper” Diz ele, suavemente “Guarde os curativos para o Usopp, ele está bem mais quebrado do que eu. Só tenho alguns arranhões de nada”
Chopper queria poder concordar com as palavras do loiro. Mas o pescoço mordido coberto com a faixa de Vivi já frouxa e escurecida de sangue, as pernas com cortes profundos ainda sangrando, mais sangue escorrendo de sua cabeça por entre os fios dourados de seu cabelo, os lábios cortados e os braços com hematomas roxos evidentes mostram o quão esfarrapado se encontra, e tem certeza absoluta de que há costelas quebradas e outras demais fraturas em seus ossos. Até as mãos não escaparam. Chopper fica com medo dos machucados que poderia encontrar no restante de seu corpo onde as vestes cobre.
“Não serei um bom médico se deixar um ferido de lado, Sanji! Agora cala a boca, seu idiota panaca, e me deixe cuidar de você antes que piore! Usopp já tem curativos o suficiente.”
Chopper tem razão, e Sanji não quer que seu pequeno companheiro passe por mais vexame. Já está se sentindo mal por fazê-lo chorar, então obedeceu às ordens pacificamente, e deixou que ele lhe prestasse os primeiros socorros, embora estivesse mais preocupado com ele e Usopp do que consigo mesmo.
Matsuge, se junta a eles durante o pequeno sermão que Chopper dava a Sanji sobre não se cuidar direito em momentos como esses. Matsuge se esgueirou para o lado do cozinheiro, aguardando um comprimento. Sanji lhe deu um afago em suas orelhas. Matsuge jamais deixaria um homem tocá-lo. Esta ação é permitida somente às belas garotas. Mas Sanji tem um toque tão delicado e reconfortante., suas mãos são surpreendentemente macias, e ele também é bonito; angelical, diria Matsuge.
“Seu camelo estúpido! Onde você estava escondido???” Usopp se enfurece ao notar a presença do animal, que não estava a vista desde após o começo de sua luta e de Chopper. Matsuge ignorou totalmente o atirador, que trovejou de indignação, e se concentrou em buscar mais carinho de Sanji.
Enquanto isso, Chopper termina de enfaixar as pernas e braços de Sanji, e reajustar a faixa em seu pescoço, a qual gostaria de trocar, mas Sanji insistiu em ficar, já que era de Vivi.
“Temos que ir logo ao palácio ajudar a Vivi!” Sanji os alerta quando Chopper termina seu trabalho.
Usopp choraminga e se joga no chão em derrota.
“Vão sem mim! Sou um inútil no momento. Mal consigo mexer os dedos!”
Sanji não gostou de ouvir isso. Ele estremeceu e olhou severamente para seu companheiro. Usopp engoliu a seco, sentindo que levaria um chute, sem entender bem o motivo.
“É um estúpido bastardo se acha que vamos te deixar pra trás!” Sanji chega ao lado de Usopp, se abaixando e repousando a cabeça do outro em seu colo cuidadosamente. O moreno se retrai ao toque, o carmim surgindo em seu rosto só não sendo visível devido as faixas o cobrindo; mesmo todo maltratado e sujo, Sanji ainda é bonito demais para ficar muito perto sem lhe causar um certo reboliço.
“Você pode carregá-lo, Matsuge?” Sanji redireciona rapidamente sua atenção para o camelo enquanto Usopp se debate mentalmente. Matsuge não parece mito contente com o pedido, pois olha de Sanji para Usopp, mudando drasticamente sua expressão para uma extremamente entediada ao focar no atirador. Há uma obvia declaração em seu olhar apático que diz a Usopp que o camelo não teria dor ao galopar sem cuidado algum e machucá-lo mais e mais. Chopper, porém, não pretende deixar que seus dois pacientes piorar suas próprias condições. Sabendo que Matsuge não teria cuidado ao carregar Usopp, e que Sanji prejudicaria elevadamente seus pés por causa dos sapatos, ele protesta:
“Sanji, você devia descansar mais, se pretende continuar lutando! Sua condição não é melhor que a do Usopp. Você é incrível por ainda conseguir estar de pé, então deixa que eu carrego o Usopp e você vai no Matsuge.”
Sanji tenta rebater:
“Mas você também está macucado, Chopper! Você é pequeno, então poderá subir no Matsuge também, junto com Usopp.”
Usopp resmunga:
“Esse camelo maldito vai me deixar cair!”
Matsuge bufa com a acusação
“Não diga isso, Matsuge é legal” Sanji muda seu tom de voz e faz carinho no camelo.
Matsuge sorri com presunção para Usopp, irritando-o.
“Não temos tempo a perder, Sanji! Sobe logo no camelo, ou eu vou te amarrar e te fazer ir a força!” Chopper finalmente explode em irritação
“Tá bom, tá bom! Tudo bem, pra você?”
Matsuge fica contente e se abaixa para que Sanji se acomode em suas costas, logo depois de o cozinheiro ter ajudado usopp a se acomodar nas costas de Chopper em sua forma quadrupede. Partiram então para subir a enorme escadaria em direção ao palácio.
Claramente, Chopper poderia pedir para Sanji tirar aqueles sapatos, mas são pés ficariam expostos e machucariam em dobro.
Chapter 16: Capitulo 16
Notes:
Me tornei o tipo que posta e sai correndo sem dizer quase nada. Mas espero que aproveitem✨
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As ruas de Alubarna estão vazias; não há sinal da movimentação costumeira que uma cidade deveria ter. Os cidadãos estão se escondendo e aqueles que podem lutar estão se amontoando ao redor do palácio. É provável que o embate já tenha começado, isso faz Sanji experienciar a aflição assumindo o controle de seus sentidos, e consequentemente, deixando-o mais preocupado com seus companheiros ausentes. Ao menos já está com dois deles, mas as figuras lesionadas de ambos não lhe fazem sentir-se mais apaziguado. Infelizmente não há tempo para uma pausa para que eles possam recuperar um pouco mais de energia, Sanji se sente tão mal em vê-los assim. Sua mente acredita que se tivesse aparecido mais cedo, poderia ter ajudado e evitado todos esses danos neles.
Sanji olha para Usopp, tentando não apresentar sua preocupação, apenas para checar seu conforto. Para seu espanto, o moreno está fungando e se esforçando para segurar as lágrimas. Para sanji, é inevitável não sentir um aperto em seu coração e um nó em sua garganta; pobre Usopp... Parece estar sofrendo tanto, Sanji sente pena mesmo acreditando na força dele. A situação o deixa encurralado, ele quer confortar Usopp, mas também não quer demonstrar que estar com dó e deixar o atirador ainda mais deprimido. E a todo custo, Sanji não quer se sentir culpado por não ter conseguido acompanhá-los e defendê-los. Ele gostaria de fazer algo para aliviar o sofrimento de seus companheiros, mas tudo que pode fazer é perguntar:
"P-porque está chorando, Usopp? Está doendo muito?" Usopp prende a respiração ante a indagação trêmula de seu companheiro. Ele não pode dizer que conhece Sanji o suficiente para dar suposições certeiras a seu respeito, mas é um tiro no centro do alvo, afirmar que de alguma forma, Sanji se culpa pelo estado dele e de Chopper. Embora esteja chorando um pouco pela dor, seu real motivo não é esse e Sanji deve saber imediatamente.
"N-não é isso... É que... É que aquela velha gorda com cara de toupeira di-disse que o Luffy... Que o Luffy está morto!" mordendo o próprio lábio para impedir a escapatória de um soluço choroso, Usopp confessa. O mundo ao redor de Sanji gira a 360 graus muito rápido. Por pouco ele não cai de Matsuge, pois suas mãos comprimem com afinco o pito de apoio da sela do camelo. Entretanto, este sentimento, ele não deixa transparecer além da pausa momentânea que inconscientemente realizou. Assim um tanto aliviado por não ser de dor que Usopp chora, Sanji sorri com confiança e suas palavras soam sem preocupação, com êxito:
"Você não acha que isso é verdade, não é? É do nosso Luffy que estamos falando? Ele jamais perderia!"
A luz do sol atrás de Sanji faz seus cabelos reluzirem como ouro derretido. Se anjos são realmente bonitos e gentis como dizem, Usopp considera Sanji um.
"Isso mesmo Usopp! Luffy nunca perdeu antes e não é agora que isso vai acontecer!" Chopper dá apoio a Sanji, deixando sua exasperação fluir à vontade para que o loiro fique mais tranquilo. Matsuge se vira por um instante para dá uma lambida de conforto no rosto de Sanji, pois até ele sentiu a preocupação emanando do cozinheiro, que solta uma gargalhada gorgolejante com seu gesto.
"Não faça isso, seu camelo idiota!" Ele o repreende, sem deixar de sorrir e parar de olhar para Usopp, aguardando uma resposta, mesmo que não seja necessário.
Usopp sente amor fluir; é como um bálsamo de paz relaxante e tranquilizador. Sanji consegue amedrontar seus nervos apenas com um doce sorriso. É a própria calmaria após uma tempestade. Forte, determinado e gentil ainda por cima, sempre se pondo em segundo plano quando se trata de ajudar. Não um anjo, mas um deus misericordioso. Seus olhos enchem de lágrimas novamente, mas desta vez, é de admiração pelo cozinheiro.
"É claro que não acredito numa lorota dessas, seu cozinheiro miserável!" Usopp se agita, enxugando as lágrimas da melhor maneira que pôde. Sanji gargalhou em alto e bom som e o atirador sentiu a satisfação encher seu corpo por arrancar um sorriso dele em um momento crítico.
Sanji pode se dizer o menos preocupado, mais é o que mais está com medo de algo de ruim ter acontecido não só com Luffy, mas com todos os outros.
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Não muito tempo depois o palácio já pode ser avistado. E em frente a ele, há uma comoção, e está Luffy no meio. É muito bom vê-lo bem; Sanji Chopper e Usopp sentem o alívio enchê-los com abundância.
"LUFFYYYYY!" Chopper e Usopp são os primeiros a gritar até esvaziar os pulmões. Mas Sanji é o primeiro a saltar de sua montaria e correr o resto do caminho até seu capitão para abraçá-lo. Seu sorriso é tão largo que sente pontadas no canto de seus lábios, mas não se incomoda. Ao contrário, Sanji foca em agarrar a cabeça de Luffy e esfregar sua bochecha contra a dele, com apreço e alívio.
"Luffy, que bom que está bem! Estou tão feliz" O loiro murmura enquanto os cantos de seus olhos enchem de lagrimas. Luffy solta sua característica risada e afaga os cabelos de Sanji, que logo se derrete enquanto as pontas de suas orelhas rosadas,
“Pessoal!" Vivi se manifesta tão aliviada quanto o restante. Ela não se perdoaria se algo acontecesse com eles. Afinal, ela sabe que estão ali por ela.
Sanji a olha com glitter brilhando em seus olhos. Ele dá um beijinho casto na bochecha de Luffy, que rir espontaneamente alegando que o geste lhe fez cócegas, antes de rodopiar até ela, cantando seu nome. Ele aproveita a atenção dela em si e deixa um beijinho em sua testa. Vivi instantaneamente cobre seu rosto que ficou vermelho. É quando Nami surge acompanhada de Zoro.
“Nami-san, você está aqui! Que bom! Que alívio” Sanji saltita até ela, a abraçando e beijando seu rosto. Nami cora um pouco, e gentilmente afasta Sanji antes de levar a sua atenção para Vivi. É um momento que acontece em câmera lenta: as duas se olham nos olhos, e logo correm para se abraçarem. Somente um sego não perceberia o clima entre as duas. Sanji assisti a cena com corações no lugar dos olhos, gritando o quão são lindas. Zoro chega atrás dele e limpa a garganta propositalmente para chamar a atenção de Sanji, esperando que o loiro não se tocasse que essa era a intenção. Para sua despreocupação, o cozinheiro se vira para ele e apenas pergunta se está tudo bem, com um sorriso presunçoso. É tão bonito que Zoro desvia o olhar, de repente sentindo-se tímido.
"Fica tímido com demonstrações de carinho públicas, marimo? Cadê aquele homem feroz que não liga para esses tipos de coisas” Sanji provoca, levando-se para deslizar um dedo pelo braço de Zoro, de forma ousada.
A vermelhidão no rosto do espadachim aumenta e Sanji ne se dar conta de que ele é a causa. Zoro resmunga algo para si mesmo, e se mantém evitando contato visual com Sanji.
"Meu doce marimo, sempre de mal humor!" Sanji brinca, cutucando a bochecha aleia irritantemente. “Tão feroz, mas tão bobo..." Sanji cantarola e fumaça sai da cabeça do esverdeado por tamanho constrangimento. Ele se sente um idiota, mas acha Sanji mais idiota ainda por não ver que ele é quem está lhe deixando assim.
Sanji enfim o deixa em paz e vai dar sua atenção para Usopp que tentava sair de cima de Chopper sem prejudicar seus machucados. Enquanto ele delicadamente sustenta o corpo do atirador para que não caísse, todos os olhos presentes se voltam para ele, admirados e atenciosos. Inclusive o de Crocodile, que permite que sua risada ecoe pelo pavimento e revele sua pessoa.
Sanji imediatamente se vira para o homem, fumegando de raiva enquanto automaticamente toca a mordida em seu pescoço. Um frio percorre os arredores, e todos se tornam cientes demais do machucado no pescoço de Sanji. Eles estão mortalmente irritados.
É muito veloz como acontece: Sanji se ver sendo puxado para longe de Usopp, para cima da faixada do portão de entrada do castelo.
“Usopp!” O loiro grita exasperado e preocupado quando o atirador cai no chão e resmunga de dor. Logo, ele se ver preso nos braços de um Crocodile sorrindo para ele. É um sorriso tão encantador e tranquilo, que chega a ser doentio para Sanji.
“E quanto a mim, meu pequeno Mr. Prince? Não vai se alegrar com minha volta também?” O tom galante causa nervos no loiro. É irritante. Seu corpo enfraquece, e é nessas horas que Sanji se amaldiçoa por ser tão necessitado de toques carinhosos. Crocodile está lhe segurando com tanto cuidado que seu corpo está cedendo. Mas ele não sente amor como quando está distribuindo afagos para seus companheiros. Não parece legitimo. E ao lembrar da mordida agressiva e descuidada em seu pescoço, sua raiva apenas aumenta, pois é como se ele tivesse sido marcado como uma propriedade.
Luffy e os demais enchem-se de desgosto por Crocodile tocar em seu nakama tão livremente como se fosse dono dele quando o loiro não pertence a ninguém. E, esticando seus braços, Luffy acerta um soco em crocodile que realmente sai voando, e antes que Sanji caísse de bunda no chão, Luffy o pega pela cintura e o puxa para deixá-lo nos braços de Zoro.
"Não chegue perto dele! Não chegue perto dos meus companheiros!" Luffy rosna para Crocodile que está se levantando do chão e limpando o sangue no canto da boca.
“Como?” o homem o encara com mortalidade. Como o pirralho conseguiu acertá-lo tão facilmente?
Luffy está com um grande sorriso em seu rosto
"Eu vou chutar sua bunda!" Ele diz com convicção.
"Lembro-me de ter ouvido você dizer isso antes. Eu claramente havia te matado. Então, como?"
Luffy não responde ao homem, mas declara com determinação genuína:
"Agora eu sei qual é sua fraqueza! Eu vou te derrotar desta vez!"
É então que Crocodile ver que Luffy está encharcado de água.
“Miserável...” A fúria arde em seus olhos.
Chapter 17: Capitulo 17
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Crocodile está puto com tudo isso, odiando cada segundo desde que esse maldito intrometido com chapéu de palha e seus amiguinhos resolveram aparecer. A única exceção é o lindo loiro que outrora se denominara Mr. Prince e atrapalhara seu plano. Seria mentira se dissesse não ter ficado irritado com ele. Mas só de olhar para a beldade, sua insatisfação se aplaca e tudo o que deseja é senti-lo em seus braços e possuí-lo de corpo e mente. Entretanto, ele agora está envolto pelos braços do maldito espadachim e não os seus. É imensamente aborrecedor e revoltante, a pontada de ciúmes e inveja é cegante o suficiente para levá-lo a não se importar mais com seja lá o que for. Os Mugiwaras não sairão vivos de qualquer forma. Seu foco agora é capturar Sanji e foda-se o resto. O que quer no momento é só tomar posse dele para si.
Em poucos segundos, após o soco bem dado de Luffy na cara de Sir. Crocodile, a entrada do palácio lota de agentes da Baroque Works. Zoro reafirme seu aperto na cintura de Sanji e analisa seus meios de fuga sem ter que perder energia com lutas desnecessárias; como antes fora lhe falado, o foco é encontrar a bomba armada por Crocodile que irá destruir o palácio e desativá-la. E em parte, é também para evitar que Sanji se machuque mais ainda, o estado atual dele o deixou muito preocupado. É admirável que ainda consiga ficar de pé, estando com as pernas tão machucadas e calçando esses sapatos que parecem tão desconfortáveis. Se Sanji ficasse um pouco quieto, poderia carregá-lo sem incomodo algum, mas o loiro começa a tentar se soltar e avançar na direção de Luffy. Zoro sabe o quanto quer oferecer apoio ao seu capitão, mas Luffy deu-lhe a ordem séria de mantê-lo longe de Crocodile. Ele mesmo quer manter Sanji longe do homem e de qualquer perigo aparente. Mas por mais que queira, não pode impedi-lo de lutar. E isso se comprova ao tê-lo se debatendo sob seu aperto como uma minhoca em asfalto quente.
“Se acalme, cook!” Diz em meio ao aborrecimento. Sanji resmunga de frustração, insistentemente se impulsionando, em tentativas falhas de se libertar e avançar na direção de Luffy em cima da faixado do portão, cara a cara com Crocodile. Zoro cogita nocauteá-lo para torna mais fácil sua retirada, mas a incerteza de que Sanji compreenderia o deixa apreensivo sobre a ideia, pois não quer tê-lo irritado consigo.
Está ficando complicado; Sanji não para de tentar se soltar, e os capangas de Crocodile estão chegando mais perto, aguardando uma investida para poderem revidar. Em busca de apoio, Zoro olha para Luffy, e no mesmo instante, seu olhar cruza com o de Crocodile, que se encontra com um olhar e sorriso diabólicos. Absurdamente rápido, ele lança uma rajada pontiaguda de areia, mirando em seu coração, o fazendo congelar sem crer que haveria tempo para desviar. Todavia, antes que ocorresse o golpe fatal em seu órgão vital, Sanji o empurrou e tomou seu lugar. Todo o decorrer das ações se passa em câmera lenta. Mas Zoro mal cai no chão e já está se levantando novamente, com o medo de que o cozinheiro tenha sido atingido correndo em seu sangue. Sua cabeça zuni e seus ouvidos capitam o grito atemorizado de Luffy e os demais companheiros que presenciam a sena. O sentimento de falha lhe corroendo por dentro é severo e quase sufocante. Entretanto, surpreendentemente, ou talvez não, a areia se expande a frente do loiro ao invés de perfurá-lo, e como uma corda, se enrola em seu corpo, prendendo braços e pernas.
Luffy quase se engasga de mitigação ao ver que Sanji não fora ferido, mas ainda se encontra temeroso e com fúria ainda maior para arrebentar de vez Crocodile. Porém, ao virar-se para socar o supracitado, seus punhos só atingem o ar. O shichibukai está lentamente se desfazendo em areia e sorrindo vitorioso. Zoro quase se asfixia com a bale em sua garganta, os demais não estão muito diferentes. Crocodile sabia que Sanji iria se sacrificar como sempre faz, e se aproveitou disso.
“Sanji!!!”
O grito doloroso de Nami, Usopp e Chopper se misturam no ar, suas expressões são de pura lamuria.
Luffy se sente trêmulo e confuso. Em seu campo de visão, ele ver Sanji se desfazendo em areia e desaparecendo, tortuosamente lento, como Crocodile.
“Não se preocupem comigo, pessoal! Continuem a luta sem mim! Salvem a Vivi-chan!” Sanji grita para eles em ânimo, com um grande sorriso encorajador antes de sumir por completo.
Luffy se sente tonto e seu coração bate dolorosamente acelerado; Zoro parece sem chão, olhando de um lado para o outro com esperanças de avistar Sanji pelos arredores; Nami está em estado catatônico, respirando superficialmente, mal sentindo seu próprio corpo devido ao choque que o evento lhe causou; Chopper e Usopp estão gritando pelo loiro com vozes embargadas em meios a lágrimas sobressaltastes, suas gargantas ardem como se estivessem engolindo espinhas de peixe; Vivi está ajoelhada no chão, se culpando aos prantos, profundamente arrasada.
“É culpa minha... Ele se foi por minha causa... É tudo culpa minha!” Ela repete para si mesma, esmurrando o chão, machucando os nós dos dedos, causando sangramento.
“Você não conseguiu protegê-lo! É uma pena, você ainda é muito fraco!” Vozes ecoam na cabeça de Zoro, bagunçando sua mente. “Droga, droga... Droga!” ele exclama entre dentes, furioso com sua própria pessoa.
“Como eu sou fraco! Sou inútil! Não mereço estar no bando!” Usopp soluça.
“Droga! Que merda!” Luffy grita “Como posso ser um bom capitão se não consigo proteger um único companheiro? Como vou ser o rei dos piratas desse jeito?”
Se Luffy estava se sentindo fraco, como Nami, Usopp, Chopper e Vivi estão se sentindo?
Sanji morreu? É o que pensam, e isso está destruindo o psicólogo de todos. Mas Luffy não está convencido disso e Zoro tenta segui-lo na mesma linha de pensamento.
“Sanji morreu, e é tudo culpa minha. Se eu não fosse tão fraca, ele ainda-” Vivi chora mais alto, totalmente afetada.
Luffy, irritadiço com as palavras da princesa, foi até ela e a segurou pelo colarinho de sua roupa.
“Não diga isso! Sanji não morreu e você não é culpada de nada! Nós escolhemos por vontade própria te ajudar, e as consequências não dizem respeito a você!” Ele cospe as palavras com furor. E como em todo mundo há aqueles de bom coração, alguém se manifesta diante do caos choroso que se tornaram os chapéus de palha, e fala em alto e bom som, embora de forma zombeteira.
“Ora, ora... Se acalmem, Mugiwara-san tem razão, ele não está morto.”
Todos olham para Nico Robin elegantemente sentada onde outrora Crocodile estava. Luffy toma sua atenção para ela tão depressa que é possível ouvir seu pescoço estralar.
“Diga para onde Crocodile o levou! Agora!” Luffy ordena com mortalidade brilhando em seus olhos. Ele está quase cego de ódio.
Vivi parece desconfiada e questiona por que o braço direito de seu pior inimigo está ajudando-os.
“Tenho os meus motivos” Diz, apenas. “Você pode me seguir...” Nico Robin sorri para Luffy enquanto caminha em direção ao palácio “Mas cuidado com os nossos capangas” Eles estão prontos para lutar.
“Pessoal!” Luffy chama a atenção de seus companheiros, um pouco mais tranquilizados. “Conto com vocês para salvarem o palácio! Vou trazer o Sanji de volta!!!”
Chapter 18: Capitulo 18
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Crocodile ressurge com Sanji a sua frente, orgulhoso e satisfeito por finalmente tê-lo em seu domínio. Nesse instante, eles estão localizados na entrada subterrânea que os levará a um poneglifo. Crocodile está apenas aguardado Nico Robin chegar para seguir em frente. Inclusive, ela está demorando muito pro seu gosto.
“Eu estou vivo?” Sanji diz, atordoado.
Crocodile observa, com sorriso contido, ele olhar para suas mãos e checar se estava ou não transparente como fantasmas geralmente são. Chega a ser cômico. Além disso o loiro se encontra um pouco atordoado, os pés mal fixados no chão, levando-o a acreditar que cairia a qualquer momento. É a oportunidade perfeita a qual aproveita para pegá-lo em seus braços, em estilo princesa. O rapaz solta um gritinho de surpresa, e é tão adorável que a fumaça de seu charuto sai em forma de corações.
“Mais vivo do que nunca, meu bem. Seria um grande desperdício lhe matar, quando posso aproveitar sua companhia que tanto me agrada” murmura galantemente, pertinho do ouvido dele apenas para provocar. Sanji se arrepia e fica vermelho, mas sua expressão é de pura raiva quando se dá conta de quem pertence os braços nos quais está. Não é compreensível para si o motivo de Crocodile querer tanto prendê-lo a ele. Que utilidade poderia ter para este homem?
“Droga! Me põe no chão, eu vou chutar essa sua cara malditamente charmosa!”
Ele está muito irritado, mas crocodile somente acha graça. É tão indomável que atiça muito mais seu desejo, ele mal espera pela hora de “domesticá-lo”.
“Me acha bonito? Isso me deixa feliz” A indignação no rosto alheio arranca uma boa gargalhada de Sir. Crocodile.
“Que absurdo!” Sanji vira o rosto para o lado, envergonhado e aborrecido. Ele tenta empurrar e chutar o mais velho, mas suas mãos e pernas logo são presas por cordas de areia. Aparentemente, o loiro ainda não se deu conta de sua situação. Não se deu conta de que ficará com ele agora e o servirá, essas são afirmações do shichibukai. Claramente a essa altura, os companheiros do loiro devem estar dando seus últimos suspiros; um problema a menos. A satisfação maligna o abraça, é inevitável dá um largo sorri. Sorriso esse que faz Sanji estremecer.
“Do que está sorrindo, seu desgraçado bonitão?!” Sanji esturra, arisco. Crocodile desfruta com prazer do elogio que sai da bela boca. Mesmo que tenha sido dito de forma enraivecida, soa bem sincero.
“Veja só... Você me elogia novamente!” Não deixa de provocar. Sanji enrijece seu maxilar. Não foi o que ele quis dizer, mas é assim que seu coração funciona. Ele está fadado a elogiar qualquer belezura que seus olhos veem. E crocodile é belo, mesmo sendo um merda.
Luffy está seguindo a mulher misteriosa assim que despistou os capangas irritantes de crocodile. Ele se pergunta por que ela estar lhe ajudando. Não ficaria surpreso se fosse uma armadilha? De qualquer forma, não seria pego.
Em certo ponto, ela pede para que fique escondido até pelo menos ela e Crocodile entrar em uma tal passagem que seria visível para si. O motivo do pedido é que o senhor da guerra já pode ser visto, parando em frente a um alçapão aberto, com Sanji de mãos atadas em seus braços. Seu peito quase explode de alívio por ver que seu companheiro está inteiro, mas também arde em cólera por Sir. Crocodile ter ousado sequestrá-lo. Seus punhos estão coçando para serem cravados em seu rosto, a adrenalina corre em suas veias, eletrizante, o deixando ansioso para chutar a bunda do maldito shichibukai. Mas se segura um pouco mais, o suficiente para ver Crocodile colocar sanji sobre seu ombro, como se fosse sua propriedade, e descer para o subsolo junto com a mulher que o trouxe até ali. Ele não sabe por que tem que esperar, mas o faz mesmo assim. Talvez ela o deduraria, achando que Crocodile fosse conseguir lhe matar de vez. Mas algo no olhar dela o fez dar confiança em suas palavras. Então, só mais um pouco. Ele vai esperar só mais um pouco.
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Robin consegue entender por que Crocodile está fascinado pelo cozinheiro dos chapéus de palha e o quer a todo custo. Ele é lindo, mas não é só isso; quando revelou sua presença, viu os olhos dele refletirem um brilho de gentileza que mal viu em toda sua vida, ao se tornar o foco dele. É tão cheio de amor e devoção, que seu coração falha uma batida.
“Olá, bela senhorita!” Ele fica radiante de uma hora para outra. Nem parece que está sendo sequestrado. Robin dá uma risadinha e também o cumprimenta:
“Olá! Parece que não estão se dando muito bem.” Ela está com seu usual sorriso casual e pouco se importa com a irritação de Crocodile por ela ter demorado a chegar. Sanji fica radiante com sua presença, Robin sente que serão ótimos amigos se conseguirem sair vivos de toda essa bagunça. Crocodile range os dentes em incomodo quando a mulher passa a conversar casualmente com o loiro enquanto seguem até o poneglifo. É até como se tivesse esquecido de sua própria situação.
“O que você quer comigo?” Sanji pergunta a Crocodile talvez pela decima vez.
“Ainda não se deu conta?” O outro rebate.
“Não sei qual é minha serventia pra você, mas seria ótimo se me deixasse ir! Ou diga logo de uma vez o que eu tenho que fazer para você me libertar!”
Com essas palavras, crocodile paralisa um pouco. Sanji não devia ter perguntado isso. Se soubesse o que pretende ter com ele...
“Se aquieta, boneco! Seu clamor por liberdade é em vão”
“Não me chame assim!” Sanji rosna de frustração. Ele detesta ser chamado de boneco. Faz parecer que ele pode ser controlado como um.
Enfim alcançam um enorme salão, contendo uma pedra quadrada gigante com escritos estranhos.
“O que é isso?” Sanji pergunta apreensivo.
“A chave para a destruição!” Crocodile vangloria.
Sanji sente um baita calafrio. Ele precisa fazer algo a respeito, mesmo ciente de que não pode derrotar Crocodile sozinho
Chapter 19: Capitulo 19
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Crocodile está irritado e ciumento; Sanji está conversando com Robin durante todo o percurso até o poneglifo, e sequer ligou para sua existência, embora esteja bem ciente dela, já que está o carregando em seu ombro. Mas também não o mandou calar-se, porque sua voz alegre, enquanto fala com Robin, é como um balsamo em sua mente, um deleite para seus ouvidos. Se ele soa tão bem enquanto fala, imagine como soaria cantando? Crocodile mal pode esperar para ouvi-lo cantar para ele. Com toda certeza, será tão belo quanto o mais lindo canto de pássaro, ou a mais bela melodia já entoada.
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Robin não se lembrava como era se sentir à vontade, dar uma boa risada e como era ter um amigo de verdade até conversar com Sanji, mesmo que ele não seja seu amigo, o que é estranho. A questão é: ele lhe passou uma sensação acolhedora de amizade que nunca mais havia sentido desde o fim de Ohara e todos que a amavam, em menos de dez minutos. Ele tem algo de muito especial, um carisma que faz com que todos ao seu redor o amem. Não só pela beleza, mas também pelo carinho que emana de seu lindo sorriso e o amor imenso que pode ser visto no brilhante olho azul. Até mesmo Crocodile, que sempre foi gélido como um iceberg, está encantado por ele. Ela espere que Luffy chegue logo e o salve; Sanji é bom demais para ficar com pessoas como eles, que são odiadas pelo destino e envolvidas pelo mal. Se bem que acredita que não viverá para ter a presença dele por perto, de qualquer forma. Então, de um jeito ou de outro, não iria poder desfrutar de uma companhia tão tranquilizadora como a de Sanji por muito mais tempo, mesmo que Crocodile consiga ficar com ele. É uma pena, ela gostaria de passar mais tempo com o loiro e conhecer seu nakamas, mas seu fim já s aproxima alarmantemente rápido.
Robin aproveita o máximo do tempo para ouvir a voz de Sanji apaziguar o temor em seu coração. Ela passou anos de sua vida se envolvendo em organizações malignas para poder sobreviver, tendo que viver uma vida sombria. Mas ao Sanji contar um pouco de suas aventuras com seus companheiros com uma alegria estonteante, se lembrou que a vida nem sempre é escura e deprimente. Já havia desistido, mas ver Sanji tão alegre por causa de seus companheiros, mesmo nesta situação, a deixou com vontade de sentir, mais uma vez, como é viver no lado ensolarado da vida. Entretanto, a visão do belíssimo poneglifo a sua frente lhe arranca uma boa parcela de ar, e logo sabe que não há mais chances de continuar viva. Crocodile vai matá-la, pois ele sabe que vai mentir sobre a tradução do poneglifo.
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Robin observou com calma, Crocodile colocar Sanji sentado no chão ainda preso em suas amarras de areia, calculou quais seriam as chances de fugir com ele, e constatou que não são muitas. Sanji parece um pouco confuso, mas não faz nenhuma pergunta, apenas observa os arredores. Robin está ciente de que ele está buscando por um bom meio de fuga. Ele está fazendo alguns movimentos com um dedo, tocando o chão de forma padronizada. Seguindo tais padrões, descobre facilmente que é código Morse. Ele pretende fugir e levá-la junto. Gostaria de perguntar o porquê, mas Crocodile já está chamando sua atenção para o poneglifo. Onde está Luffy? Por que ele está demorando? Sanji tem que ser salvo logo. Está com medo de que seja tarde.
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“Porque eu devo acreditar que está é a tradução verdadeira, Nico Robin?” Crocodile pergunta com veneno em seu tom. Ele está com seu gancho dourado pronto para o ataque “Por que eu devo acreditar em você? A localização da arma ancestral deveria estar escrita aqui e você não está me dizendo!” O homem está ficando muito irritado. Bom, já era de se esperar.
“Você não tem escolha, a não ser acreditar em mim” Robin arrisca dizer. Uma veia salta na têmpora de Crocodile. Ele está indo atacá-la, muito rápido. Sanji avança para tentar impedir, mas Crocodile o empurra para o chão com sua areia, e o gacho atinge seu objetivo.
“POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?” o grito de Sanji bate pelas paredes e ecoa por todo o lugar. O cozinheiro está exasperado e indignado, ele claramente não esperava por isso. Robin o ver, embaçado, gritando com Crocodile. O loiro correu da forma que lhe foi possível e se prostou como um segurança na sua frente.
“Ela não é sua companheira?” Sanji fala, e soa tão doloroso, que Crocodile sente um aperto em seu coração e quase se arrepende do que fez, só por causa do loiro, e finalmente o livra de suas algemas. Robin sente vontade de abraçá-lo quando Sanji se vira para ela e usa as mãos para tentar parar o sangramento, mas está muito fraca para o fazer; está perdendo muito sangue. Sanji segura o choro, ele não quer parecer fraco. Lembranças de seu passado cercam sua mente e de repente tudo parece muito assustador.
O ardor em seu peito é imenso. Queima. O sangue está manchando toda sua blusa. Mas Robin só consegue se perguntar o porquê. Porque Sanji está protegendo-a? Ela é inimiga. Não é nada confiável. Então, por quê? Por que ele está tentando salvar ela?
Infelizmente, só consegue ficar acordada o suficiente para ver uma mão voando para socar o rosto de Crocodile e lançá-lo até a parede mais próxima, causando um rombo. Em seguida, a voz de Luffy gritando para Sanji pegá-la e sair dali. Pelo menos, seu corpo terá um túmulo digno, pois sabe que Sanji cuidará para que tenha. Ele tem um bom coração, e ótimos companheiros.
Chapter 20: Capitulo 20
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Sanji queria ajudar Robin o mais rápido possível, mas também queria ficar e lutar ao lado de Luffy. O olhar firme que ele lhe deu, no entanto, asseverou o que era mais importante no momento, e logo acatou a ordem que lhe fora dada, pegou Robin e correu para a saída. Crocodile ainda tentou alcançá-lo com o auxílio de sua habilidade de controlar areia, mas Luffy interveio, interrompendo a ação ao pegá-lo de surpresa com chutes e socos. Confiando fielmente em seu capitão, Sanji continuou a correr, sem olhar para trás. O peso de Robin não se comparava a sua determinação, seguir em frente com ela em seus braços não foi problema, mesmo com suas pernas bambas e seu corpo pedindo descanso.
Dizer que Crocodile está zangado seria eufemismo, pois o que está sentindo vai bem além disso e pode se assemelhar a uma avalanche, um vulcão em erupção ou um tornado devastador o suficiente para destruir uma ilha inteira. Maldito seja o Mugiwara! O pirralho vem sempre aparecendo em momentos cruciais, transformando seus planos em pó. Talvez devesse amaldiçoar seu próprio coração também, por ter se deixado levar por aquele loiro e ser dominado pela cegueira de possuí-lo, pois claramente interferiu em seu objetivo inicial. Mas ele não é alguém que desiste facilmente do que quer, então, depois que matar esse pirralho irritante, vai incumbir-se de tomar sanji de volta para si.
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Ace não pretendia voltar para a terra firme de Alabasta, mas agora se encontra em Alubarna. Foi inevitável, seu coração estava coçando severamente para ver Sanji uma última vez. Como o reino faz parte de seu percurso, fazer uma parada rápida não faria mal.
Como perguntou para Luffy para onde ele estava indo quando se reencontraram e como Vivi contou sobre o que estava prestes a acontecer em seu país, não foi grande surpresa deparar-se com uma guerra acontecendo, e até ajudou um pouco com suas chamas, destruindo vários canhões, não importa se eram inimigos ou aliados, já que aquela guerra não era para acontecer. Se ambos os lados perdessem força, ambos os lados parariam a luta; é simples ao seu ver e, quanto menos alvoroço ao seu redor, mais rápido ele poderá encontrar Sanji. Determinadamente, não vai embora sem vê-lo, mas... Como vai achá-lo no meio de toda essa bagunça? Ace pensa um pouco e conclui que procurá-lo do alto será mais fácil. Então, ao alcance do prédio mais próximo, se lança para cima dele com a força de suas chamas. Em poucos segundos, pode ver o estressante aglomerando de soldados batalhando, mas nem sinal do loiro. Ace não desiste facilmente, e se põe a olhar para tudo ao alcance de sua visão. É quando, em uma área do palácio mais afastada do público, onde se encontra um plano gramado, ele ver uma pequena escotilha quadrada aberta a qual não iria dar importância, mas nos instantes seguintes, o loiro que tanto almejava ver, sai aos tropeços de lá, segurando uma mulher desmaiada em seus braços. Alguns soldados inimigos que se encontrava por perto seguiram para encurralá-lo e Sanji se levantou com esforço, para lutar e proteger a garota que provavelmente é uma nova amiga. Ace não hesitou em se atirar na direção deles, fazendo uma bela manobra ao lançar seu fogo ao redor de Sanji e afugentar os inimigos para longe com um sopro flamejante arrebatador.
"Ace...?" A voz fraca do cozinheiro chegou acariciando seus ouvidos, como a brisa mais leve do mar. Ace olha para ele e seu coração afunda no peito; Sanji está tão machucado e maltratado, pernas e braços enfaixados.
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Sanji está hiperventilando, muito de sua força se esvaiu, ele está suando frio e lutando para não desmaiar enquanto desvia de pedregulhos que caem do teto do túnel. Robin já está pálida e um pouco fria, mas continua respirando, ele não pode desistir agora. Graças aos céus e sua persistência, ele alcança a saída e avança aos tropeços, não conseguindo se manter de pé ao saltar para fora durante um estrondo repentino que abalou o chão. A luta entre Luffy e Cocodile está se intensificando. Ao não conseguir manter o equilíbrio, sanji cai rolando, usando seu próprio corpo para proteger o de Robin. Ao longe é possível ouvir o barulho da revolução se alastrando, e há inimigos armados se aproximando ele ver.
“Só mais um pouco”, sanji pede a si mesmo, “aguente só mais um pouco, lute só mais um pouco!” Ele precisa, para salvar ela. Deixando Robin no chão, ele se põe de prontidão para protegê-la. Ele tem uma vida em suas mãos e fará tudo ao seu alcance para salvá-la. Mas antes mesmo de sequer terminar de se equilibrar sobre seus pés, Ace surge, flutuando na sua frente como um anjo. Seu fogo o envolve como asas flamejante e é tão lindo que o faz esquecer de se firmar e acaba caindo sentado, mas ainda focado no magnífico homem que acaba de jogar os inimigos para longe com o poder de sua akuma no mi e que agora está virando lentamente para olhá-lo, com um sorriso brilhante e confiante.
“Ace...” Murmura, com seu olhar cheio de brilho e admiração, mas também confusão.
“Por que está aqui?" O questionamento de Sanji para Ace fica suspenso no ar por alguns segundos, pois o moreno está mais preocupado em avaliar seu estado.
Ace tem algo quente e incomodo borbulhando em seu coração, e não é por causa da akuma no mi. Ver sanji em tal situação realmente é desagradável. É imperdoável que alguém tenha machucado uma pessoa tão gentil como ele e... O que é isso em seu pescoço? É uma marca de mordida? Sua visão escurece por um instante e o calor revoltante borbulha com mais força, aumentando a fogueira que alimenta seu ódio.
Sanji não percebeu que a faixa caíra de seu pescoço e agora a mordida de Crocodile está visível para todos, ele tem o espanto. O que Ace pensará sobre isso? Ele já até está com um olhar estranho em sua face e chamas flamejam em seus punhos. Sanji fica mais confuso e nervoso, sentindo a repentina hostilidade vinda dele. Isso não pode ser repulsa, não é?!
“Ace?”
O chamado do loiro arrebata Ace imediatamente de seu transe. Sanji parece aflito, Ace não gosta de fazê-lo se sentir assim, então, com um suspiro, ele sorri para o loiro e se abaixa para ficar na sua altura, para tocar seu rosto e o confortar.
"O que fizeram com você?" Ace pergunta enquanto seus polegares fazem círculos nas bochechas empoeiradas.
O rosto de Ace está tão perto do dele, que Sanji prende a respiração. Sanji não evita o sentimento de fraqueza que sente diante da pergunta. Mais uma vez ele foi salvo, e é impossível não pensar que está sendo um estorvo nesta batalha. Não está conseguindo nem mesmo salvar uma única pessoa sozinho. Droga! Ele não gosta de pensar nisso, o sentimento de vitimismo é enjoativo. Sanji sente culpa em chorar por si mesmo, sente que não tem o direito de sentir pena de si mesmo. Ele não se valoriza e o que acontece com seu corpo, com ele, não importa, desde que seja para salvar aqueles que importam para ele. Com um sorriso forçado, ele retorna a Ace, cobrindo a mordida de crocodile em seu pescoço que de repente começou a formigar como um lembrete de seu fracasso. Mas está tudo bem, pois foi uma condição para salvar seus companheiros, certo?! (Não!) Ele ignora qualquer oposição. Ele não pode sentir dó de si próprio, seria só mais uma fraqueza. Seria egoísmo.
"Não se preocupe com isso! Ferir-se em combate é inevitável." Diz, tentando transmitir o máximo de tranquilidade e irrelevância ao seu próprio estado lamentável.
Ace não engole essa, não aceita que Sanji se desvalorize assim, mas deixa quieto por enquanto. Mas fará questão de descobrir quem marcou seu pescoço, para poder despejar sua ira sobre tal pessoa.
"Ela precisa de cuidados médicos, não é?"
Sanji olha tão rápido para a garota que Ace temeu que sofresse uma contorção no pescoço. O loiro a pegou e tentou se levantar, mas suas pernas tinham força mal para aguentar seu próprio peso. O coração de Ace formiga. Sanji está acabado, mas continua se colocando em último lugar. É tão lindo. Ace quer tanto abraçá-lo e lhe dar todo o seu amor, mas não é hora, e ao invés disso, se oferece para carregar a garota:
"Deixe que eu a levo para você."
No entanto, Sanji a segura com mais força e recua, lhe impedindo de chegar mais perto. Sanji não confia nele? Nã´, não é isso, nota ao loiro disparar, alarmado:
"Eu posso fazer isso!"
Ace foi pego de surpresa. Era como se Sanji quisesse provar algo. Ele tentava se levantar, mas a mulher parece muitas vezes mais pesada do que deveria ser e as pernas do cozinheiro tremem a cada esforço.
"Droga!" Sanji pragueja a si mesmo, fazendo mais esforços em vão para suportar o peso de Robin.
Ace não aguenta vê-lo se maltratar assim. Sanji com certeza se sentiria melhor se pudesse levar a mulher, mas ele precisa aceitar que está no seu limite. Ace entende o sentimento, o homem deve estar se sentindo inútil e quer provar o contrário para si e para ele, mas não é necessário, Ace quer que ele entenda que não precisa fazer isso, estar sem força no momento não o torna sem valor.
