REVISTA OBSERVATORIO DE LA ECONOMIA LATINOAMERICANA
Curitiba, v.21, n.6, p. 3405-3423. 2023.
ISSN: 1696-8352
Aplicabilidades biotecnológicas de microalgas Amazônicas: banco de
teses Capes
Biotechnological applications of microalgae Amazon: Capes theses
bank
DOI: 10.55905/oelv21n6-021
Recebimento dos originais: 05/05/2023
Aceitação para publicação: 07/06/2023
Renata Barros Ribeiro
Doutoranda em Biotecnologia
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Endereço: Av. General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200, Coroado I,
Manaus - AM, CEP: 69067-005
E-mail: nata_barrros@hotmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3298-2315
Reinaldo Corrêa Costa
Doutor em Geografia
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Endereço: Av. André Araújo, 2936, Aleixo, Manaus – AM, CEP: 69060-001
E-mail: reiccosta@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0853-2701
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo geral realizar um levantamento bibliográfico a partir
de pesquisas realizadas nos últimos anos, que abordaram as aplicabilidades
biotecnológicas de microalgas. Como objetivo específico: 1) coletar pesquisas que
dissertem sobre os temas em torno das aplicabilidades biotecnológicas das microalgas; 2)
analisar as aplicabilidades biotecnológicas de microalgas destacadas. A investigação deuse a partir de um levantamento bibliográfico utilizando o histórico dos estudos dentro da
plataforma de teses e dissertações da CAPES. A partir de duas palavras-chave:
“Aplicabilidades biotecnológicas” e “Microalgas amazônicas”. Os dados encontrados
partiram de 16 artigos, que estabeleciam estudos de uma diversidade de microalgas, em
destaque a Chlorella vulgaris e a Spirulina sp., quanto às suas aplicabilidades podendo-se
evidenciar o uso das mesmas no mercado de alimentos, piscicultura, biocombustível e
biodiesel. A investigação por fim, revelou a necessidade de mais pesquisas voltadas
principalmente para o estudo do desenvolvimento de biocombustível, pois é uma das
vertentes econômicas que mais tem aumentado a sua demanda nos últimos anos.
Palavras-chave: microalgas, biotecnológico, Amazônia.
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ABSTRACT
This article has the general objective of carrying out a bibliographical survey based on
research carried out in recent years, which addressed the biotechnological applicability of
microalgae. As a specific objective: 1) to collect researches that discuss themes around
the biotechnological applicability of microalgae; 2) analyze the biotechnological
applicability of highlighted microalgae. The investigation was based on a bibliographic
survey using the history of studies within the CAPES theses and dissertations platform.
Based on two keywords: “Biotechnological applications” and “Amazonian microalgae”.
The data found came from 16 articles, which established studies of a variety of
microalgae, in particular Chlorella vulgaris and Spirulina sp. Finally, the investigation
revealed the need for more research aimed mainly at the study of biofuel development, as
it is one of the economic aspects that has most increased its demand in recent years.
Keywords: microalgae, biotechnological, Amazon.
1 INTRODUÇÃO
As aplicabilidades de um determinado recurso podem ser estabelecidas por várias
perspectivas, podendo se tratar de questões físicas, químicas, de suas aplicações
comerciais e/ou financeiras. As microalgas estabelecem um universo complexo de
organismos que constituem várias aplicabilidades, perpassando por produtos do mercado
de nutracêuticos até o alimentício (ANDRADE et. al, 2014a).
No caso das microalgas, elas evoluíram como os “primeiros organismos capazes
de realizar fotossíntese, liberando O2 que é um dos principais agentes responsáveis pela
criação da atual atmosfera terrestre” (SIMÕES et al., 2016, p.11), sendo essenciais para
o equilíbrio e para a manutenção de diversos ecossistemas. Assim,
“São fundamentais para o equilíbrio planetário, uma vez que a dinâmica do
dióxido de carbono na terra é em grande parte determinado por estes
organismos que são responsáveis por mais da metade da atividade
fotossintética de todo o planeta.” (SIMÕES et al., 2016, p.11).
