Kabuki
Kabuki, ao contrário do que muita gente possa pensar, não é um troço da mitologia japonesa, e sim uma forma de teatro japonês. Acontece que os atores exageram tanto na maquiagem e na interpretação que ficam bastante parecidos com youkais.
HistóriaEditar
Em tempos remotos, em que nem mesmo Dercy Gonçalves e Oscar Niemeyer habitavam a Terra ainda, uma jovem sacerdotisa xintoísta chamada Izumo no Okuni tornou-se famosa em Kyoto por dançar de forma extravagante por aí, ameaçando o trabalho das gueixas locais, que não gostaram nada da interferência.
Okuni, então, decidiu que iria se vestir de homem, e iria continuar dançando. Assim, sua sensualidade não ficaria à mostra e ela não faria concorrência alguma com as gueixas. Porém, o resultado não foi exatamente o que ela esperava, pois ao invés de emocionar as pessoas com suas performances, ela agora estava fazendo com que todos dessem risada. Seu novo estilo chamou até mesmo a atenção do imperador do Japão, que convidou-a para uma apresentação particular.
Após Okuni apresentar-se na casa imperial japonesa, surgiram vários rumores de que o imperador era gay, já que se interessou por uma travesti, e então muitas mulheres passaram a vestir-se de homens também e aderir à dança, esperançosas de que também fossem chamadas pelo monarca e pudessem se tornar sua primeira dama.
Tal coisa jamais aconteceu, até porque o imperador era um velho que bateu as botas logo e foi sucedido por seu filho, mas Okuni então adotou suas novas seguidoras e criou a religião do kabuki, cujo principal dogma consistia em ensinar a ser macho sem perder a feminilidade. Em pouco tempo, templos kabukistas espalharam-se por todo o Japão ensinando toda a doutrina e sabedoria de Okuni.
Como o foco do kabuki era a comédia assim como todas as outras religiões e qualquer um sabe que nenhuma mulher consegue ser uma comediante engraçada, sua popularidade durou "apenas" 100 anos, perdendo depois a preferência do público para o bunraku.
O kabuki só voltou a emergir após a Revolução Meiji, quando muitos samurais ficaram desempregados e não sabiam o que fazer para ganhar dinheiro, então foram gentilmente acolhidos pelos templos kabukistas, que até então só aceitavam quem fosse mulher. Desta forma, o homem também começou a participar, mas interpretando somente papéis femininos, enquanto os masculinos continuavam por conta das atrizes. Por ser uma época de vacas magras para todos, o kabuki também expandiu sua divulgação para o ocidente, a fim de levantar uma grana extra.
ElementosEditar
Em seus primórdios, o kabuki não tinha absolutamente nada de especial em sua estrutura, tendo seu cenário composto apenas por um caminho coberto com flores. Dizem por aí que é porque o objetivo da obra é chamar atenção para os intérpretes, e não para um monte de frescuras colocadas em volta.
No entanto, os japoneses mudaram de ideia depois que surgiu o Cirque du Soleil e atualmente andam incrementando seus espetáculos, com direito a cortinas (nem isso eles tinham!) e até mesmo palcos giratórios de fazer inveja a muita diva da música pop.
O mais importante do kabuki, porém, continua sendo a maquiagem do rosto dos atores, que muitas vezes ficam parecendo palhaços. O exagero é para disfarçar as péssimas habilidades de atuação desse povo, assim fica todo mundo prestando atenção na feiura deles e esquecem do resto. Há casos mais graves em que nem maquiando resolve, aí o jeito é usar uma máscara tão feia quanto.