"Merda!" Sanji se exaspera ao cair mais uma vez de bunda no chão, mas cuidando para que o impacto não afete Robin.
É doloroso. Ace quer ajudar e o faz:
"Sanji..." Ace segura o rosto de Sanji, que parece prestes a chorar. "Sei do que você é capaz. Luffy me contou o quão incrível você é, e eu acredito. Mas todo nós precisamos de descanso. Não importa o quão forte somos, sempre haverá um limite, sim?! Só de ter suportado tudo até agora, você é mais forte que qualquer um! Deixe-me carregar ela para você, está bem?"
Ace o observa atentamente, à espera de sua resposta. Sanji quer negar, mas sabe que o moreno está certo, isso não o tornará um invalido. É ridículo! Mas ainda assim... Não! Apenas deixe Ace carregá-la, ele tem mais razão aqui.
Sanji assente lentamente e permite que Ace tire a mulher de seus braços. Foi mais fácil levantar-se dessa vez, embora seu corpo ainda fraquejasse. Mas pelo bem de Robin, para salvar a vida dela, se esforçará e até rastejará se for preciso. Não só isso, seus companheiros ainda o preocupa. Precisa voltar para eles assim que garantir que a garota esteja fora de risco. Usopp está muito machucado e Chopper precisa de cuidados também; Nami, Vivi, até mesmo o marimo... Sanji quer ajudar cada um deles, apesar de saber que são capazes de se protegerem.
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Ace deveria se sentir envergonhado ao recolher a mulher em seu colo e ficar com ciúmes ao ver o quão bonita é e por Sanji estar praticamente dando a vida para salvá-la. Ele não é assim, mas... poxa... O cozinheiro é a pessoa mais perfeita que já encontrou em toda sua vida e tê-lo lhe dando atenção é como um paraíso. Queria poder ter esse prazer de ter o foco dele especialmente só para si. Ser amado por Sanji deve ser as mil maravilhas.
O Portgas olha de Robin para Sanji e, quando Sanji se firmou em pé a sua frente, finalmente notou o que ele estava vestindo. Inferno! Não era o momento certa para aquilo, mas... O vestido, mesmo sujo e com rasgos, caia tão bem nele, abraçando seu corpo perfeitamente, destacando a bela cintura fina e as pernas grossas magníficas. Queria muito perguntar o motivo de tal vestimenta, mas realmente não é a hora certa. Além disso o loiro deve estar focado demais para isso, pois parece não ter percebido que está chamando muito a atenção naquela roupa que o deixa tão sexy. De qualquer forma, nada o impediu de olhar bem e gravar em sua memória toda a beldade que é Sanji, enquanto corriam para dentro do palácio, com a saia levantando e mostrando a belíssima bunda rechonchuda coberta por uma anágua calção bufante, mas apertada.
Chapter 21: Capitulo 21
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Foi difícil para Sanji correr mais do que suas pernas aguentavam, mas enfim ele e Ace alcançam a porta de entrada para o interior do palácio, cujo dois guardas robustos a bloqueiam, e ao redor de seus pés, reside alguns soldados inimigos inconscientes, mostrando que a dupla seria difícil de lidar. Ace ver Sanji vacilar um pouco em seus passos e logo capta a preocupação em sua postura, presumindo então que os homens são aliados e ter que nocauteá-los, caso não os deixassem passar, pesaria em sua consciência. Ace gostaria muito de evitar que fardos fossem jogados nas costas do loiro, mas que escolhas eles têm?
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"Alto lá! Não se aproximem mais!" Os guardas apontam suas lanças para os seus rostos, os fazendo parar imediatamente. Ambos os homens estão em extremo alerta, mas Sanji está muito impaciente para esperar a boa vontade deles e avança a passos pesados, mesmo com as armas mirando em pontos vitais de seu corpo.
"Me deixem passar, ela precisa de atendimento urgente!" Sanji fala com autoridade banhado em impaciência, entretanto sua expressão transmite apelo e aflição, como se sua vida dependesse de salvar aquela mulher.
"D-diga o código!" Os guardas tentam pronunciar inabaláveis, mas é mais difícil do que parece.
"Que código? Não há tempo para isso, há uma vida em perigo aqui! Não posso deixá-la morrer!" Sanji está dando tudo de si para não chutar os homens, eles são guardas da Vivi e não quer chateá-la ao agir de forma agressiva e impulsiva quando pode conversar. "Estou do lado de vocês, seus idiotas! Do lado da Vivi-chan!"
Diante da exasperação de Sanji, os guardas se olham reciprocamente, buscando concessão mútua. Só vê-lo é suficiente para amolecer seus corações, mas receberam ordens rígidas sobre permitir que quaisquer pessoas ultrapassassem a entrada sem citar o código que foi distribuído a todos os aliados. Quase todos, na verdade. O loiro não o recebeu, pelo que podem ver. Entretanto, Vivi lhes deixou uma ordem e, com o rapaz mais perto, os guardas relaxam um pouco. Ele é como a princesa havia descrevido, embora esteja usando um vestido de empregada e não um terno lustroso. Além da descrição: cabelos loiros cobrindo um dos olhos azuis e sobrancelha encaracolada, ela disse que saberiam quem era assim que o vissem. Foi lhes dado a permissão para que ele passasse mesmo sem o código secreto, e quem mais estivesse com ele. Mas... Um pouco mais para confirma:
"Você é Sanji, certo?" Um deles pergunta, recuando sua lança. Como seu companheiro, o segundo guarda fez o mesmo. Sanji se acalma, mas não abaixa a guarda.
“Poderia desenfaixar seu pulso?”
Sanji não entendeu, mas o fez mesmo assim, focando no que mais lhe importava no momento: salvar Robin, enquanto desfazia o curativo e mostrava o X desenhado ali.
Os guardas já obtêm sua resposta quando Sanji tira as bandagens sem sequer hesitar, mostrando aquele X desenhado, dito por Vivi que somente seus companheiros tinham.
"Perdoe-nos, você e seus amigos podem passar" O primeiro guarda fala com pesar.
"Não se preocupem, eu entendo sua preocupação." Sanji sorriu para eles, antes de adentrar com Ace a suas costas. O loiro não queria que se sentissem culpados, pois estavam apenas cumprindo ordens, fazendo seu trabalho.
Os guardas são pegos de surpresa pelo estonteante sorriso, ruborizando cativados.
"Que lindo..." Um deles murmura, hipnotizado.
"Realmente lindo" o outro suspira.
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Ace estava pronto para incendiar aqueles homens, mas não interferiu, Sanji não aprovaria e ele também não é do tipo que faria isso banalmente e com pessoas de bem que estão apenas cumprindo seu dever. Todos os acontecimentos por si só justificam a cautela. Ele ajudará se assim for preciso, fará tudo de acordo com Sanji. Caso não for autorizada sua passagem, o mais provável é que eles invadirão a força por alguma entrada desprotegida, como as janelas.
Bom, não precisou se preocupar muito com isso, pois agora estão diante da ala médica. Sanji deixa Robin nas mãos de um médico e já está saído às pressas depois de ser garantido que ela ficará bem. Ace o ouviu perguntar cinco vezes seguidas se ela realmente estará a salvo. O doutor o confortou com seu profissionalismo, garantindo que ela só precisaria de uma transfusão de sangue e teria alguns pontos, o ferimento não foi fatal, mas foi fundo o suficiente para perder uma boa quantidade de sangue.
Sanji agradeceu o homem e estava se retirando, mas Ace e o médico o segurou para que ele também ficasse e se cuidasse. Já é visível que ele está no limite, mas Sanji teimou, e os refutou, alegando estar perfeitamente bem.
“Eu preciso ir ajudar meus companheiros. Tenho que ser útil para eles!” Ele profere com firmeza.
Ace pode dizer que se abalou um pouco. Pelo que o loiro deve ter passado para sentir grande necessidade de se provar ser útil? Isso o faz recordar-se de sua infância e as incontáveis vezes que se perguntou se deveria ter nascido. Pergunta essa que ainda hoje está em busca da resposta. Talvez tenha nascido para esse momento, para proteger este homem magnífico que abala seu coração e pensamentos, quem sabe...
Sanji... Fica claro para Ace, como um lindo dia de sol sem nuvens, que Sanji se ariscará até seu último resquício de força pelos seus amados nakamas, então, por que não se arriscar por ele? Ace acredita que seu valor não é maior que o de Sanji, então por que não morrer por ele? Valeria toda a pena.
Reverenciando o médico em agradecimento, Ace segue Sanji pelos corredores, em direção ao caos do lado de fora.
Chapter 22: Capitulo 22
Chapter Text
Sanji mal põe seus pés no campo de batalha quando o barulho de milhares de armas caindo no chão chega aos seus ouvidos, e a luz de uma enorme explosão no céu quase cega seus olhos. A enorme bomba que acabaria com o palácio, mataria pessoas inocentes e devastaria a cidade está destruída agora. Sanji não sabe o que fizeram e como ela chegou tão alto, mas sorri, feliz porque o palácio está inteiro e as pessoas estão livres desse perigo mortal. Um peso tão grande deve ter saído das costas da Vivi.
Pouco depois, mais um barulho trava as pessoas, o espanto se apresenta em todos que ver uma perna absurdamente comprida cortando a fumaça que saia de trás dos prédios do outro lado do palácio. O mais surpreendente nem foi isso, mas sim Sir. Crocodile sendo empurrado por ela para o alto e o logo depois cair em um grande estrondo, no centro do amontoado de pessoas, em frente ao palácio. Ace ficou pasmo por um momento e então sorriu, reconhecendo a habilidade de seu irmãozinho. Incrível!
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“Crocodile! Crocodile foi derrotado!” o anúncio abraçou a todos aqueles que lutavam por Alabasta. Muitos começaram a chorar e a se abraçarem. A princesa Vivi surge na escadaria, chamando a atenção de seus súditos e declara o fim da batalha. Foi renovador para Sanji, que teria caído se Ace não o houvesse segurado quando a tensão enfim deixou seu corpo. Ainda havia remanescentes de Crocodile entres os cidadãos de Alubarna, mas como se encontravam em pouco número, logo foram detidos pelos soldados com mais energia. Enfim, a guerra acabou.
Chopper estava comemorando a vitória com alguns dos soldados quando seus olhos bateram em Sanji, encostado no irmão de Luffy. Foi tão grande sua felicidade de vê-lo, que seu coraçãozinho martelou loucamente em seu peito. Depois daquela imagem traumatizante de seu companheiro se desfazendo em areia e desaparecendo, não era para menos o seu contentamento. Sentindo-se renovado, correu para ele.
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Ace deixou que o corpo de Sanji se apoiasse no seu, e quando pensou em pegá-lo nos braços e levá-lo de volta até a ala médica para tratar seus machucados, uma vozinha fofa e chorosa os alcançou.
“SANJI! SANJIII!”
Chopper quase rasga sua garganta pelo grito. Sua preocupação triplicou com o loiro ferido e com suas bandagens mal colocadas; a mordida em seu pescoço estava exposta outra vez. Maldito Crocodile! O pequeno médico esbraveja internamente, ansiando ir até o Shichibukai só para chutá-lo, mas Sanji é mais importante.
“VOCÊ ESTÁ VIVO!” Ele grita tão aliviado, que poderia flutuar “Ainda bem, estou tão feliz!” Seu choro aumenta e então se joga nos braços de Sanji. O abraço dele é tão bom. Mesmo não querendo se agarrar a Sanji, por conta de todos os machucados aparentes nele, foi inevitável, o aconchego é irresistível.
Ace assiste à cena com seu coração palpitando, não há como descrever tamanha perfeição e amor. Jamais imaginara fosse achar um homem agindo como uma mãe fosse ser tão bonito, e jamais imaginara que ficaria tão apaixonado por um.
“Desculpe-me por preocupar você!” Sanji o acaricia e o embala com um abraço doce. “Realmente, me desculpa... Você deve estar zangado” Sanji morde o próprio lábio para não chorar junto com ele. Chopper não vê essa pequena ação, mas sente que Sanji está se culpando novamente e puxando responsabilidades desnecessariamente para suas costas.
“Não é culpa sua. Foi o maldito Crocodile que te levou embora! Estou bravo com ele e não com você! Então pare de pedir desculpa, seu idiota!” Isso é praticamente um sermão que Chopper dá a Sanji.
Ace é pego pela necessidade de abraçar Sanji que aparenta estar tão vulnerável. Esse sentimento inconformado de sentir-se responsável por tudo... Ele o conhece e não quer que Sanji o sinta. Ele é bom demais para sofrer com isso. Sanji é um dos poucos de bom coração que já conheceu. O homem é tão magnifico que o fez se apaixonar por ele mesmo sem a intenção. Não havia passado muito tempo com ele, mas o que viu foi o suficiente para dizer que ele merece amor ilimitado.
“Sanji, você está todo machucado. Preciso cuidar de você” Chopper choraminga. Sanji balança a cabeça negativamente e sorri com conforto para o pequeno
“Não se preocupe comigo agora. Você está bem? Onde estão os outros? Eles estão bem?” Ace o houve perguntar para a rena. Que anjo, o moreno quer gritar. Olhe para Sanji, ele está em frangalhos, e ainda assim se coloca em último lugar.
“Seu idiota, você vai morrer se continuar assim! Babaca! Estúpido! Os outros estão bem melhor do que você, então me deixe te tratar!” Chopper se enfurece, rebatendo-se de forma agoniante no peito de Sanji. Ace não quis se meter, mas concorda com o médico. Se Sanji continuar teimando em se cuidar logo, ele o agarrará e o levará a força para a enfermaria do castelo.
Sanji sentiu que o estava preocupando. Sentiu-se irresponsável e descuidado, mas engoliu o sentimento, e acalma Chopper um pouco mais ao falar que assim que eles se reunissem com os outros, iria fazer o que ele mandasse.
“Isso é uma promessa!” Chopper aponta para sua cara, silenciosamente dizendo: “Ai de você se não cumprir.” Bem, Sanji nunca havia quebrado uma promessa e ele espera que não faça isso agora, já que sua tendencia é auto sacrifício não importa a situação. Droga, ele não perde a oportunidade de se machucar para protegê-los. É algo honroso, Chopper se sente lisonjeado, mas Sanji tem que se valorizar mais.
“V-vamos para o local que Usopp combinou para nos reunirmos.” Chopper diz, ainda chorando, deixando os braços de Sanji com relutância.
Sanji estava pronto para sugerir irem atrás de Luffy antes, mas o mesmo surgiu ao longe na hora, gritando por eles assim que os viu.
“ACE? Choppeeer! Sanjiii!” Ele corria e segurava seu tão amado chapéu na cabeça.
Chapter 23: Capitulo 23
Notes:
(See the end of the chapter for notes.)
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Luffy derrotou Crocodile, mas só se sentiu bem quando viu que Sanji estava a salvo e... Com Ace? Por que Ace estava ali? Luffy ficou muito curioso, e desconfiado. Mas, bem, Sanji estar a salvo é o que importa, ele não vai ficar com ciúmes de seu irmão agora, não é hora para isso. Mas se ele voltou com a intenção de sequestrar Sanji, não o perdoaria. Ele confia em seu irmão, mas ainda tem uma leve desconfiança que não pode evitar, tendo em mente o quanto as pessoas desejam seu cozinheiro, e nem é pela função que ele exerce.
Situações desse tipo, vivem se repetindo. Eles chegam e quer levar seu precioso nakama embora, como aquele palhaço com nariz de tomate irritante que propôs um duelo valendo-o. Seu companheiro não é um prêmio! Luffy provou isso para ele da sua maneira, deixando bem claro que Sanji é uma pessoa com sentimentos que merece fazer suas próprias escolhas, e não ser forçado a ficar com pessoas que não queria.
Com essa declaração, o palhaço persistente insistiu ouvi-lo escolher, e mesmo já sabendo a resposta, Luffy pediu para que Sanji o fizesse. Como esperado, seu ego foi inflado quando o loiro nem hesitou ao pronunciar seu nome e abraçá-lo com força, afirmando que não teria nenhum outro capitão além dele. Luffy se sentiu o melhor capitão do mundo, Sanji até lhe deu um beijo na bochecha. Mas agora ele não está se sentindo tão glorioso assim. Sanji está extremamente machucado e ele não conseguiu fazer nada para evitar. Claro que todos os outros estavam assim, mas Sanji é diferente, seu histórico de auto sacrifício e o fato de ele está ferrado dessa maneira por tentar proteger somente a eles e não se cuidar, o faz se sentir péssimo. Luffy sempre deixou claro para eles fugirem quando suas vidas estivessem em perigo, mas Sanji nunca o fazia. Zoro também nunca fugia, mas ia preparado para voltar vivo, enquanto Sanji só ia pronto para morrer. Isso o irrita! Luffy faz uma nota mental para conversar seriamente com seu cozinheiro sobre isso.
Voltando à atualidade, depois que seu grito ecoou pelo ar, Sanji, Ace e Chopper se viraram para sua pessoa. Seu rosto se distorceu em um grande sorriso e seus braços se abriram quando Sanji veio correndo, aos tropeços, em sua direção, também de braços abertos. Sanji, cheio de alívio e esperança, que o fez correu mais rápido para pegá-lo o quanto antes, temendo que caísse e se machucasse mais, devido sua aparente falta de força.
“Sanji!” Sussurrou seu nome, o segurou pela cintura e o deixou afundar o rosto em seu pescoço.
“Luffy, seu idiota!”
A força que o loiro se pôs para parecer furioso arrancou uma divertida gargalhada do fundo de sua garganta. Sanji é sempre tão adorável quando está tentando ser durão. Luffy ama isso nele, mas também não, pois o loiro faz isso quando busca esconder seus sentimentos, e Luffy não quer que ele faça isso. Luffy quer que Sanji confie nele, em todos eles, para se apoiar sempre que precisar; para chorar, gritar e sorri. Claro que não irá forçar, tudo será no seu devido tempo, lentamente, conforme Sanji se sentir confortável.
“Está tudo bem agora, eu venci.” Luffy alarga seu sorriso, transmitindo tranquilidade ao olhar vagaroso e cheio de preocupação de Sanji. “Podemos nos juntar aos outros, finalmente!”
Sanji se permite sorri um pouco, Luffy recebe com satisfação. Ele afaga os cabelos loiros e segura a cintura mais firme, falando em palavras não pronunciadas, que Sanji pode relaxar. Há sentimentos que Luffy não entende, então quando seu coração acelera ao ter Sanji se amolecendo em seus braços, ele não sabe dizer do que se trata, mas relaciona a uma coisa boa.
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Chopper queria dar um bom abraço em Luffy, mas em momento algum pensou em “atrapalhar” o momento entre o cozinheiro e seu capitão, pelo contrário o que era maior que sua vontade de abraçá-lo era seu desejo de ver Sanji se sentindo melhor. Como já dito antes, ele é o mais próximo do loiro a ponto de lê-lo apenas pelos seus gestos e olhares. Há minutos atrás, ele sabia que Sanji estava se corroendo em medo, preocupação e culpar, só pela forma como seu olhar parecia tão perdido. É uma característica bem perceptível, na verdade, mas Chopper é o que enxerga o quão profundo é, falando da forma como ele começa a maltratar suas mãos, apertando com muita força, fazendo-as serem arranhadas pelas próprias unhas... Uma pequena ação que revela o quão turbulenta sua mente está, já que Sanji, nunca, em hipótese alguma, machuca suas próprias mãos propositalmente. Chopper foi o primeiro a sabe o quão elas são preciosas para ele, quando certo dia, quase desesperadamente, o loiro o pediu para fazer o melhor curativo que podia em um pequeno arranhão de nada. Um arranhãozinho, bem pequeno, mas que Chopper deu o seu melhor para tratá-lo. Seus olhos enchem de lagrimas ao lembrar como Sanji se sentiu envergonhado, falando que pessoas sofriam de verdade enquanto ele reclamava de um corte insignificante e se menosprezava. Mas como um bom médico e companheiro, Chopper deixou nítido que ele jamais deveria se envergonhar de zelar por seu tesouro, por mais que fosse apenas um grão de areia sobre ele. Mata Chopper, saber o quão pouco Sanji se valoriza. Olhando agora para ele, ensanguentado dos pés à cabeça e preocupado com todos, menos ele mesmo... O que ele está tentando provar com tudo isso? Chopper já sabe a resposta de sua própria pergunta: Sanji tem muito medo de não servir para nada e por isso se arisca tanto; ele não quer ser visto como fracassado e por isso se esconde detrás dos pés de tangerinas da Nami para poder chorar quando tem pesadelos. Sani é carinhoso e não esconde seus sentimentos contentes para parecer durão, mas afunda no mais escuro fundo de seu coração, seus sentimentos tristes, para não parecer fraco. Pensando e repensando isso, Chopper corre para abraçá-lo outra vez e como sempre, Sanji o deixa se aconchegar.
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Ace os observou com um pequeno sorriso, seu coração tomado por carinho e gratidão, tanto por seu irmãozinho estar bem quanto por Sanji prezar tanto por ele. A sensação é reconfortante, Luffy está em boas mãos, o cenário a sua frente prova isso: Sanji o abraçando com tamanha delicadeza e apreço. É aquecedor, como uma fogueira em uma noite fria, mesmo que não precise disso por conta de sua Mera Mera no Mi.
Ah, Sanji... Ace gostaria de estar no lugar de seu irmão e ser segurado por aqueles braços cujo calor é perceptível mesmo que só olhando; está com inveja, admite silenciosamente. O que poderia fazer para ter um pouco do amor dele? Ace quer muito saber, mas por enquanto, vai apenas ajudá-lo a se levantar, pois tanto ele quanto seu irmão estão tendo dificuldades para se manterem firmes sobre os pés e a pequena rena não se encontra muito diferente para poder realizar uma colaboração efetiva. Bem, ele será o herói da vez.
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O grito de vitória ecoou por toda Alabasta junto com a chuva que começou a cair. Usopp dirigia se ao local de encontro quando um soldado passou correndo por si, derramando lagrimas de alegria e anunciando com vigor a derrota de Crocodile. Bastou apenas finalizar a frase e água desceu dos céus, como um milagre trazendo as boas novas do fim da seca que sofriam. Usopp logo ele incorporou a figura espontânea do soldado de Alubarna e também começou a comemorar o fim de seu inimigo em comum. Ele foi o segundo a chegar no ponto de encontro, Zoro já estava lá. Depois veio Nami.
“Luffy conseguiu! Estou tão feliz...” Nami também está chorando, não tanto quanto Usopp, mas o suficiente que mostra o quão grata está por isso, Vivi finalmente está livre de seu medo, seu país finalmente está livre daquela praga, ela finalmente poderá ter paz.
“Não era para ser diferente, Luffy nunca perde uma batalha!” Zoro pronuncia com vanglorio, sorrido orgulhoso por seu capitão.
“SIM! ESSE É O NOSSO CAPITÃO!” Usopp ergue os punhos no ar, deixando se deitar no chão, exausto. É indescritível tamanho contentamento, a satisfação não de terem vencido uma guerra, mas sim de terem conseguido cumprir a promessa de libertar Vivi e seu povo das garras daquele maldito jacaré que causou tanto sofrimento e... Levou seu querido companheiro embora. Foi com um golpe doloroso que a lembrança veio, sua felicidade foi momentânea e seu coração afundou no peito. Sanji realmente se foi?
“Ei! Nami, Zoro... O Sanji... Vocês realmente acham que...?” Usopp morde os lábios, não querendo nem de longe cogitar tal possibilidade.
Nami tremeu, seu Clima Tact escorregou por sua mão e caiu, o barulho de metal cortando o silencio tenso entre eles; sua cabeça pendeu para frente, como se todas as suas forças acabassem de serem arrancados pela desesperança a qual não quer pensar e seu coração estava despedaçando. Sanji... Não pode ser...
Zoro se manteve de cabeça erguida, mas seu rosto escureceu e seus olhos perderem quaisquer resquícios de brilho, assemelhando-se aos de um defunto. Ele fechou as mãos em punhos com tanta força, que poderia quebrar os próprios dedos. A imagem do doce cozinheiro, sorrindo, dançou em seus pensamentos como uma lembrança melancólica ao invés de feliz. Mas, porra! Luffy não deixaria, ele com certeza foi salvo, merda!
“N-não pense nisso, Usopp...” Nami está com sua voz embargada, usando de sua última energia para não chorar. “Luffy com certeza o salvou!” Ela levanta o rosto para o narigudo.
Usopp sente a pouca fé que lentamente o consumia se afastar um pouco. Nami levantou o rosto para si, sorrindo entre lagrimas de forma triste, mas reconfortante. Tanto ela quanto ele estão sofrendo. Todavia, não podem querer tirar conclusões sem uma resposta definitiva.
“Isso mesmo...” Zoro respira fundo, saindo de seu estado sombrio. “Luffy jamais permitiria que ele fosse tirado de nós, e jamais permitirá”
Usopp sente-se mais apaziguado, sorrindo em meio sua bagunça de ranho e lagrimas em sua face.
“Sim, vocês têm razão, me desculpem!”
*Som de passos se aproximando apressadamente*
“PESSOAAAAAAAL!”
Como uma benção do destino, a voz de Luffy chega aos seus corações, os acelerando e os fazendo virar-se para o garoto, rápidos como um raio. Céus ele está acabado, mas acena com empolgação sem nunca deixar de sorrir. Chopper está ao lado dele, saltitando e chorando de contentamento. Todavia, o que repararam de primeira foi Ace, o irmão de Luffy, e Sanji em seus braços, sorrindo para eles brilhantemente maravilhoso, mas tão surrado quanto Luffy.
Zoro segurou sua emoção e não correu como Nami e Usopp, gritando pelo loiro e pelo capitão.
“Sanjiiii! Luffyyy!” Os dois gritaram em conjunto.
Pertos o suficiente, Ace deixou Sanji ficar sobre os próprios pés. Ele mal se equilibrou e Nami e Usopp o capturaram em um fantástico abraço.
“VOCÊ ESTÁ VIVO! QUE BOM! AINDA BEM!” Usopp solução com todo a força de seus pulmões.
“Sanji, nunca mais nos assuste assim!” Nami apenas choramingou, trêmula. Não foi culpa dele, mas precisou dizer, esse lindo loiro idiota precisa se cuidar melhor.
“Me desculpem! Me desculpem!” Sanji murmurou, beijando o topo da cabeça deles, sorrindo ternamente para seus queridos.
Zoro também chegou mais perto, birrento, mas ainda carinhoso. Ele encostou sua testa na de Sanji e murmurou para ele, de olhos fechados:
“Não tente fazer tudo sozinho, seu cozinheiro idiota! Conte conosco para qualquer coisa...”
Sanji engole a seco e murmura de volta:
“Não quero que se sintam obrigados, eu-”
Zoro o corta na hora com um olhar severo, e logo volta a relaxar, olhando mais dócil, e fala com uma voz mais amorosa:
“Nós não somos e nem nos sentimos obrigados. Isso é apenas o que queremos. Você não quer que nos arrisquemos, mas vivi o fazendo... Isso é bem hipócrita, sabia?” Zoro põe uma mexa do cabelo de Sanji atrás da orelha dele e então finalmente sorri, um sorriso curto e um pouco melancólico.
“Me desculpe...” Sanji murmura, abaixando a cabeça, mas sem deixar de aproveitar o carinho. Essa tripulação é sua vida, ele jamais a arriscaria. Futuramente, as palavras de Zoro terá sido em vão, infelizmente.
“Pessoal! Sanji!” Vivi chega e se junta ao abraço. Sanji a recebe e acaricia seus cabelos, se desculpado por tê-la deixado tão preocupada, sorrindo com ternura enquanto culpa o come por dentro. Não importa o quanto tentasse ser bom, sempre veria defeitos em si próprio, que o impedem de se dar valor. Sanji se castiga e assume a culpa até de coisas que não possuem relação consigo, como os machucados de Nami, Chopper e Usopp; ele se culpa por não ter conseguido protegê-los. Como o medo de Vivi e o sofrimento com seu desaparecimento; ele se culpa por não ter sido forte o suficiente para escapar da armadilha. Sanji se acha inútil por não ter conseguido quase nenhum feito contra Crocodile, enquanto Luffy deu tudo de si. Olhe para o marimo cheio de sangue... pelo que deve ter passado, enquanto ele estava “tranquilamente” repousado nos ombros de Crocodile naquele maldito túnel? Seus companheiros dão a vida em uma luta, e o que ele faz para ajudar? Sempre está vulnerável, sua fraqueza sempre é facilmente vista. Sanji acha que faz nada de útil além de cozinhar. Sanji se acha extremamente descartável.
Notes:
Falta pouco, falto pouco para Skypeia
Chapter 24: Capitulo 24
Notes:
Fiz esse com muita pouca disposição, mas espero que gostem😓
Chapter Text
No palácio... 3 horas após a batalha.
É dia, mas ao terminar da luta o cansaço tomou a cidade por inteiro, a maioria das pessoas ainda se encontram dormindo profundamente. Sanji repousa tão profundamente em seu subconsciente, que o barulho que Zoro causa ao arrastar sua cama para colar a dele não o perturba. O esverdeado dormia ao lado e, em dado momento, levantou-se e empurrou sua cama até emparelhar na de Sanji só para deitar-se junto dele. Mais tarde, aos poucos, um por um dos Mugiwaras foram se juntando aos dois, até estarem amontoados pertinho do loiro. O espaço que têm é pequeno, mas ainda é confortável para eles; Chopper está deitado no peito de Sanji; Luffy está de barriga para cima, esticado sobre suas pernas; Usopp está do seu lado esquerdo, com a mão entrelaçada a sua; Nami está do lado direito, usando seu ombro como travesseiro; Zoro está deitado horizontalmente, seu peito servindo de travesseiro para ele; e agora Vivi, que a pouco tempo se encontrava sentada em uma cadeira, está deitada ao lado de Nami. A princesa estava observando a bela chuva que caia desde que Luffy fez Crocodile voar pelos ares, até Nami acordar com sua presença e puxá-la para juntar-se a eles. Vivi não hesitou em se aconchegar ao lado da navegadora, acolhida pelo calor emanado do pequeno grupo, dos seus salvadores, e acima de tudo, seus companheiros.
************
Por ser irmão de Luffy, Ace recebeu permissão para ir até o quarto onde ele descansa. Seria uma visita rápida, apenas para se despedir, a hora de continuar sua viagem se aproxima. Mas não está ansioso por ela. Seu atual desejo é passar um pouco mais de tempo com Sanji, mas como ele está dormindo, provavelmente, apenas vê-lo talvez seja o suficiente.
Ao entrar no quarto depara-se com um ninho de carinho formado ao redor do cozinheiro, é inevitável não querer se juntar, isso o deixa um pouco invejoso por não estar fazendo parte dele, pois queria muito dar um pouco de amor ao loiro que tanto lhe ocupa a mente. Confessa que estava receoso sobre as pessoas com as quais Luffy formou seu bando, mas este curto período de tempo foi o suficiente para saber que ele está em boas mãos. Foi o suficiente até para fazê-lo se apaixonar por um deles. Um homem tão perfeito e gentil até com alguém como ele, que nunca nem devia ter nascido... Maior parte da sua infância foi vivida no desprezo, o que o fez acreditar profundamente que não era para estar nesse mundo, mas estar rodeado por pessoas que lhe valoriza acima de qualquer defeito é um tesouro inigualável, e por mais que não saiba se realmente é merecedor disso, fará valer cada segundo do tempo que gastam com ele. De alguma forma, quer compensar Sanji por cuidar de seu irmãozinho e por ter alimentado ele durante sua estadia juntos. Agradecê-lo e possivelmente lhe dar um presente. Mas por enquanto, se contenta em ficar encostado no batente da porta, somente admirando o lindo dorminhoco.
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Chopper foi o primeiro a acordar dentre os outros. Atualmente ele está em uma mesinha, ainda dentro do quarto, preparando um pouco mais de pomada para quando for trocar o curativo dos outros quando acordarem também. Ace, que foi uma surpresa para si ao deparar-se com ele quase dormindo em pé na porta, está agora sentado em uma poltrona ao lado da mesa, sua cabeça tombada para o lado, mas com olhos abertos e focados em seus companheiros, ou deveria dizer em Sanji? Seus sentidos aguçados não detectam hostilidade vinda dele, então pode dizer que não está preocupado. Talvez sinta um pouco de ciúmes, mas não considera Ace uma ameaça para que tal sentimento se eleve.
Vivi também se levantou um pouco depois, na intenção de ajudá-lo, relutantemente deixando o calor das mãos de Nami para trás. Mas como Chopper garantiu que ela não precisava se preocupar em ajudar ele, sentou-se em outro poltrona, do outro lado da mesa que a rena usava como balcão de trabalho, e acompanhou Ace em sua ação de observar os adoráveis dorminhocos.
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A velocidade com a qual os Chapéus de Palha se recuperam é de impressionar a todos; em menos de três dias, já estão totalmente dispostos e saudáveis, prontos para uma nova aventura, e em grande parte é graças aos medicamentos e cuidados de Chopper, que dançou quando recebeu elogios enquanto como de costume, negava sua alegria.
Todos estavam extremamente contentes, mas não tanto quanto Sanji. Ace observou o radiante rapaz rodopiar entre seus nakamas enquanto os abraçava e se certificava de que de fato estavam bem. Por um momento, seu olhar se encontrou com o dele e o chão sob seus pés pareceu afundar, o loiro deu lhe um sorriso largo que estremeceu seu coração. Imediatamente, sua mente esvaneceu, sendo deixado para trás no branco, somente o desejo de avançar nele com toda sua ardente paixão. Todavia, não poderia realizar tal ação e agitar seus companheiros ciumentos, muito menos assustar ele. Ao invés, saiu para procurar um pouco de ar, seu coração está batendo muito rápido.
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A hora do jantar, banquete para Luffy, é uma verdadeira festa; há muito comida, que Sanji insistentemente pediu aos cozinheiros reais para deixá-lo ajudar a preparar, muita bebida, música, Luffy e Ace competindo para ver quem comia mais, e os icônicos truques acrobáticos de Usopp. A próxima parada, foi um belíssimo banho com águas termais no grande banho do palácio que é de tirar o fôlego.
Todos tomaram uma ducha antes de entrar na grande fonte de água. Sanji foi o último a terminar. Quando foi se juntar a eles, os olhares voltaram-se para si e a conversa barulhenta se dissipou, com exceção de Chopper, que veio saltitando em sua direção com um frasco de shampoo, pedindo para que o ajudasse a lavar o pelo. O loiro mal se importou com o silêncio e os olhares vidrados em sua pessoa e sentou-se em um banquinho para realizar o pedido da rena. Enquanto os dois conversavam animadamente sobre coisas fofas aleatórias, o bando de abobalhados sentiam-se cada vez mais tontos com a visão das curvas de Sanji, suas pernas grossas, sua bunda empinada e redondinha mal coberta pela toalha a sua volta, e sua cintura surpreendentemente fina. Qual é, Zoro e Ace podem jurar que as pontas dos dedos de suas mãos podem quase se tocar ao segurá-la. Usopp não aguentou olhar tanto, afundando na água, envergonhado.
“Por que estão olhando tanto para o Sanji? Viram algo de errado nele?” Luffy sussurrou rudemente para os demais, não gostando muito do foco exagerado em seu cozinheiro. Olhou um pouco mais para o loiro, tentando encontrar alguma ferida ainda aberta ou machucado, mas ne sinal. O rei Cobra desviou o olhar, constrangido com sua própria ação e senhor Igaram limpou a garganta, desculpando-se pelo seu comportamento. Todavia, segundas intenções alguma passou pela mente de ambos os homens mais velhos, eles apenas se admiraram com a formosura de Sanji. Ace deu uma risadinha divertida, Luffy e Zoro instantaneamente olharam para o moreno; Zoro com um olhar ameaçador enciumado, e Luffy com curiosidade.
“Ele é tão belo, que é impossível não olhar tanto...” Murmurou o incendiário.
Luffy olhou para seu irmão por alguns segundos, como se lesse sua mente. Então, soltou sua característica risada e saiu da banheira em um salto.
“Sanji!! Lava o meu cabelo!” Correu até Sanji.
Ace adorou a ideia e propositalmente empurrando Zoro para o lado ao se levantar, também foi até o loiro.
“Se é assim, posso pedir para que lave o meu também?”
Inconformado, Zoro foi atrás dos dois.
“Saia do caminho, seu isqueiro ambulante!”
Os três então começam uma discussão para ver de quem Sanji lavará o cabelo primeiro quando terminar o de Chopper. Eventualmente, Usopp e o rei se juntam aos três em uma batalha acirrada de joquempô e Sanji apenas rir com diversão junto com Chopper.
*************
“O que está acontecendo lá?” Vivi pergunta diante da barulheira.
Nami rir com diversão e então responde:
“Devem estar competindo por algo, provavelmente para ver de quem será o cabelo que Sanji lavará primeiro. Eu também competiria por isso.”
“Sanji é incrível.”
“Sim, ele é.”
Chapter 25: Capitulo 25
Chapter Text
Alguns momentos antes do jantar:
Robin acordou cedo, se sentindo muito melhor e logo saiu do palácio sem ser percebida. Não estava se sentindo à-vontade, sabia que não era bem-vinda ali, e só está viva graças a Sanji; não se lembra de muita coisa, porém, viu o suficiente do loiro dando tudo de si para salvá-la. Aqueles médicos, de certo, não sabiam que era inimiga, mas ainda prefere não ariscar. Também não quer dar de cara com a princesa, mas queria muito saber como seu salvador estar. Com suas habilidades, espiona o que dizem os médicos, e descobre que o quarto onde ele está dormindo é bem ao lado do seu. Robin gerou um olho dentro do quarto e avista o loiro aconchegado no meio de seus companheiros. Ele parece ótimo, isso a deixa feliz, haverá uma ocasião na qual poderá agradecê-lo, mas por enquanto, precisa sumir um pouco.
.....
“Ela foi embora” Disse um dos médicos a Sanji quando ele perguntou por Robin. Ele se entristeceu um pouco, mas se estiver tudo bem com ela, não há com o que se preocupar. Todavia, queria muito vê-la uma última vez...
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Mais um dia em Alubarna e os chapéus de palha já estão perto de partir. Luffy decidiu ficar só por mais dois dias, então agora só falta mais um. Usopp está aproveitando essa tranquilidade para reabastecer seu arsenal de munições especiais. Ele está na varando do quarto onde todos estão dormindo, quando ver Sanji atravessando o jardim real.
“Ei, Sanji!!! Aonde está indo tão cedo?” Balança os braços no alto para chamar a atenção do loiro com mais facilidade. Sanji vira-se para ele e retribui o aceno. Ele está de volta em suas vestimentas elegantes, em seus costumeiros ternos finos de qualidade e, claro, com um cigarro entre os lábios, mas não aceso. Vivi deve ter pedido para alguém trazer as roupas para ele.
“Estou indo fazer compras. Preciso reabastecer o estoque da cozinha!” Sanji responde com vivacidade contagiante que faz Usopp sorri abobado. ‘Ele é tão fofo...’ o narigudo pensa.
“Eu vou com você!” Decide imediatamente sem esperar o consentimento, pois sabe que o loiro jamais negaria sua companhia ou de qualquer um de seus nakamas. Quando chega ao térreo, o cozinheiro está lá, esperando por ele pacientemente.
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As ruas estão bem movimentadas para o tempo nublado que se estabeleceu na cidade, Usopp observa distraidamente sem de fato se importar. Caminhando tranquilamente a um passo atrás de Sanji, apenas trocando opiniões sobre a aparência das lojas e seus produtos, é o suficiente para que nada mais além deste momento ocupe sua mente. Mas por mais que distraído esteja, seus instintos de defesa estão a mil, e é por isso que os olhares evasivos rumo a Sanji não lhe passam despercebido. Entre as barracas de produtos alimentícios, Usopp discretamente agia como seu guarda costas, analisando cada perímetro com sua excelente visão de atirador. De longe, sentiu o “cheiro” de comentários maldosos relacionados ao seu querido companheiro. Eram homens bonitos, mas visivelmente de caráter de merda; eles devoravam Sanji com os olhos aguados de perversão. Ânsia encheu seu estomago, e corajosamente, sacou seu estilingue e bombinhas de molho de pimenta, tão habilidosamente atirou nos olhos dos imbecis, sem ser notado.
“AAARGH! MEUS OLHOS ESTÃO QUEIMANDO! DE ONDE VEIO ESSA MERDA?!” homens gritam entorpecidos de dor, tropeçando em seus próprios pés e caindo em cima uns dos outros. Usopp riu baixinho e vanglorioso, uma missão bem-sucedida.
“O que está acontecendo?” A confusão desperta a curiosidade de Sanji.
Usopp apaga depressa seu sorriso e esconde seu estilingue.
“Só um bando de bêbados, não ligue para isso!” Ele entra na frente de Sanji para impedi-lo de ver que a causa da bagunça foi ele. Há molho vermelho na cara dos infames, Sanji logo associaria o acidente a sua pessoa.
“Mesmo? Mas estão bem? Devem precisar de ajuda-” Sanji tenta desviar de Usopp para se aproximar do grupo atordoado e empilhado no chão, mas o atirador insistentemente não sai do caminho. Usopp quase se ajoelha diante de seus pés, esse cara é divino, preocupado até com um bando de idiotas estranhos, mal sabendo que estavam lhe olhando com malícia descarada. É tão precioso, Usopp não pode deixar que esses depravados o corrompam.
“Sanji...”
“Qual o problema?” Sanji volta a atenção para seu rosto diante de seu tom trêmulo, preocupado. Usopp é mais baixo que ele, mas ainda assim o loiro parece tão pequeno e meigo. ‘Precisa tirar ele daqui!’ sua mente esbraveja.
“Éééé...” Usopp olha de um lado para o outro. “Olha só aquele peixe, eu nunca vi antes. Você conhece? Parece tão grande!” aponta para uma barraca mais afastado, onde um peixe de aspecto obeso e de cor avermelhada e pequenas manchas azuis está sendo pendurado pela cauda.
“Onde?” Sanji se vira, radiante. “Vamos ver mais de perto!”
Usopp comemora vitória quando o loiro segura sua mão e o puxa até a venda. Na verdade, ele sabe sim que espécie de peixe é aquela. Porém, aquela foi a melhor desculpa que encontrou para afastar Sanji daqueles imundos que não merecem sua compaixão. Além disse, sabe também o quanto o loiro ama falar sobre peixes e tudo que envolve o mar, citar curiosidades e receitas. Quando ele começou a falar sobre aquele peixe e como ele fica delicioso grelhado com um tempero que a pronúncia não entrou em sua cabeça, ouviu tudo como se fosse a primeira vez conhecendo o animal. Sanji parecia o próprio sol com seu sorriso estendido e suas bochechas levianamente coradas enquanto seus olhos cintilavam em nostalgia. Ele é um verdadeiro tesouro.
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“Eu não sei, ele me parece familiar...” Um marinheiro comenta com seu parceiro de trabalho.
Alguns deles estão espalhados por alubarna, procurando pelos chapéus de palha. O capitão deles derrotou um dos shichibukais e claramente é uma ameaça que precisa ser detida o quanto antes, assim como todos os membros de sua tripulação, foram as ordens que receberam do quartel general.
“Uau, ele é muito bonito. De onde veio?” O parceiro comentou de volta.
“Aquele narigudo é dos chapéus de palha, não é? Aquele cara elegante não deve estar com eles, certo?” O marinheiro murmura, sem tirar os olhos do belíssimo rapaz.
“Com certeza está sendo feito de refém. Ele está sendo roubado, aquele narigudo está obrigando-o a comprar todas aquelas coisas!” O homem afirma com convicção. “Chapéus de Palha... O quão terríveis vocês são?”