Em características mais específicas os organismos fotossintetizantes são capazes
de produzir a sua própria fonte de alimento, estabelecendo uma maior adaptação a
diversidades de ambientes, principalmente por conta das suas estruturas morfológicas e
anatômicas (LÚCIO, 2014; SIMÕES et. al, 2016).
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Além da sua diversidade morfológica, existe a sua diversidade genética, incluindo
indivíduos microscópicos e macroscópicos, com semelhanças entre plantas superiores,
pois possuem características distintas entre esses grupos, em virtude da ausência dos
tecidos vasculares nas algas (ANDRADE et al., 2014b), além do que conseguem
desenvolver-se e produzir oxigênio através da fotossíntese (NASCIMENTO;
SANTOSSILVA, 2011).
Compreendendo a sua diversidade, entende-se que esses organismos possuem
uma relevância ainda não estabelecida no mercado e no campo financeiro, seja para as
empresas, cooperativas, produtores familiares, entre outros que utilizam esses organismos
como matéria-prima. Por isso, e por esta razão há indispensabilidade de investigar os
estudos que estão florescendo nessa área, dentro de plataformas online, em específico as
microalgas amazônicas, pela sua peculiaridade no cenário socioeconômico regional.
Sendo assim, o objetivo geral deste artigo é realizar um levantamento
bibliográfico a partir de pesquisas realizadas nos últimos anos que abordam sobre as
aplicabilidades biotecnológicas de microalgas. Para que fosse possível atingir o objetivo
geral estabelecido foram criados os seguintes objetivos específicos: 1) Relatar
teoricamente sobre os principais conceitos de microalgas; 2) Coletar pesquisas que
relatem sobre os temas que discutem em torno das aplicabilidades biotecnológicas das
microalgas; 3) Analisar as aplicabilidades biotecnológicas de microalgas destacadas nas
pesquisas encontradas durante as coletas de dados.
Por fim, acredita-se na possibilidade de expandir a visibilidade das produções que
estão sendo desenvolvidas nos últimos anos dentro dos campos acadêmicos de todo o
Brasil, proporcionando assim uma ampliação dos conhecimentos nesse campo de estudo.
2 CONCEITUANDO MICROALGAS E QUESTÕES SOBRE APLICABILIDADE
Quando imaginamos as microalgas, temos em mente que são micro-organismos
que podem produzir o seu próprio alimento, no entanto existem vários outros conceitos
que possibilitam e descrevem o seu nível de importância. As microalgas são um dos
organismos mais antigos do planeta terra, sendo unicelular e multicelular que realizam a
fotossíntese oxigenada (ANDRADE et al., 2014a).
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Oliveira (2016) destaca que as microalgas são seres vivos microscópicos, e
algumas formam colônias no ambiente em que habitam, já que conseguem se adaptar com
facilidade a uma diversidade de ambiente, exemplificando, as mesmas estão presentes em
ambiente aquático, havendo espécies que sobrevivem a águas salinas, mares e ainda em
condições hipersalinas em alguns casos.
O mesmo autor relata que o termo alga foi proposto por Lineu como uma categoria
taxonômica, em 1753, no clássico trabalho Species plantarum. O número de espécies de
algas foi estimado em cerca de dez milhões, sendo a maioria microalgas. Nesse sentido,
as microalgas são compreendidas como:
[...] organismos microscópicos unicelulares fotossintetizantes, dotados de
clorofila ou outros pigmentos fotossintéticos e são presentes principalmente
em ambientes aquáticos (água doce, marinha ou salobra) (ZANETTE, 2019,
p.19 apud VENKATESAN et al., 2015).
A permanência em diversos tipos de ambientes possibilita a preparação desses
organismos em sobreviver em locais inóspitos, além de possibilitar uma facilidade em
encontrá-los. Em contrapartida, para se criar em grande escala é necessário um tipo de
cultivo específico que se correlaciona diretamente com as espécies de microalgas
cultiváveis (ZANETTE, 2019).
Tendo o cultivo como base de discussão, é comprobatório que elas possuem uma
maior vantagem quando comparados com outros micro-organismos (bactérias e/ou
leveduras), pois o seu cultivo é fotoautotrófico e sustentável, uma vez que sequestra CO2
atmosférico (ZANETTE, 2019).