“Mas ele parece feliz demais para alguém que virou refém.” O outro marinheiro resmunga. “Olha que sorriso bonito” Ele acrescenta, observando o loiro falar tão animadamente sobre aquele peixe para o atirador.
Eles estão tão vidrados em Sanji que se esqueceram de relatar os status de sua missão ao quartel, mais focados em admirar a belezura diante de seus olhos do que cumprirem seu dever.
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Usopp também sacou a presença dos idiotas marinheiros, desejando sair o mais rápido possível dali com Sanji. Mas o cozinheiro está tão contente em fazer compras, que ainda não quer estragar sua diversão. Aliás, por que eles não atacaram ainda? Tem um monte espalhados, sabe mais ou menos a localização de cada um, e certamente ele e Sanji estão em desvantagem. Mas os panacas sequer se mexeram em seus esconderijos. Será que planejam deixar todo o grupo se juntar? Mas se Luffy chegasse com os outros, eles é que ficariam em desvantagem, porque juntos, ninguém pode com eles.
Ah...
Não pode ser...
Será que...?
Usopp olha um pouco para Sanji, alegremente agradecendo e pagando a belíssima vendedora de temperos de forma tão pomposa e hipnotizante, que a mulher até parece tonta.
Malditos marinheiros! Até eles estão cobiçando Sanji. O loiro que o perdoe, mas as compras têm que acabar agora, é melhor do que esperar que os números deles aumentem.
Chegando perto o suficiente de Sanji, cochicha:
“Há vários marinheiros escondidos nos cercando. Vamos tentar vazar daqui discretamente.”
Sanji mantém a naturalidade, acenando um adeus para a jovem mulher, que suspira apaixonadamente sem ele perceber, então começa a andar com Usopp.
Porém, os marinheiros notaram a mudança repentina e então começaram a prossegui-los. Sanji iria lutar, mas Usopp agarrou sua mão e correu com sua vida, não dando tempo para o loiro decidir o que fazer.
“Oh, céus! Tem muitos dele, não vamos dar conta!” Usopp grita desesperado.
“Você vai em frente, eu paro eles!” Lá vem Sanji com seu auto sacrifício.
“Nem pensar, eu não vou fugir sem você! Ne insista” usopp retruca.
“Então vamos correr!” Sanji grita. Normalmente, ele teimaria em ficar e lutar, mas a segurança de Usopp é mais importante. São muitos marinheiros aparecendo, ele não daria conta de lutar e proteger ele eficientemente. São todos de ataque a curta distância; Usopp é um atirador poderoso, mas está em desvantagem nessa luta.
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Smoker recebeu o comunicado de que há um dos Chapéus de Palha fugindo com um refém. Sinceramente, ele os acha um bando de inúteis, fazem nada sozinhos. Precisam mesmo dele para deter um único piratinha e salvar uma única pessoa? Que fracassados! Eles têm muito o que aprender.
Em poucos instantes, chega à localização na qual o meliante se aproximava, era a caminho do palácio real; Somoker pousou a poucos metros da entrada. Porque o suposto Mugiwara está indo para lá? O refém é a princesa? Ou o rei? O inimigo deve ser ninguém mais e ninguém menos que Monkey D. Luffy, só ele para causar tamanho alvoroço e só isso para explicar o fracasso de seus subordinados.
Entretanto, quem chega aos seus olhos é um narigudo desesperado e... Aquele maldito loiro formoso, bem quem ele mais queria ver. Precisava devolver algo para ele, foda-se se ele era um pirata também. Algo lhe diz que ele é diferente do resto da escória. Não esperou que se aproximassem mais, ativou seu poder e voou até eles. O rapaz de nariz grande quase desmaiou com seu surgimento repentino, e só não se esbabaçou no chão porque o outro o segurou. Sanji lhe lançou um olhar mortal e tudo o que sentiu foi seu coração acelerar com quão fodidamente sexy está pequena ação chega a ser.
“Baby, me desculpe pela abordagem brusca.” Diz, antes de sua fumaça envolver e afastar Usopp para longe e cercar Sanji em seguida.
“Usopp!” Sanji tenta chutar o capitão marinheiro e resgatar Usopp, mas só há fumaça. Choque percorre seu corpo, isso não pode estar se repetindo como foi com Crocodile... Não!
“Ele está bem, baby.” Smoker tenta tranquilizar.
“O que você quer? Me prenda de uma vez, se é isso. Mas deixe Usopp e meus companheiros em paz!”
Ele é tão determinado. É isso que Smoker gostaria de ver em seus subordinados patetas, que nem conseguiram seguir eles até aqui porque certamente foram espancados ou despistados. Em sua humilde opinião, Sanji seria um marinheiro espetacular.
“O que te faz pensar que os deixarei livres depois de prender você?” Retruca. A reação do loiro foi acimentá-lo com um olhar duro de rancor “Bom! Só quero te devolver isso!” Smoker estende um embrulho na direção dele, deixando o outro assunto de lado. Ele realmente não prenderia os companheiros do loiro. Se arrisca até a dizer que faria tudo o que ele pedisse. Que problemático para um marinheiro, principalmente quando se trata de um pirata.
“O que?” Sanji fica um pouco atordoado. “O que é isso?”
Smoker sente sua desconfiança, então desfaz o embrulho. Sanji ver que são suas roupas que deixara para trás quando se disfarçou com aquele vestidinho de empregada. Seu rosto começou a esquentar ao se lembrar. Ele as pegaria na volta para o Marry, pois havia algo muito importante guardado ali.
“Porque?”
Ele parece tão perdido, Smoker suspira internamente. É adorável esse olhar confuso.
“Não pergunte sobre meus motivos. Mas me agradeça, baby, aquelas mulheres malucas quase me bateram por eu estar te perseguindo.”
“Humpf! Bem-feito pra você! E não chame as donzelas de malucas, seu bárbaro. E também não me chame de baby! Meu nome é Sanji, entendeu? Sanji!” Sanji resmunga com aspereza, mas tira suas roupas das mãos de Smoker com muito cuidado. Suas palavras nada condizem com suas delicadas ações. “E... Obrigado!”
Sanji fica coradinho e Smoker não se aguenta, chegando mais perto e segurando seu queixo.
“Eu tenho que ir agora, baby” Sanji congela com a ação singela e o tom amoroso na voz oposta. “Nós nos veremos de novo” Smoker chega um pouquinho mais perto. Sanji está tonto com o homem tão divinamente derramando seus feromônios sobre si.
Oh, iria realmente acontecer? Smoker iria realmente beijá-lo?
“SALVE O SANJI!!!”
Foi a voz de Usopp cortando o momento, e em seguida, uma rajada de fogo dissipou a fumaça ao redor do loiro.
“Fumacinha? O que faz aqui?” Uma risada retumbante e perigosa invade seus ouvidos.
“Ace, punhos de fogo...” Smoker rosna em repúdio. “Poque está aqui?”
“Eu perguntei primeiro.” Ace entoa ameaçador, agora cara a cara com Smoker.
“Sanji! Você tá legal?” Usopp corre para o loiro e o abraça em meio ao seu dramático choro.
“Sim, estou bem.” Sanji o conforta. “Mas e você?”
“Foi só um susto. Encontrei Ace antes de chegar até Luffy, então vim o mais rápido com ele. Este capitão da marinha tem um poder parecido com o do Crocodile, fiquei com medo de você não...” Usopp para de falar, pois não quer pensar no pior.
“Entendo...” Sanji sopra. Eles viram que não pôde lidar com Crocodile, Usopp tinha razão em se preocupar quando viu o poder de Smoker. Droga! O que ele poderia fazer para enfrentar poderes como aquele?
Sanji sente que precisa se arriscar ainda mais, muito mais a cada vez que pensar que não é bom o suficiente para esse bando.
“Não sou bom o suficiente...” Diz para si mesmo “Preciso me esforçar mais para protegê-los! Muito mais!”
“Saia do meu caminho, malditos piratas” Smoker resmunga para Ace.
“Você nem deveria estar aqui, seu marinheiro imbecil. Esses “malditos piratas” fizeram mais por este reino do que a porcaria da marinha.” Ace cospe de volta. Eles estão prestes a começar uma luta, mas de repente, uma dor acerta seus estômagos, os pegando de surpresa e os fazendo voar para trás, cada um em direções opostas, finalizando a discussão.
“Já chega de brigas por hoje, seus desgraçados!” Sanji ralha, acendendo um cigarro e dando uma longa tragada. Isso foi muito repentino para os dois homens; os assustou... E cativou. O doce e gentil cozinheiro pode ser bem áspero quando quer, é algo excitante e tão belo, que os atiça.
Sanji fez por impulso, e por Usopp, que começava a tremer, assustado com os dois idiotas. Depois de chutá-los para longe, segurou na mão dele e seguiu para dentro do palácio, ignorando-os.
Smoker e Ace só puderam se lamentar por não serem eles no lugar do atirador.
Chapter 26: Capitulo 26
Notes:
(See the end of the chapter for notes.)
Chapter Text
É noite. Todos estão dormindo. Sanji está em um quarto separado. Ele saiu da dormida em conjunto para não incomodar seus companheiros enquanto escreve algumas receitas de Alabasta em seu livro e também uma carta. Enquanto isso, Ace passou pela janela e não o viu entre a turma de dorminhocos, mas do lado oposto, havia uma luz acesa, pensou que poderia ser ele. Claro, não dispensa possibilidades, então vai até lá, tendo a sorte de realmente encontrar Sanji, superconcentrado ao escrever algo.
“O que está fazendo, anjo?” Ace se apoia na janela com um grande sorriso. Sanji parece ter sido pego de surpresa, pois se sobressalta para trás com a mão no coração.
“Por favor, não faça isso!” Ele funga levemente aborrecido, olhando para Ace, que dá uma gargalhadinha e entra por inteiro no quarto.
“Me desculpe, me desculpe!”
Sanji suspira, derrotado por seu sorriso carismático.
“Tudo bem.” Suspira.
Uma leve brisa sopra ao lado de fora, está começando a chover. São poucas as gostas que caem, mas logo aumentarão. Eles ficam apenas se encarando à luz da vela que Sanji está usando como iluminação; há somente o som do vento e de suas respirações no lugar. Ace poderia viver só com isso, mas talvez esteja sendo estranho para o loiro, ficar encarando um ao outro com nada a falar, então resolve quebrar o silencio com um limpar de garganta e se aproxima um pouco mais dele, casualmente passando os dedos por entre os fios do cabelo dourado. Como Sanji não recusa ou faz qualquer movimento que demonstre desconforto, ele continua. Dá pra senti-lo aprovar o toque quando um leve suspirar deixa seus lábios.
“O que está fazendo, lindo?”
Sanji fica um pouco vermelho com o doce apelido, mas responde com disposição.
“Anotando algumas receitas. Por que ainda está acordado?” Ele omitiu sobre a carta. É pessoal para si.
Ace aprecia os olhos cintilantes encarando os seus e sorri um pouco mais.
“Pergunto o mesmo a você.”
Sanji está diante de uma encruzilhada, ele não diria que é por causa de pesadelos a sua falta de sono, também não quer simplesmente dizer que está sem sono, pois pode levar Ace a perguntar o motivo. Ele pode mentir, é claro, mas...
“Touche!” Diz apenas. Nenhum do dois parecem interessados em compartilhar seus motivos de estarem fora da cama tão tarde, aliás.
Eles se encaram em silêncio mais um pouco. De repente, Sanji se levanta da cadeira. Ace o observa ir até a janela e o segue.
“A lua está muito bonita” Ouve ele dizer com uma voz um tanto melancólica e uma expressão nostálgica.
“Não tão linda quanto você” Diz, com olhos apaixonados focados em Sanji.
Sanji rir timidamente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto diz:
“Ah, por favor, isso não é verdade!”
“Como não?” Ace segura suas bochechas para que possa olhar no fundo de seus olhos e em cada perímetro de sua face. “Sempre que olho para você, me sinto no paraíso. É incrível como me sinto tão bem só de estar perto de você. Temo que seja um sonho. Se for, eu jamais quero acordar!”
“Ace...” Sanji estremece em seu toque, Ace sente cada pulsação. Os pelos de seu corpo eriçam com a onda de calor enviada até seus nervos pela doce expressão apaixonada. Nada no mundo se compara a algo tão terno.
“Quero muito beijar você, já tem um tempo!” Declara sem rodeios, aguardando ansiosamente a resposta de Sanji. Talvez ele o chutaria pela janela, o xingaria ou simplesmente fingiria não ter ouvido. Mas então, sanji está nas postas dos pés para alcançar altura o suficiente para encontrar os lábios com os seus. É mágico e inexplicável, como se uma explosão acabasse de ocorrer em sua cabeça, o entorpecendo com uma deliciosa sensação de completude. É único, sobrepujando sua própria temperatura. De repente está frio, e então o calor volta, com mais força e paixão, aquecendo até sua alma e seu coração prestes a explodir como um vulcão. Oh, sua cabeça repentinamente acende como uma tocha. Sanji dá um passo para trás em surpresa, diante dos cabelos flamejantes do Portgas.
“Desculpe, isso foi imprevisível.” Ace sorri sem jeito, sentindo-se um pouco envergonhado. Mas Sanji não o olha com outros olhos além de apreciadores, e isso o encoraja a voltar a ação.
Ele não perde tempo ao circundar a cintura do loiro e aprofundar o contato das bocas, sugando os lábios por mais e mais ofegos dele. Sanji é um tudo, um mundo em seus braços, o paraíso personificado, tudo de bom que sua mente é capaz de imaginar e um pouco mais. Seus doces suspiros entram e fazem morada; agraciam seus ouvidos como uma boa música e atiça seu ser.
“Sanji...” Geme, e o loiro derrete em seu aperto, choramingando seu nome, coberto de tesão. “Oh, Sanji... Sabe o que vai acontecer se continuarmos?”
Sanji funga diante da pergunta.
“Claro que sei, não sou inexperiente.”
Ace reflete um pouco sobre quem poderia ter sido o miserável sortudo que teve a primeira vez de Sanji, e em como pode fazê-lo se sentir mil vezes melhor.
“Então tudo bem se eu-?” É claro, antes, quer ter certeza se o loiro quer isso também.
“Apenas vamos logo, por favor!” Sanji resmunga com pressa, e o empurra na cama, subindo em cima dele logo em seguida. “Eu posso?” Sanji pergunta, sua libido encarnada em seu corpo.
“Oh, céus!” Ace geme, definitivamente se sentindo no céu, e há um deus montando nele com todo seu magnifico esplendor divino. Não há coisa melhor. “Tudo o que você quiser, meu anjo.”
******************
A chuva cai lá fora, lavando a terra, hidratando o solo e obstruindo os gemidos de Sanji e Ace.
“A-Ace! Vou gozar... de novo!” Ace está o segurando em seu colo, fazendo movimentos circulares nas laterais de seus quadris com os polegares, seu pau escorregando em um vai e vem conforme Sanji quica e rebola. É uma visão extraordinária, ele não sabe como descrever. O máximo que esperava ter dele era um beijo, mas ganhou uma dádiva dessas. Isso é de outro mundo, uma benção dos seus. Deve ter feito algo absurdamente bom para ser agraciado com esse divino homem.
“Ace, Ace, Aceee...” Sanji se senta cada vez mais forte, em busca de seu próprio prazer. Ace não se importa nem um pouco de ser usado por ele, pelo contrário, é o que mais quer. Sanji pode pisar e bater nele. Tudo será bem-vindo.
“Estou aqui, amor. Estou aqui.” Perante sua voz carregada de devoção, Sanji se joga contra seu corpo, abraçando apertado seu pescoço enquanto atingi mais um orgasmo; o quarto, provavelmente, Ace não pensou em contar. Em vez disso, ele afunda o rosto no pescoço suado do loiro, inalando o excelente cheiro de sexo que emana dele, excitando-se ao extremo.
“PorraaAh! É tão bom!” Sanji choraminga, apertando Ace com suas pernas e intensificando sua penetração, se puxando para baixo.
“Oh, céus! Sim, é maravilhoso! Você é maravilhoso!” Ace se impulsiona contra o loiro, sentindo a maciez da bundaa contra sua pélvis e de seu cabelo contra uma de suas mãos ao deslizá-la até sua cabeça, de forma acolhedora, o abraçando como uma corda salva-vidas. Sanji funga, geme e choraminga, arranhando suas costas em busca de alívio para o prazer tremendo.
Ace se deita sobre seu corpo, sem jamais se afastar. Demora uma pouco para conseguir sair de seu abraço e voltar a segurar sua cintura. Começa pelas pernas, apertando as coxas com dedicação suprema enquanto seu pau enche a entrada e rompe suas paredes, então desce até a belíssima cintura fina e aperta até suas mãos deixarem-na marcada. Sanji segura seus pulsos para obter firmeza ao tê-lo estocando mais fundo e ávido, curvando as costas e se contorcendo, super estimulado. É intenso e quente, diferente de sua primeira vez, onde foi mais calmo, cuidadoso e não durou muito. Não que Ace esteja sendo áspero. Sanji gosta de como ele faz, o calor corporal dele o enche até a borda e anuvia sua mente. E está conseguindo aguentar bem mais do que esperava. Já foram quantos orgasmos? Bem, tanto faz, mas sente que desmaiará a qualquer momento.
“Oh, Sanji! Desculpe! Eu... Ah, droga!” Ace acelera mais, empurrado forte em Sanji, luxurioso, gozando em seu interior. Sanji rebola contra seu pau faminto, recebendo, com prazer, sua descarga.
Eles continuaram, até que Sanji desmaiou. Ace cuidou e o limpou. Sanji mal sabia o que acontecia, mas se sentiu seguro e dormiu sem o incomodo dos malditos pesadelos. No dia seguinte, Sanji acordou cedo e admirava Ace dormir. Logo o moreno acordou, sorrindo para ele.
“Ainda estou dormindo? Ou não foi um sonho?” O moreno murmura com um sorriso de bobo.
“Por que achou que seria um sonho?” Sanji questiona, sorrindo acolhedor.
Ace acha que essa foi a melhor maneira de acorda. Muito melhor que acordar com o cheiro de um delicioso café da manhã. Que loucura, ele realmente está apaixonado.
“Por que foi bom demais para ser real.” Ele responde, arrancando uma risadinha de Sanji. “Posso perguntar algo?” Se aconchega mais perto do loiro.
“Claro!” Sanji também chega mais perto.
“É algo bobo da minha parte, mas aquele terno que o fumacinha lhe entregou... Qual a importância dele? Pode ser perigoso ficar com ele. Quero dizer, não estou dizendo para jogá-lo fora, mas se estiver grampeado ou algo do tipo? Só fiquei meio preocupado sabe...”
Sanji rir de seu gaguejar. Mas fica um pouco sério, isso não seria um perigo só para ele, como também para a tripulação. Para Luffy. Ele é o irmão mais novo de Ace. Claro que Ace ficaria apreensivo.
“Eu entendo. Não há nada de errado, como irmão mais velho, você tem razão em se preocupar com a segurança do Luffy. Eu jamais colocaria meu capitão em perigo, por isso o olhei e revisei várias vezes seguidas... Não é como se eu fosse ficar com ele por muito mais tempo, na verdade. Eu só o queria para poder-”
“Não é sobre Luffy que estou preocupado, meu bem.” Ace interrompe Sanji, segurando suas macias mãos ao capitar seu nervosismo. “Digamos que apenas não quero aquele marinheiro idiota seguindo você por aí.”
“Eu?” Sanji fica muito corado, embora tenha certeza de que Ace apenas não quer fazê-lo se sentir culpado por colocar seu irmãozinho em perigo. Ele é um homem muito gentil e não faz seu estilo, fazer as pessoas se sentirem mal.
“O terno não é importante, de qualquer forma.” Sanji fala desviando o olhar. Ace se sente um pouco inconformado, ele não devia ter começado esse assunto, agora Sanji deve estar se sentindo mal por causa dele. “Eu só o peguei de volta para recuperar Vivre Card que você me deu, cujo não tive tempo de pegar durante minha fuga.”
Caramba, Ace não o merece. Sabe e sente que não o merece. Ele não queria o terno de volta por ser caro ou algo do tipo, mas sim apenas para recuperar um pedaço de papel que deu a ele. Esse homem é mais que perfeito.
“Oh, anjo! Isso é muito fofo de sua parte” Ace segura suas bochechas com entusiasmos e beija seus lábios. Sanji congela por uns instantes.
“Pare de me deixar envergonhado, seu idiota!” Ele cobre o próprio rosto para esconder a vermelhidão. Ace faz uma careta com o quão profundo seu coração falha uma batida.
“Eu tenho que ir agora...” Ace se entristece, odiando a ideia de deixar Sanji para trás. Ele caminha até a janela, o dia mal amanheceu. “O Vivre Card...” Olha para trás, para Sanji às suas costas “Voltarei para vê-lo assim que completar meu objetivo, então guarde-o bem! Eu voltarei por você.” Um vento forte sopra, balançando seus cabelos, lhe sustentando uma imagem angelical de Sanji. Ace olha bem e a guarda em sua memória, mal esperando pelo dia em que o verá novamente.
“Sim...” Sanji diz em um fôlego, mal conseguindo respirar por conta de seu coração que está palpitando loucamente.
Ace corre até ele para um último beijo e então sai pela janela como um idiota apaixonado. Bom, ele está apaixonado. Sanji o ver partir e seu coração se aperta dolorosamente, sentindo o vazio repentino. Eles sempre se vão. Nunca ficariam por ele, ninguém nunca fica. E talvez, nunca voltem. Por que Ace faria isso? Há pessoas muito melhores para ele no mundo lá fora. Claro que ele não voltará. Sanji não quer ter esperanças, então logo busca se conformar em viver sem ser amado dessa forma.
*Querido Zeff,
as aventuras não param. Encontrei um grupo valioso ao qual daria minha vida. Eles são como a família que sempre sonhei ter. Claro que você e todos no Baratie também são minha família, você me entende, não? O que eu quero dizer é: não se preocupe comigo, estou com pessoas maravilhosas e a caminho de realizar o meu sonho (o nosso sonho), a cada dia que passa, me sinto mais perto do All Blue. Assim que encontrá-lo, irei buscar vocês para vê-lo. Muito obrigado por ter me dado uma chance de viver este sonho, eu jamais teria conseguido sem o seu sacrifício.
Espero que esteja bem!
Ass.: Sanji...
Notes:
Digam-me, quem vocês acham que foi o primeiro de Sanji? Eu já tenho alguém em mente, mas vocês podem dar alguns chutes🤭🤭
Chapter 27: Capitulo 27
Notes:
(See the end of the chapter for notes.)
Chapter Text
Sanji acorda ainda sentindo o calor de Ace embalando seu corpo, mas é apenas o cobertor aquecido pela noite que tiveram. O moreno já deve estar a uma boa distância de Alubarna, e Sanji já deveria estar reunido com seus companheiros. Nami pediu para que estivessem prontos cedo para partirem o quanto antes, pois a marinha logo apareceria atrás deles. Levantando-se aos tropeços, pelo menos já está com as calças no lugar, vestiu depressa sua camisa e arrumou a gravata a caminho até seus companheiros.
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Luffy balança seus pés no ar, entediado, estranhando a demora de Sanji. Onde ele foi ao final das contas? A inquietação gerada pela sua impaciência já o deixou prestes a ir buscá-lo onde quer que ele esteja. Ace ainda estava perambulando por aí hoje cedo. Apesar de confiar muito em seu irmão, uma pequena parte sua teima em pensar que Ace levou Sanji embora. Confia muito em Sanji também, e acredita que o loiro jamais fugiria sem ao menos se despedir, certo? Assim... Sanji gostou muito de Ace. Existe a possibilidade de ele ter ido embora junto dele? Não, Sanji não faria isso! Que idiota pensar que Sanji faria isso depois de jurar lealdade, certo? Aah! Ele não vai aguentar mais, está ficando paranoico. Quando já está se pondo sobre os pés, a porta se abre e um Sanji apressado passa por ela. Mais uma vez, Luffy se sente um idiota. Sanji escolheu ser seu cozinheiro, seu companheiro. Ele nunca os abandonaria.
“Me perdoem o atraso, eu dormir demais!" O loiro diz, ofegando. Deve ter corrido muito até ali, Luffy observa, para não se atrasar, para não os preocupar.
“SANJI!” deixando de lado toda sua boba apreensão, Luffy corre e se enrosca no cozinheiro, abraçando seu pescoço e prendendo sua cintura com as pernas. “Bom dia, Sanji!” E dá a ele seu mais contente sorriso. Os outros ao redor só puderam olhar com carinho para aquela cena de aquecer o peito. Vivi soltou um grande suspiro nostálgico que chamou a atenção daqueles perto dela. A despedida se aproxima, e apesar de querer muito estar com eles, já havia tomado sua decisão. Nami, a única sabendo de sua escolha, senta-se bem ao seu lado na cama, e a abraça pela, possivelmente, decima vez naquela manhã, e Vivi saboreia cada segundo.
Retomando aos outros dois....
“Estranho... Sanji nunca dorme até tarde!” Luffy analisa até o mínimo das feições de Sanji. Ele aparenta irritação com a ausência de seu cozinheiro - Sanji até desvia seu olhar do dele, um tanto envergonhado -, mas o bico nos lábios de seu capitão delata que ele está apenas sendo mesquinho.
“O que estava fazendo?”
Vermelho carmim pinta o rosto do Loiro com a pergunta, e ao pensar sobre o motivo de seu atraso. Luffy não compreende a coloração dominando a face imaculada de seu precioso cozinheiro, mas não o interroga mais do que isso. É somente curiosidade genuína, mas Sanji enxerga uma leve suspeita.
“P-por aí...?” Sanji diz, olhando para os cantos, fugindo dos olhares atentos de seus companheiros.
Luffy pensa e repensa. Sanji passou a noite “por aí” e Ace também estava “por aí”, como havia dito para ele quando perguntou. Luffy sabe que eles não estavam simplesmente “por aí”, ele não é desatento o suficiente para não notar seu irmão flertando com seu cozinheiro, igualmente receptivo. Ligando os pontos minunciosamente, dá pra sacar que estavam juntos. E, sinceramente, não se incomoda com isso, Sanji e Ace já são grandinhos e podem tomar suas próprias decisões. Desde que não machuquem um ao outro, está tudo bem. Ace é um cara legal e cuidadoso, ele jamais brincaria com os sentimentos de alguém tão amoroso como Sanji. E Sanji... Sanji é uma benção na terra, que dá tudo de si para agradar aqueles de quem gosta. Ele parece bem, apesar da expressão nervosa, e sabe bem o porquê dela, e até solta uma pequena gargalhada em apreciação. Sanji é tão fofo.
“Você se despediu do Ace? Ele passou por aqui, mas você não estava.” A pergunta faz Sanji ficar ainda mais tenso. Não a fez de propósito, só quer mudar de assunto. Isso é só mais um pedaço de sua personalidade imprevisível, mas o que Sanji deve estar pensando é que sabe exatamente o que ele estava fazendo, e com seu irmão. E deve estar se perguntando que pensaria dele agora. Luffy não liga para isso se Sanji consentiu. Mas antes de deixar claro que sua intenção não é trazer à tona o que rolou entre os dois, Sanji finalmente responde, entre gaguejos:
“Ah... Sim, sim! Eu o vi um pouco mais cedo.” Luffy não parece realmente interessado em saber o que fez na noite passado que o levou a se atrasar para o encontro, e isso o aliviou. Seu capitão é genuíno, ele não se importaria com uma coisa dessas, a menos que fosse prejudicar o bem-estar da tripulação, sanji anota mentalmente que não deve esquecer disso. Ele mesmo jamais deixaria que suas ações clandestinas atrapalhassem o bando. Ah, ele está fazendo tempestade em copo d’água, ficando nervoso com algo que não alteraria seu desempenho no grupo, Luffy tem nada o que pensar dele. Suspirando fundo, ele toma compostura e sorri como sempre, deixando isso de lado e guardado em um cantinho especial de sua mente e coração.
Luffy sorri alegremente simples e calmo. Isso mesmo, Sanji não precisa se preocupar com o que pensaria dele, basta seguir como se nada tivesse acontecido, ele não é obrigado a dar satisfação de seus momentos íntimos. E não há o que se pensar sobre isso, não é da conta deles. Sanji pode ser seu companheiro, mas ainda tem sua própria vida.
“Ele disse que adoraria uma de suas marmitas pirata, mas não quis incomodar e foi embora.” Joga seu braço por cima dos ombros de Sanji, com um largo sorriso nos lábios. Sanji está calmo agora, isso é bom.
“Idiota! Ele poderia incomodar sim... Quer dizer, isso não me incomodaria, na verdade.”
Claro que não, Luffy gargalha, ainda mais quando é alguém que adora cozinhar. Ace é um boboca, Sanji adoraria preparar algo para ele.
“Sanji é tão atencioso.”
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Despedirem-se de Vivi em silêncio foi triste. Sanji, Usopp, Chopper e Luffy queriam gritar de volta e dizer que ela nunca deixaria de ser um Mugiwara, quando perguntou se ainda seriam companheiros mesmo que ela tenha escolhido ficar em Alubarna e assumir sua responsabilidade como princesa de um país inteiro. Mas Nami os calou. Claro que dizer nada doeria muito, tanto para ela quanto para eles, mas a navegadora explicitou que não podiam arriscar com a marinha em seu encalço. Se descobrissem que Vivi, a princesa de Alabasta, possui ligação com piratas, ela seria vista como uma criminosa. Eles tinham que partir em silêncio. Porém, Vivi ficou sabendo que serão companheiros para sempre; aquele X que os unia como companheiros e os diferenciaram de possíveis impostores foi novamente desenhado por Nami em se braços, que foram erguidos para mostrar a ela o sinal que significou, e significa que são companheiros de verdade.
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Sanji está encostado perto da carranca do Marry, que está tão machucado que dói seu coração. Mas com certeza não está doendo tanto quanto o de Usopp. A medida em que mais Marry aparenta estar próximo de seu fim, mais triste o atirador fica. Sanji quer poder consolá-lo de alguma forma, mas não encontra nada que possa fazer. Alimentá-lo com sua comida favorita só o deixou mais melancólico por lembrá-lo de sua vila, e falar sobre o navio não seria boa ideia, pois só o lembraria de o quanto ele está detonado. Ao menos Luffy e Chopper conseguem distraí-lo um pouco com suas brincadeiras bobas, mas divertidas, correndo ao redor do mastro em um pega-pega sem fim. A tranquilidade reina; Zoro está cochilando e Nami relaxando perto de suas amadas tangerinas. A ausência de Karoo e Vivi ainda é perceptível, trazendo-lhe uma sensação nostálgica e, repentinamente seus pensamentos também se voltam para Robin, a garota que parecia tão melancólica ao lado do infame Crocodile. Como ela deve estar, agora? Estaria livre, ou foi pega pela marinha? Estaria indo viver suas próprias aventuras ou resolveu viver uma vida tranquila em alguma ilha? Ficou tão distraído com tais dúvidas, que não sentiu a presença invasora chegando mais perto.
Robin sorriu apreciativa com a visão de seu adorável herói, perdido em pensamentos enquanto fumava um cigarro. Já longe do perigo de Alabasta, saiu então de seu esconderijo.
“Conseguimos finalmente sair da ilha? Isso é ótimo!” Sua pronúncia alerta a todos. Até o cara dorminhoco de cabelos verdes acordou, embora não tenha falado alto. O cigarro de Sanji caiu de sua boca, Monkey D. Luffy, o atirador e rena fofa param de correr e ficaram como estátuas, observa detalhadamente a reação de seus espectadores.
“Por que diabos você está aqui?” A navegadora se indigna, suas mãos na cabeça é uma demonstração do quão inesperada é sua presença.
“Intrusa! Intrusa no nosso navio!” O senhor narigudo grita e volta a correr de um lado para o outro e desta vez não é pela brincadeira com seus amigos, ele está apavorado. A pequena rena se esconde muito mal atrás do mastro, apenas metade do seu rosto fica oculto, quando deveria ser seu corpo.
“Veio buscar vingança?” O senhor espadachim levantou-se lentamente, ficando na frente do corpinho a mostra da rena, protetoramente. Ele está pronto para sacar sua espada. É um incentivo para que a senhorita navegadora também saque uma arma; seu bastão, pronto para golpear.
O capitão parece distraído em uma busca na sua memória por alguma lembrança referente a sua pessoa.
“Robin-chan?!” Ah, seu doce herói. Ele parece muito feliz em vê-la, ao contrário do restante. Ele está sorrindo com olhos tão brilhantes e abertos.
“Você é aquela mulher que me salvou de afundar na areia!” Monkey D. Luffy grita como se fosse o maior achado de sua vida, o que lhe tira uma risadinha.
“Você salvou o Luffy?” O cozinheiro pergunta. Robin havia pensado que ele a salvou como forma de pagar a dívida que Luffy obteve com ela ao salvá-lo do destino cruel de ser engolido pela areia do deserto, mas parece que o chapéu de palha não comentou sobre isso para eles. Logo ver que esse não foi o motivo de ter sido salva por ele, então por quê?
Ela tenta se aproximar um pouco mais de Sanji, mas seus companheiros estão prestes a pular sobre seu corpo, eletrocutá-lo e fatiá-lo ao mínimo passo que der em direção a ele. Todos estão dispostos a atacá-la, de armas prontas; bastão, espadas, estilingue, punhos e até cascos. O cozinheiro não é fraco, mas ainda assim, seus companheiros ficaram apreensivos? Ela entende. Ele a salvou, então por que a atacaria? Além disso, em algum momento, ouviu um dos companheiros dizer algo: “Sanji não bate em mulheres, então temos que prevenir que ele não lute com uma.” Claro, ele jamais levantaria um dedo para ela. Ele sequer se moveu quando chegou mais perto. E as armas só ficaram mais firmes nas mãos de seus donos. Francamente, ter armas apontadas para si é algo que a irrita profundamente. Essa ação é como um lembrete de que deveria morrer o mais rápido possível. Um lembrete de como é indesejada.
“Por favor, não apontem suas armas para mim!” Pede, antes que mãos brotem ao redor deles e os desarmem.
“O que pensa que está fazendo?” O espadachim grita e avança mesmo assim. Mas mãos seguram seus tornozelos, o levando ao chão e mais mãos o segura no lugar. A navegadora agora está sendo detida contra o mastro, e a pequena rena e o narigudo sofrem um ataque de cócegas. Luffy, o capitão, fica em uma encruzilhada quando vai contra a mulher e Sanji entra no meio.
“Espera, Luffy!” Seus olhos estão clamando.
“Sanji, eu não vou machucar ela. Só vou prendê-la.” Luffy dita com olhar ameaçador na direção de Robin. “Ela me salvou, além disso. Mas não vou permitir que machuque minha tripulação” Luffy olha para seus companheiros presos. Chopper e Usopp estão respirando pesadamente, fracos de tanto rir, Robin parou de fazer cócegas neles e apenas segura seus braços. Zoro e Nami ainda se debatem em busca de liberdade, furiosos. Luffy se pergunta de onde essa mulher tirou tanta força para amarrar seus companheiros ao mesmo tempo com suas mãos, principalmente seu espadachim que tanto vivi treinando.
“Será que eu devo soltá-los?” Robin olha para Sanji com um sorriso presunçoso.
Luffy tenta novamente segurar Nico Robin, mas ela o prende com força e começa a lhe fazer cócegas. Uma confusão barulhenta começa: Chopper e Usopp estão gritando para Sanji fugir; Luffy está gargalhando muito alto; Zoro e Nami estão desferindo ameaças.
“Você cometeu um crime terrível, rapazinho bobo!” Ela diz a Sanji. Em meio a tormenta, só ele escutou.
“O que?” Parece confuso. Robin alarga seu sorriso de presunção.
“Você me salvou quando eu ia morrer. Esse, é seu crime!” Robin fica absurdamente seria.
“Hein?!” Sanji não está acreditando no que está ouvindo. “Por que salvar alguém é um crime?”
Robin ignora a pergunta áspera. Ela não considera um crime, mas o governo sim.
“Eu não queria ser salva...” Ela mente, ficando com uma expressão sombria.
“Foda-se! Eu te salvaria mesmo se soubesse que não queria. Você poderia tentar morrer em qualquer outro lugar, mas sem eu ver. A vida é preciosa, só podemos viver uma vez. Não acredito que alguém que sobreviveu ao lado de alguém tão perigoso até agora, queira desistir dela tão facilmente. Você não tem um sonho para realizar? Todos temos um, e ainda continuaremos querendo viver depois de realizá-lo, porque queremos desfrutar dele o máximo que pudermos.”
Ele tem razão. Veio sobrevivendo no submundo na esperança de que um dia pudesse realizar seu sonho, por mais perigoso que seja apenas mencioná-lo. Morrer agora não é uma opção. Mas ainda assim, ele não tinha razões aparentes para se arriscar e salvá-la.
“Por favor, solte meus companheiros.” Sanji pede novamente. “Você pode fazer o que quiser, só não machuque eles.” Não há sinais de que ele vai lutar contra ela. É um cavalheiro ou um verdadeiro idiota? Robin se pergunta. Mas ao mesmo tempo, está fascinada. Sanji realmente não se importa com a própria pele, ele até chegou mais perto de si, lhe dando liberdade para fazer o que quiser com ele, em troca da segurança de seus nakamas.
Robin suspira profundamente:
“Tudo bem, mas eu preciso perguntar antes:” Ela faz duas mãos brotarem nos ombros de Sanji e segurar suas bochechas. Uau, são tão macias... “Por que você me salvou, mesmo eu sendo sua inimiga?”
Sanji demorou um pouco para responder, mas então ele sorriu, um sorriso acolhedor e compreensivo.
“Você não queria morrer, não é?! Eu não sei explicar bem, mas... Naquele momento, senti que você não queria morrer ainda. Pude ver em seus olhos, então não poderia deixar você para trás. Teria feito o mesmo com qualquer outra pessoa, por que esse sou eu.”
Isso a surpreendeu. Nem seus supostos amigos se arriscaram para salvá-la. Mas esse estranho o fez sem esperar algo em troca, sem esperar uma recompensa. Ela não consegue entender.
“Por que esse é você?” Está tudo silencioso agora, todos prestando atenção no que Sanji responderia. Ele não expressava muito seus ideais, seus pensamentos e crenças. A curiosidade os banhou como desabrigados sob uma tempestade.
“Eu só... Acredito que todos merecem uma chance de se redimir. Então cabe ao mundo aceitar ou não sua redenção...”
“Que gentil... Não há muitas pessoas boas como você no mundo. Entretanto, o mundo não aceita a redenção de todos.”
“Então que se dane o mundo. Você só precisa que seus companheiros aceitem seu arrependimento. Se eles não a aceitarem, aí sim você pode morrer, mesmo que ainda haja um sonho a realizar...” Isso gelou os ossos deles. O quão profundo é essa idealização de Sanji, de abandonar tudo e morrer ao não ser aceito por aqueles que ama? Ele nem mencionou a possibilidade de procurar por outro refúgio. Mas Robin sim:
“Se seus companheiros não aceitarem, você pode procurar por outro refúgio, então por que acabar com sua vida aí?” Parece que o diálogo se alterou, e agora é Robin que procura entender por que Sanji se deixaria morrer tão facilmente.
“Essa é uma opção. Mas os meus companheiros são insubstituíveis. Por mais que eu procurasse, nunca haveria iguais aos que amo tanto.”
Oh, isso explica. Robin suspira mais uma vez.
“Não tenho companheiros com os quais me redimir. E o resto mundo não é uma opção, pois não devo nada a eles. Graças a ele, eu não tenho um lugar para chamar de lar desde meus oito anos de idade. O governo destruiu a ilha onde eu vivia. Sou a única sobrevivente...” Robin desfaz suas amarras, ajoelhando-se no chão, parece que desistiu de vez. Todos estão livres, mas ninguém avança contra ela.
“Não há companheiros com os quais se redimir?” Sanji questiona com um sorriso doce.
Robin sorri de volta para ele, seus olhos lacrimejam um pouco.
“Eu só não encontrei companheiros de verdade. Todos que realmente importavam estão mortos agora.” Ela olha ao redor, para o bando do chapéu de palha. Estão sérios, não há compaixão ou pena, nem mesmo vindo do loiro. Ela agradece, pois só a faria se sentir mais miserável. Oh, ela quer sentir novamente o que é ter amigos de verdade.
“O que você quer?” Luffy se aproxima dela, tão sério quanto o restante.
Sorrisos grandes de determinação moldaram os rostos de todos, a enchendo de confiança.
“Quero entrar para o seu bando!” Robin se põe de pé, esperando ansiosamente. Se eles a aceitarem, não é por dó, mas sim para permitir que ela tenha novamente o calor de pertencer a algum lugar.
“Claro!” Luffy gargalha, e é tão familiar. Robin se o acolhimento acariciando sua pele.
“Ok, ok. Seja bem-vinda.” Usopp se aproxima com o adorável médico rena em seus ombros. “Mas peça desculpas, você nos assustou.” Ele aponta na sua cara, lhe arrancando uma risadinha.
“Ora, ora, me desculpem!” Faz cócegas nos dois com novas mãos brotadas em suas barrigas. Eles gargalham como bebês. Ao seu lado, Sanji parece derreter com corações nos olhos, enquanto aprecia a ela e a navegadora que começa a puxar assunto, animada com mais uma mulher no grupo; Luffy pula ao seu redor para que brinque com eles e Zoro volta a dormir.
Notes:
Mais alguém no bando para apreciar nosso doce Sanji❤️
Chapter 28: Capitulo 28
Summary:
Que comece o arco de Skypiea 🤗✨
Notes:
(See the end of the chapter for notes.)
Chapter Text
O bando do Chapéu de Palha é diferente de todos os grupos de piratas que Robin já viu. Eles são energéticos e bobos na maior parte do tempo. Não parecem que levam a pirataria a sério, é como se tudo fosse uma grande brincadeira para eles. Ela pensa isso não de uma força julgadora. É até reconfortante e a faz se sentir segura. Eles são divertidos e únicos.
“Robin-chan, trouxe um refresco para você!” A voz melódica do cozinheiro a tirou de seu transe. Ele rodopia até a mesa onde está sentada, habilidosamente equilibrando a bandeja na ponta dos dedos de sua mão. Robin aplaude de leve e agradece:
“Obrigada, senhor cozinheiro!” Um sorriso enfeita seu rosto quando o cozinheiro cora um pouco e põe uma mecha de seu cabelo dourado atrás da orelha. Os fios brilham ao sou e Robin os assemelham ao mais puro ouro.
“Por favor, me chame de Sanji...” Ele murmura descontraído.
“É claro, Sa-”
“Sanji, Sanji! Faz pra mim também, por favoooor!” Chopper veio saltitando até Sanji, subindo em suas costas e se sentando em seu ombro. Sanji o segurou para que não caísse. Ele a interrompeu, não intencionalmente. Mas de qualquer forma, não se importou, o que lhe chamou a atenção foi a beleza da cena muito fofa a sua frente.
“Pra mim também, Sanjii!” Luffy se jogou no chão abraçando uma das pernas do cozinheiro, que apoia uma mão na cabeça do garoto, sorrindo para ele. Robin deu uma risadinha genuína, tem tempos que não sorri de verdade...
“Está bem, pessoal...” Sanji fala suavemente. Robin olha bem para sua expressão contente e cintilante; esse é o tesouro dele, essas pessoas são seu bem mais precioso... Seus olhos se encontram com o dele; é como o oceano inteiro em um lugar pequeno, mas igualmente belo. Tudo ao seu redor se converte no som das ondas e do vento. Sanji sorri para Robin, e seu sorriso diz: “Eu os amo. Cada um deles.”, Robin Sorri de volta, e seu sorriso diz: “Eu sei.”
“Sanji, eu também quero um refresco~” Nami se junta, ficando entre o loiro e Robin, fazendo biquinho para ele ao falar, e logo sentando-se à mesa também.
“É claro, minha querida Nami!” Sanji canta com corações ao seu redor, saindo com Chopper e Luffy ainda grudado em seu corpo.
“Sanji, não se esqueça de mim!!”
“Jamais!” O citado grita de volta para Usopp, que lhe dá um grande sorriso de agradecimento.
Zoro apenas assiste à comoção, ele não precisa pedir, Sanji já sabe que ele quer, Robin constata ao ver a troca de olhar e o sorriso reconhecedor moldando seus belos rostos.
“Ciúmes?” Ela se volta para a navegadora, perguntando com diversão, retomando à lembrança da intrusão repentina da navegadora entre ela e Sanji. Não que a tenha incomodado, isso não a deixou mal; lhe trouxe foi alegria, ver o quanto eles cuidavam bem de Sanji.
Nami a olha por alguns segundos. Não é que ela esteja com ciúmes, apenas quer que Sanji esteja seguro, que todos estejam seguros. Embora a ideia de ter outra garota com eles a tenha animado bastante, Robin ainda não é confiante o suficiente. Se seus amigos idiotas preferem ficar brincando pelo navio ou dormindo em algum canto ao invés de ficar de olho na novata, só resta a ela assumir este papel de vigia, sozinha. Bem, foi o que pensou alguns minutos atrás, antes de Luffy e chopper ficarem no pé de Sanji, e Zoro e Usopp ficarem bem atentos a Robin quando o loiro foi a servir. Sinceramente, ela realmente não parece má.
“Desculpa se te incomodou. Só estou sendo um pouco cautelosa. Você trabalhou para o Crocodile e-”
“Eu entendo.” É a vez de Robin interromper. “Eu também ficaria assim se tivesse companheiros como os seus. Principalmente Sanji. Ele é... Não sei dizer, é confortável ficar perto dele.” Robin sorri na direção da cozinha. Sorrisos, há tanto neste navio... E veja só, Nami sorri para ela.
“Eu fico contente que todos percebem como ele é precioso, e também preocupada.” O sorrio desaparece na última frase. Robin também para de sorri. Elas ficam apenas observando a porta da cozinha por um momento, e ouvindo a barulheira animada que vem de lá. “Ele não é fraco, mas sua gentileza de certa forma o torna vulnerável. Queremos protegê-lo a todo custo, mas ele não precisa saber disso, ele pensará que está sendo um fardo se souber. Você entende isso, certo, Robin?” Nami continuou.
“Sim, eu entendo.”
“Essa é minha família. Por favor, não tente machucá-la, eu não a perdoarei se o fizer!” Nami retoma com um olhar mordaz. Robin enfrenta seu olhar e sorri ao dizer:
“Claro!”
Nami funga um pouco, pensativa e então sorri para Robin.
“Você parece ser legal, e eu quero acreditar nisso.” Nami desliza a mão pelo cabelo dela, alargando seu sorriso “É como Sanji disse, todos merecem uma chance. Então, seja bem-vinda!”
“Obrigada!” Robin se sente muito acolhida, como há anos não tem se sentido. “Aliás, eu trouxe algumas joias do Crocodile, Deve ajudar em alguma coisa.” pegou e colocou um saquinho de pano sobre a mesa.
“Uau!”
Nami o arrebatou na hora. Seus olhos tornaram-se estrelas ao verem as pedras preciosas brilhantes lá dentro.
“Espero que não esteja tentando me comprar” Nami a olha com seriedade.
“Eu jamais faria isso!” Robin sorri ainda mais
“Eu vou ficar com elas, de qualquer forma” Nami sai saltitando, brilhando como glitter, muito contente “São tão lindas!”
Robin suspira, um suspiro satisfeito de alguém aquecido em uma noite fria de inverno. Sanji sai da cozinha com Luffy e Chopper tomando suco com canudinho, sorrindo como criancinhas. Eles não saem de seu encalço mesmo depois de já terem o que queriam, isso significa tanto; eles gostam de ficar perto dele não porque ele pode lhes dar comida, mas porque simplesmente gostam. Sanji vai até o narigudo dando-lhe um copo de limonada, e uma garrafa de saquê ao espadachim. Ele logo toma sua trajetória até Nami em sua sala de desenhar mapas, e Usopp se junta na fila que os outros dois formaram atrás do loiro.
“Com licença, senhorita Robin!” Ele passa a cumprimentando com um leve inclinar cavalheiresco.
“Oi, Robin!” Chopper acena.
“E ai, Robin!” Usopp acena
“Tchau, Robin” Luffy acena
Chopper, Luffy e Usopp, cada um se dirige a ela com um maravilhoso sorriso que não pode deixar de retribuir
O amor e a felicidade trasbordam nesse navio. Robin mal se juntou a esse grupo e já sente que faz parte dele há anos. Será que finalmente encontrou aqueles companheiros que Saul disse que um dia encontraria? Companheiros que a fariam se sentir segura e amada sem qualquer esforço...
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Se você não incluir os agitados chapéus de palha, está tudo quito ao redor, sem nuvens de chuva e uma brisa leve os levando para a próxima parada. Luffy está perguntado a Nami qual clima terá a próxima ilha enquanto a mesma checa o Log Pose. De acordo com Robin, é uma ilha de outono. Esse é o assunto que os toma por algum tempo. Enquanto isso, Chopper e Usopp notam algo estranho caindo do céu. Tendo nascido e vivido em uma ilha de inverno, Chopper garante que não é neve e muito menos granizo, como sugeriu o atirador. Foi uma atração para o restante dos membros, que também olharam para o alto, só para serem recebidos pela visão absurda de um navio caindo do céu. O pânico os acertou em cheio, não pelo medo, pelos menos não para Sanji, Zoro, Luffy e Robin. Aquilo agitou a água ao redor de Marry. Nami gritou que o navio é um galeão, e ele causou grandes ondas, balançando Marry para lá e para cá.
Uma caveira veio direto de encontro com o rosto de Usopp, que gritou apavorado, mas antes de ser atingido, Sanji entrou na sua frente e a chutou para longe. Foi a deixa para o narigudo se agarrar as costas dele e se sentir mais seguro. Chopper se agarrou as pernas de Zoro para não ser jogado para fora do navio como quase aconteceu se o espadachim não tivesse chegado a tempo. Nami cambaleou até bater na grade de proteção e iria mergulhar nas águas furiosas se Robin não usasse seu poder para segurá-la. A morena logo, fez o mesmo com os outros para mantê-los firmes no barco.
Usopp e Chopper choravam para que tudo fosse um sonho, que aquele navio cheio de esqueletos caindo em cima deles fosse apenas fruto de suas mentes.
No meio da agitação, Robin questiona Nami sobre para onde o Log Pose está apontando, e sua resposta os deixam boquiabertos:
“Para o céu...?” Como pode? Ele deve ter quebrado, é isso!
“O log foi capturado por uma ilha... No céu?!”
A água está mais calma, embora Marry ainda balance de um lado para o outro.
Sanji fica com os olhos vidrados nas poucas nuvens que moldam o lindo azul celestial, perdendo se em mil e uma perguntas: Anjos vivem lá? Como eles seriam? Será que existe um deus? a ilha no céu seria como o reino para onde as boas pessoas vão quando morrem? Se for, ele iria ver sua mãe lá?
Sanji engole a seco, isso tudo é bobagem. Pode até ser que a ilha exista, mas com certeza não é o lar dos mortos de bom coração.
Notes:
Não sei por que achei que Sanji pensaria que poderia ver sua mãe na ilha do céu. Mas eu teria essa esperança, embora não vá acontecer😔
Chapter 29: Capitulo 29
Summary:
Sanji começa a ser visto como um anjo.
Aviso: capitulo feito com pouca empolgação, então deve estar um pouco entediante, desculpem-me😞
Notes:
Ps.: Sanji reencontra uma velha amiga. (Começo da minha jornada de exploração à interação de Sanji com os animais)
Ps2.: Duchesse, é duquesa em francês!!
Chapter Text
Masira nunca havia visto um anjo antes. Mas de acordo com as histórias, sabia que eram seres de beleza veemente, semelhantes aos humanos, mas tão magnificentes, que não se comparam aos reles mortais, e com sua descrição tão elaborada e grandiosa, não tinha como serem reais. Entretanto, ali está um, formoso e cheio de pompa, sentado em um barril e fumando um cigarro enquanto olha para ele com semblante de curiosidade e cautela.
Masira se questiona se chegou ao céu e nem percebeu. Recapitulando um pouco a história, ele e seus homens estavam a caminho de "recuperar" mais um navio em seu território, quando se depararam com outro navio pirata próximo onde os radares apontavam que o barco afundou. Eles pediram apenas para assistir, então não se importou, e tudo bem até aí. Mas quando a operação estava quase concluída, um de seus homens relata a existência de outras pessoas, vivas, dentro do navio submergido. Masira não hesitou em mergulhar até o navio para espantar os intrusos. Ele chegou detonando paredes de madeira até dar de cara com os supostos invasores: um garoto usando um chapéu de palha, um cara carrancudo de cabelos verdes, e ele... um "anjo". Até esqueceu que seu objetivo era expulsá-los dali, e não focar totalmente em apreciar a vistosa presença daquele ser esbelto do qual seus olhos tiveram a honra de ver. Masira poderia ficar horas, dias, anos, admirando-o, mas uma voz descontraída atrapalha seu momento de deleite
"Um macaco?" A pergunta ecoa, vinda do garoto do chapéu. Masira franze o rosto, incomodado. Não entende por que sempre o assemelham com um primata.
"Acho que não. Mas se parece com um." O do cabelo verde se pronuncia dessa vez, ficando lado a lado do garoto.
É a sua deixa para voltar ao motivo principal de ir até ali.
"Caiam fora desse navio, ele é meu!" Ordena convicto, seus olhos voltando-se cerrados para a dupla. "Que que vocês são? Como estavam respirando debaixo d'água? São fantasmas, por acaso?" É inevitável este ponto. Há nada além de barris velhos e alguns pedaços mal preservados de mangueiras ao redor, nem um equipamento sequer de mergulho a vista.
"Qual é a desse cara?" O do chapéu olha aborrecido para sua pessoa, lhe arrancando um rosnar contrariado. Quem ele pensa que é para falar com essa autoridade ilusória, Masira se alto questiona.
"Eu sei lá!" O esverdeado dá de ombros. "Deve ser os neurônios de macaco dele."
Isso já é um pouco demais. Masira bufa com o comentário de Zoro - sinceramente, parece que grama cresceu no topo de sua cabeça. Masira se considera um cara legal, mas há limites. É bom dar uma lição nos dois para deixar claro que ele é quem manda ali.
"Como você pode provar que este navio é seu?" A voz veio do "anjo", e tirou toda a sua atenção dos dois idiotas. Como um crente devoto, virou-se para ele, quase se ajoelhando aos seus pés.
Que ele perdoe seu atrevimento, mas não há como se conter.
"Você é um anjo, não é?" Pergunta, o olhando de um lado e depois do outro, capturando cada detalhe de sua postura, a memorizando. "Mas veja... Não tem asas." Estendeu sua mão para tocar as costas dele, lisa, sem resquícios de penas. Sua concentração não permitiu perceber a ameaça que se tornou os dois jovens acompanhados do “anjo”. Eles franziram suas sobrancelhas, desgostosos com tamanho atrevimento, mas fazem nada, porque se Sanji quiser, basta chutar ele.
Ainda desligado, Masira se preocupa em perguntar: "Que tipo de anjo voc...?"
"QUE PORRA VOCÊ TA FAZENDO?" O "anjo" interrompe sua frase, dando um giro rápido, visando lhe acerta um chute do qual desviou por pouco. Ele está furioso, seu rosto está vermelho. Devia ter pensado nisso; tocar em um ser imaculado de forma tão casual foi um insulto para ele, uma ação desrespeitosa de sua parte. Desvio do chute por um triz, mas o "anjo" não parou, acertando um em suas costelas, enquanto ainda procurava por equilíbrio ao desviar do primeiro. Foi forte, não o machucou muito, mas o fez voar até outra parede de madeira.
"MACACO MALUCO!" Sanji grita, um pouco confuso, e um pouco assustado; um homem com cara de macaco chega do nada, dizendo coisa com coisa, depois o chama de anjo, e toca suas costas. Não queria ser rude, ele só parecia curioso, embora não entenda o porquê, e o toque não foi forte e ameaçador. Mas quando ele tocou, reacendeu uma memória sombria: seus irmãos o empurrando pelas costas de cima das escadas, das janelas, em arbustos espinhosos, de qualquer lugar ou em qualquer coisa que pudesse machucá-lo... Era só uma criança, isso o traumatizou. Com o tempo, desenvolveu esse reflexo de defesa, agora qualquer toque não familiarizado para seu corpo, o faz ter essa reação extrema.
Apenas os que considera de confiança que podem tocá-lo tão casualmente sem aviso prévio, como Zeff que sempre lhe dava tapinhas calorosos que foram bem recebidos; claro que levou um tempo para se acostumar sem que todo seu exoesqueleto tremesse. Com Luffy, Usopp e Chopper, que sempre pulavam e ainda pulam em suas costas, também levou um tempinho, mas foi menos intenso, pois os conhecia o suficiente para saber que não lhe ofereciam perigo; seu corpo apenas enrijecia um pouco sempre que um o surpreendia, não o suficiente para agir por reflexo e chutá-los, até não se importar mais com a ação repentina. Já esse cara, Sanji não o conhece o suficiente para dizer que não é uma ameaça, sua reação não foi para menos, ele o tocou do nada e seu corpo agiu em defesa o mandando para longe com o chute.
"Aeh! Isso não foi legal." Masira resmungando, levantando-se dos escombros "Anjos deviam ser mais legais..."
"Anjo?" Sanji estreita os olhos.
"Porque está chamando Sanji de anjo?" Luffy resmunga.
"O cozinheiro não é um anjo. Anjos não existem..." Zoro encara Sanji, e pensa que, se anjos são estonteantes como afirmam, talvez ele seja um, mesmo que a crença seja de que eles são irreais. Bom, ele nunca foi um crente de qualquer forma.
"Eu não sou um anjo!" Sanji suspira, indo sentar-se entre Luffy e Zoro que também se sentaram no chão.
"Você é tão bonito quanto dizem ser os anjos!" Masira fala como justificativa, apontado para Sanji. Os outros três franzem a testa com a cisma do homem. E, embora concordem que Sanji seja belissímo, Zoro e Luffy não estão de bom com qualquer um dizendo isso para seu querido cozinheiro, eles sempre têm segundas e desagradáveis intenções. Pode até ser que não seja sempre assim, mas até agora foi e não podem arriscare ficarem relaxados com esse cara de macaco.
Antes que pudessem refurtar ele, um estrondo enche o recinto; o barco balança de um lado para o outro e quando reparam, uma tartaruga gigantesca está olhando para eles através das rachaduras. Na verdade, se observarem bem, Masira, Luffy e Zoro diriam que ela está olhando especificamente para Sanji. Mas ele próprio não reparou, pondo-se de pé com menção de defesa contra qualquer ataque do qual poderiam ser submetidos.
Zoro e Luffy trocam um olhar concordando mentalmente com algo, e flanqueiam Sanji. Apesar de não serem os mais espertos, eles sabem o que fazer juntos quando se trata de proteger um companheiro; como Sanji é teimoso, se o animal atacar, ele vai tentar defender mesmo que não haja chances de vitória. E se acontecer, eles vão agarrá-lo e tirá-lo dali. Claro que preferem lutar, é óbvio. Mas o quão duro é o casco dessa tartaruga monstruosa? Pelo lado lógico, seus golpes nem fariam cócegas nela.
Masira pensou o mesmo: golpes não adiantaria de nada. Ele não trocou olhares com os outros dois, mas dava para saber que o que estão pensando é que fugir é a melhor opção no momento, e ele concorda. Eles são inteligentes, Masira admite, e até pensa em chamá-los para se juntar ao seu bando, mas não acha que daria certo com suas personalidades dominantes se colidindo a cada troca de olhar; ele descarta os dois. Mas o anjo...
Com um movimento rápido no momento de distração, Masira corre e pega Sanji, saltando logo depois para a cabeça da tartaruga. Luffy e Zoro gritam furiosos enquanto Sanji raciocina o que acabou de acontecer. Masira, do seu “pedestal”, canta vitória, decidido a ter o "anjo" no seu bando.
“Ei, ei! Me solta seu macaco irritante!” Sanji fica irritado, tentando entender por que esse maluco está tentando sequestrá-lo. Agora ele não vale nada não há recompensa por sua cabeça. Pode ser que o homem queira usá-lo como moeda de troca pela cabeça de Luffy, que já têm seu cartaz de procurado circulando pelos mares? Sempre foi fácil pegar ele, não é? Buggy, aquele palhaço enxerido, e Arlong, o homem peixe odioso que machucou Nami (duas histórias que não serão contadas agora), Crocodile, os marinheiros, sempre mirando nele e tentando usá-lo para seus ganhos. Talvez isso se atenha ao fato de aparentar ser pouco intimidador; seu espírito é quebrado, sua mente é fraca. Seu físico não é tão marcante como o de Zoro. Ele é um fracasso, como seu pai disse, há um alvo em suas costas cujo inimigos estão sempre mirando. Sanji se odeia por parecer tão fraco, ele sempre se deixa ser pego tão facilmente, como agora. Mas enquanto estiver respirando, não vai ficar simplesmente parado. Não quer ser um peso para seus companheiros.
“O que você quer comigo?” Sanji pergunta uma última vez ao seu raptor. Masira agora está correndo sobre o casco da tartaruga, que de alguma forma, tenta acompanhá-los com o olhar; Zoro se perdeu em cima do animal, provavelmente; e Luffy tenta acompanhá-los, gritando para que devolva Sanji.
“Quero que se junte ao meu bando!” Masira diz, com um grande sorriso. Isso pegou o loiro desprevenido. Por quê? Pra que? Pra fazê-lo de escravo? Sanji não gosta da confusão que isto está fazendo em sua cabeça. Ele está sendo segurado como um saco de batatas debaixo do braço do Monkeyman. Com sua flexibilidade, curvou-se bruscamente, atingindo-o na cara com a sola de um dos seus sapatos. O homem caiu para trás o levando junto, antes de frouxar seu aperto. Fazendo parada de mão, Sanji equilibrou-se antes de sofrer o mesmo destino de se espatifar no casco da tartaruga.
Luffy parou de correr se tranquilizando ao ver que o cozinheiro estava livre de Masira, e então saíram de cima da tartaruga e voltaram para Marry. Quando pensou em voltar para cima do animal em busca de Zoro, ele aparece correndo de detrás das tanjerinas de Nami.
“Para onde diabos o macaco te levou, cozinheiro?” O marimo pergunta com fúria.
Sanji não está de bom humor para isso, mas não quer descontar sua raiva em seu nakama. Nami, Usopp, Chopper apenas suspiram, já inteirados da situação graças à Robin, que lhes narrou tudo enquanto os observava com a ajuda de sua akuma no mi.
“Não saímos do casco da tartaruga, seu marimo desorientado. Você deve ter se perdido.” Sanji fala, sem ânimo algum.
“Ãh?! Eu nunca me perco!” Zoro esbraveja, chegando mais perto de Sanji, relaxando um pouco “Ele te machucou?”
Os ombros de Sanji ficam rígidos. Ele realmente parece tão fraco para eles?
“Não sou uma flor delicada, seu cabeça de musgo idiota! Não estou machucado, não consegue ver?” Ele rebate, levando uma perna para acerta a cabeça de Zoro, que se defende com suas espadas. A tripulação, com exceção de Luffy, que fica sério, é pega de surpresa. Sempre houve briguinhas entre o loiro e o esverdeado, que Sanji nunca levava a sério, sempre com um sorriso maroto e deixando Zoro envergonha com suas provocações. Só que agora, parece que é sério de verdade.
“O que te deixou irritado desse jeito?” Zoro grita, empurrando a perna de Sanji para longe.
“Sério que você ainda pergunta?” Sanji esbraveja.
Durante toda a baderna, a tartaruga se agitou, ainda alí, observando Sanji. Quem poderia dizer o que ela viu nele? Sanji desviu sua atenção de Zoro para ela, que continuou olhando-o ansiosamente. O animal marinho se movimentou lentamente, temendo causar uma onda que afastasse o navio, e afundou um pouco mais seu corpo, deixando sua parte superior mais a mostra. Sanji ver uma cicatriz em forma de estrela de quatro pontas atravessando sua testa e, imediatamente, sua mente se ilumina com uma das poucas boas lembranças de sua infância.
"Não acredito..." Murmura, chamando a atenção de seus companheiros. "Duchesse?!” Grita, empolgado “É mesmo você?! Como cresceu tão rápido? Você cabia na palma da minha mão e agora está gigante!" A tartaruga se animou, fazendo um barulho levemente agudo, e contente.
“OOOH! A tartaruga é sua amiga, Sanji?” Chopper vem correndo para se pendurar no parapeito do navio, menos assustado agora, assim como Usopp, que se acomoda ao lado da pequena rena.
“Ela não vai nos comer, certo?” Ele estremece.
“Claro que não!” Sanji rir “Eu acho...” Ele fica sério e Usopp solta um gritinho, indo para detrás dele.
“Seu nome é Duchesse?” Chopper pergunta a ela. Ela solta um ruido e Chopper rir com diversão, como quando ganha um doce. “Não se preocupe, Usopp, ela disse que não vai comer a gente. Ela está aqui porque disse ter sentido o cheiro de Sanji.”
“Meu cheiro?” Sanji olha como expectativa para a tartaruga “Então é mesmo você, Duchesse...” Ele parece prestes a chorar, seus olhos estão cintilando como quando lágrimas ameaçam cair.
Duchesse solta um ruido dócil e feliz.
“De onde você conhece ela, Sanji?” Luffy pergunta, com curiosidade focada na tartaruga.
“Bom...”
Sanji olha para ela com nostalgia. Há muito tempo, logo depois de fugir de Germa e ser acolhido por um navio de cozinheiros, Sanji resgatou uma pequena tartaruga que apareceu no convés do navio depois de uma tempestade. Havia uma cicatriz em sua testa, ainda sangrando, que lembrava uma estrela de quatro pontas. Sanji a pegou, ela era tão pequena, que cabia nas palmas de suas mãozinha, e cuidou dela com muito amor e carinho por dois meses, até os eventos catastróficos da tempestade que levou embora seus companheiros, e os companheiros de Zeff, chegar. Sanji a perdeu e pensou que nunca mais a veria. Só que ali está ela, e enorme. Sanji conta para Luffy e os outros, mas uma versão um pouco mais diferente:
“Eu a encontrei durante uma pescaria com o pessoal do Baratie quando ainda era bem pequeno. Cuidei dela por um tempo. Nos tornamos ótimos amigos, até eu perdê-la durante uma tempestade. Achei que nunca mais a veria” Sanji funga, contendo uma lágrima que insistia em escorrer por seu rosto. Duchesse não faz barulho algum durante toda a narração. Ela entende perfeitamente cada palavra de Sanji, e por incrível que pareça, entende que Sanji não quer que seus novos amigos saibam de seu passado sombrio, o qual ele contava para ela, mesmo sem ela poder responder a ele de forma que ele a entendesse.
Chopper e Usopp estão chorando, emocionados; Nami, Zoro e Ronbin observam amorosamente Sanji e sua amiga. E Luffy já está empolgado com a ideia de tê-la no bando.
“Caramba! Você tem um chute da pesada, hein, loirinho!”
Masira, até então esquecido, pulou para o convés do Marry. Zoro e Luffy olham para ele com olhos demoníacos, prontos para o expulsá-lo. Chopper e Usopp se agarram a Sanji; a rena abraçando sua perna e o atirado o seu braço, olhando para o homem com cautela. Robin está com um olhar frio e sinistro, assim como Nami; uma está pronta para partir os ossos do intruso, e outra pronta para eletrocutá-lo. Até mesmo Duchesse se alarma, armada para lhe lançar um jato de água. Porém, antes da concretização de quaisquer ataques, o céu escureceu, anoitecendo de repente, desviando o foco para ele. E como se fosse um pesadelo, três sombras pavorosamente enormes, surgiram diante de seus olhos. Duchesse mergulhou tão rápido quanto os olhos podiam acompanhar, e logo se encontrava empurrando o Marry para longe dali. Aos poucos, o sol reapareceu, os aliviando.
"Obrigado por nos salvar, Duchesse!" Sanji acaricia o focinho dela. “Estou feliz em saber que está bem!" Um ruido musical vem da garganta de Duchesse.
“Ele disse que também está feliz de ver você bem, Sanji. E disse que vai sentir muitas saudades, e que nunca vai te esquecer...” Chopper soluça “Ela tem mesmo que ir embora?” Ele choraminga ao se dar conta de que é uma despedida.
“Creio que ela quer viver a própria aventura, Chopper. E não é conosco.” Sanji sorri para a rena, reconfortante e acaricia suas costas em consolo. Duchesse fez outro barulho.
“Entendo” Chopper funga novamente “Ele disse que vai procurar pelo lar dela.”
“Obrigada novamente, Duchesse. Por nos salvar, e por sua companhia. Também nuca vou te esquecer.”
Duchesse faz um barulho de contentamento para Sanji, antes de mergulhar e seguir para outra direção.
"Ah, que lindo... Realmente, você é verdadeiro anjo!" Masira fala emocionado.
"Caia fora daqui!" Zoro e Luffy, já bem irritados com o homem, o chutam para fora do Marry.
"Não precisavam ser tão rudes" Sanji suspira ao ter todo o clima cortado.
"Ele ia sequestrar você!" Luffy cruza os braços e faz bico, todo rabugento.
"Isso mesmo, não seja tão bonzinho com qualquer um, cozinheiro idiota!"
"Idiota aqui é você, marino brutamontes"
"Não enche, sobrancelhas de arame!"
"Humpf! Não precisam se preocupar, eu dei um belo chute nele!"
"Isso não muda que ele tentou te sequestrar!" Luffy se intromete, choramingando como um bebê.
“Ooh~ Meus doces garotos ficaram preocupados?” Sanji abraça-os, sorrindo maroto. “Não fiquem assim. Vou tomar mais cuidado, está bem?!” Beija a testa de cada um. Zoro fica absurdamente vermelho e contrariado, enquanto Luffy solta sua risadinha caraterística cheia de satisfação.
“É bom mesmo!” Zoro bufa.
Sanji suspira de cansaço mental, mas continua sorrindo. Droga, ele os deixou preocupados mais uma vez!
Chapter 30: Capitulo 30
Notes:
Considerem este, um filer, mas ainda faz parte da estória
Chapter Text
(Sanji não despreza a força que tem; sua habilidade em luta é notável e ele se orgulha muito dela. Afinal, foi o velho Zeff quem o ensinou. Mas sempre há um porém. O seu, é que não é o suficiente, seu velho mesmo havia dito que o que o ensinou não seria o suficiente, e teria que continuar aperfeiçoando e aperfeiçoando suas técnicas; aprender novas e aperfeiçoá-las também. Mesmo que ele se tornasse o maior lutador do mundo, usando só as pernas, teria que continuar o processo de aperfeiçoamento e aprendizado de novas técnicas para nunca ser superado, e está tudo bem, ele é capaz de melhorar. No entanto, quando se trata de proteger seus nakamas, sua mente estala, o fazendo acreditar que nunca será o suficiente, que nunca será bom o bastante, o levando a transformar a si mesmo em um bode expiatório; a tripulação conseguiria viver sem ele, mas ele jamais conseguiria viver sem a tripulação. Então, antes morrer por eles, do que ficar sem eles.)
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Sanji tem focado tanto em seu trabalho de cozinheiro, que negligenciou seus treinamentos. Nem tem "brigado" com Zoro ultimamente, que é um bom exercício. Suas pequenas discussões bobas com o marimo, que levavam a ataques físicos propositais altamente planejados para não acertar um ao outro e se machucarem de fato tem estado extintas, ultimamente. Sempre foi esse, o seu meio convencional de treinamento e Sanji pensa que deve começar a treinar por contra própria, por mais que sua mente e todo esse sentimento de impotência o faça acreditar que jamais conseguirá evoluir além de seu estado atual mesmo perfeitamente ciente de que é capaz de melhorar.
"Muito bem, pessoal!" Nami estala os dedos para adquirir o foco do trio monstro. "O que conseguiram pegar?" Ela nem iria tocar nisso agora, com a adrenalina que aquelas sombras gigantes lhe causaram ainda a deixando agitada, mas Sanji estava entregando-se a sua mente obscurecida outra vez, e a melhor maneira de fazê-lo parar de pensar no que quer que seja que estava o deixando com aquela expressão dolorosa de perdição, era mudar de assunto. Ela gostaria de poder falar com ele sobre seus medos. Entretanto, a certeza de que ele não se abriria é esmagadora o suficiente para que desista da ideia. Ela sabe o quanto isso poderia piorar e fazer Sanji concretizar sua ilusão de que o acham fraco, mesmo com a verdade sendo o contrário. Só por suportar essa bola aterrorizante de incertezas ele devia se ver como um vencedor.
Com sucesso, o loiro deixou transparecer um sorrisinho dócil, uma tentativa de aplacar sua expressão perdida, que funcionou de certa forma. Nami nunca admitiu em voz alta, mas ele tem um dos mais belos sorrisos que já passaram por sua vida.
"Pegamos um monte de coisas legais!" Luffy bateu palmas com os pés de onde sentou-se não chão, ao lado de uma pilha de sucata.
"Não é nada de valioso, o navio já havia sido saqueado, pelo que aparentava." Sanji soou apreensivo e Nami interpreta como o medo de decepcionar. Ela suspira e então sorri para Sanji. A última coisa que quer é que ele pensa que a decepcionou por algo tão fútil que sequer tem culpa.
"Bom, não podemos fazer nada... Só é uma pena."
"Não fique assim, Nami-swan. Vamos encontrar uma pista obre essa tal ilha no céu. Olha eu trouxe isso para você!~" Sanji cantarolou felizmente até chegar perto. Nem parecia que estava a um triz de desmoronar sobre sua própria insegurança a cinco minutos atrás. Ele é muito bom em esconder, Nami anota isso como preocupante, já que seria ainda mais difícil saber se realmente está bem ou não. Mudando o foco, Nami se atenta para a mão estendida de Sanji, agraciando-se com uma pequena concha de ostra alaranjada reluzente na palma parcialmente aberta. Sanji abre a concha, revelando uma pérola bruta meio amarelada com um formato irregular que lembrava uma flor de quatro pétalas mal desenhada.
"Talvez seja o único item de valor que encontrei no navio, mas não me parece tão precioso. Acho que não dá para penhorar. Talvez você não queira-" Sanji está com o rosto desviado, suas orelhas estão vermelhas e a mão livre está coçando sua nuca. Timidamente, faz menção de afastar o objeto e levá-lo de volta para o bolso das calças. Nami o detém na hora, segurando seu pulso com delicadeza exagerada, como se suas mãos macias fossem capazes de quebrar o pulso do loiro. Oh, a reação dele de ser pego de surpresa foi absurdamente adorável, Nami não resistiu e sorriu como uma idiota apaixonada, pegando a concha com carinho.
"É claro que eu quero, Sanji. Obrigada!"
"Mas não parece valer muito-" A vermelhidão nas orelhas de Sanji se espalha em seu rosto excepcionalmente belo.
"Não se penhora presentes, Sanji!" Nami funga como repreensão, deixando Sanji rígido no lugar, o coração pulsando loucamente. Como ele pode ser tão lindo e não se dar conta disso? Nami se questiona inconformada. "Obrigada pelo presente, Sanji!" Ela repete provocativa, apenas para mais um colapso em Sanji:
"Não precisa agradecer, minha maravilhosa Nami-Swan!" Ele rodopia como um louco, seus olhos cheios de coração em devoção a garota. Nami solta mais uma risadinha, que faz Sanji cair para trás, e sai para sua sala de mapas para buscar de solução para o problema da ilha no céu. (Nessa parte, Robin a intercepta, lhe entregando um Eternal Pose, feito para memorizar uma localização para sempre. Ela rapidamente saltita para traçar uma rota até a ilha chamada Jaya cuja localização está gravada à “bússola” que Robin lhe entregou prontamente, afirmando tê-la pegado do “macaquinho”, vulgo Masira.)
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Antes que Sanji batesse com as costas no chão ao ter seu coração preenchido de gratidão amorosa por Nami ter aceitado seu pequeno presente, Chopper veio em sua forma humanoide para equilibrá-lo de volta sobre os pés. Cheio de seu costumeiro escândalo, grita em aflição moderada:
"AH, SANJIIII! NÃO DESMAIA!"
Para não se sentir mais culpado pelo tumulto no coração de Chopper, Sanji imediatamente se recompõe e diz:
"Desculpe por isso, Chopper! Estou bem." Se agachando para pousar a mão sobre o chapéu do pequeno médico, ao tê-lo de volta em sua forma original.
"Estou bem, estou bem!" O conforta mais uma vez, para que enfim, a preocupação abandone seu rostinho peludo e fofo.
Chopper respira fundo, abandonando o nervosismo crescente entre seus pelos. Ele não quer que Sanji continue fazendo aquela cara abatida de alguém que decepciona. Confessa que exagerou, não carecia tanto drama só porque aparentemente ele iria desmaiar, mas é inevitável quando ele é tão importante para sua pessoa.
“Desculpe também, eu exagerei ao ficar nervoso assim.” Envergonhado, se encolhe um pouco, quase se tornando uma bola felpuda. Sanji solta uma risadinha contraída e o pega em seus braços, lhe apertando em um abraço quente e reconfortante. Embora não goste de calor, este vindo de Sanji, é um que Chopper jamais rejeitará.
“Não, não...” Sanji ronrona com doçura “Eu é que te preocupei, sinto muito.”
“Você é tão confortável e cheira tão bem, Sanji.” Esfregando sua bochecha na de Sanji, Chopper murmura, mudando de assunto porque quer que Sanji esqueça o sentimento de culpa que deve estar sentindo. Chopper sempre foi preocupado dessa forma com qualquer um da tripulação, mas Sanji sempre se sente um fardo quando essa preocupação é direcionada a ele. E por mais que tentem, é difícil fazê-lo mudar de ideia. O que, no seu passado, o fez pensar que sempre será um estorvo? O pequeno médico se pergunta.
Luffy e os outros observam com carinho, a doce interação de seu médico e seu cozinheiro. Vendo que pararam de falar, o capitão pula até eles, se agarrando às costas do loiro, gritando logo em seguida:
"Sanji, eu também quero um presente!"
Sanji sorri, aquecido pelo toque de seu capitão. A reação de seu corpo com os toques deles é tão diferente comparado ao dos estranhos; o faz ansiar por mais, por abraços e afagos... Luffy também quer um presente? Bom, trouxe um para cada, mas apesar de Nami ter aceitado de boa, parece algo tão pequeno e bobo, que o fez se sentir envergonhado para entregar aos outros.
"Eu também, eu também!"
É, Chopper, se balançando alegremente em suas mãos.
Ah, tudo bem. O que pode ser pior? A vergonha de dar algo tão simples para pessoas tão especiais, ou a decepção de não lhes entregar o que tanto pedem? Com certeza a decepção, eles ficariam tristes...
"Eu trouxe um pra você, Chopper!" Sanji puxa de seu bolso, uma concha em espiral como a de um Den Den Mushi, de tom rosado a beira do branco, que quase cobre todo o casco da rena. Os olhos do pequenino se convertem em estrelas e ele canta como é bonita.
"Obrigado, Sanji!" O médico o abraça fortemente, antes de sair de seu aperto, todo bobo de alegria. Sanji observa com curiosidade ele tirar o chapéu, pôr a concha dentro e colocá-lo de volta em sua cabeça. Antes que perguntasse, Chopper já estava respondendo:
"Assim, vou sempre sentir que você está por perto, mesmo que não esteja. E não vou sentir medo!"
O coração de Sanji bate forte, e ele não resiste em puxar Chopper para mais um abraço:
"Você é tão fofo, Chopper!"
"Este é o seu." Com Luffy ainda em suas costas, Sanji devolve Chopper ao chão e apenas levanta a mão para seu capitão, se esforçando para ver sua reação.
"Oooh! Que legal!" Luffy pega seu presente e salta das costas de Sanji com um sorriso estonteante. Sua concha é em espiral, das que dizem dar de ouvir o som do mar, e de coloração esverdeada esmeralda com riscos azuis que aparentam ser pequenas rachaduras.
Chega a vez de Usopp e Sanji lhe entrega uma especialmente comprida (lembra chifre de unicórnio).
"É comprida e lembra o seu nariz" Sanji diz com um sorrisinho travesso, dando uma apertadinha no nariz de Usopp, antes de seguir para Robin. Usopp fica vermelho como tomate maduro, olhando para a concha adorável que começa marrom e termina com sua ponta em um tom branco perolado. Confessa que não gostava muito de seu nariz antes, mas talvez agora, seja sua parte preferida no seu corpo. Caramba, seu coração está batendo muito rápido. E tenta voltar a respirar direito. Sanji é tão indescritivelmente cativante que o faz se sentir tonto e confuso.
Robin ver Sanji se aproxima e deixa seu livro de lado, sorrindo abertamente para ele como um convite para chegar mais perto.
"Esta é pra você, minha querida Robin"
Sanji está sorrindo com o rosto vermelho e apaixonado. Robin sorri junto com ele, e pega a concha Cardiidae aberta, que refletia à luz do sol, lhe causando uma aparência colorida de forma gradiente.
"Obrigada, Sanji~ Vou guardar com muito carinho!"
O coração de Sanji estala. O quanto mais ele vai aguentar? Todos são tão bons para ele que o amor que sente é explosivo; sua corrente sanguínea está a mil e seu corpo está esquentando.
"Oh, minha querida Robinzita~" A frase sai em um fio de voz trêmulo.
Robin sorri amorosamente com a forma como Sanji cambaleia com sua declaração e já se prepara para usar seu poder para evitar que ele caísse, mas Zoro já havia se aproximado dele, o olhando com expectativa. Mesmo não aparentando, Zoro deve ama-lo tanto quanto qualquer um aqui.
"O que foi, marimo?" Sanji fica um pouco tenso diante de Zoro. Ele é sério demais para querer um presentinho como seu outros companheiros. Ele deve pensar que isso é só bobagem, mas ainda assim trouxe algo para ele. A questão é: ele vai querer? É uma coisa tão simples e boba; não vai ajudá-lo em nada... Ele não iria querer, certo? Ele vai apenas bufar e dizer que é rídiculo e estúpido. O que ele faria com isso? Zoro não deve se importar com essas coisas-
"Você tem pouca fé em mim, não é?!”
A voz de seus pensamentos é interrompida por Zoro.
O que-?" Sanji ofega. Zoro está a olhá-lo de um jeito indecifrável.
Zoro sabe o quanto Sanji é cheio de inseguranças, tudo é aparente em seus olhos enevoados de pensamentos negativos e dúvidas aterradoras. Isso é afirmação de sequelas de um passado doloroso que não foi vivido no Baratie, onde até poucos dias, acreditou que ele cresceu desde sua tenra idade.
"Não tem um presente pra mim?" Ignorando o espaço pessoal do cozinheiro, chega mais perto dele, muito mais perto. Sanji quase se esquece como se respira.
"V-você quer também?" O loiro está desacreditado, surpreso demais para o gosto de Zoro. Vamos lá, isso não é grande coisa, mas parece tê-lo abalado duramente.
"Humpf! E por que eu não iria querer?" Finge ofença, vendo Sanji tornar-se ainda mais abismado. Isso é tão absurdo assim? Até Nami, que veio sentar com Robin parece suspresa; Luffy, Chopper e Usopp olham também esperam ansiosos pelo desfecho. Se não estivesse concentrado demais em Sanji colado em seu corpo, com as mãos tremendo em seu peitoral, teria começado a gritar com todos eles para deixarem de ser tão curiosos.
"Ah, bem... Não acho que será de alguma utilidade para você, sabe..." Sanji tenta se desvencilhar, mas Zoro o sustenta com um braço firme envolto em sua cintura, o impedindo de escapar.
“É verdade, essas conchinhas não serão úteis para qualquer um aqui...” Zoro dita com neutralidade.
Urgh, Sanji sente o coração afundar, e abaixa a cabeça se sentindo humilhado.
Usopp e Nami ofegam indignados ao mesmo tempo em que Chopper grita cheio de revolta:
“Zoro! Como pod-” Com Luffy o interrompendo na hora:
“Calma, Chopper! Apenas deixe com Zoro.” Ele olha para o médio com um sorriso brando, e depois retorna ao espadachim e o cozinheiro.
“Mas isso não importa.” O esverdeado continua, fazendo Sanji voltar a olhá-lo hesitante.
Sanji está temeroso, Zoro está com uma expressão tão apática.
“Não importa se é ou não útil. Não queremos por isso. Nós queremos porque será algo que sempre nos manterá unido a você. Como Chopper disse, sentiremos você por perto mesmo que não esteja.” Zoro sorri brando.
“Isso é tão lindo...” Nami e Usopp cochicham chorosos. Chopper, Luffy e Robin estão sorrindo com amabilidade.
Sanji sente seu corpo relaxar. É surpreendente quando Zoro diz palavras tão bonitas, ainda mais quando são para ele. Seu olho visível está radiante e suas bochechas pinicam ruborizadas.
“Então... Não tem mesmo um para mim?” Zoro sorri ladino.
“Você é um idiota!” Sanji bufa constrangido e empurra levemente zoro para longe, que deixa dessa vez. “Espere aqui” Diz, saindo para a cozinha e voltando trinta segundos depois.
"Não ria de mim..." Sanji murmura, estendendo um frasco de vidro do tamanho de um polegar adulto, com pedrinhas coloridas no fundo e uma bolinha verde de musgo flutuando no meio.
Zoro pega e analisa com uma careta intrigada.
"O que é isso?"
Sanji parece insultado com a pergunta, então sorri assumindo um tom provocativo:
"Como pode não reconhecer seu próprio familiar, seu musgo bobo? Isso aí é um Marimo~"
Zoro olha do frasco para Sanji, ficando levemente avermelhado. Merda, ele adora esse cozinheiro idiota. Vendo Sanji ficando apreensivo, sorri para ele genuinamente.
"Eu gostei." Diz, ainda olhando para o frasquinho com um sorriso, deixando Sanji atordoado. Ao seu redor, seus companheiros riem por sua reação boba, mas riem de amor e carinho.
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“Muito bem, pessoal!” Nami bate palmas para ter a atenção de todos. Já se passou alguns minutos, Sanji está sentado com Robin, tomando chá; Zoro está degustando um bom saquê com onigiris, encostado no mastro; Chopper Usopp e Luffy se empanturram com os lanchinhos que Sanji acabara de preparar. Sem pararem de comer, eles voltam sua atenção para ela.
“Muito bem, se não fosse nossa querida Robin~” Fala o nome da garota em tom meloso, lhe fazendo sorrir “Extaríamos totalmente perdidos. Mas graças a ela, nós temos isso.” Mostra o Eternal Pose na palma de sua mão. “Uma Eternal Pose que ela pegou do navio daqueles caras de macaco. Como vimos, eles não pareciam preocupados com o fato de aquele galeão ter caído do céu, o que significa que já devem estar acostumados com a coisa toda e saber de algo sobre isso. O Eternal Pose nos levará até Jaya, onde provavelmente deve ser a base deles.”
“Hmm, então vamos para lá?” Luffy pergunta distraído.
“Você é quem deveria dizer!” Nami grita aborrecida.
“Beleza, então vamos para Jaya!” Luffy gargalha.