Os seus tipos de cultivos podem ser variados desde fotobiorreatores em cadeias
abertas e fechadas, como também em tanques que podem ter uma longa proliferação
desses organismos, além disso as microalgas conseguem se proliferar de maneira mais
rápida. Várias são as qualidades e recursos desses micro-organismos o que acabam por
possibilitar uma gama de potencialidades comerciais (LÚCIO, 2014). Assim as
microalgas:
[...] são organismos promissores na síntese de compostos biologicamente
ativos, pois vivem em ambientes com várias interações biológicas e condições
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abióticas extremas e, para a sua sobrevivência, desenvolveram estratégias de
defesa, resultando na produção de um grande número de compostos químicos
a partir de diferentes rotas metabólicas (SIMÕES et al., 2016, p.72).
Considerando então a necessidade da indústria de superar os desafios tecnológicos
atuais, pois como mercado cada vez mais tem utilizado a vertente dos recursos naturais
não renováveis, ocorrendo principalmente porque os consumidores finais começam a se
preocupar com formas mais saudáveis e menos predatórias das matérias primas. Assim,
as aplicabilidades se referem a essas questões de recursos que podem se transformar em
produtos com larga escala de vendas e lucratividade (LÚCIO, 2014). Autores como
Mesadri, Wagner e Fagundes (2021) destacam que as microalgas são utilizadas em várias
perspectivas de mercados, estando presentes no segmento de suplemento alimentar,
cosméticos e além de serem utilizadas para a remediação e redução de tóxicos nas águas
das indústrias, existindo assim possibilidade de utilização de seus extratos e compostos
isolados em formulações farmacêuticas.
As microalgas são relevantes para se estabelecer a criação de variados produtos,
tornando-se de extrema relevância para o mercado. Assim, é necessário se estabelecer
pesquisas científicas e investimentos em torno das mesmas para se ter um maior
aproveitamento deste recurso, além de estabelecer conservação de bancos naturais e ainda
o uso controlado dos recursos naturais (SIMÕES et al., 2016).
3 METODOLOGIA
Em uma perspectiva metodológica, o trabalho partiu de uma revisão bibliográfica
que segundo Lima e Mioto (2007, p.44) é a “observação de dados contidos nas fontes
pesquisadas, pois imprime sobre elas a teoria, a compreensão crítica do significado nelas
existente”. Além disso, a pesquisa bibliográfica é compreendida então como uma revisão
de literatura sobre as mais diversas teorias que norteiam o trabalho científico, é retratada
como levantamento bibliográfico podendo ser desenvolvida em livros, periódicos, artigos
científicos, jornais, sites e outros locais de fonte (PIZANNI et al. 2012).
Para o mesmo autor é explanado que existem alguns objetivos que norteiam esse
tipo de pesquisa científica a:
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[...] revisão de literatura tem vários objetivos, entre os quais citamos: a)
proporcionar um aprendizado sobre uma determinada área do conhecimento;
b) facilitar a identificação e seleção dos métodos e técnicas a serem utilizados
pelo pesquisador; c) oferecer subsídios para a redação da introdução e revisão
da literatura e redação da discussão do trabalho científico (PIZANNI et al.,
2012, p.54).
Esse tipo de pesquisa científica estabelece um encontro de todas as investigações
já produzidas em meio ao espaço acadêmico, estabelecendo então uma conexão com as
teorias que norteiam a temática estudada.
Pizanni et al. (2012, p. 56), mostra que a “pesquisa bibliográfica assume
importância fundamental, impulsionando o aprendizado, o amadurecimento, os avanços
e as novas descobertas nas diferentes áreas do conhecimento”, esse tipo de pesquisa
remete ao encontro com essas outras pesquisas científicas que estabelecem uma relação
com os temas pesquisados.
O embasamento teórico buscou trabalhos produzidos na última década, sejam
teses produzidas e depositadas na plataforma de teses e dissertações da CAPES
(Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior).
A palavra-chave utilizada para a pesquisa foram duas: “Aplicabilidades
biotecnológicas” e “Microalgas amazônicas”, totalizando na primeira busca um total de
40 trabalhos acadêmicos, a busca ocorreu no período de junho de 2022 a dezembro de
2022.