“Espera, espera... Se formos para Jaya, o Log Pose não vai gravar uma nova direção. Não poderemos mais ir para a ilha do céu, nesse caso...” Usopp se pronuncia, totalmente analítico.
“Queee?! Abordar, abordaaar! Não vamos para Jaya!” Luffy fica exageradamente em pânico.
“O Log não vai gravar exatamente na mesma hora em que chegarmos, não é?” Sanji se pronuncia.
“Isso mesmo” Robin complementa “É só saímos de Jaya antes que o Log Pose grave.”
“Bom, nesse caso, teremos que ser rápidos.” Nami aponta.
“Está decidido! Vamos para Jaya, e depois ilha no céu!” Luffy declara.
Chapter 31: Capitulo 31
Notes:
Desculpem a demora. Eu imagino o quanto devem estar ansiosos para as cenas de Skypiea, mas acho que ainda vai demorar um pouco para a aparição do God Enel. É uma jornada longa, por favor, tenham paciência comigo e obrigado por continuarem lendo meu trabalho.
E mais uma vez, me desculpem😔Mais um capitulo facilmente considerado filer...
Chapter Text
Jaya surge no horizonte, de aparência hospitaleira como um resort assim como Usopp comenta com entusiasmo, levando Nami ao desejo de relaxar e Luffy a entrar em euforia, ansioso para o ancoramento.
“Parece um lugar amigável” Sanji comenta, juntando-se ao quarteto na proa do Marry. “Mal posso esperar para ver o que vendem de comida”
Tal frase anima Luffy, que se equilibra de pé na cabeça do Marry, lançando os braços para cima.
“Vamos fazer um banquete!” Ele grita, sua empolgação estourando como fogos de artificio.
“Seja racional, seu idiota! Nem tudo é festa!” Nami esbraveja, atingindo-o na nuca com seu Clima Tact. “Vamos preparar para ancorar, o porto já está perto.” Ela sai batendo os pés em direção ao leme.
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“É impressão minha ou todos esses navios ancorados são piratas?” Usopp questiona ao ver o quão cheio o porto está. Nami chega para conferir e estremece com a ideia.
“N-não pode ser. Por que tantos navios piratas estão aqui? Hehehe... Não seja bobo, Usopp!” Nami olha de forma aflita para a mais de uma dúzia de navios enfileirados. Oh, algo diz que Jaya não será uma parada tranquila.
“Não se preocupem! Eu estou aqui, queridos!” Sanji rodopia até eles, parando ao lado de Nami, determinado.
“Oh, Sanji~” Usopp chora, o abraçando “Você é uma benção~”
“Obrigada, Sanji!” Nami encosta o rosto no ombro do cozinheiro, cruzando as mãos em uma oração silenciosa.
“De qualquer forma, parece uma cidade legal. Estou indo lá!” Zoro avisa, saltando do Marry diretamente para a ponte que os liga com a terra firme.
“Sim, há muitas pessoas também, parece divertido. Espere por mim, Zoro!” Luffy salta para o lado de seu espadachim, caminhando com ele a passos relaxados rumo ao centro da cidade.
“Eles com certeza vão criar confusão desnecessária. Se isso acontecer, não conseguiremos informações. Eu vou junto para impedi-los de criar brigas... Esperem por mim! Luffy, Zoro!” Nami os acompanha e os três somem entre os pedestres.
Robin também não pretende apenas ficar no navio. Ela está com uma pequena mochila nas costas, pronta para saltar para ponte. Mas, de repente, ela para; Sanji, Usopp e Chopper ainda estão na proa, encostados na grade protetora observando a grande movimentação. Luffy e os outros disseram quando estavam saindo, eles não simplesmente apenas saíram sem deixar uma palavra, isso não devia ser tão importante, mas, de repente, ela sentiu uma grande necessidade de avisar. Nunca houve necessidade de fazer isso, ou simplesmente as pessoas com quem havia estado antes não se importavam, sempre a respondendo com: “Quem se importa?”, “Faça o que quiser, desde que não me prejudique.”, ou a ignorando. Isso realmente não parece importante, mas... talvez eles se importem, certo?! Seus novos companheiros...
Robin respira fundo, limpa a garganta e imediatamente chama a atenção do trio distraído.
“Também estou indo... vou buscar algumas informações.” Robin nem teve tempo para pensamentos depressivos quando Chopper saltou da grade e correu para perto dela.
“Por favor, tenha cuidado, pode ser perigoso!” A rena aponta para a cidade, sua expressão determinada a fazê-lo não parecer receoso.
“Há inimigos por toda parte. Eu, o grande capitão Usopp, estarei de olho por você...” Usopp se vangloria de onde está, inflando o peito e apontando o polegar para se mesmo “Bem aqui na segurança do Marry. Se cuida, tá...” Se encolhe logo depois, como um coelhinho assustado.
“Talvez eu devesse ir junto. Robin-chan eu posso cuidar da sua mochila!” Sanji saltita até a garota, estendendo a mão para ela, na intenção de receber sua bolsa. Nesse instante, Chopper e Usopp pulam nas pernas do cozinheiro, chorando como bebês que não querem deixar os braços de sua mãe:
“Não nos deixe, Sanji! Não podemos cuidar do Marry sozinhos!” Chopper funga.
“Se um pirata malvado aparecer, será nosso fim!” Usopp soluça.
Sanji solta um suspiro de desistência e sorri para a dupla chorona, depois olha para Robin com um pedido de desculpas nos olhos.
Robin põe uma mão sobre os lábios e rir levemente com diversão. Isso foi gratificante, ver que eles se preocupam por ela.
“Não se preocupem, vou voltar segura e com pistas para chegarmos à Ilha no céu, pessoal. Até logo!” Ela pula para a ponte e segue para cidade adentro.
Vendo Robin sumir na multidão, um pequeno sorriso orgulhoso surge nos lábios de Sanji. Robin é procurada desde seus oito anos de idade e vem sobrevivendo por conta própria até agora. Ela é mais forte do que ele, não há por que ficar tão preocupado.
“Tudo bem... Querem comer alguma coisa?”
Chopper e Usopp imediatamente se iluminam.
“Oba! Lanchinho~”
“A comida do Sanji é a melhor~”
Ficando de pé em uma velocidade absurda, os dois dançam e comemoram seguindo Sanji até a cozinha.
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Jaya está um reboliço de pessoas andando para lá e para cá, desde seus moradores a viajantes comuns e, é claro, os piratas. Mas não há um marinheiro sequer para apaziguar a algazarra que estes fazem a cada esquina, em contrapartida, não é uma confusão que exija intervenção militar. Zoro e Nami seguem um energético Luffy que olha de um lado para o outro a cada segundo possível, sua mão reta, horizontalmente colada em sua testa pra restringir a luz que vem de cima e assim não atrapalhar sua visão. Seus sentidos estão focados ao máximo a procura de algo que até então seus “guardas” não perguntaram.
“Luffy, o que você tanto procura?” Nami o questiona com seu tom temeroso sempre usado quando Luffy está prestes a fazer bagunça.
“Ah, é, eu tive uma ideia!” Luffy bate a base de seu punho fechado contra a palma de sua outra mão, assim como um juiz finaliza um julgamento com seu malhete. Nami respira fundo para aguentar o baque do que Luffy está prestes a dizer. Provavelmente pode ser um absurdo do qual não saberá lidar muito bem. Luffy e Zoro prometeram a ela que não criariam problemas, e ela espera que não tenham voltado atrás na palavra.
“Vamos procurar um presente para o Sanji!”
“Luffy, você prometeu...!” No espaço de cinco segundos, Nami recapitula a frase de seu capitão “O que...?” Alívio instantâneo quase a deixa bamba. Zoro bufa um sorriso ladino, aparentemente já ciente disso e Nami quis lhe dar um bofete por não dizerem nada e preocupá-la, no entanto, a ideia de dar algo a Sanji lhe chama mais o interesse.
“Esse não é bem nosso objetivo, mas podemos fazer isso enquanto procuramos por informações sobre a ilha no céu...” Nami acompanha Luffy em sua busca visual nas barracas que os flanqueiam de cada lado da rua. É claro, não sem segurar Zoro pelo pulso para que não se perca.
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“Não há qualquer outra coisa interessante além de comida” Luffy choraminga depois de chegar ao final da rua comercial sem um presente para Sanji “Não dá pra guardar comida para sempre...”
“Bem, não fique desanimado, Luffy. Vamos procurar sobre a ilha no céu, lá em cima deve ter presentes muito mais bonitos do que aqui!” Nami tenta consolar Luffy e a si mesma. Estava tão empolgada com a expectativa de dar algo bem bonito e especial para o loiro, mas cá estão eles, de mãos vazias.
“Olha só, podemos perguntar lá naquele bar.” Zoro aponta para o pequeno estabelecimento do outro lado da rua.
“VOCÊ SÓ QUER BEBER!” Nami esbraveja, mas acaba por ir até lá com eles.
...
O bar está cheio e animado, mas ainda assim, Nami não se sente tranquila. O dono do estabelecimento é gente boa, e entendeu seu desconforto, pois a paz em Jaya é instável e que era bom partirem o quanto antes assim que o Log Pose gravasse uma nova rota cujo levaria quatro dias.
“Nesse caso, acho melhor nem ficarmos dois dias aqui...” Nami murmura enquanto olha para seu Log Pose.
Por um momento, ela deixa que Zoro encha um pouco a cara e Luffy se empanturre com alguma comida, contando cada segundo para darem no pé.
Luffy estava tentando saborear a torta de cereja que lhe fora servida, mas seu paladar não estava se agradando do sabor, e isso o faz pensar em Sanji e em como sua comida é muito melhor, um deleite supremo.
“Ei, tio” Luffy grita, ao mesmo tempo em que outra voz quase se sobre sai ao gritar na mesma hora um “Ei, cara!”
“Essa torta é a pior torta que já comi!” Luffy declara.
“Essa torta é a melhor torta que já comi!”
Luffy encara o homem ao seu lado, cujo elogio saiu ao mesmo tempo que sua crítica à torta de cereja.
“O que você está dizendo?” Teach, o homem, bufa em sua direção, mais ofendido do que o próprio preparador da torta que na verdade nem deu a mínima.
“Desculpa, mas eu nunca comi uma torta tão ruim quanto está.” Luffy pôs a língua para fora em sinal de nojo enquanto sua face assumia uma expressão amargurada de decepção.
“Como pode dizer isso? Essa torta é incrivelmente saborosa! Deve ser a melhor do mundo.” Teach o refuta. Luffy bufa orgulhosamente com um sorriso convencido antes de dizer:
“Isso é porque você não provou a que meu cozinheiro faz. Essa aí nem chega aos pés. A comida dele é a melhor que existe.”
“Eu duvido! Gostaria de ver se esse seu cozinheiro é bom mesmo.” Teach solta uma gargalhada profunda, ativando os sentidos protetores de Nami, Zoro e Luffy.
Luffy olha fixamente para ele, seus olhos desprovidos de luz em uma opacidade perigosa, como sentisse uma aura maligna emanando do homem a sua frente.
“Não, não fui com sua cara. Não vou deixar você chegar perto do Sanji!” Luffy decreta com um tom de voz pesado e ameaçador, antes de pedir para que lhe sirva uma bebida. Teach o encara por alguns segundos a mais, muito mais interessado no tal cozinheiro, que parece ser bastantes especial, do que antes, e logo pede uma bebida também.
“Essa bebida é deliciosa!” Luffy grita, sorrindo como se não estivesse a um passo de socar Teach momentos atrás
“Essa bebida é horrível!” Teach grita ao mesmo tempo que Luffy.
“Você quer brigar?!” Os dois gritam ao mesmo tempo, e Nami já intervém com uma repreensão direcionada a Luffy e Zoro já se prepara para agarrar seu capitão e saírem dali sem quebrarem a palavra dada à Nami.
Nesse momento, alguém chega ao bar, chamando a atenção deles. É Bellamy, e já sabemos o que vai acontecer depois.
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“Aah... Estou um pouco entediado.” Sanji finalmente choramingo depois de minutos de andando de um lado para o outro depois de alimentar Chopper e Usopp. Luffy, Nami, Zoro e Robin ainda não voltaram e ele está se vendo para sair pela cidade. Mas também não quer deixar Chopper e Usopp sozinhos, já que literalmente se jogaram aos seus pés para que ficasse no Marry com eles. Agora, ele está sentado no convés e encostado no mastro, com Chopper lendo um livro sentado em seu colo e Usopp encostado no lado oposto concertando alguma coisa. “Eu sei que ainda estamos bem abastecidos desde Alabasta, mas gostaria muito de ver o que Jaya tem a oferecer para o menu...” Ele solta outra fungada.
“Você pode ir, Sanji. Chopper e eu podemos nos virar sozinhos e cuidar do Marry.” Usopp deixa de lado o que estava fazendo para sentar-se de frente para Sanji e lhe oferecer um sorriso confiante.
“Você deve estar com muita vontade. Não tem problema.” Chopper fecha seu livro e também dá atenção ao loiro. Ambos se sentem um pouco mal por impedi-lo de sair. “Não sabíamos que você queria tanto ir. Nos desculpe por-”
“Nada disso!” Sanji os interrompe brandamente. “Nunca duvidei da capacidade de vocês, mas eu jamais os deixaria sozinhos quando me pedirem para ficar. Além disso, eu não quero ir sozinho, e deixar um de vocês só não é uma opção. Então vamos esperar que Robin volte, ou Nami com nossos dois idiotas, sim?!...”
Usopp e Chopper se olham antes de se jogarem nos braços de Sanji.
“Sanjiii!”
“Você é um anjo de verdade!”
“Nós te amamos tanto!”
Eles choram. Na verdade, estavam morrendo de medo de ficarem só, apesar da determinação mostrada.
Sanji rir carinhosamente do drama, e dá tapinhas reconfortantes em suas costas.
“Eu posso tomar de conta do navio para vocês.” A voz serena de Robin tira Chopper e Usopp do entorpecimento que o calor de Sanji os causa.
Sanji sorri. No entanto, nega lentamente com a cabeça.
“Não quero incomodá-la com isso. Aliás, você deve estar cansada, e eu não quero deixá-la sozinha com uma responsabilidade que deve ser minha.”
“Não é incomodo nenhum, eu dou conta. Pode confiar em mim!” Robin diz, com um sorriso sincero que faz Sanji a olhar significantemente. Ela quer aproveitar cada momento que puder para mostrar que é de confiança e Sanji aparentar ter percebido, pois sorri docemente para ela e se põe de pé.
“Tudo bem, mas ainda não quero deixá-la sozinha.” O olhar que agora Sanji lhe deu, mostra uma preocupação genuína. Não é falta de confiança ou dúvidas de sua capacidade de lutar e defender, mas preocupação por ela mesma. O lugar está infestado de piratas. E sua fama é o suficiente para deixá-la em perigo.
Usopp olha para ela, que o olha de volta emanando certa expectativa. Ele pensou, se Sanji confia nela, ele também pode fazer isso. Sorrindo seguro e bravamente, ele aponta seu polegar contra o próprio peito e empina o nariz.
“Pode deixar que eu fico com Robin. Eu, o grande capitão Usopp, vou proteger Marry e ela, não se preocupe!”
Sanji solta aquele seu apaixonante sorriso despreocupado. “É claro que vai!” Ele segura as bochechas de Usopp para deixar um beijo em sua testa e sorri mais ainda com o estado catatônico em que ele fica. “Tchau Robinzita! Eu volto logo!” Acena, saindo do navio.
“Então eu vou com você, Sanji. Até logo, pessoal!” Chopper também se despede. Da ponte, Sanji estende os braços para aparar Chopper, quando este pula em sua direção.
Usopp tenta falar, mas só gagueja, petrificado pela timidez e tingido de vermelho, ainda não pronto para os “ataques” repentinos do cozinheiro. Robin fica ao seu lado, sorrindo adoravelmente para Sanji sumindo na multidão com Chopper a reboque.
“Ele vai ficar bem, não é? Se alguém fizer algo com ele, vou torcer todos os seus ossos e despedaçar sua carne e órgãos até virar pó.” Robin dita sombriamente. Usopp se desperta com um calafrio percorrendo seu corpo.
“Que extremo...” Ele se estremece todo, pensa um pouco e então com um sorriso, diz: “Eu apoio! Mas relaxa, quando se trata de proteger um companheiro, Chopper não é tão fofo quanto parece.”
Robin acena positivamente para o atirador, mais tranquilizada.
Chapter 32: Capitulo 32
Notes:
Mais um para vocês!! Pode não estar tão bom, mas me divertir escrevendo, e espero que gostem também.
Sinto que este cap não está completo, mas se eu continuar adicionando mais e mais coisas, nunca vou passar para o próximo. Então é isso, pessoal!! Beijos
(See the end of the chapter for more notes.)
Chapter Text
Chopper assume sua forma quadrupede e trota ao lado de Sanji enquanto este se diverte olhando tudo ao seu redor onde há barracas em abundância e mercadorias alimentícias que chamaram bastante a sua atenção, embora a maioria já seja de seu conhecimento.
Enquanto o cozinheiro se distrai com o que está à venda, a rena se posiciona em alerta, atentamente observando cada perímetro os cercando, ou melhor dizendo, que cerca Sanji; as pessoas estão começando a olhar para ele por mais tempo do que se é considerado normal e isso não agrada seu instinto protetor. É algo que, por muitos, pode ser considerado banal; olhar demais mais para alguém muita das vezes trata-se de nada além de mera curiosidade. Mas como médico, Chopper entende como funcionam os hormônios humanos e, com seu olfato apurado, também pode sentir o cheiro e dizer que os olhares são de atração do tipo que varia entre seus observadores. As crianças estão apenas encantadas e envoltas por um sentimento de apreciação. Os adultos é a mesma coisa, mas com o acréscimo de um desejo mais forte, quase semelhante aos hormônios que animais emitem com a intenção de atrair um parceiro para acasalar. Chopper não sabe dizer, pois nunca presenciou um humano com desejos sexuais, mas se esses adultos estão pensando em coisa do tipo em relação a Sanji, não permitirá que tais pessoas se aproximem dele.
“Veja, Chopper! Está barraca tem frutos do mar.” Sanji está indo até a barraca citada. Chopper ver como as pessoas facilmente abrem caminho para ele, em uma reação automática ao serem banqueteados com sua presença graciosa. Não é preciso nem citar que os olhos de tais indivíduos não se desviaram dele. Claro, o próprio Sanji não se atenta a isso. Chopper então fica de volta ao seu lado, diante à ameaça e de olho em cada periférico.
Enquanto sanji conversa com o dono da barraca sobre uns tais camarões azuis que só vivem por ali, um grito alto ecoa até seus ouvidos e Sanji, preocupado, rapidamente se vira para a direção. Houve gritos de crianças, homens e mulheres, depois uma risada estridente e mais uma voz gritando “Assassino!”. Foi o suficiente para chopper e o cozinheiro seguirem caminho ao centro da confusão. Chegando ao local, diante de seus olhos, há um homem caído no chão, respirando muito fracamente, crianças e alguns adultos espantados enquanto outros só ignoram. E o causador de toda baderna, gargalhando em alto e bom som no tento de uma casa.
Jesus Burgess estava apenas demonstrando sua força para os idiotas que resolveram o desafiar. Erguendo-se vitoriosamente no alto daquela casa, exibe sua grandiosidade, pronto para um novo round com mais um tolo ou simplesmente ir tomar uma boa bebida e comer algo delicioso. Isto é, até que notasse o esplêndido jovem loiro com uma rena ao seu lado, lá embaixo. Burgess experimentou seu vigor disparar e aumentar entusiasmadamente as batidas de seu forte coração. Em seguida, saltou para cair em pé, diante do rapaz, tão rápido que poderia questionar-se, pois jamais teve tal reação diante de alguém. Certamente, já esteve na companhia de pessoas excelentemente belas, mas este aqui... Quando viu tamanha formosura? Oh... Nunca! Até agora. Essa beldade chega a ser inadmissível, um pecado do qual não se importa em assumir:
“Ei, belezura! Que tal sair comigo, hm?” Borges se inclina para Sanji, tão confiante de si, que não dá a mínima para a invasão no espaço pessoal do loiro.
Sanji fica um pouco sem jeito, sem saber o que responder.
“Sanji, ele que bateu nesse homem! Tome cuidado!” Chopper alerta ao terminar de analisar o pobre infeliz que caiu nas garras do “Campeão” (o homem está bem e não corre risco de vida. Só está um pouco quebrado). O médico suspira frustrado, um pouco nervoso e se aproxima de Sanji com cautela sobre Burgess; ele não quer causar confusão com alguém que não sabe se é muito perigoso ou não, mas também não quer deixar Sanji lidar com isso sozinho. Chopper quer ser útil em campo de batalha e ajudar o quanto puder.
“N-não, obrigada! Eu preciso voltar para o meu navio, agora.” Sanji responde ao convite do homem o mais pacífico que pode, já que não gosta de ser desnecessariamente rude.
“Eu não posso aceitar um não como resposta.” Borges tenta persuadir, mas o loiro recua desconfortável, endurecendo sua doce expressão para uma mortalmente seria, e ainda assim, continua lindo. Antes que se afastasse mais, ele segura Sanji, prendendo ambos os braços do loiro nas laterais de seu próprio corpo, dificultando seus movimentos. Tão grandes são suas mãos e tão fortes são seus músculos, que os pés de Sanji saíram do chão.
“Que merda você pensa que está fazendo?” Sanji esbraveja, conseguindo cravar a sola de seu sapato na cara do homem. Mas ele é bem mais durão do que aparenta.
“Não seja assim! Seus amigos jamais deixariam uma gracinha como você para trás, então com certeza vão lhe esperar. Vai ser só uma bebida. Eu prometo!” Burgess insiste, pouco se importando com os chutes de Sanji em seu peito. O loiro não poderia chutar mais forte que isso por falta de impulso. Se não, já o teria mandado para longe. Maldição! Onde a sola de seu sapato bate é duro como concreto.
“SANJI!” Chopper gritou. O pequeno aproveitou a distração de Burgess para tomar distância, e enquanto se aproximava de volta em alta velocidade, chamou a atenção do cozinheiro. Sanji não precisou de muito para entender e assim que chegou a hora certa, levantou suas pernas e apoiou os pés no peitoral do grandalhão idiota, e assim que Chopper deu uma chifrada no meio das pernas de Burgess, que não resistiu a dor e afrouxou suas mãos, Sanji usou seu apoio no peito dele para saltar para trás em uma cambalhota e pousar perfeitamente no chão. Jesus Burgess, o “Campeão”, ajoelhou-se sobre seu próprio corpo enquanto gemia, agoniado.
As pessoas ao redor ficaram admiradas com a dupla e ainda mais encantadas pelo loiro radiante como o sol.
“Isso foi incrível, chopper!” Sanji o parabeniza e afaga os pelos de seu pescoço.
“Ah, seu bobo, eu não vou ficar feliz com isso!” Chopper diz, totalmente contrário ao seu sorriso e sua cauda abanando contentemente.
“Sim, sim!” Sanji sorri também, acostumado com essa boba e adorável reação de seu companheiro. “Vamos sair logo daqui!”
“Sim!” Chopper responde, deixando Sanji ir um pouco na frente. “Seu miserável!” Ele bufa fumaça pelo nariz enquanto grita para o homem caído, antes de voltar a sorrir e acompanhar Sanji, feliz por tê-lo ajudado mesmo ciente de que ele poderia sair sozinho da situação.
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Teach assistiu Bellamy e seu braço direito dar uma surra no Chapéu de Palha e seu Espadachim durante um tempo até que o tedio enchesse seu saco (eles riram bastante do carinha só por ter mencionado a ilha do céu. Burros que não sabem de coisa alguma.), e então saiu de dentro do bar apenas para tomar um pouco de ar. Durante a ação de inspirar, seu folego é subitamente tirado. Engasgando-se com o oxigênio, tossiu um pouco e prontamente iria gritar com quem quer que seja o estupido que esbarrou em sua pessoa e talvez lhe dar um soco. Mas novamente se sentiu sem ar quando seus olhos bateram no “estúpido” que lhe usurpou o fôlego. Qualquer outro ser humano lhe tocando seria o suficiente para arranjar uma briga com ele, mas este cortou totalmente sua linha de pensamento.
“De onde você saiu?” O loiro resmungou, e para Teach, foi como uma brisa leve do mar acariciando seus tímpanos com tamanha suavidade. Uau... Uau! Como é bonito, ele pensa e instantaneamente a ideia de tê-lo em sua tripulação é tentadora. Ter a visão diária desse cara seria o suficiente para acabar com os aborrecimentos de sua vida.
“Ze hahahaha!” Sua risada ecoa. “Que tal ser meu garoto e vir para a minha tripulação?” Direto e sem filtro. Teach pode prometer e dar a ele todas as riquezas possíveis. Quem recusaria viver apenas no luxo?
“O que?” Sanji tenta raciocinar. “Outro tarado?!” Grita, lembrando de Jesus Burgess.
“Saia de perto dele!” Chopper grita e chifra o traseiro do homem, o fazendo cair de cara no chão, aos pés de Sanji. Não saiu bem como planejado, mas... Porra! Esse rapaz realmente é um tesão. Teach quase pediu para que ele o pisasse.
“Isso está ficando estressante...” Sanji resmunga. Teach, apesar de quase estar comendo terra, somente olha apaixonadamente para a extensão ridiculamente bem esculpida do rapaz. Que sorte seria ter um desses em sua posse. Ou melhor, ter esse em sua posse. Seria tão fácil pegá-lo, sua mente anuvia como se outra personalidade tentasse assumir o controle. O pensamento maligno de sequestrá-lo parece excelente. Mas ele pertence a alguma tripulação? Seria problemático se ele for de um bando poderoso.
De repente o som alto de vidro quebrando estoura como um alarme.
“O que foi isso?”
Sanji olha para a porta do bar e risadas chegam ao seu ouvido.
“Esse lugar está cheio de encrenqueiros. Deve ser mais uma briga, Sanji!” Chopper choraminga, assustado.
Sanji sente um mal pressentimento queimar em seu peito e mal percebe quando atomaticamente começa a caminhar para o estabelecimento.
Teach já está de pé e o segura por trás, pela gola de sua camisa social.
“Acho melhor você não entrar lá. São só uma dupla de idiotas levando uma surra sem revidar. Eles são burros por só se deixarem apanhar.” Teach gargalha, esperando que o loiro o ouça e fique, para que ele possa olhá-lo um pouco mais. Mas o maldito bichinho que anda com ele voou em seu braço e mordeu-o com força antes de o rapaz sequer olhar para trás.
“SEU GUAXINIM MALDITO!” Grita, massageando o local da mordida para aliviar a dor.
“EU SOU UMA RENA! SEU ANTA!” Chopper grita de volta, sentindo-se totalmente insultado.
“Você disse dupla de idiotas?”
Teach se vira para o loiro, quase se perdendo em seu olho azul quase nebuloso.
“Sim! Um maluco com Chapéu de Pa-”
Sanji não esperou ele terminar a frase. Não tinha como esperar. O que seu capitão idiota pensa que está fazendo? Sanji espera francamente que estejam bem, e que nenhum desgraçado tenha machucado a senhorita Nami.
Sanji caminhou a passos largos, até a porteira do bar; chopper logo atrás.
“LUFFY! ZORO! SENHORITA NAMI!!!”
Entrou como um furacão e o que seus olhos encontraram fez seu sangue ferver, e mal conseguiu respirar. Chopper ficou horrorizado, mas nada supera o estado de Sanji. Ele parece com sede de sangue, pronto para assassinar.
Silencio mortal dominou o recinto. Zoro, deitado no chão, sentou-se, atentamente focado em Sanji que ainda parece raciocinar o que vê. Isso é real? Quem são essas pessoas e o quão fortes elas são para conseguir machucar seu capitão e seu espadachim? Nami está ilesa, isso é um alívio. Mas visivelmente desesperada, e isso não é bom. Sanji não gosta disso.
Bellamy acabara de cuspir mais uma caneca cerveja na cara ensanguentada de Luffy e Sanji viu assim que entrou. Luffy, Nami, Zoro e Chopper também viram como o bar inteiro parou e repentinamente todos secam o cozinheiro com seus olhares imundos.
Um assovio desfaz o silêncio, mas todos ainda estão muito quietos. Exceto por um homem que se levanta imperioso. Ele tem pinta de galante; alto e bonito, do tipo que se orgulha da beleza, um narcisista. Os olhares de Zoro, Luffy, Chopper e Nami escurecem quando o homem chega perto de Sanji, que sequer nota sua existência, mais focado em saber quais são os reais inimigos em quais vai bater.
“Olha só... Não é sempre que um anjo cai do céu bem diante de mim” O homem gargalha, cheio de si. Sanji olha de soslaio para ele o logo vou a ignorá-lo.
“Luffy... O que está acontecendo?” Ao invés, ele pergunta. O homem se sente ofendido.
“Ei, gracinha! Não me ignore...” O homem fala com tom divertido e dá um tapinha nas costas de Sanji. Um “tapinha” um pouco bruto, o cara aparentemente está bêbado, ele fede enjoativamente a álcool barato. Não é como o cheiro de Zoro com o qual está acostumado. Não é o doce cheiro de licor que lembra brisa de verão, misturado com o cheiro de aço das espadas de seu doce marimo. E o “tapinha” não é familiar como o de Luffy ou da senhorita Nami. Não é como o toque de Usopp ou o de Chopper. Seu corpo estremece, ele rejeita, repudia.
“Já era para esse cara!” Zoro relaxa com um sorriso e volta a se deitar no chão.
“Você não devia ter feito isso...” Chopper murmura e todos parecem confusos.
Sanji elevou sua perna direita e girou sobre as pontas do pé esquerdo. Rápido e potente, acertou um chute a lateral da face do homem arrogante, entortando sua mandíbula, e com a perna ainda elevada, apenas mudou a direção e mandou o homem para fora do bar com um chute explosivo em sua barriga.
Foi de tirar o fôlego. Bonito e forte, atiçando qualquer um. Bellamy sorriu e lambeu os lábios.
“Eu vou chutar você!” Sanji olha furiosamente para Bellamy, seu olhar em chamas.
“Sanji! Não!” Uma ordem alta e clara vinda de Luffy. Sanji para instantaneamente no meio do caminho até o agressor de seu capitão.
“Ele é seu?” Bellamy pergunta com malicia.
“Ele é meu nakama.” Luffy responde com orgulho.
Bellamy avalia Sanji dos pés à cabeça, seu sorriso malicioso aumenta.
“Humpf, acho que vou pegá-lo para mim.” Bellamy provoca.
“Não se atreva!” Luffy rosna, ao mesmo tempo que Zoro, Nami e Chopper.
Bellamy solta uma alta gargalha:
“Vocês fracotes vão me impedir?” E chuta Luffy contra uma parede.
“LUFFY!” Sanji, juntamente de Nami e Chopper, grita. Zoro está se equilibrando em pé, segurando o punhal de uma de suas espadas.
“Sanji...” Luffy se remexe nos destroços com dificuldade “Já disse que não.”
Sanji para novamente, ele bate o pé em frustração. O que Luffy está pensando afinal? Sanji não acha que pode ficar parado enquanto dois de seus companheiros apanham.
“Você também não, Zoro!”
Zoro para de puxar sua lâmina para fora da bainha. O olhar sério de seu capitão é o suficiente para tranquilizá-lo. Nami morde os lábios, querendo revidar de alguma forma, mas também acredita em Luffy. Chopper está agoniado com toda essa tensão.
“Não toque nele!” É o último aviso de Luffy para Bellamy, que apenas gargalha e caminha vanglorioso até Sanji.
“Você é uma visão e tanto!” Ele estende a mão para tocar o rosto de Sanji. Mas a mão não o alcançou, Luffy estava agora na sua frente, segurando o pulso de Bellamy com força.
“Me bata, me insulte e cuspa na minha cara o quanto quiser. Mas jamais toque no Sanji, ou em qualquer outro companheiro meu com suas mãos imundas quando eu disser para não o fazer”
Bellamy borbulha de fúria e resmunga:
"Ou você vai fazer o que?"
"Vou bater em você" Luffy aperta mais o pulso alheio e declara com seriedade gélida a qual Bellamy finge não ter lhe causado arrepios.
"Hahaha. Me bater? Você tem sorte, pirralho!” Bellamy desvia o olhar para Sanji, que o olho com ‘morra’ escrito em sua íris. “Não quero que a belezinha pense que sou um cara mal” Ele diz. “Então vazem daqui enquanto ainda podem." Bellamy solta sua mão do aperto de Luffy com um supetão. Dando uma última olhada na feição severa de Sanji, ele lambe os lábios e sai para o balcão de atendimento.
O quinteto sai em silêncio, com olhos diversos os observando, em especial, Sanji.
"Vai deixá-lo simplesmente ir?" O braço direito de Bellamy questiona com sua parceira ao seu lado, ambos olhando para onde o loirinho gostoso saiu.
"Humpf! Até parece! Eles têm algo que agora eu estou muito interessado, e é claro que eu vou pegar. Além disso..." Bellamy olha para a pulseira vermelha que o aperto de Luffy deixou em seu pulso. “Não vou deixar essa sair impune.”
Gargalhadas maliciosas encheram o local. Bellamy não é do tipo que pega troféus, mas aquele loiro é o prêmio perfeito por todo o seu trabalho e esforço, mesmo que ele não tenha sido providenciado por Doflamingo.
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Os sonhos de um homem nunca têm fim, é o que Teach diz ao Chapéu de Palha e seus companheiros. Bellamy e sua turma são só um bando de idiotas egocêntricos que não entendem esse fato.
“Aqueles paspalhos não sabem o que estão dizendo! Um homem que dá tudo de si para proteger um companheiro também pode realizar seus sonhos e conquistar o mundo.” Teach se refere a Luffy. A determinação que viu nos olhos do garoto é uma preciosidade. “Vocês são um bando interessante... Vão chegar muito longe. Quando estivermos no topo, eles nem irão ver o que os atingiram!”
Luffy encara Teach com certo reconhecimento. Não há mais o que dizer, então ele apenas se vira para Sanji e choraminga:
“Sanjiii! Estou com fome!”
“É claro que está! Vamos voltar para o navio e vou cozinhar para vocês.” Sanji gargalha, apoiando um braço do garoto sobre seus ombros e segurando a mão do espadachim. Não é só a aparência, Teach observa, o coração dele é puro e doce. Gentileza e amor transbordam por aquele olho azul quase sobrenatural. Então é ele o tal cozinheiro dele... Isso explica o cuidado que tem por ele.
Teach vira as costas e segue seu rumo, pensando o quão sortudo o bando do Chapéu de palha é por ter uma preciosidade como Sanji ao lado deles.
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Chegando ao navio, Chopper faz Luffy e Zoro se sentarem no convés e corre para pegar o quite de primeiros socorros.
“P-porque estão tão machucados?” Usopp gagueja diante de seus companheiros. Agora que a comoção passou, Sanji de repente está se sentindo frio. Suas mãos tremem ao tocar os rostos tão sérios de seu capitão e de seu espadachim, temendo machucá-los mais. Nami morde o lábio inferior quando o olho azul se encontra com os seus, buscando finalmente uma explicação.
A garota olha para Usopp e depois novamente para Sanji antes de suspirar e começar a falar:
“É culpa minha...” Nami murmura com mágoa “Eu os fiz prometer que não lutariam e...”
“Não foi culpa sua, Nami!” Luffy a interrompe.
“Apenas não revidamos.” Zoro complementa “Não valia apena.”
“Mas vocês podiam...!”
“Você está bem, senhorita Nami?” Sanji a interrompe dessa vez, genuinamente preocupado. Ele não havia tido tempo para perguntar. Se ele ao menos tivesse chegado antes, talvez pudesse impedir-
“É claro que estou!” Nami funga um pouco alto demais, mas apenas para afastar Sanji de seus pensamentos redundantes. Seus olhos estavam ficando anuviados de novo, como sempre acontece quando ele está começando ou já pensado em coisas ruins ao excesso. “Eles só riram de mim quando perguntei sobre a Ilha no Céu. Não se compara ao que fizeram a Luffy e Zoro.” Ela quer chorar. Mas Sanji a abraça cuidadosamente, esfregando suas costas. Depois volta-se novamente para os dois feridos. Seu coração afunda diante da quantidade de sangue em Zoro e Luffy. Quão ruim são seus ferimentos? Sanji não segura sua fúria:
“Eu vou voltar e chutar eles!!" Ele rosna, não aguentando! vê-los machucados e Nami tão abatida.
“Cozinheiro... Não foi questão de fraqueza ou força.” Zoro segura sua mão fortemente fechada em punho. “Estamos bem, Sanji!” O marimo diz.
Droga! Sanji estremece e fraqueja. Toda vez que Zoro diz seu nome, principalmente de forma tão séria, lhe causam um calor tão bom.
“Estarmos vivos! Não é isso o que importa?” Luffy segura sua outra mão
“S-sim, sim...” Sanji relaxa, confiando em seus companheiros. Ele se vira para Nami e sorri carinhosamente. E ela entende as palavras ditas apenas com seu olhar. Ela não precisa se culpar, mas se orgulhar. Zoro e Luffy sabem o que estão fazendo.
“Estou com fome!” Luffy choraminga.
“Depois dos curativos!” Chopper grita, chegando para fazer os primeiros socorros.
Notes:
Luffy não deu uma surra em Bellamy por causa de Sanji por que eu necessito de colocar a cena em que Luffy derrota ele com apenas um soco, porque é muito foda! Deixe ele se sentir o maioral por mais uns momentos antes de ser nocauteado com apenas um golpe!!!
Chapter 33: Capitulo 33
Notes:
Estamos quase lá, pessoal! Quase chegando na estreia de Enel
Chapter Text
“Fora de perigo” Chopper, acabando de colocar os curativos em Zoro e Luffy, permite-se cair no chão, externamente abatido, mas internamente aliviado pelos ferimentos não terem sido graves comparados a quantidade de sangue que havia.
Sanji lança um olhar e um sorriso compreensivo ao pequeno médico, sentando-se e acendendo um cigarro, tão tranquilizado quanto ele. A nicotina é um agrado ao seu paladar; já faz um tempinho que não fumava, o cheiro e o gosto são um deleite relaxante aos seus nervos.
Robin, observadora como sempre, está com sua face enfeitada por um sorriso zeloso. Mesmo em tão pouco tempo de estadia com eles, já estaca preocupada com a dupla idiota, com Nami, Chopper e Sanji... Há quanto tempo ela não se importava assim com alguém depois de ter perdido praticamente tudo? De qualquer modo, não é irritável a coisa toda.
“Agora que estão todos aqui, eu irei compartilhar as informações que consegui.” Com um sorriso agora modesto, a arqueóloga se posiciona ereta em sua cadeira. Olhares brilham em sua direção, avarentos de curiosidade.
“Ah, Robinzinha!” Nami estala de alegria. “Já estava preocupada sobre o que fazer. Não tivemos muita sorte.” A navegadora soa desanimada e Robin faz com que uma mão brote em suas costas e afague seus cabelos.
“Não se preocupe, senhorita navegadora! O que importa é a intenção.” Robin diz, meiga e sorrindo mais ainda quando o rosto de Nami fica vermelhinho. Ela certamente é uma mulher muito linda, e amável quando não está irritada.
Sanji sorri apaixonado diante do carinho transmitido a sua querida senhorita Nami. É um doce sentimento que aquece todo o seu corpo. Balançando o cigarro entre os dentes, ele estica as pernas e encosta a cabeça no mastro principal, deixando a pacificidade do momento embalá-lo.
Como dito, Robin lhes transmitiu o que conseguira coletar de informação. Ocultando os detalhes de como as pessoas tiraram sarro de sua busca sobre a Ilha no Céu, alguns homens lhes disseram que se quisesse mesmo perder seu tempo, ela poderia procurar por Cricket Montblanc, que segundo eles, é descendente do cara que inventou a história sobre tal ilha flutuante.
“Beleza! Vamos zarpar!” O grito energético de Luffy acompanha a rajada de vento soprada contra Marry. Eles então direcionam-se rumo a localização que é instruída por Robin.
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“Oh, eu vejo!” Robin aponta para a terra firme adiante. Sanji se aproxima da carranca do Marry, onde pode ver com clareza a outra parte de Jaya, onde há o que deve ser um castelo.
“Uau...” Sanji murmura, encantado com a linda estrutura.
“O cara deve ser ricaço!” Luffy supõe com euforia e os olhos de Nami brilham com a ideia da riqueza presente ali.
“Vamos pegar o tesouro dele!” Ela cantarola.
“Sua interesseira! Esse não é o nosso objetivo!” Usopp grita com uma expressão cômica, mas tão maravilhado. Quantos castelos de verdade ele já viu? Esse certamente é o primeiro. Zoro continua a cochilar como sempre.
Ansiosos para entrar na residência, eles desembarcam. Mas ao pisarem na terra firme, Luffy é o primeiro a se deparar com a decepcionante realidade, vendo que aquele castelo é apenas um outdoor e basicamente metade de uma casinha mal-acabada o sustentando. Ele se agacha de forma deprimente a beira da água, suspirando tristonho para seu próprio reflexo. Usopp e Nami estão de queixos caídos, decepcionados.
“Luffy, não fique tão perto da água assim, é perigoso para você!” Sanji sopra a fumaça de seu cigarro e vai consolar seu capitão, que mais parece uma flor murcha agora.
“Hã?!” Luffy vira o rosto para Sanji, não tendo escutado bem o que ele disse. É nesse instante que, subitamente, ele cai no mar.
“LUFFY!!!” Sanji grita, a princípio não entendendo por que o garoto pulou. Todavia, no mesmo instante, um homem sai do mesmo lugar de onde Luffy caiu, e assumi uma posição hostil de ataque. Sanji então entende que foi ele que puxou seu capitão ao invés. Então, avança na direção do meliante.
“Usopp, pega o Luffy!” Usopp, que até então havia se preparado e mirado contra o estranho, largou seu estilingue e pulou na água. Sanji joga seu cigarro no chão e pisa em cima, sem quebrar o contato visual com seu inimigo. Nami aproveita para correr até o Marry e pegar sua arma, pois sem ela, não pode fazer muita coisa.
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Cricket nunca havia se deparado com um rapaz tão belo. Belo como um anjo é descrito. Poderia ele ter vindo do céu? Poderia ele ser de fato um anjo? Montblanc não sabe muito mais no que acreditar., mas uma coisa é certa, esse loiro faz com que seus pensamentos sejam limitados ao desejo de apenas senta-se e observá-lo pela quantidade de tempo que for possível. É um sentimento estranho que nunca, em todos os seus anos de vida, havia sentido. Uma reação dessas, causada apenas pela sua presença, só pode ser sobrenatural. É intrigante e atiça sua curiosidade.
“De onde você veio?” Pergunta com desconfiança.
Sanji se mantem sério, suspirando pesadamente antes de responder:
“Não acho que isso seja importante. Estamos apenas de passagem.”
“Estão atrás do ouro?” Mais uma pergunta desconfiada.
“O que...?” Sanji inclina a cabeça para o lado em confusão.
Cricket balança sua própria cabeça abruptamente antes de resmungar agressivamente:
“Não vou deixar essa sua carinha bonita e confusa me enganar!” Ele avança para esmurrar Sanji, que desvia na hora.
“Não estamos aqui pelo seu ouro!” O loiro rebate, bloqueando habilmente com sua perna direita uma investida bruta da mão do homem em direção a sua barrida. Sanji percebe que os movimentos são muito fáceis de serem impedidos, como se o homem não quisesse machucá-lo de verdade.