Com o objetivo de encontrar uma maior especificidade das pesquisas foram
estabelecidos os seguintes filtros e/ou critérios, primeiramente do intervalo dos anos 2021
– 2012, isso ocorreu porque no banco de teses só havia publicações até o ano de 2021, e
apenas as “teses de doutorado”, foram encontrados um total de 16 trabalhos.
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n.
1
Autor
Gomes,
Eduardo
Pereira
2
Lira, Rafael de Araújo
3
Ribeiro,
Danielle
Renata
Padilha
4
Junior,
Francisco
Roberto da
Silva
Machado
Tabela 1: Trabalhos encontrados na busca
Universidade
Título
Universidade
Potencial biotecnológico da microalga NanEstadual do
nochloropsis oculata na produção do ácido
Ceará,
graxo poliinsaturado (EPA), carotenóides e
Fortaleza
biomassa.
Universidade
Federal de Viçosa
Ano
2010
Estudo do rendimento de biomassa da microalga nativa Chlorella sp. visando a obtenção de biocombustíveis.
Estudo comparativo de dois meios de cultura na produção de biomassa das microalgas: Tetraselmis sp., Chaetoceros sp. e Nannochloropsis oculata, uma abordagem físico-química e biotecnológica.
2011
Universidade
Federal do
Rio grande
Ruptura celular, extração e encapsulamento
de astaxantina de Haematococcus pluvialis
(Volvocales, Chlorophyta)'.
2014
Fundação
Universidade federal de
Mato grosso do Sul
Cultivo de microalgas com digestatos de vinhaça: produtividade e biogás upgrading.
2016
Universidade
Federal de
São Carlos
Universidade
Federal
Rural de
Pernambuco
Conservação de bio-recursos algais no brasil: estabelecimento de um banco criopreservado.
Influência de diferentes meios de cultura
sobre o ciclo de vida e produção de astaxantina em Haematococcus pluvialis'.
2016
Universidade
Estadual do
Ceará,
Fortaleza
2012
5
Serejo, Mayara
Leite
6
Tessarolli, Leticia
Piton
7
Marinho,
Yllana
Ferreira
8
Marques,
Antonio
Ernesto
Meister luz
Universidade
Federal do
Paraná,
Curitiba
Avaliação da toxicidade de rações produzidas com a biomassa residual de microalgas
utilizando os peixes Rhamdia quelen E Oreochromis niloticus.
2018
9
Costa,
Adriano
Goldner
Universidade
Federal do
Espírito
Santo
Efeitos de Diferentes Condições Físicas e
Efluentes agrícolas Sobre o Cultivo de Microalgas da Família scenedesmaceae como
Subsídio à Aplicação biotecnológica.
2018
10
Araujo,
Vilma
Barbosa da silva
Universidade
Federal da paraíba
Potencial da biomassa de microalgas regionais para aplicação em alimentos.
2018
11
Hammer,
Daniele
Priscila da
Conceicao
Universidade
Federal do
Paraná,
Curitiba
Expressão diferencial de genes e condições
de cultivo na síntese de lipídeos em Phaeodactylum tricornutum'.
2019
2018
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12
Freire,
Elionai
Gomes
Universidade
Federal do Ceará
13
Leite, Talita Abrante Universidade
Federal do Ceará
14
Colusse,
Guilherme
Augusto
Bezerra,
Priscilla
Quenia Muniz
15
16
Ansilago, Monica
Atividades antibacteriana, antifúngica e anti- 2021
oxidante do extrato e das frações proteícas
da microalga Synechococcus nidulans cultivada em fotobiorreator'.
Universidade
Federal do Paraná
Uso da microalga Chlorella vulgaris como
aditivo para a produção de uma cerveja artesanal de alta fermentação.
Produção de biomassa de microalgas para
aplicação biotecnológica'
Universidade
Cultivo de microalgas em água marinha e
Federal do
subterrânea salobra com potencial na proRio Grande
dução de biocompostos.
Universidade
Bioprospecção de microalgas para aplicação
Federal da
biotecnológica.
Grande
Dourados
Fonte: RIBEIRO; COSTA (2022)
2021
2021
2021
2021
A pesquisa bibliográfica aqui estabelecida passou pelos processos estabelecidos
por Pizanni et al. (2012), onde estabelece algumas etapas para esse tipo de investigação,
que são: delimitação do tema-problema, levantamento e fichamento de citações,
aprofundamento e expansão da busca, relação das fontes a serem obtidas, localização das
fontes, leitura e sumarização e por fim, a redação do trabalho (Figura 1).
Figura 1 Caminho metodológico da pesquisa
Delimitação do tema:
Aplicabilidade
biotecnológicas de
microalgas
amazônicas
Levantamento e
citações;
aprofundamento e
expansão da busca:
Palavras chaves
Localização das
fontes: texto completo
online, plataforma de
dissertação e teses da
CAPES
Redação do trabalho :
resultados e
discussões
Leitura e
sumarização : dados
em tabelas, com título,
autor,resumo e
universidade das obras
Fonte: Adaptado de Pizanni et al. (2012)
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Posteriormente com o encontro das investigações, houve alguns trabalhos que não
foram possíveis estabelecer acesso online via banco de teses da capes, dentre os 16
encontrados no banco de dados, 4 não tinham qualquer acesso na plataforma (Tabela 2),
tendo como titulação “Potencial biotecnológico da microalga Nannochloropsis oculata
na produção do ácido graxo poliinsaturado (EPA), carotenóides e biomassa”; “Estudo do
rendimento de biomassa da microalga nativa Chlorella sp. visando a obtenção de
biocombustíveis”; “Produção de biomassa de microalgas para aplicação biotecnológica”;
“Estudo comparativo de dois meios de cultura na produção de biomassa das microalgas:
Tetraselmis sp., Chaetoceros sp. e Nannochloropsis oculata, uma abordagem físicoquímica e biotecnológica”. Dessa forma, estabelecemos uma análise mais aprofundada
nos documentos com livre acesso online.
Tabela 2: Trabalhos que foram excluídos da coleta de dados por falta de acesso às informações mínimas
para análise.
n.
1
2
3
4
Autor
Título
GOMES,
Eduardo
Pereira
Potencial biotecnológico da microalga Nannochloropsis oculata na
produção do ácido graxo poliinsaturado (EPA), carotenóides e biomassa
LIRA, Rafael de
Araújo
Estudo do rendimento de biomassa da microalga nativa Chlorella
sp. visando a obtenção de biocombustíveis
RIBEIRO,
Danielle
Renata Padilha
COLUSSE,
Guilherme
Augusto
Estudo comparativo de dois meios de cultura na produção de biomassa das microalgas: Tetraselmis sp., Chaetoceros sp. e Nannochloropsis oculata, uma abordagem físico-química e biotecnológica
Produção de biomassa de microalgas para aplicação biotecnológica
Ano
2010
2011
2012
2021
Fonte: RIBEIRO; COSTA (2022)
A partir disso, os documentos que fizeram parte da análise foram os 12 restantes
como foram dispostos na tabela 3, nesse sentido as análises irão perpassar por
compreensões em torno das espécies de microalgas utilizadas em meio às investigações e
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as aplicabilidades que as mesmas são destacadas nos manuscritos, nesse sentido,
iniciamos com as espécies de microalgas que são destacadas nas teses de doutorado
selecionadas.
Tabela 3: Relação de títulos com as microalgas utilizadas na investigação
Títulos
Microalgas investigadas
Ruptura celular, extração e encapsulamento de astaxantina de
Haematococcus pluvialis (Volvocales, Chlorophyta).
Haematococcus
(Volvocales, Chlorophyta)
Cultivo de microalgas com digestatos de vinhaça:
produtividade e biogás upgrading.
Chlorella vulgaris
Conservação de bio-recursos algais no brasil: estabelecimento
de um banco criopreservado.
pluvialis
Coleção de Culturas de Microalgas de
Água-doce (CCMA-UFSCar) mantém
atualmente cerca de 700 linhagens de
microalgas
Uso da microalga Chlorella vulgaris como aditivo para a produ- Chlorella vulgaris
ção de uma cerveja artesanal de alta fermentação.
Avaliação da toxicidade de rações produzidas com a biomassa
residual de microalgas utilizando os peixes rhamdia quelen e
oreochromis niloticus.