Montblanc não sente nenhuma hostilidade vinda do rapaz e talvez seja por isso que seu corpo inconscientemente não exerce força o suficiente para feri-lo. Além disso, aquele olhar pacífico e hipnotizante faz todo seu ser querer se submeter a ele. Os movimentos, a postura elegante... Cricket não pode se deixar levar. Irritado consigo mesmo, avança para mais um golpe. Entretanto, o loiro não precisou levantar um dedo sequer, pois um rapaz de cabelos verdes interveio, entrando entre sua pessoa e o jovem loiro, com uma espada sacada e posicionada contra seu pescoço.
Quando Nami chegou ao navio, Zoro acordou meio desorientado com sua exasperação e pelo barulho. Então ela relatou o que estava acontecendo e imediatamente ele disparou para a ilha. Ela também não esperou muito mais, pegando seu clima tact e o seguindo logo atrás.
Seu olhar mortal disparou para o homem que avançava contra Sanji. Em uma rápida disparada, ficou entre ele e o cozinheiro, e sua espada posicionada contra a garganta do inimigo.
Cricket engasgou-se com o olhar tenebroso do espadachim, que quase congelou sua alma por inteiro.
“Não toque nele!” A voz soa perigosamente baixa, a ponto de arrepiar até o último fio de seu cabelo, e logo se dá conta da importância do jovem angelical. Sua visão fica um pouco turva, sua cabeça oscila e seu corpo parece cada vez mais quente. De novo, ele está perdendo a consciência, isso tem ocorrido com mais frequência agora. Aguardando o duro baque contra a superfície dura antes de seu último resquício de consciência se esvair, ver um vulto dourado chegar perto e é pego de surpresa ao sentir o calor amistoso e confortável dos braços do loiro.
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Zoro bufa incomodado. Sanji o encara com insistência; um pedido silencioso por compreensão.
“Ele estava tentando bater em você!” Zoro aponta como justificativa ao seu desconforto.
“Ele achou que queríamos o ouro dele!” Sanji explica. “Estava no seu direito. Apenas defendendo o que é dele.”
“Ele ao menos te deixou explicar porque estamos aqui?” Zoro cruza os braços.
“Não, mas... Marimo!” Sanji bate o pé e Zoro revira os olhos. É uma discussão inútil.
“Às vezes, você é gentil demais para o seu próprio bem.” Zoro pega o homem dos braços de Sanji e caminha com ele para a casa pela metade.
“Você é um bom menino, meu doce Marimo!” Sanji sorri provocante e beija o rosto de Zoro, o deixando em um tom vermelho purpura e resmungando alguma coisa a qual não espera para ouvir, indo até Usopp e Luffy estirados a beira do mar, um pouco exaustos.
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Mais tarde, o ambiente fica mais calmo: Cricket é cuidado por Chopper e Zoro tira mais um cochilo; Robin está bisbilhotando os livros que há na casa enquanto Nami e Usopp estão do lado de fora, para onde Sanji decide ir.
“Que livro estão lendo?” Ele questiona ao se aproximar.
“Norland, o Mentiroso!” Nami responde, encarando Usopp com uma expressão neutra que o irrita.
“Não fique me olhando. Não sou eu ai!” Usopp grita cheio de indignação.
“Oh, eu conheço esse conto desde que eu era... Bem pequeno. Eu lia bastante.” Sanji se senta no tronco ao lado de Nami, pensativo.
“Mas aqui diz que ele foi publicado no North Blue. Considerando sua idade, ele não devia ser conhecido por essas bandas quando você era pequeno.” Nami raciocina e Sanji prende a respiração por um instante.
“É... você não é do East Blue, Sanji?” Usopp levanta o questionamento inocentemente.
“Ah, bem... Acho que nunca contei.” Sanji sorri amarelo. “Eu nasci no North blue!”
“Sério?” Os dois ficam surpresos.
“Sim!” Sanji sorri um pouco reprimido; lembrar de onde veio ainda lhe causa náuseas apesar do tempo que já se passou.
“Mas zeff é do East Blue, certo?” Usopp interroga e Sanji confirma.
“Mesmo? Então isso quer dizer que ele não é o seu verdadeiro pai, não é...?” Nami comenta.
“Ele é!” Sanji fala com a firmeza de um réu alegando sua inocência. “Quer dizer, eu o considero meu pai de verdade, embora não seja. Eu estive em outro navio restaurante antes de conhecer o chefe Zeff.” Sanji está começando a ficar meio colérico. Seus pés batem de leve contra a grama e suas mãos se apertam uma na outra. Ele está selecionando cada uma de suas palavras meticulosamente antes de pronunciá-las.
A vontade de perguntar sobre seus verdadeiros pais pinica Nami e Usopp, mas ambos reconhecem como Sanji está lentamente entrando em seu estado instável. Ele está reprimindo algo que não quer revelar, a todo custo. Nami sabe que é a deixa perfeita para desviar um pouco o rumo da conversa antes que o sobrecarregue. Embora eles desejem muito conversar com o cozinheiro sobre o que tanto lhe incomoda, podem ver que ainda não é o momento adequado.
“A trajetória de North blue até East Blue é enorme. Eu me pergunto o que te fez enfrentar uma viagem tão árdua!” Ela apenas vagueia, não esperando uma resposta de fato.
“Não tem muita importância. Querem chá? Eu pego!” Sanji não os espera responder, se retirando de volta para dentro da casinha como um suspeito.
Nami e Usopp se encaram.
“Isso foi estranho...” A face de Usopp se contorce em uma careta.
“Pelo que vejo, há muitas coisas sobre o passado de Sanji que não sabemos.” Nami suspira com um olhar empático na direção que Sanji seguira.
“Pensei que ele havia crescido com Zeff, mas...” Usopp suspira pesaroso.
“O nevoeiro que espreita em seus olhos e o jeito como age quando se sente culpado e responsável...” Nami solta com melancolia.
“A insegurança que sempre emana dele...” Usopp pondera.
“A tristeza em seu olhar, ocultada por aquele doce sorriso...” Nami estremece com lágrimas ameaçando inundar seus olhos.
“Sanji é tão gentil, e aparentemente cheio de traumas.”
“Me pergunto como foi sua infância, para alguém tão bom como ele, ser tão dolorosamente machucado por dentro.”
Nami e Usopp vagam em seus próprios pensamentos, angustiados. Tudo que querem no momento, é abraçar o cozinheiro e enchê-lo de carinho.
Poucos minutos depois:
“Voltei!” Sanji parece mais calmo agora. A dupla espera que ele ponha a bandeja contendo as xicaras com chá no chão e assim que ele o faz, os dois pulam e apertam-no em um abraço forte.
“O-o que há?!?!” Sanji gagueja todo tímido, sentindo o amado calor de seus companheiros desfazendo o nó em sua garganta.
“Você é o melhor, Sanji!” Nami fricciona sua bochecha contra a dele.
“Sim, você é tão bom para nós!” Usopp afaga o rosto contra o cabelo dele, absorvendo a boa fragrância do shampoo. Sanji é sempre tão cheiroso, apesar dos cigarros.
“N-não precisam agradecer pelo chá...” O cozinheiro murmura, desconcertado com todo o chamego.
Nami e Usopp o apertam um pouco mais e Sanji sente que mais um pouco terá um epistaxe; eles estão tão colados nele.
“Seu bobo! Não é pelo chá.” Usopp o olha no fundo dos olhos e trava, corando profundamente com a visão extravagantemente terna de Sanji todo acanhado.
“Você não vê que amamos você, Sanji?” Nami afaga seus cabelos, sorrido carinhosamente.
“Ah, b-bem... Céus... Não façam isso! Vocês sabem como fico sem jeito!” Sanji cobre o rosto com as mãos, tanto para esconder seu constrangimento como para segurar o gemido de apreço que ameaçou irromper de suas cordas vocais. Nami e Usopp voltam a abraçá-lo rindo com ternura e diversão.
O momento não poderia ser mais adorável. Luffy e Zoro assistem da janela da casa enquanto Robin aprecia com um olho extra florescido na parede ao lado da dita janela. De fato, um lindo momento.
Chapter 34: Capitulo 34
Notes:
Quem está vivo, sempre aparece, ne?!
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Depois de um tempinho se aconchegando nos braços uns dos outros, Sanji, Nami e Usopp voltam para dentro da peculiar casa de Cricket Montblanc. Nesse meio período, novas presenças se aproximam.
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Shoujou entra em cena. Ele é semelhante a Masira, embora pareça mais com um orangotango do que com um gorila. Ele também é capitão de um bando de caçadores de navios naufragados, e agora está de volta a ilha onde mora com Cricket e Masira. Juntos, os três formam uma aliança pirata chamada Saruyama.
Em sua breve caminhada até Montblanc, Shoujou se depara com Masira, que segue para o mesmo destino.
"Oh! Você ainda está vivo, Masira? Que pena..." Ele provoca como sempre costuma fazer
"O que você quer dizer com isso?" E como sempre, Masira se deixa levar.
"Calma, calma!" Shoujou levanta as mãos na altura do ombro como rendição, embora não esteja nem um pouco arrependido do que disse. "Como tem sido suas buscas?" Pergunta distraidamente.
Um sorrisinho contente e bob molda o rosto de Masira, fazendo Shoujou estreitar os olhos com a esquisitice que achou. Masira encontrara outra estátua de sereia? Iria fazer tal pergunta em voz alta, mas logo Masira cantarolou:
"Encontrei algo bem mais precioso do que um tesouro, e bem mais bonito que uma estátua de serei. Mas ele foi embora!" Seu sorriso se desfaz em uma carranca entristecida.
"Como é?" Shoujou soa confuso. Seu irmão costuma ser um desmiolado, mas isso é um pouco fora do que considera normal, vindo dele.
"Um anjo!" Masira grita abrindo os braços espontaneamente como se essa fosse a maior descoberta de sua vida.
Shoujou engatou sua própria respiração, absorvendo a informação com seu folego preso em descrença.
"Isso é impossível!" Ele não se aguentou, gargalhando em alto e bom som.
"Estou dizendo! Eu vi com meus próprios olhos. Ele anda com um bando pirata também!" Masira se sente inconformado com a reação de seu irmão.
Shoujou não diz nada, no entanto. Mas continua sem acreditar, tomando a frente para abrir a porta da casa de Cricket. Admite que é bem mais inteligente que Masira; não sai por aí dizendo que qualquer rosto bonito é de um anjo; é bastante fã dos contos de Norland e da história na ilha do céu. Porém, dizer que um anjo está entre eles é surreal demais. Ainda mais quando o tal anjo anda com piratas. Que ser de tamanha perfeição estaria com foras da lei cujo corações são corruptos e desleais. Anjos só estão ao lado de pessoas puras, eles protegens somente pessoas bondosas e-
Abrindo a porta, sua linha de pensamento é tomada pela surpresa de desconhecidos na casa de seu chefe. Pronto para brigar e expulsá-los a ponta pés, sua atenção é desviada pela brilhante figura próxima ao fogareiro que foi posto perto da parede ao lado da porta.
"Então você é real!" Shoujou se exalta, apontando para o loiro que lhe encarou com extrema confusão em seu belíssimo olho azul cujo cabelo de fios dourados celestiais não cobriam.
Em poucos instantes, a garota ruiva ao seu lado e o garoto narigudo se puseram de prontidão; um movimento executado por bons lutadores prontos para o ataque e defesa. Logo, mais três dos intrusos se puseram pairando atrás do jovem angelical.
"Essa história de novo?" Pode ouvir o rapaz resmungar, mastigando o filtro do cigarro em seus lábios. Que tipo de anjo ele é? Rodeado por piratas e ainda fumando? De qualquer modo, ele não deixa de ser cativante.
No outro ponto, Masira se iluminou. O idiota parecia um lustre com todo esse brilho metafórico pairando dele, Shoujou matuta. Contentamento e surpresa explodiram de ser de seu irmão comprovando que aquele homem é o tal anjo do qual falou.
"Anjinho, você está aqui!!!" Mais uma afirmação. Shoujou certamente ficou sem reação, mas Masira saltita para se aproximar dele com toda intimidade que uma amizade sincera permite, o que claramente não há entre eles de acordo com os olhares.
O anjo está enrijecido e o jovem narigudo acabara de gritar, estridente: “ELE NOS SEGUIU ATÉ AQUI?". E o cabeça verde e o do chapéu de palha o encaram com hostilidade. As duas mulheres também não estão contentes. E, embora a ruiva mostre mais do que a outra, ainda dá para sentir pela luz gélida nos olhos da morena a ameaça.
Bom! Shojuou ignorou a presença de seu irmão e os demais ali, considerando que Masira não é carismático como ele essa hostilidade não será direcionada a si, ao se ajoelhar reverente perante o loiro, estendendo sua mão; a típica pose de pedido de casamento.
"Oh, beldade dos céus! Junte-se a mim e minha tripulação!"
Masira, nada feliz, empurra Shojou de supetão para o lado e grita brutalmente em seu ouvido:
"EU O VI PRIMEIRO!"
"Quem se importa?" Shoujou rebate, retomando sua atenção a Sanji "Junte-se a mim, eu sou o melhor!" Persuadiu. Mas Masira pula sobre ele e ambos começam uma sequência de empurrões um no outro.
"Qual é a desses caras?" Sanji está confuso. Tudo bem que ele é um bom cozinheiro, mas esses estranhos nem provaram sua comida para estarem brigando para levá-lo embora como cozinheiro deles. Isso torno o motivo total e absurdamente sem sentido.
Mas para seus companheiros, faz todo o sentido, já que o motivo é nada além dele mesmo. Já é algo verídico: todos que põe os olhos em Sanji, o querem!
"São um bando de malucos, é isso!" Nami bufa com a visão dos dois homens rolando no chão em uma briga. Ela quer tanto eletrocutá-los, mas estão muito perto de Sanji e pode atingi-lo acidentalmente.
"PESSOAL! ELE ESTÁ ACORDANDO!" Chopper, que mantinha sua atenção em Cricket, tranquilizado pela presença dos demais, grita ao lado da cama. Sanji caminha rapidamente para se juntar ao pequeno médico, com Nami e Usopp a reboque que insistiam em ficar o mais perto possível. Agora, Masira e Shoujou ficam sob os olhares sombrios de Zoro, Luffy e Robin.
Os dois param de rolar ao ouvir o grito de Chopper, lembrando-se de Cricket.
"CHEFE!!!" Eles gritam "O QUE FIZERAM COM ELE?!" Eles estão bem irritados, fuzilando Luffy com os olhos. Mas Luffy apenas bufa com indiferença:
"Caiam fora! Estamos cuidando dele." Ele permanece com seu olhar desgostoso, mas não olha novamente para os dois, observando agora Sanji e Chopper manuseando Cricket para repousá-lo confortável na cama. Robin e Zoro, no entanto, vigiam os dois impetuosamente.
"Não podemos simplesmente cair fora!" Masira diz, indignado "Quem você pensa que é?!"
"Isso mesmo! O homem que mora aqui é muito importante para nós e vocês é que devem cair fora!" Shoujou complementa.
Luffy pondera um pouco. Nami chegar mais perto com uma moldura em suas mãos, onde há uma foto dos dois macacos irritantes juntamente com Cricket Montblanc. Luffy logo compreende e sua expressão fica solene, assim como a de sua navegadora.
"Eles... São amigos, eu acho. Bom, essa foto diz muito!" Ela diz, deixando com que Luffy olhe a imagem com mais precisão para que ele possa dar seu veredito.
"É mesmo?!" Uma olhada foi o suficiente. Eles estão bem felizes no retrato, o que não deixa muito espaço para dúvidas. "Tudo bem!" Luffy exala alto e mal conformado. "Mas..." Luffy agora poupa um olhar vidrado e sem emoção para a dubla, como um abismo que os arrasta para a morte ao mínimo vacilo. "Não toquem no Sanji!" Ele sussurra está última frase bem perto dos dois.
Masira e Shojou sentem seus corpos gelarem diante do ar severo do garoto com Chapéu de Palha. Eles engolem a seco quando veem que a garota ruiva e todos os outros, com exceção do jovem loiro e Cricket, estão com semblantes igualmente severos.
"Amigos, né?!" Luffy sorri repentinamente sem preâmbulos, o que faz Masira e Shojou acharem mais assustador. Eles confirmam desesperadamente a pergunta retórica.
Quem são eles, afinal? E como um ser tão celestial está com eles?
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Mais tarde, Luffy para para ouvir a história do trio que Cricket narra: Eles são companheiros, e os três juntos formam uma aliança pirata chamada Saruyama. Eles vivem na mesma ilha, mas como a casa é muito pequena para os três, Masira e Shoujou dormem cada um em seu próprio navio.
"Desculpem pela confusão que causei!" Cricket traga seu cigarro, olhando expectante para os jovens ao seu redor depois de se familiarizar um pouco mais com os convidados inesperados e contar um pouco de sua história.
"Pensei que eram como todos os idiotas que só vêm aqui pelo ouro." Ele se explica. Voltando-se para o loiro ao seu lado, um calor aconchegante irradia em seu peito. O jovem está o olhando curioso e brevemente atencioso. Cricket não evita curvar a boca em um sorriso contraído.
"Me desculpe também por ter te atacado daquele jeito." Diz ao jovem, que pisca por alguns instantes antes de sorrir igualmente contraído e falar:
"Não se preocupe com isso, você estava apenas se defendendo."
Conforto se amortece no lugar e aura pacífica emana de Sanji, levando a todos uma tranquilidade tão boa que os fazem querer flutuar. Nesse ritmo pacífico, Cricket contou a eles tudo o que sabia sobre a "Ilha no Céu" quando Luffy questionou.
"Há um meio possível de chegar até lá. Mas é insano e pode custar a vida de vocês! Ninguém nunca conseguiu." Cricket fala sombrio. Mas surpreende-se com as expressões cheias de determinação diante dele. Um suspiro deixa seus lábios.
"O que eu estou dizendo...!? Se você não estivessem prontos para arriscar suas vidas, não estariam aqui para começo de conversar."
Luffy, por sua vez, solta uma grande e espontânea gargalhada e mais uma vez o recinto é decorado pelos sorrisos satisfeitos de seus marujos.
"É isso aí, tio!" Luffy diz, encostando-se ao lado de Sanji. Cricket sente u pouco de inveja, mas não tão ardente quanto Shoujou e Masira que literalmente fumaçam e são ignorados.
"Muito bem!" Estampando um sorriso no rosto também, Montblanc explica a eles sobre a Tsuki Age Ru Kayriu, uma corrente que sobe até o céu como um gêiser; o caminho pelo qual teoricamente poderiam chegar até a suposta Ilha no Céu.
Durante o aprofundamento do assunto, Sanji termina de preparar uma refeição para eles. O dia seguinte seria agitando e gostaria que todos estivessem bem-dispostos.
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Bellamy ouviu boatos sobre o cara isolado que está com posse de muito ouro, e como um pirata que se prese, de acordo com ele mesmo, ele tem direito de ir lá e roubar. Então, com seu navio e “companheiros”, ele toma rumo até a casa de Cricket.
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O jatar começa com muita animação:
Masira e Shoujou estão assistindo Sanji performar em seu preparamento de pratos. O loiro manuseia um peixe perfeitamente grelhado para um prato onde decora com salada e molho, levantando um aroma de dar água na boca. É tudo tão suculento e de aparência saborosa.
Sanji para e olha para os dois com tédio, antes de dar um lindo sorriso de acolhimento e separar uma porção para cada.
“Provem!” Seu sorriso é grandioso e tão apaixonante. Masira e Shoujou experimentam e lagrimas saem de seus olhos.
“TÃO DELICIOSO!!!” Gritam enquanto estrelas cintilam em seus olhos.
“Chefe, essa comida é divina!” Masira enche mais seu prato.
“Você tem que provar!” Shoujou come mais uma garfada.
É como um sonho!
“Eu gostaria de uma bebida...” Cricket murmura ao ver o jovem dar ao cabelo verde, uma garrafa de rum.
Para sua sorte, Sanji ouviu e se aproximou com mais uma.
“Eu fiz. A concentração de álcool é pouca, então não é muito forte. Ela é apenas para saborear e não embebedar.” Sanji lhe estende a garrafa e Cricket logo toma um gole direto do gargalo.
“UAU! Isso é muito bom! Me faz não querer ficar bêbado.” Ele gargalha.
“Então é perfeito!” Sanji gargalha junto.
Zoro, Nami e até Robin estão com um pequeno biquinho descontente, enciumados. Mas Sanji não fica por muito mais tempo, indo até Luffy para repreendê-lo por pegar da comida que ainda está cozinhando.
“Quer beber comigo, docinho?” Cricket acena para Nami.
“Não, obrigada!” Ela recusa com um sorriso forçado.
“E você?” Ele se volta para Robin, que lia um livro.
“Isso está fora de cogitação!” Ela responde com um sorriso gentil que torna a recusa mais dolorosa.
Cricket solta um suspiro.
“Como pode haver três belezuras aqui e nenhuma querer beber um pouco comigo?” Ele diz, inconformado.
“Três?” Nami inclina a cabeça, confusa, já que cricket convidou só a ela e Robin.
“Sim...” Cricket sorri ladino. “Você...” Aponta para Nami. “Você...” Robin. “E... Ele!” Indica Sanji.
Nami de repente se põe de pé e Robin fecha seu livro com força.
“Não chegue perto demais...” Robin diz, com aquele mesmo falso sorriso gentil.
Nami está sorrindo maléfica ao sussurra, enquanto segura seu climatact e bate contra sua outra palma.
Cricket olha para o lado, iludido em busca do socorro de Zoro, mas o espadachim já está do outro lado da sala, com um pé na cara de Shoujou o impedindo de se aproximar furtivamente do cozinheiro que mexe uma panela no fogareiro, enquanto a rena guaxinim e o atirador narigudo riem de um Masira estatelado no chão com um enorme calo na cabeça. E o capitão deles sorrindo na mesma medida, ao falar depois de engolir sem mastigar, uma enorme porção de arroz:
“Não meta o dedo na comida que o Sanji ainda está cozinhando!”
Masira é tão corpulento e forte... quão forte esse loirinho é para deitá-lo no chão tão facilmente?
Cricket relaxa e então volta a se acomodar em seu canto com sua doce bebida. Há quanto tempo ele não se diverte assim?.
Chapter 35: Capitulo 35
Notes:
A inspiração foi o meu café da manhã, então tomem mais um capítulo bem mais cedo do que esperavam ✨✨✨
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O sol raia, uma bela manhã chega. Todos já estão de estômagos cheios graças ao belo café da manhã de Sanji, e agora têm mais um dia até a Tsuki Age Ru Kayriu acontecer. Cricket os informou que precisam de um tal de South Bird para conseguirem chegar ao lugar onde a corrente emergiria. As demais informações que receberam de Montblanc é que conseguirão encontrá-lo na floresta ao sul da ilha. O pássaro é necessário pois sua cabeça sempre aponta para o sul, e como Tsuki Age Ru Kayriu acontecerá nessa direção, ele servirá como bússola. Para ajudá-los a identificar a ave, Cricket havia lhes mostrado uma estátua de ouro dela. Agora só basta procurá-la.
Reunidos na floresta indicada, os Chapéus de Palha observam; ela é úmida e meio sombria, deixando o já medroso Usopp mais assustado ainda e se agarrando ao braço de Sanji, que o tranquiliza com tapinhas amorosos em sua cabeça; Nami fica logo ao lado, resmungando e questionando o porquê de isso acontecer com ela, odiando o barulho dos insetos que tanto detesta; e Chopper está na frente de Sanji, quase roçando em sua perna, mas não a abraçando pois não quer demonstrar seu desconforto com o ambiente nefasto. O próprio Sanji parece um pouco incerto, com o mesmo medo de Nami de se deparar com insetos ao extremo, mas a aproximação de seus nakamas o deixa mais apaziguado, adorando a ideia de estarem buscando refúgio em seus braços. Robin, Luffy e Zoro estão logo ali; Luffy reclamando do nível baixo de luz, Zoro reclamando sobre querer voltar a beber e Robin observando tranquilamente o lugar a sua volta.
Como há três redes de captura, Luffy inteligentemente sugere que se dividam em grupos. Decidindo no jokenpô, a divisão fica o seguinte: Robin e Zoro; Luffy e Chopper; Nami, Sanji e Usopp.
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JOHHHHHHHH!!!!!
Esse é o canto do pássaro, esquisito e soando alto para Nami, Sanji e Usopp.
“É o pássaro! Ele deve estar por perto.” Sanji entoa tranquilamente.
“Ah, sim!”
“Acho que veio da nossa frente!”
Usopp e Nami gaguejam, soltando-se do abraço assustado que deram um no outro ao ouvirem o som tão incomum do animal.
Sanji sorri para eles com diversão, considerando um tanto engraçado a reação da dupla.
“Não se preocupem, eu vou proteger vocês!” Ele diz de braços abertos, bem a tempo de uma aranha peluda e do tamanho de sua mão, cair em um de seus membros estendidos. Sua respiração parou ao ver a aranha peluda em seu braço direito. Não era para tanto, mas logo mais delas começaram a cair em cima de seu corpo, o deixando pálido por nada mais além do medo; sua mente troveja, seu estomago borbulha e revira com um amargor terrível. Não é nojo, não é nojo, mas um medo quase que excruciante fazendo sua pele gelar e sua cabeça latejar. Um grito deixa sua garganta, fazendo Nami e Usopp tremerem e olhá-lo com assombro.
“TIRA DE MIM!! TIREM ESSAS COISAS DE MIM, POR FAVOR!!!” Súplica, balançando o braço freneticamente enquanto lágrimas inundam seus olhos. Não queria parecer tão patético, mas a dor foi cravada em seu corpo desde pequeno, flertes de imagem daquele porão escuro, do capacete, o laboratório e as aranhas. Todos os insetos que eles colocavam para lhe picar; e os dias que ficava doente por causa dos venenos-
“Sanji!!!” O chamado firme de Usopp o faz abrir os olhos; os braços dele estão envolta de seu corpo. Um calafrio o faz tremer, mas lentamente começa a se sentir aquecido pelo moreno. Não há mais aranhas em seu campo de visão e o medo está se afastando, dando espaço para um constrangimento aterrador.
“Me desculpem, eu-” Tenta falar, mas Nami franze a testa severamente, o levando a choramingar sem sequer terminar de falar.
A navegadora suspira. Ela gostaria de ouvir mais explicações e menos desculpas, mas jamais forçará o cozinheiro a falar de seu passado sem que ele queira. Ela presume que, como um restaurante requintado, esse medo de aranhas não veio do Baratie, mas de um lugar antes dele e aparentemente desesperador.
“Isso é ruim pra você, não é?!” Ela sussurra com amor, como uma mãe acalentando seu bebê durante uma tempestade com trovões.
“Eu sou patético!” É o que Sanji responde. O único que o viu assim antes, além daquelas pessoas, foi Zeff e, recentemente, Zoro; eles estavam ancorados em uma ilha e só ele e Zoro estavam no navio. Havia uma aranha na despensa do Marry e Zoro veio ao seu socorro ao ouvir seu grito de terror. Ele não perguntou nada, apenas se livrou do aracnídeo e o acalmou em seus braços. Sanji agradece por ele não ter tocado no assunto e seguir como se nunca tivesse acontecido. Mas agora, Nami e Usopp também viram e ele se sente tão envergonhado e sem jeito por ter reagido daquele modo...
Nami não gosta de como soa tão autodepreciativo a frase do loiro. Tudo o que quer é descobrir um meio de ele nunca mais se sentir assim, mas é difícil quando ele não fala sobre ele mesmo. Tudo o que pode fazer é tentar tranquilizá-lo com palavras.
“Todos temos medo de algo, Sanji.” Começa então. “E não é patético!” Proclama com firmeza, quase uma repreensão.
“Mas o meu medo é tão ridículo!” O loiro funga.
Nami olha para Usopp, que retribui o olhar. É tão adorável como Sanji se encolhe nos braços do atirador, como uma criança frustrada, que é inevitável não soltar uma risadinha carinhosa.
“Não diga isso! Nenhum medo é ridículo. Só quem sente, sabe o quanto é ruim!” Usopp fala, apaziguador.
“Vamos lidar com isso juntos, sim?!” Nami estende a mão para Sanji, que a pega, ainda fungando. “Também podemos conversar sobre isso quando estiver pronto.” Ela cutuca com um sorriso doce e Sanji assente. Usopp segura sua outra mão e eles retomam as buscas.
Mais gritos foram ouvidos pela floresta, é claro. Mas desta vez, eram menos assustados, pois Sanji sabia que podia ficar tranquilo desde que Nami e Usopp estivessem por perto, e mesmo que a navegadora também estivesse gritando junto dele, pois insetos começaram a cair sobre ela também. Usopp era o único ali sem medo dos bichinhos. Nami e Sanji grudaram nele como sua corda salva vidas; um afago no ego do atirador.
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“Você ouviu esse grito?” Robin questiona Zoro ao ouvir uma mistura de gritos estridentes femininos e masculinos.
Zoro franze a testa e olha ao redor, obviamente a direção oposta ao dos gritos.
“É a voz do encaracolado e da Nami. Devem ser insetos, os dois detestam." Zoro suspira, desejando que esteja tudo bem com Sanji pois ele já viu em primeira mão o quão abalado ele fica. "Mas Usopp está lá, então está tranquilo, eles vão ficar bem.” Ele ouve Robin solta um suave “Que bom!” e então volta sua atenção para a copa das árvores, desejando nada mais do que ir até Sanji. Os dois, na verdade, desejam ir até ele, abraçá-lo e dizer que estão lá para protegê-lo.
Zoro sempre quis perguntar o porquê desse pavor, mas Sanji nunca deu aberturas, e ele não queria forçá-lo.
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"Oooh! Olha, Chopper! Um Atlas!" Luffy grita, animado, e quase enfia o besouro com tamanho aproximado do de sua mão, no nariz da rena.
"Waaah!" Chopper cambaleia um pouco para trás massageando seu focinho "Um besouro?" Chopper se aproxima.
"Não são simples besouros. Eles são lendas no mundo todo!" Luffy estica os braços com empolgação. "Mal posso esperar para mostrar pro pessoal. Sanji vai adorar! Talvez ele possa cozinh-"
"Definitivamente não, Luffy! Não comemos insetos!" Chopper o interrompe no meio de sua frase.
"Eu comia quando o vovô me jogava na floresta e me deixava sem comida alguma!" Ele resmunga. "Não tinha um gosto bom, mas Sanji com certeza pode deixá-los delicioso." Ele lambe os lábios.
Chopper balança a cabeça, negando incisivamente:
"Impossível, Luffy! E nojento! Sanji não vai gostar.” O pequeno médico bate o casco no chão e cruza os braços. “E por que seu avô te jogava na floresta quando criança? Que cruel!”
"Ele me deixava lá para fiar mais forte. E não vamos saber se Sanji pode cozinhá-los até perguntar." Luffy alarga seu sorriso. "Vamos procurar por ele." Luffy aponta para as árvores a sua frente, ignorando seu objetivo inicial e o pássaro no topo de uma atrás dele. Distraído com Luffy, Chopper também não notou, mais interessado em ver Sanji.
Os dois não conhecem o medo de insetos que o cozinheiro tem. Eles não viram mal em lhe mostrar o bichinho.
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Em algum momento, Sanji se separou de Nami e Usopp. Ele não aguentou a demanda de centopeias no chão e correu para o mais longe, acabando por perdê-los de vista. Agora, ele está só e curiosamente se sentindo observado. O nervosismo recente dos encontros com insetos está voltando com tudo, Nami e Usopp não estão por perto e ainda tem a sensação de olhos em suas costas. Sanji espera que não seja um inseto gigante-
JOHHHHH!!!
Oh, é o canto do South Bird. Se ele o pegar logo, poderá sair dessa floresta o quanto antes.
“Amiguinhooo~~ saia de onde você está! Não vou machucar.” O chama com mansidão, emitindo conforto através de sua voz.
O pássaro canta novamente e há um farfalhar de asas. Sanji é quase pego de surpresa quando a tão procurada ave posa em seu ombro.
“Tudo bem com você, amiguito?” Ele solta uma risada e o pássaro solta um piado baixo, contente, roçando o bico em sua bochecha.
“Tudo bem se eu te levar pra fora da floresta?”
O pássaro parece bem inteligente. Ele olha para sanji com reconhecimento, antes de se empoleira confortavelmente em seu ombro e, mais uma vez, roçar o bico contra sua bochecha.
“Presumo que isso seja um sim?!” sanji sorri ainda mais e sai dali. Por precaução, iria primeiro deixar o pássaro na casa de Cricket, já que não queria assuntá-lo com sua histeria diante de aranhas ou quaisquer outros insetos, e voltaria corajosamente para chamar seus amigos de volta. Ele não podia simplesmente deixá-los lá quando já tinha conseguido o que estavam buscando.
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Chegando finalmente na casa, sanji franze amargamente o semblante. Bellamy e seus capangas estão diante de Cricket, Masira e Shoujou, prestes a travarem uma luta. Os mesmos idiotas que bateram em Luffy e Zoro naquele bar, e assustaram Nami. O que diabos eles querem aqui?
Oh, é claro! O ouro...
“O que pensam que estão fazendo aqui?” Sanji fala, lenta e ameaçadoramente.
Bellamy sorri maldoso, lambendo os lábios ao virar-se para vê-lo. O loiro tão atraente que chamou sua atenção veio até ele sem esforço algum. Tudo só estava melhorando. Além do ouro, seu outro objetivo é focado no cozinheiro. Não há prêmio melhor do que alguém belíssimo só para ele. Além do mais, seria tão satisfatório tirá-lo das mãos do Chapéu de Palha.
O homem intitulado "A Hiena", sinaliza para um de seus homens que, entendendo a ordem, lança uma corda em direção ao loiro, enrolando-a nele e o pegando desprevenido, o incapacitando de qualquer fuga.
Sanji vai ao chão e o South Bird voa para longe, assustado.
"Droga!" Ele pragueja ao perder o pássaro de vista.
“Olha só o que temos aqui~” Bellamy ronrona, dando pessoas lentos até Sanji. Ele estende a mão para segurar o queixo dele, adorando que Luffy não esteja aqui para impedi-lo desta vez.
Porém...
"Se afasta dele!" Masira e Shoujou avançam juntos, mas são parados pelo pessoal de Bellamy. Cricket, no entanto, aproveita a deixa. Enquanto Masira e Shoujou enfrenta os demais capangas, ele avança até o capitão.
“Patéticos!” Bellamy sorri com sadismo, indo enfrentar o homem sem preocupação; ele terá muito tempo para tocar o rosto do loiro, e muito mais se quiser. Sanji apenas fica impotente, preso pelas cordas e deitado no chão. Se fosse uma corda normal, ele já teria se livrado de tal empecilho, mas o objeto é inteiramente de uma fibra resistente como metal. Foi inútil as suas tentativas de se soltar.
A luta acalorada se intensificou e o resultado eminente preocupou Sanji. Agonia e sensação de inutilidade roem seu interior e, novamente, se sente o fracasso que Judge sempre disse que ele é.
¨*¨*¨**¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨
WAAAAAAAAAAAHHHH!!!!
Chopper e Luffy estão fugindo de mariposas assassinas relativamente grandes. Luffy se precipitou ao querer o mel do vespeiro e agora estão sendo perseguidos.
No meio de sua própria comoção, o canto alto do South Bird chama a atenção da dupla. O pássaro está agitado, batendo as asas e voando em círculos sobre suas cabeças. Ele está grasnando como um ganso enraivecido.
"Ele quer que o sigamos!" Chopper grita para Luffy ao ouvir o pássaro, sem deixar de correr.
"Mostre o caminho!" Luffy grita de volta para o pássaro, sem mais opções. Não sabe se pode confiar no bicho, mas ele é melhor do que as vespas.
O que Luffy encontra perante seus olhos ao sai da floresta é seus bons amigos, ensanguentados e jogados.
"O que aconteceu?" Ele pergunta, desacreditado. Quem poderia ter feito isso?
"Aaaah! Um médico! Chamem um médico!" Chopper se alarma e corre em círculos ao redor de Luffy. E então para, batendo em sua própria testa. "Eu sou o médico!"
O South Bird solta seu canto contínuo agitado e inquieto. Chopper se atentar para entender o que ele está tentando lhes dizer, tendo sucesso sem esforço.
"O levaram?!" O médico estreita os olhos. Do que ele está falando? Ou melhor, de quem ele está falando?
"Chopper!" Luffy estala. A rena não precisa de explicação, esse é um trabalho para ele. Sem demora, corre para dentro da casa em busca de seu material de primeiros socorros.
"Garoto..." Cricket ofega, rouco e cansado. Masira e Shoujou já estão desmaiados. "Não se preocupe conosco-" ele tosse sangue em meio sua frase.
"Ei, você tá legal?" Luffy se ajoelha na frente do homem, repousando as mãos nos ombros dele, seu semblante preocupado. "É claro que não tá, olha pra você!" Luffy morde os lábios "Chopper!"
"Estou indo, estou indo!" Chopper vem aos tropeços com sua mochila em mãos.
O South Bird continua cantando com escândalo. E agora, ele bate suas asas perto de Luffy, buscando sua atenção. Cricket está se esforçando para falar, mas seu estômago dolorido dificulta sua pronúncia.
"Pare com isso, seu pássaro idiota!" Luffy abana a mão para espantá-lo, mas a ave persiste.
"Levaram quem? Quem levou quem?" Chopper grita aflito para o South Bird.
Acontece que este, é o mesmo que veio com Sanji e ele viu quando Bellamy jogou o loiro sobre os ombros e o levou embora. O animal está tentando dizer isso para eles. Ele solta outro grasno alto e alarmante. Chopper gela no meio de sua ação de limpar os ferimentos de Masira.
"Loiro? De que loiro você está falando?" O pequeno está ficando muito mais nervoso do que antes. Sanji veio em sua mente, mas não quer acreditar que algo perigoso possa ter acontecido com seu nakama. Teria sido a marinha? Mas como?
"Ele está falando... Do cozinheiro." Cricket cospe mais uma leva de sangue. Ele está se esforçando para não apagar.
"Que?! Sanji? Não! Sanji está na floresta!" Luffy rosna. Nada pode ter acontecido com seu companheiro lá. Ele está com Nami e Usopp.
O South Bird começa a conversar com Chopper, pelo que parece, e logo a rena começa a chorar. Ao mesmo tempo, Cricket segura o pulso de Luffy, insistentemente e aponta para a parede de sua casa, onde há um símbolo que ele logo reconhece.
"Luffyyyyy!!!" Chopper agarrou o colarinho de seu capitão, o sacudindo para frente e para trás. "O Sanji!"
"Sim..." Luffy murmura com aquele tom gélido; salve ele, é o que o pequeno quer dizer, mas os soluços não deixam. E Luffy certamente o fará. "Você!" Luffy aponta para o South Bird, pairando sobre sua cabeça. A ave congela no ar, engolindo a seco com o olhar severo do garoto. "Você viu para onde eles foram, certo? Me mostre o caminho!" É como uma ordem para o pássaro, e ele não pode desobedecer.
"Chopper! Fiquei aqui cuidando deles, e avise aos outros, quando voltarem, que eu chegarei logo." Chopper assente, indo primeiro até Cricket.
"Você vai sozinho?" Cricket se exalta. "Ele vai destroçar você!"
Luffy olha para o homem, com determinação, esticando um braço para o alto com o poder da Gomu Gomu.
"Borracha não quebra." Declara.
Cricket não está com energia para discutir sobre física e essas coisas, então apenas sorri um pouco.
"Então, traga o anjinho de volta..." Murmura baixo e enfraquecido, desmaiando logo em seguida.
¨*¨*¨**¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨
Luffy tem pouco tempo, ele corre o mais rápido que pode pela borda da ilha. O South Bird voa na sua frente, o guiando.
[...]
"Bellamy!" Um homem chega alarmado ao encontro do Hiena. Ele está suando frio e tremendo. "Você não pode ficar aqui!" Ele grita. "Sua vida corre perigo, veja!" Ele estende para o outro, os cartazes de procurado que recentemente foi entregue pelo News Cool.
"São aqueles dois!" Ele mostra especificamente os de Luffy e Zoro. "Cem milhões e setenta milhões. As recompensas são maiores que a sua!"
Todos ficaram nervosos. Eles haviam rido e debochado de piratas tão perigoso, assim na cara deles. Mas...
"Que bobagem! Não viram a surra que demos neles? Isso é só farsa!" Bellamy os consola, rindo alto e pomposo. Os homens se acalmam, encontrando sentido no relato de Bellamy sobre piratas que forjaram suas próprias recompensas para causar medo nos inimigos.
[...]
"Aquele desgraçado!" Luffy rosna ao finalmente avistar o bar onde Bellamy estava da última vez. Parece que é a toca dele, nesta cidade. Ele sobe para o telhado de uma das casas e a todos pulmões, grita:
"BELLAMYYYYYY! APAREÇA!" O South Bird aproveita sua deixa para voar até o mastro de um navio ali perto, o de Bellamy.
A comoção começou. Não demorou para as pessoas saírem de suas casas e principalmente os residentes no bar, juntamente com Bellamy, que gargalha alto e fala cheio de deboche:
"Veio apanhar de novo?" Ele arranca risadas dos telespectadores convencidos de que o garoto é só uma farsa, e então salta até Luffy, ficando cara a cara com ele. "Aquela surra não foi o suficiente? Cadê seu amiguinho, ele ficou com medo?"
"Onde está o meu companheiro?" Luffy pergunta perigosamente sério, cerrando os punhos.
"Hãã?!" Bellamy inclina a cabeça para o lado, com seu maldito sorriso.
"Onde o Sanji está?" Luffy rosna, mais intenso.
Bellamy bufa uma risada de escarnio.
"Está falando daquele loirinho? Entendo. Por que não tenta descobrir?" Bellamy salta com suas pernas de mola e volta com força, mirando em Luffy, que desvia a tempo de não ser levado ao chão junto com os escombros do teto.
Ele agora está em outro telhado, e Bellamy engole a surpresa ao ver como o pirralho foi rápido.
"Você também pegou o ouro dos meus amigos. Devolva!" Luffy aponta.
"Devolver? Eu roubei como pirata, por que eu devolveria como um bom samaritano?" Bellamy rir.
"Nesse caso, eu roubarei de volta. Mas antes..." Luffy salta do telhado para o chão e caminha lentamente até Bellamy. "Onde. O Sanji. Está?" Ele fala pausadamente, severo. Os outros ao redor sentiram calafrios pelo tom. Bellamy não admite que sentiu um frio na espinha, e alarga seu sorriso para disfarçar o lampejo de medo que quase revira seu estômago. Ao invés disso, ele começa a saltar de um lado para o ouro, de parede em parede.
"Ficando parado como antes? Um fracote como você não pode fazer qualquer coisa. Tem sorte de estar vivo! Você ao menos sabe dar um soco?" Fala entre gargalhadas, ganhando cada vez mais velocidade.
"Daquela vez foi diferente." Luffy diz, pacientemente.
"Diferente?" Mais risadas. "Muito bem!" Bellamy toma mais velocidade com sua habilidade, impulsionando com a força que obteve dos saltos "Vou me certificar de que desta vez, você não consiga mais nem ficar de pé, e muito menos falar! E então, aquele loiro será o meu grande prêmio!"
Luffy respirou fundo, fechando bem o seu punho, apenas esperando pela investida de Bellamy. Quem ele pensa que é para dizer que Sanji é um prêmio?
As pessoas ao redor começam a murmurar, desacreditadas. Ele só irá ficar parado ali e esperar o golpe fatal? Não tem como ele ficar bem depois que Bellamy o acertar.
"Não há lugar para você aqui! A era dos sonhos acabou! Eu vou te destruir e depois desfrutar da minha vitória com seu querido loiro!" Bellamy lambe os lábios com satisfação, mirando em Luffy para o seu ataque.