Acutodesmus
(Scenedesmus obliquus)
obliquus
Expressão diferencial de genes e condições de cultivo na síntese Phaeodactylum tricornutum
de lipídeos em Phaeodactylum tricornutum.
Potencial da biomassa de microalgas regionais para aplicação
em alimentos.
Dezessete espécies de microalgas isoladas da região Nordeste do Brasil
Cultivo de microalgas em água marinha e subterrânea salobra
com potencial na produção de biocompostos.
Spirulina sp. E Chlorella
Efeitos de diferentes condições físicas e efluentes agrícolas so- Desmodesmus
bre o cultivo de microalgas da família scenedesmaceae como
Scenedesmus acuminatus
subsídio à aplicação biotecnológica.
Influência de diferentes meios de cultura sobre o ciclo de vida
e produção de astaxantina em Haematococcus pluvialis.
Haematococcus pluvialis
Atividades antibacteriana, antifúngica e antioxidante do extrato
e das frações proteícas da microalga
Synechococcus nidulans cultivada em fotobiorreator.
Synechococcus nidulans
Bioprospecção de
biotecnológica.
Chlorella sorokiniana
microalgas
para
aplicação
communis;
Fonte: RIBEIRO, COSTA (2023)
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A Chlorella vulgaris é a microalga mais utilizada entre as pesquisas, isso pode se
justificar porque as mesmas possuem diversas potencialidades para a fabricação de
mercadorias rentáveis. Dessa maneira, podem ser utilizadas desde a produção de
biocombustíveis até a produção de cervejas, essas características levam a uma utilização
mais ampla desse recurso no mercado.
O nome “Chlorella é composto do grego (chloros, que significa verde) e latim
(ella, ou seja, pequeno ser), e foi descrito por M.W. Beyerinck da Holanda, em 1890”
(LÚCIO, 2014 apud KANNO, 2005), compreendendo que a microalga possui então uma
cor esverdeada e são seres microscópicos (Figura 2).
Figura 2: Microalgas da espécie Chlorella vulgaris visualização de sua estrutura anatômica
Fonte: LÚCIO (2014)
Lúcio (2014) revela que as propriedades de óleos produzidos por essa microalga
têm bastante consistência sendo comparáveis ao petróleo fóssil, fazendo-se possível dizer
que as mesmas possuem a fisiologia adequada para a produção direta de biocombustíveis,
havendo então uma justificativa mais complexa sobre o seu uso, já que parcelas da
sociedade vêm buscando cada vez mais formas ambientalmente corretas e socialmente
justas de acesso aos recursos naturais, sem agredir o meio ambiente como é o caso dos
outros
combustíveis
produzidos
na
sociedade,
assim,
caracterizados
como
ambientalmente corretos.
Outra microalga bastante citada é a Spirulina sp. são “micro-organismos
planctônicos que habitam em corpos de água tropical e subtropical caracterizados por
elevados níveis de carbonato e bicarbonato e pH elevado (até 11)” (SCHMITZ; MAGRO;
COLLA, 2012, p.50).
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Em contraponto com o uso da Chlorella, a Spirulina possui uma entrada maior no
comércio de alimentos e farmacêuticos, já que a mesma segundo Mesadri, Wagner e
Fagundes (2021, p.52):
[...] é considerada uma boa fonte de diversos nutrientes, apresentando um teor
de proteína alto com uma composição aminoacídica balanceada, tornando-a
desejável como um suplemento alimentar.
Cada uma se enquadra de maneira mais estabelecida nos campos de
biocombustíveis como também em uma perspectiva mais farmacêutica e alimentar, além
disso pesquisas retratam que são as microalgas mais antigas utilizadas pela sociedade
(MESADRI; WAGNER; FAGUNDES, 2021; SCHMITZ; MAGRO; COLLA, 2012).
Figura 2- Espécie Spirulina plantensis
Fonte: www.researchgate.net
Passando para a resposta do objetivo geral que envolve as aplicabilidades
biotecnológicas de microalgas, devemos dizer que dentre os trabalhos encontrados foram
apenas alguns que descreveram em suas teses as suas aplicabilidades, em contrapartida
são apenas alguns exemplos de um universo diverso onde a matéria prima das microalgas
pode ser utilizada em meio comercial.
Deve-se relatar exclusivamente que não foi encontrado nenhum trabalho que
retratasse as microalgas amazônicas em específico, entretanto as suas características e
princípios vão ser conversadas no texto, a partir de referências externas a pesquisa inicial.
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ISSN: 1696-8352
Títulos
Tabela 4: Relação de títulos com aplicabilidades
Aplicabilidades
Bioprospecção de microalgas para aplicação biotecnológica.
Microalgas de tanques de piscicultura para aplicação biotecnológica.
Atividades antibacteriana, antifúngica e antioxidante
do extrato e das frações proteícas da microalga
Synechococcus nidulans cultivada em fotobiorreator.
Atividades antibacteriana, antifúngica e antioxidante do
extrato e das frações proteicas da microalga.
Influência de diferentes meios de cultura sobre o ciclo de vida e produção de astaxantina em haematococcus pluvialis.
O meio Provasoli modificado se mostrou o mais adequado para o cultivo e produção de astaxantina.
Efeitos de Diferentes Condições Físicas e Efluentes
agrícolas Sobre o Cultivo de Microalgas da Família
scenedesmaceae como Subsídio à Aplicação biotecnológica.
Biocompostos para suplementação alimentar humana,
produção de ração animal, além de outras aplicações potenciais, como o tratamento de águas residuais e produção de biocombustíveis.
Cultivo de microalgas em água marinha e subterrânea salobra com potencial na produção de biocompostos.
Biomassa para aplicação em biocombustíveis.
Potencial da biomassa de microalgas regionais para
aplicação em alimentos.
Indústria de alimentos.
Expressão diferencial de genes e condições de cultivo na síntese de lipídeos em Phaeodactylum tricornutum.
Aplicações industriais, isso devido a características
como alta produção de biomassa e bioprodutos de interesse como antioxidantes e lipídeos.
Avaliação da toxicidade de rações produzidas com a
biomassa residual de microalgas utilizando os peixes
rhamdia quelen e oreochromis niloticus.
Potencial benéfico para a alimentação.
Conservação de bio-recursos algais no brasil: estabelecimento de um banco criopreservado.
Utilização de metabólitos secundários e produção de biodiesel.
Cultivo de microalgas com digestatos de vinhaça:
produtividade e biogás upgrading.
Biocombustíveis.
Ruptura celular, extração e encapsulamento de astaxantina de Haematococcus pluvialis (Volvocales,
Chlorophyta).
Na produção de astaxantina de fontes naturais.
Fonte: RIBEIRO; COSTA (2022)
Serão listados e comentados aqui as formas de aplicações encontradas nas
investigações, conseguindo atingir o nosso objetivo geral. A produção de biomassa é
essencial para a produção de biocombustíveis, para conseguir recuperar a biomassa de
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uma produção em larga escala de microalgas são necessárias algumas técnicas
específicas, como retrata Santos et al. (2021, p.20):
[...] a que apresenta menor custo é a floculação, e consiste
na adição de compostos capazes de promover a agregação das
células em suspensão, aumentando sua densidade e favorecendo
a decantação, com a consequente concentração da biomassa.
As outras técnicas descritas pelo autor como: a filtração, ou flotação, e
centrifugação, ou ainda a utilização de duas ou mais técnicas combinadas, são
financeiramente mais altas, sem conseguir um acesso mais fácil, além disso esses
mecanismos necessitam de características mais específicas como tamanho, densidade,
ambiente entre outros. Esses processos para a recuperação da biomassa estabelece um
processo importante para a produção de biocombustíveis, as produções dos mesmos
possuem perspectivas positivas tanto no campo econômico como ambiental.
Simões et al. (2016, p.25) onde revela a positividade da produção em larga escala
de biocombustíveis:
As vantagens ambientais estão relacionadas com a substância de fontes não
renováveis por fontes renováveis de produção de combustíveis ou eletricidade.
As vantagens econômicas estão relacionadas com o crescimento de uma nova
indústria de produção de energia baseada na biorrefinação de substâncias
extraídas da biomassa (SIMÕES et al., 2016 apud ROSA, 2011).