"Você queria saber se eu sei socar, não é?!" Luffy posiciona seu punho. Bellamy está vindo em sua direção. E no ponto certo, Luffy o deitou com um único soco em seu rosto. O que era considerado impossível para os outros devido a velocidade de Bellamy, Luffy acabou de fazer.
Silêncio mortal se levantou no recinto. Luffy está de pé no centro e Bellamy desacordado aos seus pés, com uma lesão horrível no rosto. Todos virão perfeitamente o que aconteceu e sabem que o garoto vale os cem milhões em sua cabeça.
"Sim..." Luffy murmura, mesmo sabendo que Bellamy não o ouviria. " Eu sei socar."
"Bellamy! Levanta! Você está fingindo ou algo assim?" O braço direito de Bellamy grita inconformado. Luffy olha para ele e o homem empalidece.
"Agora vai me dizer onde o Sanji está?"
Ouve-se então sons de luta vindo do navio de Bellamy. O South Bird sai de entro do convés, cantando satisfatoriamente. Um homem sai voado de lá logo atrás e cai esparramado a centímetros do corpo desacordado de Bellamy.
Luffy pode ver uma cabeleira loira rodopiando pelo deque e mais homens que ali estavam, caindo aos montes.
Sanji corre até grade do navio e acenando alegremente para Luffy.
"Eu estou aqui, Luffy!"
Luffy se ilumina, sorrindo como se não tivesse acabado de derrotar alguém supostamente fortíssimo com apenas um soco e causado medo em todos ali.
Quando Sanji chega ao deque, eles admiram. Tão bem composto, caminhando com passos graciosos, e um sorriso hipnotizante em seus lábios rosados. Passagem inconsciente foi aberta para ele entre a multidão para chegar. Um homem ainda insistiu em segurá-lo, mas foi chutado com tanta força, que cuspiu sangue e voou até a parede de uma das casas atrás de Luffy.
"Eu não estou com humor pra isso!" Sanji resmunga, jogando a bituca de cigarro em seus lábios no chão e pisando nela logo após.
Os presentes ao redor não deixam de se sentirem mexidos com isso. Mesmo com uma aparência tão requintada, ele é tão feroz. E consequentemente, isso é muito sexy para eles.
"Sanjiii!!!" Luffy o abraça pela cintura, o tirando do chão e deixando os telespectadores surpreendidos. Sanji rir e abraça seu capitão de volta.
Uma risada tão adorável.
"Estou aqui, capitão." Sanji bagunça os cabelos de garoto, que o abraça um pouco mais forte. E nesta ação, lança um olhar opressor para aqueles encarando seu amado nakama. Um aviso claro de "Não toquem nele!"
O do chapéu de palha veio aqui principalmente atrás deste loiro, e a forma possessiva com a qual o garoto se agarra ao rapaz é o suficiente para saberem que Bellamy cometeu um grande erro ao sequestrá-lo. Eles não poderiam ficar mais ali. O olhar amedrontador de Luffy foi o suficiente para fazê-los correr.
"O que?!" Sanji fica confuso com eles fugindo. Então ele ver Bellamy caído e desacordado. "Entendo. Ele não é páreo para você, não é?!" Sanji segura as bochechas de Luffy, sorrindo amorosamente e beija sua testa. "O ouro que eles roubaram estão no navio. Vamos levar tudo!"
"Shishihshi! É claro!" Luffy solta Sanji então.
O canto familiar do South Bird chega aos ouvidos de Sanji, a ave está vindo em sua direção.
"Oi, amiguinho!" Sanji o recebe em seu braço, permitindo que o pássaro roce o bico em sua bochecha. "O que faz aqui?"
"Ele mostrou o caminho até Bellamy." Luffy sorri, cruzando os braços atrás da cabeça.
"Bom, conseguimos então!" Sanji diz, olhando contente para o pássaro encontrado.
E assim, eles voltam para a casa de Cricket.
¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨
Ao chegarem, foram recebidos com grande alívio. Chopper foi o primeiro a ir para os braços de Sanji e logo Usopp, com rostos cheios de ranho e lágrimas.
Sanji sorri com diversão.
"Isso tudo é medo de ficar sem um cozinheiro?" Ele brinca.
"Não seja idiota, seu idiota!" Chopper grita, histérico. "É porque você é nosso companheiro!"
Sanji gargalha com vivacidade e os abraça também.
Chapter 36: Capítulo 36
Summary:
Levei mais tempo do que o esperado para escrever um novo capítulo, e ainda está mais para um rascunho do que qualquer outra coisa. Mas espero que esteja do agrado. Desculpe-me pela demora, está sendo meio corrido ultimamente 😓
Notes:
(See the end of the chapter for notes.)
Chapter Text
Todo o ouro do navio ficou em posse de Nami, que adorou. É claro, ela separou aquele que foi levado de Cricket e o entregou de volta. Eles foram conseguidos com anos de esforço do homem e seus companheiros, embora aceitar ficar com eles fosse uma tentação, ela não se sentiria bem, ainda mais quando eles foram ótimos camaradas em ajudá-los.
Deixando esse ponto de lado, ela dança de alegria, avançando até Luffy e Sanji para abraçá-los pelo pescoço e lhes dar um beijo na bochecha. Luffy resmunga um “eca”, e Sanji caiu duro no chão, uma mão carinhosamente pousada no local do beijo e corações saltando de seus olhos.
Marry, agora Marry Voador, como Usopp o batizou devido sua nova aparência temporária de asas o ladeando, uma crista em sua cabeça e uma cauda de penas, já está pronto para a partida.
"Você tem mesmo que ir??" Shoujou e Masira estão deitados com suas barrigas no chão, segurando as pernas de Sanji para que ele não sai do lugar. Mas são insistentemente arrastados pelo loiro com seus passos dados com muito esforço por causa do peso dos brutamontes.
"Me soltem!" Sanji esbraveja, já quase sem paciência.
"Fica um pouco mais com a gente!" Masira insiste, abraçando a perna do loiro com mais força, sem machucar
.
"Sua comida é tão boa!" Shoujou funga, realizando a mesma ação de Masira de segurar Sanji mais forte.
"E você é tão legal!" Os dois choram mais alto, levantando-se e prendendo Sanji em um abraço duplo.
Sanji, por sua vez, range os dentes, se sentindo sufocado.
"Me soltem, seus bastardos!" Ele se debate em busca de liberdade.
"E tão fofo!"
"F-fofo?!" Sanji instantaneamente fica vermelho e se debate com mais força. "Não sou fofo! Vou quebrar vocês!"
"EI! VOCÊS DOIS!!" Vendo isso, Luffy se lança na direção dos três, pisando nas caras de Masira e Shoujou, que são empurrados para trás pelo impulso. Luffy aproveita o apoio para segurar Sanji pelos ombros e o jogar para trás, fazendo-o ofegar pela surpresa de ter sido lançado tão rápido:
"Luffyyyyy!" Ele grita alarmado, sentindo a aproximação de suas costas com o chão da pior maneira possível. Mas o alívio se instalou em seu corpo ao ver Zoro de braços prontos para lhe pegar.
"Peguei você!" Ele disse. Sanji fica levemente vermelho e limpa a garganta. Zoro parou imediatamente de sonhar acordado e o colocou no chão.
"Vamos logo para o navio!" Ele diz, seguindo para um lado totalmente oposto.
"Francamente, marimo! Não seja tão desorientado, Marry está bem aqui!" Sanji o agarra por trás pelo colarinho da camisa e o arrasta para o navio pelo caminho certo, começando uma discussão banal costumeira. Nami para a briga que Luffy começou entre os dois irmãos e o arrasta logo atrás de Sanji.
"Eu gostaria de ir com eles!" Masira choraminga com ranho e lágrimas pelo rosto.
"Sim... Conheceríamos a ilha no céu e ficaríamos um pouco mais na companhia do anjinho." Shoujou
complementou na mesma situação de meleca e choro.
"Mesmo que seja algo de nossos sonhos, conhecer a Ilha no Céu, essa aventura não é nossa. Eu sei que não recusariam nos levar juntos, eles são gente boa. Mas não queremos atrapalhar." Cricket olhou para seus dois companheiros, finalmente os acalmando. Não é todo dia que se ver piratas tão.... Honestos? Com um companheirismo tão verdadeiro e cativante, ele não podia se permitir ficar no caminho deles.
"Ei, tio!" Ele ouve Luffy gritar "Valeu pela ajuda!" O garoto acena sorridente.
"Deixei um lanche pra vocês!" Sanji se juntou ao lado de Luffy e acena também, com o South Bird pousado cheio de pompa em seu ombro.
"Ele é mesmo um anjo!" Masira e Shoujou se abraçam chorosos e apaixonados.
Cricket oprime o leve tremor em seu coração quando aquele lindo sorriso cintilou e o envolveu em um calor reconfortante, lhe tirando um sorriso sincero. Se não se considerasse velho demais para isso, diria que está amando. Dando as costas, retribui o aceno, voltando para dentro da casa a medida em que a âncora de Marry é levantada.
"Não vão embora tão rápido!" Uma voz estala no ambiente.
Ao focarem para ver quem é, descobrem que é Sarkies o braço direito do Bellamy.
"Esse garoto idiota aí não pode ter vencido o Bellamy!" O homem rir sem humor. Há algumas pessoas, supostamente companheiros, o junto com ele.
"Você tem certeza de que devemos mexer com eles?" Uma garota que sempre esteve ao seu lado, Lily, segura em seu braço na tentativa de persuadi-lo a parar.
"E ainda roubam nosso navio... Me enfrente se tiver coragem, pirralho!" Sarkies ignora Lily totalmente e ainda a empurra para longe.
Seu ato foi inadmissível para Sanji, que saltou para a terra firme novamente. O South Bird em seu ombro voou para o ninho de corvo e Usopp parou de içar a âncora.
Sarkies mal teve tempo de processar quando Sanji lhe derrubou no chão com uma joelhada no estômago, veloz e eficiente como sempre.
"Não se deve ignorar uma dama. Muito menos tratá-la de maneira tão rude!" O loiro diz enquanto acende um cigarro. Sarkies ficou por um momento hipnotizado pela expressão rigida do cozinheiro, ele não tinha parado para olhar o rapaz tão de perto assim e nossa, é de tirar o fôlego.
Sanji ignorou sua existência, no entanto, e foi até Lily, ajudando-a se levantar. Sarkies se sentiu humilhado pelo jeito tão insignificante que se tornou sua presença.
"Você está bem, lady?" Sanji pergunta com um sorriso doce e galante, fazendo o coração da garota disparar e sua respiração parar por breves segundos.
"E-estou!" Lily tentou equilibrar-se sobre seus próprios pés, atordoada pelo homem apaixonante a sua frente. Tão pouco tempo e já pode se considerar apaixonada; nunca um homem foi tão gentil e delicado com ela dessa forma, muito menos um tão lindo, e principalmente, um inimigo.
Sarkies rosnou em desgosto, não aprovando a indiferença de Sanji para com ele. Sacando seu facão, ele deu passos firmes para segurar o loiro e tê-lo como refém; ele seria um prêmio magnifico depois do que passou e nada iria impedi-lo, foi o que ele pensou, mas alguém saltou na sua frente, o parando, antes de sequer dar o segundo passo até o loiro bonito.
"Você tem uma lâmina, então deve enfrentar a mim!" Zoro declara com altivez.
Isso é uma piada? Sarkies gargalha alto.
"Você é aquele outro idiota em quem eu bati, certo?! Você não pode ter a mesma sorte que aquele moleque estúpido fracassado e bur-” Sarkies não terminou sua frase, pois Zoro avançou para ao ataque, fazendo o homem tropeçar para trás, evitando o ataque de forma desleixada, que Zoro errou de propósito.
"Você tentou me pegar desprevenido? Covarde!" Ele late para Zoro.
"Não, não..." Zoro balança a cabeça calmamente. "Apenas te coloquei em alerta. Seu dever agora é lutar comigo, e não insultar meu capitão ou tentar apunhalar meu nakama pelas costas." Sua aura sombria se eleva, causando calafrios.
"Pois bem!" Sarkies se recompõe, sacando seu segundo facão e avança para Zoro, que se defende com pouco esforço.
Zoro está apenas brincando com o homem. Claro, ele nunca subestima seus adversários, e Sarkies provou ter boas habilidades, mas não boas o suficiente para ser páreo para ele. Enquanto isso, Sanji se defende de outro inimigo que veio enfrentá-lo; Usopp apoia do navio, atingindo um deles com um tiro explosivo e Robin desacorda outro com seus golpes especiais.
Lily assistiu tudo, se encolhendo na companhia de sua nakama Mani, que se juntou a ela pouco depois. As duas tremem diante de seu fim eminente.
"E quanto a gente?" Lily pergunta para Sanji, que sorri com amor para elas e se curva levemente em sua direção, falando em tom melodioso:
"Eu não machuco donzelas. Jamais machucaria!"
As garotas suspiram aliviadas e encantadas.
"Mas eu sim!" Nami sorri maligna, pausando uma mão no ombro de Sanji para que ele se afaste, antes de atingir as duas com um raio.
"Senhorita Nami...” Sanji prende a respiração, explodindo de amor logo após. “Tão magnífica!" Ele gira para olhar para a ruiva, cheio de devoção. Se sentiu mal pelas moças, mas as únicas garotas com prioridade em seu coração agora é Nami, Vivi e Robin, depois de sua amada mãe se ela ainda-. "Não posso discutir contra você." Ele afasta as lembranças do passado para se deleitar com a figura exuberante de da navegadora, dando uma última olhada nas duas jovens desacordadas e fumaçando. Sorrindo sem jeito ele se vira para Masira, Cricket e Shoujou, que assistiam um tanto abismado com o fato de eles terem acabado com os caras tão rápido; nem tiveram tempo para reagir e ajudar. "Por favor, cuide delas!" Pede antes de voltar para o navio.
Zoro está apenas a sua espera, suas espadas já guardadas. Sarkies reside sangrando e sem forças no chão, submetido a uma derrota humilhante e se forçando a ficar acordado.
"Nunca mais fale mal do meu capitão!" Zoro resmunga ameaçadoramente, discretamente aceitando a mão de Sanji e deixando-o guia-lo até Marry. E desta vez, eles finalmente partem para o mar aberto sem interrupções.
++++++++++
No Marry, Chopper fez questão de avalia-los em busca de qualquer machucado quando chegaram no convés, e Luffy os olhava com satisfação e coração aquecido pelos bons companheiros que encontrou.
Eles já está longe o suficiente para que a ilha de Cricket e seu bando não seja mais vista; o mar está silencioso e uma brisa suave e refrescante sopra. O South Bird está acomodado ao lado de Sanji sobre a proa do navio, bem ao lado da carranca e se recusa a abandona-lo. Chopper estaria mentido se dissesse que não está enciumado, Sanji está constantemente acariciando o animal e isso ascende um pouco sua insegurança. Ele gostaria de reclamar, mas não quer parecer bobo, por isso permanece sentado ao lado de Zoro, emburrado, no entanto.
"O que foi, campeão?" Zoro abre um de seus olhos para ver Chopper fungando.
"Nada..." Ele resmunga, reflete um pouco e então aponta para Sanji, que descasca algumas sementes de girassol para o pássaro.
"Ciúmes?" Zoro pergunta com sorriso brincalhão.
Inexplicavelmente, os pelos das bochechas de Chopper ficam rosados, denunciando seu constrangimento.
"Eu sei, é tão bobo!" O pequeno murmura, cobrindo o rosto com seus cascos.
"Talvez, mas... Você sabe, ele e nenhum de nós te trocaria por aquele pássaro idiota." O espadachim assegura.
"Eu sei, mas ainda assim..."
"Eu entendo. Sei que é um pouco errado, mas também não consigo evitar ficar incomodado, acho que ninguém de nós consegue, quando ele age tão amorosamente com alguém que não seja do nosso bando."
"Sim, é disso que estou falando. O South Bird nem é oficialmente um membro da tripulação e sei que ele não deve ser tratado mal só por causa disso, mas ele está possessivo demais. Hoje mais cedo ele me bicou por eu ter chegado perto do Sanji, eu sei porque quando puxei a perna de sua calça ele me bicou novamente, e quando Sanji não estava olhando.
'Pássaro besta!" Chopper volta a encarar com revolta a ave apontando para o sul sem parar, e Luffy chegando para perturba-la.
"Olha só isso aqui!" Ele chama a atenção dos demais, grudando nas costas de Sanji que ralhou pela chegada repentina, mas não o impediu de ficar.
Luffy deu sua característica risada enquanto segurava a cabeça do bicho e a virava para o lado oposto a qual apontava, e então a soltou. Automaticamente a cabeça voltou a apontar a direção inicial. A ave, indignada, deu seus berros diante das risadas e petulância de Luffy.
"O que que ele está dizendo, Chopper?" Luffy continua rindo, apontando para a cara do animal, que se aproveita de sua distração e agarra seu dedo com o bico. "
Ei!" O garoto grita, sacudindo a mão para a ave soltar. O South Bird o deixou e voou para Sanji, se vitimando.
“Pobrezinho.” Sanji arrulha, o pegando com carinho e alisando suas penas “Não perturbe o pássaro, Luffy!” Ele grita, dando um cascudo no citado. Luffy coça a cabeça, choramingando. O South Bird está sorrindo com superioridade sem Sanji ver, e Chopper não se segura mais.
"Esse pássaro é maluco! Fingido!" O pequeno grita, pondo-se sobre seus cascos. "Ele disse que vai matar você, Luffy! Afundar o navio e deixar o resto de nós para morrermos afogados!" Apontou, furioso, respondendo à pergunta de Luffy. " E vai levar o Sanji embora?!"
Nisso, o pequeno correu, escalando as costas do Luffy para chegar até a cabeça de Sanji e abraça-la.
"Fiquei longe dele, seu pássaro maligno!" O pequeno médico grita.
Em toda essa confusão, Sanji ascendeu um cigarro e suspirou, já acostumado com a baderna. Desde que não estivessem batendo um no outro, estava tudo bem. Mas poucos segundos depois, se exaspera, um pequeno susto, Luffy e Chopper começaram a espantar o South Bird para longe, lhe sacudindo e lhe fazendo perder o equilíbrio. O pássaro, é claro, não recuou nem um pouco, revidando com bicadas e bater de asas.
"Às vezes me pergunto como ainda estamos vivos com nosso capitão agindo como um idiota assim." Nami resmunga diante a confusão.
O pássaro atacava Luffy e Chopper da melhor maneira possível, constantemente tentando manter a cabeça na direção deles ao invés de para o Sul, para que suas bicadas fossem mais eficazes.
"Podemos nos considerar sortudos!" Usopp suspira. "Você acha que estamos no lugar certo?" Ele pergunta, hesitando.
"Está duvidando das minhas habilidades em navegação?" Nami questiona ameaçadora.
"C-claro que não! Estou falando desse pássaro maluco!" Usopp berra.
"Nami! Nami!" Chopper corre até ela, puxando a barra de sua camisa para ter sua atenção.
"O que é que foi agora?" Ela, já quase sem paciência, bate o pé.
"Ele disse que vai nos abandonar e que sequestrar o Sanji!"
Nami olha para a comoção agora apaziguada por Robin; Luffy está preso no chão pelas mãos mágicas da arqueóloga, que não desvia o rosto de seu livro, sentada tranquilamente embaixo do sombreiro perto de seus pés de tangerina. Ele se debate como uma minhoca em piso quente. Ela também segura Sanji pela cintura enquanto o South Bird tenta puxá-lo por trás a todo custo pelo colarinho de sua camisa. Sanji apenas gargalha devido a pressão em sua cintura que lhe causa cócegas.
As pálpebras de Nami tremeram. Foi então que o vento soprou forte quando uma enorme nuvem entrou a vista, como explicado, aquele deveria ser a Nimbus onde supostamente está a Skypiea e logo abaixou, um redemoinho gigantesco começou a se formar, Usopp entrou em desespero dizendo que todos morreriam ali e Chopper o acompanhou. Robin deixou seu livro de lado e soltou Luffy, vendo que por hora não brigaria com o South Bird, que se aninhou de volta nos braços de Sanji. Luffy se pendurou no ninho de corvo para ver melhor o fenômeno. Zoro acordou e se juntou a eles preguiçosamente, e Nami estava tão apavorada quanto o médico e o atirador. "O que vamos fazer? Era para isso acontecer?"
O South Bird deixou o aconchego em Sanji e voou em círculos sobre sua cabeça e começou a cantar histérico.
"Ele disse para nos segurarmos em algo!" Chopper grita. "Bom, ele disse só para o Sanji." Diz em um tom mais baixo e inconformado, "Mas nós também precisamos nos segurar! O navio vai voar!" Chopper gritou e foi dito e feito.
Marry estava sendo puxado até o centro do redemoinho quando aconteceu: ele se fechou em uma velocidade razoável e então um tremor forte começou sob o casco do Marry. E então boom! Uma corrente marítima levantou como um gêiser explodindo, levando Marry junto. Um caos, mas Nami guiou todos para que Marry não despencasse e então ela navegou a grande corrente marinha que se levantou como um pilar. Marry logo emergiu sobre um mar inteiramente branco.
"São nuvens?" Sanji pergunta, um pouco aéreo.
"Conseguimos ou morremos?" Nami choramingou, deixando-se escorregar até se sentar no chão.
"É o céu! Nós morremos! Estamos mortos!" Usopp grita histérico.
"Certamente estamos vivos, senhorita navegadora!" Robin a tranquiliza e Nami a olha com esperança e expectativa. “Como somo piratas, estaríamos no inferno se tivéssemos morrido” Ela diz com um doce sorriso.
“Não brinque com isso!” Usopp choraminga.
"Só vejo uma vastidão de nuvens... Se é que isso é nuvem mesmo. É tão branco e ainda parece com o mar." Nami fala ao se recompor e ir até a grade de proteção do Marry para ver a paisagem a sua frente.
"É o Mar Branco!" Robin mostra o livro de Norland para Nami, apontando uma ilustração semelhante a paisagem diante deles.
Instantaneamente todos se reúnem na proa, maravilhados. Robin e Zoro mantém uma expressão mais relaxada, enquanto o restante têm seus olhos quase caindo de seus orbes de tão grande que é a emoção — eles realmente estão na Ilha no Céu! — que mal notam uma aproximação repentina.
Zoro e Robin são os primeiros a reagir para evitar o ataque inimigo vindo do alto; o espadachim consegue agarrar Chopper e Usopp e se jogar para longe com eles. Robin se auxilia com o poder de sua Akuma no Mi para mover Nami, Sanji e Luffy.
"Não acredito! Marry!" Usopp solta um grito esganiçado ao ver o grande rombo que foi feito na proa do navio, fumaça e cascalhos de madeira se espalhando pelo ar.
"Mas que droga foi essa!" Sanji grita para os quatro ventos, amparando Usopp com alguns tapinhas em suas costas, depois de se recomporem do susto. O pobre garoto soluça inconformado, e Chopper se junta a ele, abraçando sua perna.
"Acabamos de chegar, isso não é justo!" O pequeno médico soluça.
"Ainda não acabou" Zoro alerta, analisando os arredores.
"Certo!" Luffy exclama, esticando seus braços até o ninho de corvo e se lançando até o mastro da vela principal, onde tem uma visão vantajosa do perímetro.
"Vejam, tem uma pessoa ali" Ele aponta, no momento em que o inimigo prepara mais uma ataque. O tiro da bazuca veio veloz contra Marry, mas Zoro partiu a bala ao meio e Sanji chutou as bandas para longe.
"Qual é o seu problema?" O loiro grito para o estranho, estreitando a sobrancelha ao ver a estranha máscara que cobria o rosto do indivíduo.
" O que você quer?" Nami grita furiosa.
"Eliminá-los!" O indivíduo responde, com frieza.
Tanto ela, quanto Chopper e Usopp estremecem se abraçando, a oportunidade perfeita para que fossem presos por uma rede lançada pelo agressor. Logo, sem perder um segundo, o estranho subiu a bordo, golpeando Zoro e Luffy, pegos de surpresa, e prendendo Robin em uma rede também.
Ele se direcionou para o trio medroso que ainda se abraçava, afim de dar um golpe final, mas Sanji entrou na frente, parando-o com muito esforço.
"De onde vem toda essa força? Chego a perder o fôlego!"Sanji provoca, ofegando no meio de sua frase. Embora esteja sendo sedutor, suas pernas fraquejam pela dificuldade de segurar o golpe certeiro e poderoso do inimigo, mas nada o impede. Já que muitas das vezes seus oponentes começavam a agir estranho quando fazia isso (um mero hábito seu) não custava nada usar como arma em situações críticas, principalmente para proteger seus nakamas. E aparentemente, sua ação está tendo enfeito, pois através da máscara, pôde ver os olhos de seu inimigo, e todo o corpo, hesitar brevemente.
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O que é isso? Por que seu coração está batendo mais forte? Que palpitação é essa? Wyper não pôde deixar de hesitar diante dessa... Como ele pode chamar isso? Um tanque? Essa... ação tão repentina, vinda desse homem tão bonito. Espera! Desde quando ele repara na beleza das pessoas? E como pôde ficar tão confuso do nada?
"Olha só, eu não tinha reparado, mas que asas adoráveis você tem aí! Posso tocar?" O que há com essa voz açucarada? Tudo foi de um a mil de um jeito que o deixou zonzo.
Em meio a sua confusão, o loiro esticou os braços para tocá-lo e Wyper não acreditou em si mesmo por momentaneamente desejar que ele o fizesse, e tamanho absurdo vindo de si mesmo o fez dar alguns passos rápidos para a trás. Além disso, o sorriso no rosto dele... Não! Wyper balança rapidamente a cabeça. O que há de errado consigo? É algum feitiço, o que está acontecendo com sua pessoa? Só pode ser! Ele jamais desejaria que alguém que acabou de ver, especialmente um inimigo, o tocasse tão casualmente. Também jamais se sentiria tão atraído.
"O que você fez comigo?" Perguntar é sua única opção, já que não sente a mínima vontade de atacá-lo.
"Hã?!"
Ele está se fazendo de bobo ou o que? O que há com esse expressão confusa em seu rosto?
"Não se faça de idiota, você me enfeitiçou!" Wyper resmunga, deslizando a mão por debaixo de sua máscara para esfregar o rosto.
"Enfeiticei...? Não sei do que está falando." Sanji franze as sobrancelhas. Será que ele exagerou? O cara parece que vai morrer de desconforto pela forma como seu corpo parece desorientado.
"Meu coração está doendo e meu rosto está queimando. Começou quando você me olhou com aquele sorriso. Eu nunca senti essa sensação... Meu estômago está quente, e não é como quando se bebe álcool. O que você fez?"
"Estou te deixando desconfortável?" Sanji provoca um pouco mais, dando um passo a frente. "Mas eu fiz nada de errado."
"Se você não vai resolver por bem, eu vou ter que te forçar!" Wyper podia sentir o ar ficar mais pesado ao seu roder, seu peito apertar e ofegar. Seja lá o que for que esse loiro tenha feito, ele não pode deixar que seus companheiros sejam submetidos a isso. Cada centímetro do seu ser quer sentir o do outro. Ele sabe o que está acontecendo, mas assim de repente? Só pode ser feitiço, e vai arrancar a solução dele nem que tenha que sequestrá-lo. Preparando-se, foca bem em seu alvo, vai ser rápido apenas prende-lo e deslizar dali com ele em seus braços. Os outros dois mais fortes ainda estão desnorteados no chão, e os outros quatro ainda não se desprenderam da rede. Ele só vai... Pegá-lo e- Assim que se lançou na direção do loiro, alguém interferiu com um escudo. Era aquele maldito velho!
"Eu sou o cavaleiro do céu! Meu coração sentiu que havia alguém em perigo!" O velho diz, altivo.
"Pieeehh!" O pássaro esquisito que sempre está com ele, canta, ficando na frente do rapaz loiro de forma estranhamente protetora. Eles são amigos?
"Tsk!" Wyper estala a língua. Esse cara não poderia vir em momento menos inoportuno?
"Sanji!" Nami veio correndo, sendo seguida logo atrás pelos outros três que foram pegos na rede, enquanto Zoro e Luffy ainda se orientam da pancada. "O que está havendo?" Ela pergunta, porém, Sanji a olha com a mesma confusão em seus olhos.
"Que coisa feia, atacar pessoas sem sequer saber se são ou não inimigas!" O senhor ralha.
"Isso não importa. Qualquer um que venha do mar azul deve ser eliminado!" Wyper rebate.
"Ei! Isso não é justo!" Luffy resmunga, finalmente se juntando aos outros.
"Eu concordo com o garoto!" O velho fala, investindo um ataque contra Wyper.
Por pouco, Wyper desvia, mas sua máscara é jogada para longe. Wyper se afasta, mantendo o rosto abaixado.
"Eu ainda estou sob efeito do feitiço dele..." Wyper aponta para Sanji, que resmunga confuso. "Então saiam do meu caminho, eu vou levá-lo comigo!" Wyper olhou diretamente para Sanji.
Sanji prendeu a respiração diante do olhar penetrante.
O rosto de Luffy e dos demais chapéus de palha escureceram.
"Como é que é? Levar o Sanji?" Eles falam aos mesmo tempo, e Wyper apenas sorri ladino.
"Tentem me impedir!"
Notes:
E agora?? Sanji vai ou não ser levado?
Chapter 37: Capítulo 37
Summary:
✨✨✨
Demorou, mas chegou
Chapter Text
"Eu ainda estou sob efeito do feitiço dele..." Wyper aponta para Sanji, que resmunga confuso. "Então saiam do meu caminho, eu vou levá-lo comigo!" O guerreiro olhou diretamente para Sanji.
Sanji prendeu a respiração diante do olhar penetrante. O rosto de Luffy e dos demais chapéus de palha escureceram.
"Como é que é? Levar o Sanji?" Eles falam aos mesmo tempo, e Wyper apenas sorri ladino.
"Tentem me impedir!"
.......
Os Chapéus de Palha, sempre protetores uns com os outros, não gostaram nem um pouco das palavras ousadas de Wyper.
"Não se atreva!" Luffy deu um passo a frente, ultrapassando o homem velho e seu pássaro estranho. A irritação na sua voz é palpável.
O sorriso de Wyper não vacila, no entanto, e Luffy está pronto para socá-lo. Mas o homem corre e salta por cima do cavaleiro e dele, conseguindo manobrar seu corpo por entre o pássaro e Sanji, agarrando o loiro pela cintura e o puxando junto consigo para mais um salto elaborado, pousando ao lado do mastro principal do Marry. Wyper se vangloria internamente por sua vitória fácil. Distraindo- se com a leveza do homem sob suas amarras, ele se atreve a apertar um pouco mais a cintura surpreendentemente fina. Apesar de sua aparência delgada, há músculos bem formados sobe as camadas de pano. Ele concluiu ao deslizar inconscientemente a mão pelo abdômen do loiro. Um grave erro, pois o loiro lhe desferiu uma cotovelada no estômago e um chute no queixo que o fez voar para fora do navio, tão rápido quanto o havia pegado segundos atrás. Acabou caindo no mar branco, e se deixou levar para longe do navio pela leve correnteza. Eles acabaram de chegar, então haveriam mais momentos para capturar aquele homem e o fazer desfazer esse feitiço que faz seu corpo formigar por ele, pois não é possível que isso seja paixão, especialmente se for assim do nada. Recompondo-se ainda embaixo d'água ele toma o rumo nadando de volta de onde veio, a sensação daquele corpo contra o seu ainda permeando-o dos pés à cabeça.
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Quando Wyper agarrou sua cintura com tanta força e colou suas costas ao seu abdômen, Sanji pode sentir as ondulações perfeitas de seus músculos, tão firmes quanto os de Zoro. Sua pele arrepiou com o contato, o calor alheio lhe acariciando mesmo que estivesse de terno. E quando ele o apertou novamente e depois o massageou, Sanji sentiu-se envergonhado pela forma como adorou ser agarrado daquele jeito pelo inimigo, e acabou usando um pouco mais de força do que o esperado ao golpeá-lo. O homem voou para o mar branco e talvez até se afogaria. Mas o que poderia fazer? Sanji cai sobre seus próprios calcanhares, exausto, o ar diferente fazendo seu corpo parecer pesado.
"Dogra, o que foi isso?!" Ele murmura para sim mesmo. Usopp, que estava mais perto, correu para ficar ao seu lado com uma mão em seu ombro, o impedindo de ceder ao chão.
"Você está legal?" Ele pergunta enquanto os demais se aproximam.
"Ele fez alguma coisa com você? Ele te tocou! Eu vou arrebentar ele!" Luffy é o que mais faz escândalo, sua agitação apenas um disfarce para sua raiva culminante. É imperdoável que alguém venha e ataque seu navio e seus companheiros dessa forma. Isso não vai passar, principalmente depois de ter tocado em Sanji de jeito tão evasivo.
"Você está se sentindo bem? Está sentindo algo estranho?" Chopper toca seu abdômen cuidadosamente a procura de algo diferente, ele também verifica suas pupilas, as encontrando levemente dilatadas. "Suas pupilas!" Ele quase entrando em pânico, mas Robin o contém antes que gritasse, levemente tampando sua boca.
"Deve ser apenas o efeito do ar rarefeito. Lembre-se que estamos em uma altura imensa. Não seria legal entrar em pânico agora."
Chopper assente para a mulher, notando que as pupilas dela e dos demais estão da mesma forma e tanto ele quanto seus companheiros estão um pouco ofegantes.
"Ainda prefiro que Chopper veja por baixo de suas roupas, Sanji!" Nami aponta.
"Senhorita Nami, realmente é só o ar. Mas já que é você, eu atenderei ao seu pedido, minha rainha!" Sanji fala quase sem força, as emoções pelas quais acabara de passar lhe deixou mais atordoado que os outros.
Zoro é o único que não diz nada, mas a mão apertando duramente o punhal de Wando mostra o quão alta é sua fúria. Se aquele cara tiver feito algo de estranho com o cozinheiro, ele cuidará de fatiá-lo pessoalmente. Por enquanto, ele foca em ficar de olho naquela dupla esquisita.
"Vocês são moradores do mar azul?" O velho pergunta.
"Como assim? E quem diabos é você afinal de contas?" Nami está visivelmente irritada.
"Moradores do mar azul é como chamamos aqueles que vivem abaixo das nuvens. E eu sou o cavaleiro do céu."
Sanji, ainda atordoado pelo encontro com Wyper, olha para o homem com desconfiança.
"Por que nos ajudou?”
O cavaleiro do céu sorri para o jovem encantador.
"É o que eu faço, meu jovem. Preciso ganhar a vida, então salvei vocês. O valor é 5 milhões de extols cada apito."
"Do que você tá falando?" Nami grita, querendo avançar na direção do velho. Uma pequena discussão se inicia sobre quanto seria em Barries, cinco milhões desses tal de Extols. Nami ainda não desistindo de acertar o velho. Sentindo-se realmente ameaçado por ela, ele suspira, jogando um apito aos seus pés.
"O que é isso?" Ela olha para o objeto com desconfiança. Não que ela não soubesse o que é um apito, mas sabe-se lá o que há por trás...
"Ao assoprar esse apito, eu surgirei para salvá-los. Mas cada sopro custa cinco milhões de extols. Essa ilha é perigosa, governada por um deus impiedoso. Em problemas, vocês precisarão de alguém familiarizado com o lugar para terem mais chances."
"E onde você acha que arranjaremos esses tal de Extols?! E como podemos confiar em você? Nem sabemos seu nome!" Nami explode.
"Está tudo bem, meu nome é Gan Forr, o cavaleiro do céu. E este é Pierre, meu fiel companheiro."
"Pieee!" O pássaro canta à apresentação.
"E o primeiro sopro será cortesia da casa para vocês, então usem com moderação. Pierre e eu estamos partindo agora. Devo parabeniza-los por sua coragem." Gan Forr se curva respeitosamente. Pierre solta um piado alto antes de parar no céu, seu corpo se alterando de repente.
"O que está acontecendo?" Sanji se alarma junto com Chopper e os demais.
"Pierre é usuário da "Uma Uma no Mi!" O cavaleiro responde.
"Um pegaso?" Sanji parece maravilhado, juntamente com Nami.
"Nunca vi, mas sei que são cavalos alados magníficos! É tão lindo!"
Mas a transformação final de Pierre os fizeram repensar suas opiniões. A cor rosa cheia de bolilhas roxas permaneceu a mesma, e sua face não era a das mais agradáveis.
"Cuidem-se! Ele, tudo ver!" Gan Forr diz, subindo aos céus além, nas costas de seu pássaro pegaso.
"O que ele quer dizer com isso?!" Usopp e Nami estremecem, já imaginando um inimigo a espreita.
"Ei, olhem aquilo alí" Chopper os chama a atenção, pendurado na grade do Marry, ele observa a paisagem a sua frente.
"Parece uma cachoeira... O que poderia ser?" Robin se junta a ele.
"Nuvens estranhas, não acha?" O pequeno se vira para Nami, que se acomodou ao seu lado. "Oh, aquilo é um portão?!" Chopper não está pela resposta, ficando boquiaberto com a enorme passagem surgindo diante do navio.
"Portão de céu..." Sanji ler a placa no topo, pensativo.
"Isso não é nada natural! Parece que vamos morrer!" Usopp entra em pânico.
"Se já não estivermos mortos..." Zoro aponta.
"Com isso, esse lugar faria bem mais sentido." Sanji concorda com um sorriso.
"Finalmente, finalmente estamos no céu..." Luffy cantarola com um sorriso estranho. "Vamos entrar logo lá! Avante!"
Nami suspira, não tendo muito o que fazer, ele assume o timão e velha até a passagem. É um túnel a frente. Sem pensar muito sobre, Marry é guiado para dentro. Distraídos com a beleza reluzente, eles não notam o expectador até ouvirem um clique familiar.
"Tem alguém ali!" Usopp aponta para uma velhinha saindo de uma portinha do túnel com uma câmera na mão.
"Vieram passear ou guerrear?" Ela pergunta, tirando uma foto. "O motivo não importa, no entanto, desde que paguem a taxa de entrada. São um bilhão de Extols por pessoa. Essa é a lei" Ela entoa.
"Quanto em berries isso vai custar?" Usopp fica alarmado.
"E-e se não tivermos esse dinheiro?" Nami questiona com um sorriso amarelo no rosto.
"Ela é um anjo!" Luffy aponta ao se dar conta das asas atrás da senhorinha. "Então assim que são! Como uma ameixa seca!" Ele grita com uma mistura de surpresa e decepção.
"Luffy, tenha modos com as damas!" Sanji se aproxima do capitão, lhe dando um cascudo no topo da cabeça. "Ele é idiota assim mesmo, não quis ofender, minha senhora." Sanji se curva educadamente para a anciã, sorrindo de sua forma amigável e encantadora.
"Ele parece adequado." Ela diz para si mesma ao fotografar novamente eles, destacando Sanji em especial. "Vocês podem passar!" Ela avisa então a eles.
"Sério?!" Nami e Usopp quase caem.
"É mesmo?! Então valeu aí, coroa!" Luffy assena com um sorriso largo.
"Luffy!!" Sanji repreende.
"Certamente adequado." A velhinha sorri corada, observando Sanji, fotografando-o de costas desta vez. "God Enel vai ficar contente! Hihihi"
"Essa mulher estava murmurando alguma coisa..." Usopp comenta com desconfiança. Mas antes que alguém pudesse respondê-lo, um tremor se instala no navio. "O que tá acontecendo?!" Ele grita, assustado.
"É a famosa lagosta expressa do White Sea." Foi tudo o que a velhinha disse, antes que pinças agarrassem o Marry e a cabeça de uma lagosta surgisse, em um tiro, os levando túnel a cima, em uma cachoeira cheia de curvas, feita de nuvens.
"Estamos subindo a cachoeira!!"
"Isso só pode ser uma armadilha!!" Nami chora.
(...)
Nuvens sobresaltantes e um mar branco agraciado com uma refrescante brisa, paira sob o casco de Going Marry. A esplêndida ilha no céu que não passava de uma lenda realmente existe, os chapéus de palha são mais uma testemunha das poucos que puderam vê-la. E, em seu pico mais alto, sua "presença não passa despercebida; de acordo com o relatório da vigia do portão, Amazona, seus imigrantes ilegais e uma oferenda em potencial entram no reino. Eles já se encontram na mira daquele que se intitula deus de tal terra, o governante de toda a Skypiea, God Enel.
Chapter 38: Capítulo 38
Notes:
Olá a todos que aguardavam ansiosamente por uma atualização. Aqui está, não tão boa quando na minha cabeça, mas espero que esteja do agrado.
Peço perdão pela demora, problemas surgiram e eu mal conseguia me concentrar em escrever. E também não queria dar a vocês algo feito sem desempenho.
Por favor, se houver algum furo, peço que me digam, pois não tive tempo para revisar. Agradeço e boa leitura ☺️
Chapter Text
"Achei que íamos morrer." Esse choro é de Usopp, que foi prontamente ignorado quando Mary finalmente emergiu no segundo mar de nuvens, o White White Sea, e todos estão focas na ilha à sua frente.
"A Terra de Deus, Skypiea..." Robin murmura, indo para a beira do navio, com a memória da placa avistada pouco antes de passarem pelo túnel, e ver melhor a praia envolta de nuvens que se projetava a frente, com árvores e casas ao longe subindo ainda mais para o alto. Essa sim é A Ilha no Céu.
Usopp, Chopper e Luffy não perderam tempo para sair do barco e irei para a margem da praia.
"Uwaaah! A superfície é fofinha como as nuvens!" Usopp canta quando seus pés atingem a maciez branca e imaculada.
"Isso é incrível!" Luffy corre e salta, dando sua característica risada de empolgação.
"É como algodão doce!" Chopper berra, mordendo um pedaço do chão. "Mas não tem gosto..." Ele choraminga decepcionado, mas logo volta a pular com Usopp e Luffy, sem tempo pra ficar triste.
"Eles estão se divertindo mesmo, hein..." Sanji murmura com um sorriso, ao lado de Zoro, ambos ainda no navio. "Da pra entender. É de uma ilha no céu que estamos falando."
"Você não vai?" Zoro encara Sanji, que está com olhos ansiosos e empolgados.
"Claro que vou. Pular nas nuvens já foi o sonho de infância de qualquer adulto." O loiro diz enquanto tira seus sapatos e arregaça as pernas da calça, mergulhando nas nuvens e pulando até os outros três logo depois.
"É mesmo?! Nunca pensei nisso." Zoro diz mais para si mesmo do que para o cozinheiro já distante. De qualquer forma, tendo sonhado ou não em pular em nuvens, ele também segue os outros. Nami e Robin indo logo atrás.
Apreciando os arredores, eles, com exceção de Robin talvez, esquecem facilmente do resto do mundo; Nami está de um lado para o outro na esperança de ver um baú perdido; Chopper e Usopp estão fazendo um boneco de neve com nuvens; Luffy está no alto de uma palmeira tentando comer uma fruta estranha; Zoro se aconchegou na suavidade da praia de nuvens para tirar um cochilo; Robin está lendo um livro, também aconchegada; e Sanji está distribuindo algumas flores que colheu, cuidando para plantar algumas na cabeça verde do espadachim dorminhoco como provocação. Ele ficará furioso quando acordar, Sanji rir com a expectativa enquanto saltita animado na direção de Luffy que descia da palmeira com a fruta, que mais parecia uma abóbora verde meio quadrada, com uma expressão realmente aborrecida.
"Luffy, o que–?" Preste as indagar, Sanji é interrompido por um barulhinho peculiar:
"Suu, suu!"
E então algo muito mais macio que as nuvens passa entre suas pernas, e o loiro olha para o chão. Uma raposinha tão branca quanto a neve está docilmente esfregando a bochecha em sua panturrilha. Por pouco, Sanji não desmaia com tamanha fofura. A pequena raposa parece ser tão leve quanto uma pena, dando a impressão de que sairá flutuando a qualquer momento. Sanji não resiste e se abaixa para pegá-la em suas mãos, que deixa de bom grado.