Nesse contexto, os biocombustíveis têm condições de serem mais utilizados e
produzidos em meio ao mercado de combustíveis, principalmente porque os mesmos são
fáceis de se proliferar, além de estabelecer uma ação mais sustentável com o meio
ambiente.
Uma das possibilidades expostas nas investigações é a aplicabilidade de
microalgas como componente da alimentação humana e animal, existe uma determinada
relação de espécies que se estabelecem uma maior fabricação no mercado alimentício
(ARAÚJO, 2018).
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Segundo Simões et al. (2016) revela que as espécies que possuem uma maior
produção nessa realidade são as microalgas: Spirulina, Chlorella e Aphanizonon, dessa
forma, apenas essas possuem características mais relevantes para a produção de
substâncias alimentares.
Figura 3: Alimentos em formato de encapsulado e pó nutricional a base microalgal
Fonte: OLIVER (2020)
Essa maior presença em produtos alimentares ocorre principalmente porque as
mesmas são altamente nutritivas, com a presença de várias substâncias que podem
auxiliar na produção de vitaminas, pois em sua biomassa ou até mesmo em suas cápsulas
existe a presença de proteínas, vitaminas, polissacarídeos, ácidos graxos poli-insaturados
dentre outros nutrientes (SANTOS, 2021).
Além desses destaques, a pesquisa intitulada como “Bioprospecção de microalgas
para aplicação biotecnológica” (ANSIOLAGOS, 2021), onde revela como fonte principal
a piscicultura, as mesmas aparecem em tanques depois de alguns dias em laboratório. O
trabalho identificou diversos gêneros Cyanobacteria e Dinophycean e ao filo
Chlorophytina. Dando destaque as microalgas: L. gracillimum, S. quadricauda e Chlorella
sp., sendo então as mais resistentes às alterações de ambiente (ANSILAGOS, 2021), por
conta de sua resistência é possível retratar que as mesmas podem ser utilizadas na
produção de biomassa.
Quando se retrata sobre as questões que envolvem a piscicultura, entendemos que
o Brasil atualmente possui uma produção de larga escala comercial relacionada
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diretamente com a alimentação (direta na larvicultura de camarões e moluscos,
enriquecimento nutricional de rotíferos e copépodos utilizados como alimentos de
peixes), tendo grande importância econômica na Aquicultura Brasileira (OLIVEIRA,
2016).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os trabalhos encontrados revelaram uma determinada diversidade quanto às
microalgas utilizadas e as aplicabilidades tanto em campo laboratorial quanto em uma
perspectiva de pesquisa científica de campo. Durante a pesquisa online na plataforma, as
produções estabeleciam uma relação de aplicabilidades e a conceituação das espécies
utilizadas, em contrapartida estavam completamente distantes dos conceitos voltados para
um ambiente amazônico.
Com o estabelecimento do filtro em torno das palavras-chave “Aplicabilidades
biotecnológicas” e “Microalgas amazônicas”, os trabalhos se reduziram, mas nenhum
deles se conectou com o segundo termo introduzido na pesquisa, além disso, nenhum dos
trabalhos filtrados foram produzidos em instituições de pesquisa amazônicas.
Dentre as pesquisas encontradas, as microalgas que foram mais destacadas nos
manuscritos são: Chlorella vulgaris, Scenedesmus obliquus, Spirulina sp., Scenedesmus
acuminatus, Synechococcus nidulans e Chlorella sorokiniana, dando então destaque as
suas principais características e composições químicas/fisiológicas.
Entre suas aplicabilidades, podemos notar a descrição de ambientes de
piscicultura, alimentação, produção de biomassa para a geração de biocombustíveis,
suplementação alimentar de animais e seres humanos. O que mais destacou-se entre as
investigações foram as produções de biocombustíveis e biodiesel, mostrando-se presente
em 4 dos trabalhos pesquisados. Essa característica nos possibilita afirmar um crescente
nas pesquisas direcionadas para a produção de biocombustíveis em prol de uma sociedade
ambientalmente correta.
Por fim, evidencia-se a necessidade de abordar mais investigações em torno da
aplicabilidade dessas espécies de microalgas relacionando com as possibilidades do
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mercado, tornando notável a relevância em especificar estudos em torno do contexto
Amazônico como base para a produção desses microorganismos.
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