"Que coisinha mais adorável!!" Há estrelas nos olhos do cozinheiro, que não perde tempo em esfregar a bochecha contra a do pequeno animal, que solta um ruído contente. "De onde você veio, hein?!"
Nessa distração toda, uma melodia repentina os pega de surpresa.
"Wah! Quem é você?" Usopp faz escândalo, apontando para a figura de uma jovem garota se aproximando. Ela tem em mãos uma harpa, indicando a origem da melodia.
"Heso!" Ela apenas cumprimenta.
"É... É um anjo..." Sanji murmura, quase sem voz, tão maravilhado com a visão da garota com um pequeno e adorável par de asas em suas costas, que sente seu fôlego lentamente se esvaindo.
"Vocês são do mar azul, não é?!" Ela sorri docemente, pacífica e melódica. "Seja todos bem vindos! Estão com algum problema? Eu posso ajudar. Meu nome é Conis."
A raposinha nas mãos de Sanji se agita alegremente diante da nova presença, com sua causa abanando.
"Suu! Suu!" O animalzinho canta, se inclinando para esfregar o topo de sua cabeça no queixo de Sanji, que rir adoravelmente ao sentir leves cócegas.
"Ah, e está aí é a Sue. Parece que ela gostou bastante de seu companheiro."
Sue solta um barulhinho, confirmando, perante as palavras de Conis.
"Sanjiii!"
Sanji sente os puxões na perna de sua calça e se vira para Chopper.
"Chopper, o que há de errado? Porque essa cara de choro? Se machucou?" O cozinheiro põe Sue no chão e se abaixa para o pequeno médico. Nami, Usopp e Robin tentam conter o riso. Chopper está claramente com ciúmes e Sanji não percebe.
"N-não, eu..." Chopper se engasga um pouco e cobre os rosto, de repente envergonhado. Como ele pode agir assim? Ele se sente tão bobo.
"Ora... Bom, vem aqui." Sanji então pega Chopper nos braços e o aconchega contra seu peito enquanto dá tapinhas em suas costas. "Não sei o que há com você agora, mas fique tranquilo, tá?! Estou aqui se quiser contar algo."
Chopper apenas funga assente, choramingando ainda envergonhado, mas feliz. Conis observa a adorável cena e sente seu coração ser tocado pelo grande carinho emanando do jovem loiro. Doces sentimentos a enche e ela não sabe como de repente está tão atraída pela imagem dele mimando o guaxininzinho.
"Eu estou chegandoooo!" Uma nova voz alcança os ouvidos alheios e olhares antes totalmente hipnotizados por Sanji sendo uma amorosa mãe. Ao longe, no Mar Branco Branco, um veículo se aproxima em alta velocidade.
"Uaaah! O que é isso?! Outro ataque inimigo?!" Usopp se apavora, correndo imediatamente para atrás de Sanji.
"De novo não!" Chopper, nos braços do cozinheiro, se encolhe contra ele.
"Oh, não se preocupem, é apenas o meu pai." Conis os tranquiliza.
O senhor parecia mal controlar o veículo que dirigia. Era como um barco pequeno, mas com o leme de uma forma diferente e não havia velas nele, mas se movia muito rápido. Dado o momento em que deveria frear, o senhor passou direto por eles, batendo em um amontoado fofo de nuvens. Sem pensar duas vezes, Sanji correu para ver se o velho estava bem, com Chopper ainda em seu colo e Usopp grudado em seu calcanhar.
"Ei, ei! Você tá legal?" Com uma mão, ele ajuda o homem a ficar de pé, sem se preocupar ao ter o conhecimento de que é o pai da garota anjo.
"Oh, sim, sim. Estou bem-" O senhor se firma sobre os pés e finalmente olha para Sanji, sentindo seu velho coração palpitar, como muitos outros ao ver o olhar tão vivido, misterioso e apaixonante do loiro. Não só isso. Ele não hesitou em vir ao seu socorro mesmo sendo um estranho e potencial inimigo, apenas provando o quão bondoso ele é. "Jovem bonito e gentil, você gostaria de ser meu genro?"
Isso pegou todos desprevenidos, os deixando momentaneamente em estado catatônico e Sanji nervoso. Como ele poderia recusar? Mas também, como poderia aceitar tão de repente?
"E-eu... Bem... É..." Ele está visivelmente aflito, e Chopper estava prestes a falar algo, mas Conis se adiantou.
"Papai!" Ela o repreende, envergonhada. "Não diga essas coisas assim. Mal os conhecemos, não constranja nossos visitantes."
"Oh, desculpe, desculpe. Fui incoveniente."
"Ah, tudo bem, não se preocupe." Sanji suspira, liberando o ar que nem percebeu que estava prendendo. Os outros chapéus de palha relaxando instantaneamente, vendo que não teriam que intervir contra mais uma tentativa de roubarem Sanji. Então, eles enfim se apresentam adequadamente. Com as apresentações e demais formalidades realizadas, eles são convidados por Conis e Pagaya para uma refeição a qual Sanji pede com muita empolgação para ajudar a preparar. Pagaya não pôde recusar. E assim, partiram para a residência dos nativos, com exceção de Nami, que ficou se divertindo ao pilotar o veículo chamado Waver.
(...)
Na casa aconchegante, eles não ficaram sem assunto, conversando sobre como eram construídas as moradias a partir das nuvens, havendo uma diferença entre elas onde as usadas nas estruturas era mais sólidas e resistentes. Sanji apresentou seus dotes culinários e cuidou da refeição sozinho, não se importando em ficar com todo o trabalho, já que afinal é algo que ele ama. Pagaya não deixou de ficar incrivelmente maravilhado, assim como Conis, ao verem as habilidades impecáveis do loiro, e insistiu mais uma vez para que ele se casasse com sua filha, o deixando sem jeito. Zoro interferiu, no entanto, novamente incomodado por algum motivo que somente Sanji não entendia, mas não ligou muito, focado em manusear facas e colheres.
Sanji praticamente dançava pela cozinha, girando de um lado para o outro enquanto picava legumes e vegetais, peixes e crustáceos. Um verdadeiro show para seus companheiros e anfitriões, que assistiam com expressões calorosas e apreciativas. Quando enfim todas a refeição estava pronta e posta sobre a mesa, Sanji e os demais se deram conta de que Nami ainda não havia retornado. Conis então assumiu uma expressão de pura preocupação e relata sobre a terra sagrada onde eles nunca devem ir, chamada de Upper Yard, a terra onde Deus vive.
Ao ouvir isso, Sanji imediatamente ficou inquieto. Ele não queria deixar transparecer, como Usopp, mas Robin percebeu em um instante e fez uma mão brotar na parede ao lado dele e afagar seus cabelos, palavras silenciosas lhe dizendo para não se preocupar, pois Nami é forte e não se arriscaria assim.
Ele suspira, relaxando um pouco.
"Um lugar em que ninguém pode ir, é?! Sei..." Luffy está sorrindo salientemente, e todos já sabem que ele quer ir, mesmo que seja proibido.
"Luffy, você ouviu a senhorita Conis, se comporte." Sanji o repreende apesar de também querer ir, mas apenas por Nami. O consolo de Robin o acalmou um pouco, mas seu coração ainda está inquieto.
"Sim, há uma punição severa para quem entrar lá." Conis se exaspera, ao enxergar as intenções de Luffy.
"Isso está ficando pior" Sanji choraminga, de repente sentindo suas pernas enfraquecer. Sua querida Nami pode estar em apuros.
"Não vamos nos precipitar, mas seria apropriado irmos procurar por ela" Robin sabiamente sugere.
"Eu concordo." Sanji expressa ansiosamente da janela onde fora para ver se avistava Nami ao mar branco. "Eu vejo ela!" Ele grita então, correndo para a saída para ir até a praia onde Nami se aproxima no Waver.
(...)
"Senhorita Namiii! Onde você estava? Ficamos preocupados." Sanji, com lágrimas nos olhos, se joga em direção a garota.
"Sanji, se acalma, estou bem. Não é hora para drama, estarmos em perigo." Nami aperta as bochechas dele, que corar levemente. A navegadora está exaltada e ofegante como s estivesse acabado de fugir de algo e certamente é isso.
"Perigo? O que quer dizer?!" Usopp já se encontra assutado.
"Bem..." Nami começa a narrar o que vira. Ela estava passeando de Waver quando se deparou com uma área como uma ilha, com árvores enormes e terra de verdade ao invés de nuvens, relatou também como havia um grupo de anjos brigando entre si enquanto perseguiam uma pessoa... Comum. "Ele não tinha asinhas como a Conis e as pessoas que eu vi, então presumi que era um pirata morador lá de baixo como nós. Além disse, aquele cara esquisito mascarado que nós atacou mais cedo também apareceu lá, mas parecia estar contra os anjos que atacaram o pirata. O homem estava por um tris. Ele me viu e pediu minha ajuda, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, uma luz veio do céu e o cara desapareceu junto com um pedaço da terra."
"Algum desses anjos te viu?" Robin a questiona.
"N-não..."
"Bom, se eles não a viram, não te seguirão. Então porque estamos em perigo?"
"É isso que vem agora. Um deles falou sobre haver seis invasores do mar azul aqui em Skypiea e uma oferenda. Não tem como não ser a gente." Nami estremece.
"Mas no somos sete, Nami " Luffy rir.
"Seis invasores e uma oferenda dá sete, Luffy." A ruiva esbraveja o óbvio.
"Mas que oferenda?" Usopp engasga.
"Oferenda...?" Luffy parece tão confuso.
"Isso é complicado. Se eles vierem atrás da gente, pode ser perigoso para senhorita Conis e o senhor Pagaya." Sanji suspira. "E oferenda? Que oferenda..."
De repente, todos então olhando para Sanji.
"O que?! Tem algo no meu rosto?"
"Mas ele já nos viu? Não tem como saber que é a gente. Nós podemos nos misturar não é?" Zoro resmunga.
"As fotos! As fotos que aquela velha tirou da gente!" Chopper grita entre lágrimas "Estamos acabados, seremos castigados."
"Não vamos entrar em pânico" Usopp tenta persuadir a pequena rena, mas estão tão nervoso quanto ela. E para piorar o seu desesperos, o som de passos sincronizados em marcha se aproximando se instala no ambiente.
"Quem são esses caras?" Luffy resmunga.
"Essa não, eles são os White Berets, oficiais daqui, encarregados de manter a ordem e capturar imigrantes ilegais." O nervosismo de Conis é palpável.
Nami e os demais engole a seco, os encontraram tão cedo.
"Vocês aí, com um navio suspeito! Vocês estão presos!" Grita o capitão, apenas para fazer uma pausa no meio da frase quando seus olhos pousam em Sanji. "Por deus! Ele é ainda mais bonito pessoalmente!" O homem olha de Sanji para o papel em sua mão. Seus subordinados, igualmente impressionados, começam a bajular.
"Seu cabelo... É como se o próprio sol descesse à terra!"
"E esses olhos azuis... Eu poderia ficar olhando eternamente"
"Ah, suas pernas... elas são tão longas..."
Sanji pisca, surpreso. Sua confusão se aprofunda à medida que mais declarações desse tipo chegam, trasnformando a atmosfera suave envolta de seus companheiros em uma tensão densa e perigosa de ciúmes e proteção
"Ei, ei, parem de bajular nosso cozinheiro!"
Zoro sibila, se pondo na frente do loiro. "O que vocês querem?"
Os White Berets, em seu frenesi movido a Sanji, mal registram a interrupção de Zoro.
"Você virá conosco!" O capitão aponta para Sanji. "God Enel está a sua espera, não há tempo a perder. Quanto ao restante de vocês, é a última chance de irem embora"
Isso é o cúmulo paras os chapéus de palha. Luffy solta uma alta gargalhada e depois assume uma posição séria. "Diga ao tal Enel, que Sanji não vai a lugar algum, e muito menos vamos sair sem ele."
As sobrancelhas dos White Berets fazem diante da frente unida dos Chapéus de Palha. Eles subestimaram o vínculo entre a tripulação e seu querido companheiro.
"Muito bem..." O capitão rosna, seus olhos passando entre Sanji e seus camaradas. "Sinto muito, mas não podemos voltar sem ele. Então teremos que levá-lo a força."
"Humpf!" Sanji replica com um sorriso presunçoso, cruzando os braços. "Desculpe, senhores, mas como meu capitão disse, não irei a lugar algum com vocês." E se coloca em frente ao capitão dos Berets, os outros Chapéus de Palha formando uma linha atrás de si.
"God Enel está aguardando ansiosamente a sua presença. Ele o quer como companheiro e você viverá em um paraíso. Ele te dará toda a riqueza que seja e você jamais terá necessidades. Apenas venha comigo sem resistência. Sinta-se honrando, pois é mais de quem almeja este privilégio." O capitão insiste um pouco extremo, mesmo que não queira parecer desesperado. Mas convenhamos que ele está apenas fazendo seu trabalho pelo bem de sua vida e segurança dos cidadãos que temem a ira de Enel. E não é como se o deus fosse fazer algum mal ao loiro. Pelo contrário, ele dará uma vida igualmente divina ao rapaz. Ele até permitiu que seus companheiros fossem embora sem castigo ao invés de condená-los a morte como costuma fazer com imigrantes ilegais.
"Eu agradeço pela oferta generosa, mas o único paraíso onde eu quero viver é o All Blue. E meus nakamas são a única riqueza que eu desejo." Sanji responde com um sorrir leve.
"Sanjiiii!" Usopp e Chopper não deixam de se emocionar, ambos se abraçando enquanto olham, com lágrimas nos olhos, o radiante cozinheiro.
"Infelizmente, para você, não é uma opção rejeitar." Dito isso, o capitão estica sua mão para agarrar a de Sanji e o puxar com força.
Mal se passam três segundos depois do puxão, antes de Luffy e os demais processarem, Sanji sente seu estômago revirar e um gosto pungente, semelhante a lama enche sua boca. Ele deixa seu corpo novamente agir de forma automática diante da ameaça, e chuta o homem para longe, puxando sua própria mão em direção ao seu peito, embalando-a com a outra, protetoramente.
"Não ouse tocar nas minhas mãos tão casualmente." Ele diz friamente, olhando para o homem caído no chão. Os outros White Berets olham surpresos e exasperados, alguns até mesmo engolindo em seco pela intensidade da voz e do olhar. Sanji respira fundo para aclamar a tremulação em seu corpo, odiando a indelicadeza com a qual sua mão foi tocada. Não é nem um pouco como a forma que seus nakamas faz.
"Por favor, não levem isso adiante, vocês não podem lidar com eles." Conis, aflita, diz ao grupo de piratas, entrando no centro da confusão e ficando entre os White Berets e Luffy e Zoro que já se inclinavam para atacar. Nami, Usopp e Chopper flanqueando Sanji, e Robin em sua retaguarda, enquanto ele ainda tenta acalmar seus próprios nervos. "É melhor vocês fugirem, Luffy-san" Ela insiste.
"Senhorita, se continuar falando isso, também seremos que levá-la sob custódia por suspeitas de estar ajudando os criminosos" O capitão dos Berets se ergue do chão, esfregando seu queixo.
"Não a envolva nisso!" Nami grita, furiosa.
"Eu não gosto disso..." Luffy murmura sombriamente. "Tudo bem que vocês queiram nos prender por termos entrado ilegalmente na ilha. Mas também não deveriam nos responsabilizar, já que a própria vovó do portão disse que não tinha problema entrar sem pagar. De qualquer forma, isso não importa já que entraríamos de qualquer jeito. Mas agora, tentar levar a força um de meus preciosos nakamas para satisfazer os caprichos desse tal God Enel... Eu não gosto disso, nós não gostamos disso. E não vamos permitir!"
"Pelo jeito, teremos que fazer isto da maneira mais difícil. Atacar!" Os White Berets seguem o comando de seu capitão, atacando os Chapéus de Palha com movimentos harmoniosos. Eles usam de seus equipamentos desconhecidos para tentar sobrepuja-los, mas é surpreendentemente difícil, e quando se dão conta, já estão todos no chão, machucados e sem mais forças. A vitória sendo dos Chapéus de Palha.
"Eles realmente..."
"... Derrotaram os White Berets tão facilmente."
Conis e Pagaya não estão acreditando.
"Mas isso não é bom." Conis estremece.
"Não pense que vai ficar assim." O capitão dos Berets bufa. "Nós somos os fiscais da lei mais agradáveis que vocês poderiam enfrentar. Agora, como não demos conta do recado, os sacerdotes de Upper Yard irão julga-los pessoalmente." Ele grita antes de se retirar com seu esquadrão. Não sem antes admirar Sanji uma última vez. Ele pelo menos, está imune de qualquer castigo, diferente de seus amigos. Mas o capitão se pergunta até quando a paciência de God Enel vai durar com ele.
Chapter 39: Capítulo 39
Notes:
(apareço timidamente atrás de uma cortina)
Estou aqui com mais um capítulo e pedido mais desculpas pela demora 🙇. Os próximos capítulos provavelmente serão um pouco mais curtos e vou tentar não levar muito tempo para postar-los, pois mal posso esperar tanto quanto vocês para ter Enel entrando em cena. Quero escrever Sanji interagindo com o máximo de personagens possíveis, então ele estará misteriosamente (ou não) em diversos lugares onde originalmente não estaria kkkkEnfim, espero que gostem.
Boa leitura!
Chapter Text
"Aquela velha nos enganou! Dizendo que não havia problema passar sem pagar... Isso é uma fraude!" Nami está batendo os pés e fumaça sai de sua cabeça.
"Nós teríamos passado a força de qualquer maneira se ela dissesse que não." Usopp resmunga para a navegadora.
"Fique quieto!" Ela rebate.
"É repentino, mas onde o South Bird está?" Sanji suspira com uma carranca em seu rosto. Ele então se volta para seus nakamas, examinando cada um para ver se estão bem. "Já faz um tempo que não o vejo."
"Ele deve ter fugido para a floresta na primeira oportunidade. Esqueça ele!" Chopper cruza os braços incomodado.
"Não precisamos mais dele, então quem se importa?" Nami sai batendo o pé, embarcando no Marry e se juntando a Robin no convés. "E não devemos ficar aqui por mais tempo, então se apressem."
"O que?! Porque?" Luffy resmunga, indignado.
"Senhorita Nami tem razão, Luffy. Se esses tais sacerdotes de Upper Yard estiverem realmente vindo atrás de nós, senhorita Conis e senhor Pagaya podem ser prejudicados." Sanji se aproxima de seu capitão, pondo uma mão em seu ombro, antes de passar por ele e subir a bordo também.
"Não queríamos que terminasse assim, mas coisas ficaram complicadas. Vocês agora são considerados criminosos classe-2. Não podemos ajudá-los." Pagaya fica desanimado e Conis está igualmente triste.
"Eu realmente os vejo como boas pessoas, e gostaríamos de defendê-los. Mas como meros cidadãos, seríamos reduzidos a pó em questão de segundos. Tudo que podemos fazer por vocês é informa sobre a saída. Vocês devem descer para o mar branco, e então ir até o extremo leste para um lugar chamado Cloud End." A anja abraça sua raposa das neves, seu coração aperta em imaginar que eles teria que enfrentar os severos e implacáveis sacerdotes.
Sanji não suporta vê-la prestes a chorar, então volta até ela, ficando elegantemente na sua frente. "Por favor, senhorita Conis, não há porquê chorar. Já enfrentamos perigos inimagináveis, nós daremos conta desse sacerdotes." Ele diz com um adocicado sorriso nos lábios enquanto enxuga as lágrimas da garota. Conis tem seu coração tambolirando freneticamente contra o peito enquanto um rubor cobre suas bochechas.
"Você também, senhor Pagaya. Apenas cuide da senhorita Conis. Não se preocupem conosco." Sanji segura as mãos do senhor, sorrindo igualmente adorável para ele. Pagaya suspira. É como os primeiros raios de sol atravessando a janela em uma manhã de primavera enquanto o canto melodioso dos pássaros acariciam seus ouvidos. Que jovem mais encantador e gentil, o senhor pensa consigo mesmo enquanto observa Sanji voltar para o navio agora com Chopper em seu ombro.
(...)
Robin, Nami, Sanji e Chopper começam a preparar o navio para a partida enquanto Luffy vai com Zoro e Usopp buscar as marmitas que Sanji preparara na casa de Pagaya. Eles não estavam atentos ao que espreitava pelo mar branco-branco. Momentos depois, quando está no alto da escadaria que leva até a casa de Pagaya, com os outros, Usopp ver Marry fazendo uma movimentação estranha em meio as nuvens e então ele engasga quando um camarão gigantesco emerge, segurando Marry sobre sua cabeça.
"O que é isso?! Que bicho é esse?!" Ele se desespera.
"Essa não! É um camarão expresso super veloz!" Conis corre para ver.
"D-de onde essa coisa saiu?" Zoro pergunta com expressão de choque.
"Uau, que camarão gigante!" Luffy olha, protegendo os olhos do sol com uma mão enquanto dá uma risada, lambendo os lábios ao imaginar o sabor da criatura.
"O que vai acontecer?" Usopp grita, apontando freneticamente para a cena.
"Ele vai leva-los para Upper Yard. Para o altar de sacrifícios." Conis engole a seco.
"O que?!" Usopp, Luffy e Zoro berram.
"Agora que falou sobre sacrifício... O que aqueles caras esquisitos estavam querendo dizer chamando Sanji de oferenda?" Zoro questiona com uma carranca.
"Não me diga que Sanji vai ser devorado!" Usopp se arrepia com a possibilidade.
"Bom... Normalmente, é o que uma oferenda significa. Mas para God Enel.." Conis parece acanhada, ele respira fundo antes de explicar no que realmente Sanji está sendo envolvido. "Para God Enel, suas oferendas é para uma finalidade específica. E, no caso de Sanji... Ele foi escolhido para ser... sua noiva."
"Noiva?!" Os três ficam esbabacados.
"Sanji não vai aceitar isso." Luffy cruza os braços com convicção. No entanto, Usopp e Zoro se olham com dúvida.
"Luffy... Você sabe que ele vai fazer isso se nós est-" A voz de Usopp trêmula, mas Luffy o interrompe antes de terminar a frase:
"Não estamos em perigo, então ele não vai aceitar."
Já é de se esperar que, se for para salvá-los, Sanji aceitará qualquer coisa. Até mesmo se casar com um ser completamente desconhecido.
"De qualquer forma, não temos tempo a perder." Zoro bate o pé "Precisamos de um barco."
"Sim, um barco pequeno e rápido." Usopp concorda, olhando ansiosamente para o mar. "Temos que impedir isso o quanto antes."
"Não há como chegar lá por aqui sem serem detidos pelas criaturas do God Enel." Conis declara "Mas vamos levá-los a um lugar onde podem seguir em segurança."
Conis e Pagaya então os guia até um porto na cidade onde há vários botes de pesca que são movidos com a mesma mecânica que os Waver. "Vocês podem pegar um desses." Depois disso, ela os entrega um mapa e explica a localização exata do local onde Sanji seria entregue a Enel.
"Tomem cuidado. O próprio God Enel em pessoa estará lá." Pagaya os avisa.
"Não se preocupem com a gente" Luffy sorri tranquilizador. "Beleza, estamos indo. Se cuidem!"
Eles três entram no bote. O barco corta as ondas, avançando rapidamente pelo rio branco. Usopp ler o mapa enquanto Luffy e Zoro observam os arredores. Seria uma viagem tranquila; foi o que pensaram, até chegarem nas proximidades de Upper Yard.
Eles foram recebidos por inúmeras armadilhas suspensas como machados cortando o vento em direção à suas cabeças e enormes troncos amarrados em cordas que ameaçavam os jogar para longe caso os atingissem. Mas como esperado, Luffy e Zoro os livra da morte certa. E então, eles se aproximam de uma enorme barreira com seis passagens no rio de nuvens. Em cada túnel há uma placa com o nome de uma provação. Sabendo o significado, Usopp entra em pânico, mas não há muito o que se fazer quando Luffy insiste em guiar o barco para o túnel cuja a placa diz Provação das Esferas. Pelo menos, parecia a mais inofensiva comparada às outras.
(...)
Nami, Sanji, Robin e Chopper se mantiveram dentro do Marry para evitar caírem no mar diante da velocidade do camarão. Quando finalmente sentiram o movimento parar, eles se direcionaram ao convés. Os quatro agora se encontram no Marry sobre um enorme altar. É uma construção de pedra em forma de pirâmide asteca, adornada com entalhes e figuras estranhas, e uma tocha peculiar ardendo em chamas.
Os quatro olham em volta, vendo que estão em um lugar aberto e cercado por um lago de nuvens. A construção em si estava no meio deste lago.
"Onde estamos?" Chopper questiona com pavor.
"Quem sabe..." Sanji se aproxima do limite, olhando para baixo. "Aquilo é terra de verdade? Deve ter tantos novos ingredientes que ainda não vi." Ele aponta com empolgação para a extremidade onde o lago termina.
"Sim, parece que sim." Robin observa, olhando para o outro lado do lago onde a terra parece continuar. "Eu gostaria de explorar um pouco também, mas não vejo nenhuma forma de chegar lá." Ela nota, examinando as nuvens ao redor.
"Essa deve ser Upper Yard." Nami murmura "Bom, nós poderíamos simplesmente nadar e-" Nami é instantâneamente calada por um tubarão do céu que salta diante de seus olhos. Ela instantâneamente é salva por Sanji, que chuta o animal marinho de volta para as nuvens. "Eu prefiro ficar aqui!" Ela ofega com seu coração batendo a mil.
"Minhas queridas damas, é melhor se manterem longe da borda." Sanji alerta enquanto segura um Chopper paralisado pelo medo.
"Não podemos chegar lá nadando então." Robin observa, dando uma risadinha que faz Nami resmungar um 'Não tem graça'. "Mas... Podemos usar este cipó." Ela aponta para a corda verde que se pendura acima do Marry.
Sanji volta ao convés, com Chopper em seu ombro, e puxa o cipó com força, verificando sua resistência. "Parece forte o suficiente." Ele avalia. "Podemos nos balançar até o outro lado. Damas primeiro." Ele então reverência, dando espaço para as mulheres passarem.
Robin segura o cipó com força, balançando-se uma única vez até alcançar o outro lado. "Isso foi divertido!" Ela sorri, jogando a cipó de volta para Nami.
Nami grita "E se um desses bichos pularem em mim enquanto eu estiver atravessando? Isso não é divertido, eu não vou." Ela passa o cipó para Sanji.
"Bom, então você pode tomar conta do navio para nós. Talvez encontramos ouro e jóias para pagarmos o concerto dele." Robin indiretamente persuadiu.
"Pensando, bem, vocês vão precisar de ajuda com isso, né?!" Nami toma o cipó de volta. Mas ela ainda hesita em saltar.
"Podemos ir juntos se você quiser, senhorita Nami" Sanji oferece gentilmente.
"Melhor não, Sanji, o cipó pode não aguentar nós dois." Nami engole a seco, embora se sentisse mais segura com o loiro.
"Bom, você pode ir tranquila, eu vou chutar qualquer um desses bichos se eles tentarem algo" Sanji faz sinal de joinha e Nami finalmente cede; ela segura firme no cipó, os olhos bem fechados e os dentes trincados enquanto se balança pelo ar. O coração martelando no peito, enquanto sente o ar frio em seu rosto. "Ai meu deus, eu nunca mais vou fazer isso!" Ela berra com seus olhos fechados, perdendo o momento adequado para soltar o cipó, indo de encontro com uma árvore, mas Robin impede o impacto fazendo mãos brotarem no tronco e segurá-la
"Seria bom alguém ficar de olho no navio para que nada seja roubado." Ela comenta enquanto lança o cipó para Sanji. "Você pode fazer isso, Chopper? Não vamos demorar voltar."
"E-eu?! Sim, pode deixar! Eu fico de olho nele!" Chopper grita, pulando para o convés principal do Marry e olhando em volta com cuidado. "Uhum... Eu consigo!" O pequeno estremece, mas aceita com determinação.
"Vou te recompensar com um delicioso doce quando voltarmos, está bem?" Sanji promete com um sorriso encorajador enquanto segura firme no cipó, balançando-se com força e aterrissando do outro lado com um pulo perfeito.
"Sanjiiii, você é um anjo." Chopper choraminga alto. "Tomem cuidado!" E acena para eles
"Não se preocupe! Voltaremos logo!" Sanji grita de volta para Chopper, acenando, logo seguindo os passos de Nami e Robin para dentro da enorme floresta de árvores gigantes que os cerca.
...
Os três piratas penetram fundo na floresta, admirando a beleza das árvores que se erguem ao céu e as folhas que farfalham ao vento.
"Esse é um lugar bem bonito." Sanji comenta enquanto saltitante alegremente atrás de Nami e a Robin.
Enquanto caminha, Robin observava atentamente o ambiente, sua expressão de curiosidade. "Não é apenas bonito... É um tanto incomum encontrar árvores tão gigantescas." Ela comenta, estendendo a mão para tocar no tronco de uma árvore próxima. "Há quanto tempo está ilha existe aqui? Eu me pergunto."
"Sim, é realmente impressionante." Nami concorda, seus olhos brilhando de interesse ao examinar as árvores. "E o clima também é peculiar... Há algo estranho no ar, uma espécie de umidade impregnada. Mesmo sendo terra de verdade, é como se ainda houvesse nuvens ocultas espalhadas pelo solo." Ela suspira. "Bom, seria mais bonito sem tivesse algum tesouro" Nami olha de um lado para o outro com expectativa.
"Sem dúvida, há algo de misterioso neste lugar." Robin concorda com Nami enquanto seguem em frente. "Talvez realmente encontremos algum tesouro."
Sanji as acompanha silenciosamente, contente em apenas ouvi-las.
Com mais alguns passos, eles se deparam com uma clareira, e como Nami havia sugerido, realmente há nuvens pelo solo. "Apesar de ser terra de verdade como a lá de baixo, realmente há nuvens por aqui." Sanji aponta enquanto pisa com um pé em uma em particular.
"Cuidado, Sanji." Nami resmunga distraidamente enquanto ainda vasculha o lugar com olhos afiados em busca de ouro.
"Sim, pode haver um buraco embaixo dessa nuvem." Robin se pronuncia dessa vez.
"Não há nada com que se preocupar..." Sanji ergue o outro pé para ficar inteiramente sobre a nuvem. Em instantes, Sanji afunda na nuvem, desaparecendo.
"Sanji!" Nami grita alarmada e corre em direção à nuvem em que o cozinheiro havia desaparecido. Ela coloca suas mãos sobre a nuvem e empurra, mas a densidade parece ter aumentado, de forma que ela não consiga atravessar.
"Oh, não! Sanji..." Robin corre ao lado de Nami, também tentando ultrapassar a camada de nuvens com a mão. "Isso é muito estranho... É como se a nuvem estivesse sendo controlada para agir assim."
"Mas porque só o Sanji? Ela deveria nos engolir também." Nami, aflita.
Robin franze a testa, pensativa. "Talvez seja obra desse God Enel..." Ela olha ao redor, examinando a clareira com atenção renovada. "Só vamos conseguir o Sanji de volta se encontrarmos ele."
Nami aperta os punhos com determinação, os olhos brilhando com uma mistura de preocupação e desafio. "Certo! O ouro pode esperar um pouco."
(...)
Está tudo escuro e Sanji só sente as nuvens passando por seu corpo em alta velocidade. Ele está caindo muito rápido. Seus olhos estão bem fechados e ele não sabe onde está, mas logo tem um vislumbre de luz, que aumenta conforme vai caindo. Então ele abre os olhos e se depara com uma floresta com milhares de bolas brancas de nuvens do tamanho de bolas de praia flutuando no ar. Nesses momento, ele sabe que precisa se agarrar em algo. Olhando de um lado para o outro, não há nada próximo o suficiente, e quando o chão já está a sua vista, Sanji entra em pânico.
"Droga! Eu vou morrer aqui?!" Mas para sua sorte, há um cipó e Sanji consegue segurá-lo, machucando um pouco sua mão, no entanto. "Tsk!" Sanji estala a língua, desgostoso com isso.
Sanji balança no cipó com alta velocidade pelo impulso da queda, e mais uma vez ficando seus olhos em direção ao chão para encontrar um lugar para pousar em segurança, pois ainda está muito alto. Ele fica surpreso por um momento, pois avistou Luffy, Zoro e Usopp, e seus olhos enchem de alegria.
"Luffy!!!" Ele grita por seu capitão. Luffy imediatamente olha para cima e abre um grande sorriso. Ele está com um pouco de sangue no rosto e machucados, o que Sanji presume que ele está em no meio de uma luta, há uma figura redonda e estranha na frente deles, deve ser o inimigo, Sanji pensa.
"Sanji!" Luffy abre os braços e os estica, pegando Sanji pela cintura e o puxa para si.
"Seu idiota, não puxe tão rápido!" Sanji grita antes de colidir contra seu capitão, que colide contra Zoro. Usopp por pouco escapa do impacto.
Luffy dá uma gargalhada após o impacto, ainda abraçando Sanji.
"Ora, ora, que reencontro emocionante, hein?" Zoro sorri sarcasticamente enquanto ajuda Luffy e Sanji a se levantar. "Espero que tenha tido um motivo bom para sair fazendo malabarismos no céu, cozinheiro." Ele debocha, mas há preocupação em sua voz.
Sanji se levanta, ainda um pouco desequilibrado por ter sido puxado por Luffy. Ele olha para Zoro com uma expressão irritada. "Não temos tempo para isso, meu querido marimo. Senhorita Nami e Robinzita ficaram sozinhas lá em cima. Precisamos achar um jeito de voltar, elas podem estar em perigo. E precisamos voltar até Marry antes que Chopper fique preocupado demais. Ele ficou cuidado do navio sozinho." Logo, seus olhos se dirigem para o inimigo na frente deles. "E o que temos aqui?"
"Ho, ho, ho! Pode me chamar de Satori. Ó escolhido, estava a sua procura para escolta-lo até God Enel." A pessoa arredondada, cujo nome é Satori, saúda Sanji com elegância. Seus olhos brilham de emoção diante do rapaz loiro. "Você é bem mais encantador pessoalmente. De fato, uma fotografia não captura toda sua essência e beleza." Ele cantarola enquanto faz uma dancinha engraçada. "Que bom que está aqui, God Enel ficará muito contente." Momentos antes, Satori pôde ver em câmera lenta Sanji passar diante de seus olhos enquanto estava sendo puxado por Luffy. E em toda sua vida, jamais contemplara tamanha beleza em uma única pessoa. De fato, alguém a altura para servir God Enel como cônjuge.
Sanji encara Satori com uma expressão incrédula, sem entender nada. "O que isso deveria significar?!" Cônjuge?! Sanji sabe o que é isso, mas pode ser qualquer outra coisa no dicionário desses nativos.
Satori para de dançar, ainda sorridente e animado. "Oh, não se preocupe com isso agora, meu belo rapaz. O importante é que você venha conosco. God Enel o aguarda!"
Sanji se prontifica pra responder, mas Usopp age mais rápido, se pondo corajosamente na sua frente mesmo que suas pernas estejam bambas de medo. "Sanji não vai a lugar algum com você, seu maluco redondo!" Ele olha para Luffy e Zoro, silenciosamente em busca de apoio.
Luffy cruza os braços e estreita os olhos, encarando Satori. "Então esse cara veio atrás do Sanji, né?" Ele pergunta para ninguém em particular. Zoro também estreita os olhos, mas seus pensamentos são mais frios.
Sanji suspira, cansado por não entender o motivo de metade da ilha querer sequestrá-lo para esse tal Enel. Poderia isso está envolvido com sua família? Não, impossível, esse é um povo que aparentemente nunca esteve lá em baixo no... Mar Azul.
"Hum... Vocês três parecem muito protetores. Eu posso entender, é claro. Afinal, ele é mesmo muito lindo. Mas não é motivo para eu desistir. Se ele não vem por vontade própria, infelizmente vou levá-lo à força." Com isso, Satori movimenta as mãos, formando uma esfera de nuvem grande o suficiente para prender uma pessoa. E, instantâneamente, Luffy e Zoro se prontificam seriamente na frente de Usopp e Sanji.
"Vai ser do jeito difícil então." Zoro suspira, desembainhando uma de suas espadas, os olhos frios fixos em Satori. "Você não pode levar nosso cozinheiro..."
"Você não vai conseguir." Luffy complementa com acidez.
Satori apenas ri debochado, sem se abalar com as ameaças. "Eu já esperava por isso. Afinal, um belo rapaz como aquele não estaria sozinho. God Enel me deu plena liberdade para lutar como eu quiser desde que não cause nem um arranhão ao seu futuro companheiro. Então, vocês não terão chances de me vencer." Ele aponta para Luffy, Zoro e Usopp. Nesse momento, a enorme esfera que ele produziu começa a se mover para sobre o barco, gavinhas de nuvens se esticando dela rumo a Sanji.
Luffy avança em direção a Satori, enquanto Sanji desvia tranquilamente das amarras que tentavam captura-lo. O capitão estica seu punho para socar o inimigo, mas o sacerdote consegue desviar a tempo, preparando um contra ataque. Quando Luffy se equilibrou no mesmo galho de árvore que Sartori, o sacerdote o acerta com um golpe de palma aberta, o fazendo voar e bater contra outra árvore com um impacto avassalador que vibrou por todo o seu corpo, lhe causando sangramento pela boca e Nariz.
"Eh!? Luffy, esse soco não devia fazer efeito em você!!" Usopp grita alarmado. Zoro rosna e corre em direção ao adversário com uma das espadas em punho. Satori apenas ri com desdém, como se a investida de Zoro fosse algo ridículo.
"Muito lentoooo~" Ele cantarola enquanto uma esfera surge ao lado de Zoro e explode na hora, mandando para baixo pouco antes de o espadachim alcança-lo. "Você não é páreo para minhas Esferas Surpresas!" Satori então se vira para Usopp. "Um soco?! Isso é um pouco diferente, meu caro..."
"Luffy! Zoro!" Sanji grita preocupado, então tenta ir até os dois que caíram um perto do outro. Mas no momento em que ele sai, uma esfera é lançada contra Usopp, que só estava seguro porque ele estava por perto. "Usopp! Cuidado!" Sanji tenta chegar a tempo, mas Sartori já está em frente ao seu amigo, o acertando com o mesmo golpe que dera em Luffy, o mandando para fora do barco.
"Impact! São ondas de choque que causam danos diretamente dentro do corpo" Sartori explica.
Ao ver seus companheiros caídos, Sanji, ainda desviando das amarras de nuvem que tentavam captura-lo, fica enfurecido, indo contra atacar.
Satori ri da atitude de Sanji. "Embora você esteja empolgado para isso, não poderei atender ao seu desejo, meu caro. Não posso lutar com você, God Enel me mataria." Então, ele rapidamente foge para outro galho, escapando do chute certeiro do loiro.
Com isso, Sanji para bruscamente, se virando em direção a Sartori. "Mas que merda é essa?!" Ele diz com irritação fervente e ataca outra vez.
Sartori apenas dá de ombros com uma falsa expressão de lamentação. "Mesmo que você queira me fazer em pedacinhos com seus lindos chutes, a ordem é clara. Não posso deixar que se machuque, ou serei severamente castigado." E desvia facilmente do golpe, pois ele está conseguindo prever os movimentos de Sanji.
Sanji aperta os punhos com força, os olhos queimando de frustração e raiva contida ao perceber. "Maldito...!" Ele range os dentes, mas logo se acalma ao nascimento de uma ideia perante a frase de Sartori. "Você não pode me machucar, é...?!" O loiro fica pensativo, se perguntando como ele poderia atingir o cara, e então sorri maliciosamente. "Nesse caso, e se eu tocar nessa esfera?" Sanji aponta para a bola com as amarras que tentavam pegá-lo. Elas estão momentaneamente paradas pela distração de Satori, já que sua locomoção não é totalmente automática. "Uma delas explodiu nosso querido marimo." Ele continua, apontando para Zoro que se recupera lentamente da tontura causada pelo ataque juntamente com Luffy, e Usopp no lado contrário.
"Ela foi feita apenas para captura-lo. É inofensiva." Satori o responde com desconfiança, se perguntando onde o adorável loiro quer chegar com isso.
"Você disse que são 'Esferas Surpresas'." O cozinheiro enfatiza. "Essa só vai me prender e a outra explodiu... O que vai acontecer se eu tocar naquela alí?" Ele então corre até uma esfera próxima e salta em direção a ela.
"Não faça isso!" Satori grita em pânico, e avança na direção do Sanji, o pegando em seus braços em estilo princesa a poucos segundos da esfera estoura e liberar um gás roxo. O tempo parece parar por alguns segundos enquanto Sartori tem Sanji em seus braços. Ele fica hipnotizado pelos cabelos loiros esvoaçantes e as duas belas iris azuis cintilantes, e mais ainda pelo sorriso convencido nos lábios rosados de aparência macia pouco antes de um chute acertar seu queixo. Sanji o manda para longe de si e se equilibra majestosamente no chão. Claro, não foi o suficiente para apagar fazer o sacerdote sumir do seu campo de visão ou apagá-lo.
Nesse meio tempo, Luffy já conseguiu se recuperar, embora ainda esteja um pouco atordoado. E, enquanto agora seja o sacerdote em estado abatido, um sorriso então rasga seu rosto meio ensanguentado e Luffy aproveita para esticar seus braços de borracha e os enrolar envolta de Satori, como uma corda, e o prender firmemente.
Sanji não perde tempo em se aproxima e acertar Sartori na cabeça com um golpe de martelo usando seu pé, o apagando completamente.
Com Satori inconsciente, Luffy solta seus braços dele. "Isso foi fácil." Ele diz com uma grande gargalhada, firmando seu chapéu em sua cabeça. Sanji, por outro lado, está meio em pânico, ele corre para ver o estado de Luffy e então o de Usopp, e por fim, o de Zoro. "Vocês estão horríveis" Ele diz em um misto de preocupação e raiva.
Luffy, ainda com uma grande gargalhada, se vira para Sanji e diz: "Ah, não se preocupe com isso! É apenas um pouco de sangue!"
"Hã?! Olha quem fala!" Zoro cruza seus braços com um tom mal humorado em sua voz "E no que 'você' estava pensando ao se jogar naquelas bolas perigosas? E se o inimigo realmente deixasse você ser pego por uma?! Você é idiota?!"
"O que você está dizendo? Eu estava tentando salvar sua bunda, o Usopp e o Luffy! Me agradeça e não reclame! Deu tudo certo no final, e eu não ia realmente me deixar tocar naquela coisa, eu conseguiria desviar!" Sanji explode, seu rosto está vermelho.
"Não foi o que eu vi! Tenho certeza que você se jogou naquilo pra valer!" Zoro agora está cara a cara com Sanji, ambos se encarando com faíscas nos olhos.
Usopp, sentado e segurando sua cabeça, sentindo dor por todo o corpo, joga um olhar de censura para os dois, antes de se choramingar, estressado. "Vocês precisam se acalmar. Sanji, Luffy provavelmente não entende o que é um perigo real, nós estamos bem ciente disso. E Zoro..." Usopp olha do esverdeado para o loiro, que apenas bufa e se afasta um pouco, indo até Luffy que admira melhor a floresta agora que não estão sendo atacados. Usopp não terminou sua frase para Zoro, mas seu olhar é o suficiente para Zoro saber o que ele queria dizer: Sanji vai se auto sacrificar, não importa a situação ou o que digamos. E o atirador está totalmente certo, Zoro suspira, sabendo que só lhe resta ficar de olho no cozinheiro e impedi-lo de fazer tal coisa.